Pov. Klaus

O olhar desconfiado de Caroline estava fixado em Marcel, não desviou os olhos dele nem para se levantar. Como uma zebra atenta à um leão que pode atacá-la a qualquer momento, como se eu fosse deixar ele fazer algo com ela.

Levantei-me e fiquei a o lado dela segurando sua mão que apertou a minha fortemente, ela prestava atenção a cada movimento dele, mas a única coisa que o idiota fazia era olhar para ela com uma cara no mínimo esquisita. Ainda acredito que ele supre sentimentos apaixonados por ela.

– Olá para você também. – Marcel disse com ironia.

– Seja direto sobre o que você quer. – ela falou antipática, nunca vi Caroline assim. Ela era tão destemida que mesmo com o medo que ela sentia, o encarava de frente.

– Sempre doce não é loira? – ele sorriu de lado para ela que permaneceu indiferente – Acho que seu amado noivo não te contou as novidades?

O que esse imbecil vai falar? Só falta agora ele contar tudo a ela. Se ele contar perderei tudo, tudo mesmo!

– Quais novidades? – ela perguntou me olhando com o canto dos olhos, um olhar curioso.

– Irei ser o padrinho de casamento do Klaus, e não qualquer padrinho aquele que é o melhor amigo do noivo a anos. – ele sorria vitorioso e Caroline parecia não acreditar – O que não deixa de ser uma verdade, a não ser pelo fato de termos brigado pela mesma garota duas vezes... isso sim acaba com a amizade de qualquer um.

– Hoje é seu dia de sorte. – Caroline respirava pesadamente, parecia estar se controlando para não pular no pescoço dele – Devo a você, você me uniu a Klaus dando aquela verbena para mim no aeroporto.

– Garota de palavra. – ele disse dando um passo a frente e alcançando Caroline, ele tentou acariciar seu rosto, mas eu o bloqueei.

– Não é porque você vai ser o meu padrinho, que eu irei me esquecer da sua antiga paixão por Caroline.

– Por Violet. – Caroline corrigiu irritada, esse assunto ainda a afetava.

– Chegamos num momento tenso. Oba! – Rebekah e Elena apareceram ao lado de Marcel, dando um susto em Caroline.

– Ora, ora Rebekah Mikaelson – Marcel olhou para Rebekah com nostalgia e tentou acariciar seu rosto também – Não te vejo há muito tempo...

– E preferia que continuasse sem ver. – ela deu um tapa na mão de Marcel e se aproximou de mim.

– O que vieram fazer aqui? – indaguei.

– Buscar Caroline, o casamento é amanhã e você não achou que vocês iriam dormir juntos essa noite né? – ela perguntou incrédula.

– Precisam sentir saudade um do outro. – Elena completou.

– Qual é ficamos muito tempo separados, depois do rompimento. – Caroline disse me abraçando fortemente, amava quando ela ficava carinhosa comigo.

– Você vai ter uma despedida de solteiro. – Marcel comentou.

– Agora que você não vai mesmo. – a abracei mais forte ainda, mesmo com a cara escondida em meu peito, senti em seus lábios o típico sorriso satisfeito, ela gostava quando eu sentia ciúmes.

– Como se você mandasse. – Rebekah revirou os olhos e simplesmente puxou Caroline, sumindo com a garota logo em seguida.

Restou apenas Marcel e eu, já sabia o que ele havia vindo fazer aqui.

– E então? – falei me referindo a poção que pedi.

– Já está sendo preparada. – ele falou enquanto andávamos pelo jardim, tomando cuidado em falar o mais baixo possível.

– Como você conseguiu essa bruxa? – indaguei.

– Sou Marcel Gerard, consigo tudo o que quero. – respondeu prepotente.

– Nem tudo. – sorri irônico, me referindo aos seus interesses amorosos.

– Amanhã você receberá a poção - disse indiferente ao meu comentário – E quando Caroline beber e vocês transarem, você enfim terá um filho. – trocamos sorrisos cúmplices, mas não de amizade ou felicidade, mas sim aquele tipo de sorriso que você só dá quando consegue o que sempre quis.

Pov. Caroline

Depois das mil perguntas de Rebekah sobre o porque de Marcel estar lá, fomos para a ultima prova do vestido, no qual eu apenas iria usar no dia seguinte.

Por fim fomos checar o bolo e buscar meu sapato na loja onde Marie trabalhava, que logo me mostrou os vestidos das madrinhas que elas tentaram esconder de mim.

Voltamos para o meu antigo apartamento, e percebi que fazia realmente muito tempo eu não entrava lá!

Me pediram para tomar banho e vestir a roupa que estava a minha espera lá mesmo, demorei muito na minha enorme banheira e me vesti, aquela roupa era linda e... sexy!

Sem explicação alguma ao sair do banheiro, fui puxada para a cadeira e uma maquiagem foi feita em mim. Era bem provocante.

– Precisava realmente de tudo isso? – perguntei para Rebekah me mostrando estar irritada.

– Para onde nós vamos sim. – ela sorriu abertamente.

– E aonde nós vamos?

– Surprise! – Elena e Bonnie entraram gritando, as duas muito bem vestidas com roupas tão ou mais provocantes que a minha.

– Hoje a noite vai ser inesquecível. – Rebekah falou sorrindo.

Arrastaram-me para o carro e fomos até o outro lado da cidade, paramos em frente a uma balada onde a musica não podia ser mais alta.

Meio a contragosto da minha parte entramos no local, a casa estava cheia e pelo que percebi era um bar de stripers, só que no caso masculinos.

– Ai meu Deus onde eu fui me meter! – falei levando as mãos à testa.

– Não se lamente, apenas curta e beba! – ela alcançou uma bebida azul que o garçom levava na bandeja e me deu, fiquei encarando a bebida me perguntando se eu devia mesmo beber aquilo.

– Vai bebe! – Elena e Bonnie incentivaram.

– Está bem! Que comece minha ultima noite como solteira! – falei eufórica enquanto virava a bebida num gole só.

Pov. Klaus

Há alguns anos atrás estar numa despedida de solteiro com garotas seminuas dançando pra mim, bebida a vontade e amigos que não revia era algo que me atraia muito, que eu não conseguia tirar os olhos.

Mas ai entrou Caroline.

Aquela garota me sugou, sugou minha alma e roubou meu coração... roubou não... eu na verdade lhe dei! Desde o primeiro momento que há vi.

Confesso que no começo foi porque ela se parecia absurdamente com Violet e vi nela uma chance de ter minha loira novamente.

Mas ela me fez mudar e me mostrou que o amor pode sim ser verdadeiro, ela é decidida, corajosa e destemida... de certa maneira parecida comigo.

Nós batemos muito de frente, mas no fim nossa reconciliação acaba na cama... isso é o que nos faz perfeitos um pro outro... Como se eu fosse o fogo e ela a gasolina.

– Entediado? – Damon se sentou ao meu lado me tirando desses devaneios.

– Apenas constatando fatos. – disse mesmo sabendo que ele não entenderia, e realmente não entendeu apenas deu de ombros e pediu uma bebida para nós.

– Essas mulheres são realmente atraentes. – ele falou me encarando, eu apenas dei de ombros e bebi um gole de wisky – Eu sabia!

– Sabia o que? – indaguei.

– Caroline não é nenhuma delas, então você não se importa. Sinto o mesmo por Elena.

– Exatamente, proponho um brinde a caras apaixonados como nós, que abriram mão de varias por uma só! – levantei o copo e Damon também, logo em seguida viramos tudo de uma vez.

– Ouça! – Damon disse levantando a mão, e apontou para Stefan que estava do outro lado da boate.

– Que aqueles dois não me ouçam mas – Stefan conversava com Matt sobre nós dois – as garotas vão se divertir muito.

– Como assim? – Matt perguntou.

– Elas foram para um bar de stripers. – Stefan comentou – E Elena deixou escapar que Caroline vai receber um presente especial lá.

– Presente especial? – Matt perguntou ainda sem entender.

– Você é inocente ou o que? – Stefan falou impaciente – Caroline com certeza vai virar um brinquedinho na mão de um striper... ou o contrario.

– O que?! – murmurei e só senti os estilhaços de vidro perfurarem minha pele, eu havia quebrado o copo.

– Calma hibrido! – Damon riu debochado.

– Com certeza as outras garotas irão aproveitar. – Matt comentou com Stefan.

– E você acha mesmo que não? – Stefan riu cúmplice com Matt, mas logo pararam pois duas dançarinas foram junto deles.

– Ninguém toca na Elena! – foi a vez de Damon quebrar o copo.

– Calma vampiro! – imitei Damon que me fuzilou com os olhos.

– Sei que a boate onde elas estão não fique longe daqui. – logo após uma troca de olhares cúmplices, simplesmente deixamos a festa.

Pov. Caroline

Eu dançava igual uma maluca e não consegui segurar a memória do dia em que beijei Kol, só esperava que não fizesse aquilo novamente. E porque eu faria?

A bebida, a musica e os incentivos “amigáveis” estavam me fazendo agir como uma maluca.

As garotas me arrastaram para o palco e pôs lá uma cadeira na qual eu me sentei, Rebekah arrumou um microfone não sei de onde e desatou a falar.

– Boa noite! – ela falou a todos que apenas levantaram suas bebidas, o que eu estava fazendo ali no meio de um bando de desconhecidos – Amanhã essa garota linda e loira irá se casar...

– E hoje é seu ultimo dia como solteira – Elena completou.

– Então ela deve aproveitar muito bem ela! – Bonnie falou eufórica e todos gritaram em sinal de concordância.

– Agora vamos começar as brincadeiras! – Rebekah sorriu super maliciosa para Bonnie e Elena, e naquele instante senti medo do que estava por vir.

– Carol já fez pole dance! – Elena comentou soltando gritos animados do pessoal – E queremos que ela se apresente, só que ela terá uma ajudinha!

– Isso mesmo! – Bonnie riu maliciosa – No meio de uma bebedeira... quer dizer de varias, ela disse que tinha uma fantasia.

– Não fala! – implorei.

– Sempre quis que seu fogo fosse apagado por um bombeiro! Lindo, alto, loiro e forte! Estou certa Carol? – apenas levantei o polegar, indicando que sim.

– E como sou uma boa cunhada - Rebekah dizia mais animada do que todos ali – Resolvemos trazer hoje, e exclusivamente hoje...

– O bombeiro de seus sonhos! – Elena e Bonnie gritaram juntas, no mesmo instante um buraco no chão a minha frente começou a se formar, e de lá saiu um poste e junto dele um cara vestido de bombeiro, era tão lindo... digno de David Beckham.

– Oh meu Deus! – balbuciei totalmente fascinada com a beleza do cara.

– Primeiro vamos trocar essa roupitcha Carol! – Elena veio ao meu lado e me puxou para trás do palco, onde me deu uma shorts e um top.

– Eu não vou vestir isso! – falei envergonhada só de imaginar.

– Vai sim, aproveita a noite! Quando você vai poder fazer isso de novo! – ela disse de um modo tão incentivador que me convenceu na hora.

Ainda hesitante e realmente envergonhada voltei para o palco, Rebekah fez sinal para que colocassem uma musica e quando escutei “Toxic” que no caso era a minha musica favorita, comecei a me animar, animação na qual se juntou com a adrenalina de fazer aquilo e apenas me deixei ser conduzida até o poste por aquele bombeiro gato.

Largando a mão do loiro dei um impulso no chão e subi na base do poste, descendo novamente até o meio e fazendo uma pose desajeitada, pose na qual pareceu agradar os rapazes que estavam ali.

Eu subia, descia, rebolava mesmo achando incomoda a situação afinal, bem próximo de mim estava o loiro bombeiro.

O loiro virou a situação e num ato rápido que eu nem percebi, ele me amarrou no poste fazendo com que minhas mão ficassem imóveis, então ele começou a me provocar, passava a mão por meu corpo, beijava meu pescoço... e comecei a sentir um calor insano.

– Soube que sempre quis subir no colo de um bombeiro. – ele falou ao pé do meu ouvido e deu uma leve mordida no mesmo, meu corpo vacilou e eu arquejei.

De forma bruta e delicada ao mesmo tempo, ele me pegou no colo, fazendo com que minhas pernas ficassem envoltas em sua cintura. Suas mãos em minha cocha, me sustentando.

– Vai com calma ai... – falei para ele ofegante, no intuito de tentar amenizar a situação.

– Com uma gata como você não dá. – ele disse novamente em meu ouvido, o que me deu arrepios, ele começou a beijar meu pescoço e aquele calor insano crescia cada vez mais dentro de mim. O que estava acontecendo ali?

– Larga ela! – uma voz que mostrava raiva me tirou do colo do bombeiro loiro e ao fita-lo vi que se encontrava no chão, sua boca sangrava.

Klaus estava ali no palco sendo segurado por Damon para não avançar contra o loiro.