Thinking Out Loud escrita por EscritoraAtormentada 2


Capítulo 6
Capitulo 6


Notas iniciais do capítulo

Esse ficou um pouquinho maior que os outros, pois queria terminar nessa parte, é legal terminar em partes onde as pessoas vão querer a continuação, acho que vou fazer um hiatus U.u
http://fanfiction.com.br/historia/621104/Maybe_I_Love_You/
Leiam minha original, é sobre como conheci o amor da minha vida.



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Samantha passou o resto do dia em seu quarto. Era sábado, mas ela estava acostumada a viver presa. Algumas vezes ela se sentia um passarinho.
–Qual o problema, cara? - Dizia Brad insistente.

Freddie havia contado que iriam a casa de campo e Brad estava tentando convencer o amigo a levar Sam. Brad argumentou que se Samantha não fosse eles teriam que voltar no mesmo dia como aconteceu na casa da praia e que com Sam ali ela poderia cuidar de Bonnie. Eram bons argumentos, Freddie sabia que era verdade, mas ele não poderia levar Samantha, ele não queria.
–Brad, qual seu real interesse? Sei que não é o bem estar da Bonnie - Disse Freddie com punhos cerrados, mas Brad não reparou.
–Não sei, ela me faz sentir estranho. Ela é tão bonita, preciso sentir o corpo dela - Ele disse malicioso e Freddie o odiou. Freddie queria mata-lo ali mesmo. Respirou fundo e acabou concordando em levar a moça.
Brad bateu na porta de Samantha que logo veio atender, usava a mesma roupa, mas agora seus cabelos estavam presos em um coque, alguns fios dourados caiam sobre seus ombros.
–Brad? - Perguntou surpresa ao ver o garoto parado a sua frente com um sorriso bobo no rosto.
–Gatinha, vamos a casa de campo da prima do Freddie e ele gostaria que você fosse para ficar de olho na Bonnie - Brad disse piscando para a moça que arqueou uma sobrancelha, mas que acabou concordando, era o trabalho dela afinal. Teria de aguentar Freddie, mesmo que a vontade de mata-lo fosse grande, ele era seu chefe.
Freddie se sentia triste, não conseguia parar de pensar naqueles lindos olhos azuis. Queria beija-la, sentir seu cheiro. Queria ficar com ela.
Ele não a desejava, não por não acha-la atraente, ao contrário, ele sabia que ela era, mas o que ele queria dela era mais inocente. Não era desejo, não era o que sentia pelas outras garotas, era algo mais puro. Ele não entendia. O que está acontecendo comigo? Se perguntava.
Samantha fez suas malas, colocou lá tudo que havia comprado, era tudo que ela tinha, afinal, imaginou uma semana de festas como a da noite passada e desejou a morte.
–Esse povo não trabalha? Não estuda? - Ela repetia enquanto arrumava suas coisas.
Brad foi para casa, precisava arrumar suas malas e só iria no outro dia, já que precisava avisar seus pais. Samantha iria com Freddie e Bonnie na frente, chegariam provavelmente antes de Carly, que a moça de cabelos negros estava na Itália.
Era hora do jantar, Freddie comia sozinho na mesa, como sempre. Ouviu alguns passos e uma figura seria apareceu. Usava terno e tinha um pasta entre os dedos, o cabelo perfeitamente arrumado e olhos castanhos profundos. Era o pai de Freddie, ele o encarou com desgosto e não disse uma palavra sequer, se virou e saiu, Freddie pode ouvir o barulho dos passos nas escadas.
Ele se sentia mal, não era algo novo, estava acostumado. Sua mãe havia morrido no pardo e seu pai o culpava. Não se lembrava de uma única vez em que seu pai pareceu se orgulhar. Agora sem fome ele se levantou e foi para o jardim, precisava de um tempo sozinho.
Samantha estava sentada no jardim olhando as estrelas a horas, ela gostava da sensação de liberdade que aquele céu imenso trazia. Ouviu um suspiro alto, não conteve a curiosidade e olhou, era Freddie, provavelmente não a tinha visto. O rapaz estava deitado na grama e olhando o céu, como ela fazia. Ela não o conhecia, tampouco gostava dele, mas sentiu vontade de ir até lá e se sentar ao lado dele, ele parecia triste e por mais que ela o quisesse morto, sentiu necessidade de ficar com ele.
Freddie ouviu passos se aproximando, uma figura loira apareceu ao seu lado, nada disseram. Ela se deitou ao lado dele e os dois ficaram ali.
Ele sentia o perfume dela, era irresistível, toda a dor que sentia havia se tornado lembrança, tudo que ele pensava agora era em toma-la nos braços.
–Sei que não deveria me meter, mas quer conversar? - Perguntou ela cortando o silêncio.
–Problemas com meu pai - Ele disse baixinho.

Era estranho para ele, estar se abrindo para uma total estranha, jamais havia feito aquilo, Freddie não era do tipo que conversava sobre seus problemas, ainda mais para ela.
–Pelo menos você tem um - Ela respondeu ainda mais baixo fitando o céu azul.
Freddie se virou para observá-la, ela fez o mesmo, ele encarou os lindos olhos azuis.
Samantha não sabia o que aconteceria, ela o odiava, nada mudaria aquilo, mas agora ela se sentia bem estando ali, era como se fossem outras pessoas. Era como se nada daquilo fosse real, talvez não fosse.
Freddie levou a mão até a bochecha da loira que se assustou com o toque se levantando bruscamente. Freddie se levantou em seguida.
–Eu preciso ir - Ela disse correndo para dentro da casa.
Freddie não entendia o que tinha acontecido, as garotas jamais tinham fugido dele, se sentia machucado, seu orgulho estava ferido.

Precisariam sair cedo, então ambos foram para seus quartos descansar.
Era madrugada e os dois precisavam sair, foram até o carro de Freddie seguidos de Bonnie sem dizer uma palavra, ambos estavam magoados.
Samantha o odiava por achar que ela era como as garotas que viu na festa, ela não era aquele tipo de mulher, ela o odiava por a confundir com elas. Freddie a odiava por ter fugido.

O caminho era longo, eram 4 horas de viagem. Freddie ligou o rádio para que o tempo passasse rápido e Sam por impulso começou a cantar junto. Era uma das poucas coisas que sua tia permitia que fizesse, ouvir músicas. A voz dela era linda, ainda mais linda que ela. O ódio que Freddie sentia desapareceu, ele a olhou pelo espelho, estava escuro, mas ele pode notar todos os traços da garota, ela estava cantando de olhos fechados, sentindo a música, enquanto acariciava Bonnie que dormia tranquila. Ela era linda. Provavelmente a garota mais bonita que ele já conhecerá.

Sam acabou caindo no sono, quando acordou Freddie estacionava o carro. Ela olhou em volta, era lindo, parecia o cenário de um filme, era como uma enorme fazenda com muitas árvores, Samantha amava árvores.

O carro estava parado e Bonnie latia sem parar, Freddie desceu do carro e Sam abriu a porta, árvores, Bonnie correu feito louca entre as árvores, ela estava feliz, era nítido.

–Vou te mostrar seu quarto – Ele falou sorrindo para ela que quis fuzila-lo.

–Onde está sua prima? – Ela perguntou querendo conhecer a dona da casa, não queria ficar ali sozinha com ele.

–Ela vai demorar uns dois dia para chegar, se chegar. Provavelmente já voltou com o namorado e desistiu do Brad – Freddie disse dando de ombros.

–Desistiu do Brad? – A pergunta incomodou Freddie, ele então se calou e não respondeu à pergunta da moça.

Ele levou Samantha até o quarto, ao contrário do quarto dela na casa, aquele quarto não possuía nada de simples, a decoração era rustica, porém haviam vários equipamentos eletrônicos, uma lareira no canto, uma cama enorme com lençóis brancos, Sam se imaginou deitando nas nuvens quando olhou para a cama, uma porta que imaginou ser o banheiro. Era tudo muito bonito, parecia um sonho, pensou em se beliscar para ver se estava sonhando, mas então lembrou de Freddie, não estava sonhando, no máximo aquilo era um pesadelo.

Freddie saiu a deixando ali, ele estava magoado, não sabia porque, mas sentia que queria tê-la por perto e pelo jeito não conseguiria, Brad tinha conquistado o coração da moça. Qual o problema, afinal, Freddie não teria nada sério com ela, seria apenas mais uma, não é?

Samantha saiu do quarto e percebeu que não haviam empregados na casa, apenas os dois e uma floresta imensa, cogitou matá-lo e colocar a culpa nos ursos, droga, não existiam ursos naquela parte do país.

Freddie foi até a cozinha e decidiu preparar alguma coisa, na verdade, não era muito bom em cozinhar, sabia apenas fazer um macarrão que tinha aprendido com uma cozinheira que lhe dava chocolate na infância.

O telefone de Freddie tocou, era Carly avisando que iriam para a casa do campo apenas em alguns dias, pois havia visto no jornal que uma tempestade se aproximava da região e desviou o caminho para casa de Freddie onde o encontraria.

A casa ficava entre uma floresta e ninguém conseguia chegar ou sair dali em época de chuva. Ficaria preso, ficaria preso com a moça loira da voz bonita.


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Notas finais do capítulo

Daqui uns 3 anos eu posto a continuação, ta gente, amo vocês, bjs :*
Mentira, não me odeiem.
Gente, eu estou escrevendo uma original, gostaria que dessem uma olhada
http://fanfiction.com.br/historia/621104/Maybe_I_Love_You/
Na verdade é uma história real, minha história.