A Magia do Destino escrita por Mel Clancy


Capítulo 3
Sem escolha


Notas iniciais do capítulo

Bom, obrigada aos que leram, espero que estejam gostando e por favor, deixem reviews, não só na minha fic como em todas as que lerem, pois essa é uma forma de incentivar os escritores e tem muita gente que lê e não comenta, mas gostamos de saber a opinião de vocês!



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Comecei a escutar algumas vozes e barulhos que foram ficando mas altos a cada segundo que passava. Percebi que estava deitada, e um tanto desorientada tentei me sentar. Foi quando percebi que alguém segurava uma máscara de oxigênio sob minha face. Senti uma dorzinha chata em minha cabeça e devo ter feito uma careta, pois o cara empurrou de leve meu ombro, induzindo-me a deitar de novo.

 

Uma confusão invadiu minha mente, não sabia onde estava, o que tinha acontecido, nada. Isso deixou-me extremamente assustada, então levantei-me de imediato. Foi quando alguns pedaços de memória surgiram em minha mente: o “primeiro” dia de aula, a expulsão, minha nova colega Ino, uma rua escura, uma casa em chamas, um moreno gostoso e...

 

- O BEBÊ! – berrei para mim mesma, na tentativa frustrada de ficar de pé, pois mais uma vez o cara que estava com uniforme de paramédico me impediu.

 

E quando eu menos esperava aquele Deus Grego que eu tinha visto dentro da casa pegando fogo apareceu. Ele vinha na minha direção, todo suado e um pouco sujo de fuligem. Agora como eu não estava correndo risco de vida, pude observá-lo bem melhor e ele era muito bonito, tinha olhos profundos e negros assim como seus cabelos que naquela hora estavam um tanto desarumados. Ah! Ele também tinha um físico e tanto! E é melhor parar de babar porque ele acabou de falar alguma coisa para o paramédico e depois voltou-se para mim. Para mim!

 

Meu Deus! Nunca um cara desses vêm falar comigo e quando eu finalmente tenho essa sorte, eu estou horrível! Com o cabelo desarrumado e com um monte de fuligem e poeira, minhas roupas rasgadas em um monte de lugares (droga! Era novinha) além disso, minha cara também devia estar péssima. Olhei-o um pouco assustada, o que ele pensaria de mim?

 

Passei as mãos rapidamente em meus cabelos rosados, ajeitei minha blusa e fiquei encarando-o.

 

- Como se sente? – perguntou, mas ao contrário do que achei, sua voz não parecia preocupada, e sim brava.

- Hum... Bem, eu acho. – respondi ainda mais confusa.

- Você sabia que podia ter morrido lá? – ele estava começando a me irritar com aquela frieza.

- Mas felizmente eu continuo vivinha!

- O que você fez foi estupidez, você não tinha treinamento para entrar lá! Deveria ter esperado os bombeiros!

 

Ok, agora ele conseguiu me irritar! Eu entro lá, arrisco minha vida por uma causa nobre, para salvar aquele bebê e... Ai meu Deus, ai meu Deus! Será que ela esta viva? Ou será que eu acabei esmagando-a quando desmaiei e acabei sufocando a pobrezinha!?

 

Levantei-me de supetão e comecei a olhar em volta, resolvi ir até um dos bombeiros para perguntar, porém, fui interceptada por aquele moreno arrogante.

 

- Onde vai?

 

Eu não queria olhar diretamente naqueles olhos lindos e profundos e... Exatamente para que isso não aconteça! E também porque não quero ver quando ele me lançar um olhar acusador dizendo “Você a esmagou, se não tivesse atrapalhado, um dos bombeiros teria tirado ela de lá com vida!”. Ah não! Além de uma estranha com poderes mágicos que não consigo controlar, ainda sou uma assassina! E eu vou ser presa, prisão perpétua, mas eu tenho tantos sonhos para realizar e...

 

- Ei! O que aconteceu? – ouvi a voz fria dele perguntar impaciente.

 

É isso acontece muito comigo, sabe? As vezes me perco em meus pensamentos e esqueço de tudo a minha volta.

 

- Ah, é que eu queria saber se... se ela...

 

Logo ele entendeu o que eu quis dizer, deu um sorriso mega mínimo bem de canto. Ai, ai, ai! Ele fica muitíssimo sexy assim. Caramba! Tenho que parar de babar, porque se não ele vai perceber e não quero que ele fique ainda mais metido!

 

- Ela está bem. – disse por final. – Na verdade, provavelmente se não fosse por você...

 

Nossa! Isso me deixou tão aliviada!

 

- Tá vendo? – praticamente gritei enquanto apontava bem para a cara dele. – Você falou que eu não devia ter entrado, mas se eu não...

Ele parece não ter gostado muito daquele meu gesto (confesso que foi um pouco grosseiro ^^), porque rapidamente ele afastou meu braço com aquela mão macia e continuou a falar.

 

- Mesmo assim, você teve sorte de ter sobrevivido aquela queda. –disse calmamente. – Por falar nisso foi tão estranho, é como se você tivesse parado pouco antes de cair.

 

Eu dei uma risadinha meio falsa, não ia ser fácil explicar essa, mas acabei bolando algo para dizer.

 

- Bom, eu não lembro porque desmaiei, e além do mais, a fumaça pode ter embaçado sua visão.

 

Ele fez uma cara pensativa muito linda e acho que resolveu deixar aquilo de lado.

 

- Bom, acho que já está na sua hora.

- Minha hora? Hora do que? – perguntei, eu realmente não tinha idéia do que ele estava falando.

- Primeiro levaram os feridos mais graves, agora já tem uma ambulância para você.

- Ambulância? – gritei. – Para mim? Mas eu não preciso, estou bem!

- Aparentemente, mas você inalou fumaça.

- É, mas já me botaram aquele troço na minha cara, o de oxigênio.

 

Ele riu, obviamente eu tinha ficado um pouco exaltada, mas fala sério! Eu não preciso de ambulância.

 

- Mesmo assim, aqui só pudemos dar um atendimento mais superficial, você caiu, desmaiou, precisa fazer um check up.

- Bom, eu tenho meus direitos, você não pode me obrigar a entrar naquela ambulância. – impus minha opinião e dei as costas para ele.

 

Agora o incêndio estava mais controlado, os bombeiros estavam com as mangueiras próximos a casa e alguns paramédicos atendiam umas poucas pessoas menos injuriadas, assim como eu, provavelmente os caras que se aproximaram de mais com os “baldinhos”. Não via mais aquela mãe desesperada, nem o bebê, acho que ambas já tinham ido para o hospital. Também notei a presença de uma equipe de TV e seus jornalistas.

 

- Bom, se não quiser ir na ambulância tudo bem, mas que vai ter que ir para o hospital, isso você vai.

 

Eu dei um sorriso, mas continuei de costas para ele.

 

- Ok, pode deixar. – disse só para não discordar, se não ele ia continuar com aqueles argumentos chatos.

 

É claro que eu não iria, sem carro era impossível ir até o único hospital da cidade e obviamente, eu não iria andando. No entanto, ele não precisava saber disso, comecei a me afastar o mais depressa possível na esperança que ele parasse de encher o saco (ok, ele era lindo, tinha uma voz maravilhosa, um físico que nem me atrevo a comentar, mas convenhamos, o cara estava sendo muito chato!), mas é claro que ele veio atrás de mim.

 

- Onde está seu carro?

 

Engoli em seco. Ok, eu não ia mentir porque vai que ele se oferece para me acompanhar até meu automóvel? O que eu iria dizer? “Ah desculpa, acho que um ladrão acabou de roubá-lo”. Então, parei, respirei profundamente e dei um sorrisinho um tanto cínico antes de responder.

 

- Não tenho.

 

Ele me olhou com uma cara de “Aha! Te peguei, você estava tentando me enganar!” e começou a buscar algo em seus bolsos. Fiquei um pouco curiosa, até que ele estendeu seu achado, as chaves do carro, bem na minha frente.

 

- Carona?

 

Eu mirei-o com uma certa estranhesa.

 

- Não vou entrar no carro de um cara que acabei de conhecer, e que por sinal nem sei o nome.

- Sasuke. – ele disse estendendo a mão para que eu apertasse. – Uchiha Sasuke.

 

Respondi o cumprimento. Eu já disse que a mão dele é muito macia?

 

- Haruno Sakura.

- Bom, então vamos?

 

Eu fiz uma cara meio debochada.

 

- Saber seu nome não significa que eu te conheça!

- Sem problemas. – ele respondeu voltando-se para um dos paramédicos. – Ei...

 

Ai droga, eu sei o que aquele engraçadinho está fazendo, mas eu não irei deixar! Rapidamente coloquei minha mão sob os lábios dele, para impedir que ele falasse e comecei o meu discurso.

 

- Ei sou maior de dezoito! Tenho o direito de fazer minhas próprias escolhas, caramba!

- É claro que tem. – respondeu depois de eu ter tirado minha mão da boca dele.

 

Meu sorriso agora era vitorioso.

 

- Pode escolher entre ir no carro de um estranho ou em uma ambulância. – disse em tom de “nada disso, eu é que ganhei”.

 

Ah, droga! Eu não ia me livrar dele tão cedo. Olhei na direção do carro dos médicos, os repórteres estavam por perto, não ia correr o risco de ser filmada entrando na ambulância. Dei de ombros.

 

- Certo, pode me levar.

- De nada.

 

Revirei meus olhos, ele não estava me fazendo um favor, já que aquela não era a minha vontade. Entramos no carro enorme e preto dele e eu permaneci emburrada e sem falar nada durante todo o percurso.

 

Quando demos entrada no hospital, o Sasuke começou a falar com o pessoal do atendimento explicando o acontecido enquanto eu esperava sentada nas cadeiras. Logo ele voltou com sua cara arrogante. Ai, que vontade de bater! Se não fosse por ele eu já estaria em casa tomando um belo de um banho e me preparando para dormir.

 

- Fiz até um favor para você, agilizei tudo, vai passar na frente de todo mundo para terminar rápido.

 

Ótimo, como se tivesse muita gente fazendo exames quase três horas da manhã. Mas agradeci, afinal ele teria que ficar lá esperando sem fazer nada para me levar para casa depois.

 

- Sra. Haruno. – uma médica magricela apareceu no corredor me chamando, ou era enfermeira? Sei lá. Levantei-me e fui ao encontro dela.

- É senhorita. – disse.

 

Passei a madruga inteira naquele hospital para no final, estar tudo ok, eu mato esse metido a besta! Assim que fui liberada sai, encontrei Sasuke dormindo nas cadeiras, acordei-o esfreguei o resultado dos exames na cara dele e pedi que me levasse para casa. Quando finalmente cheguei, o sol já estava começando a nascer.

 

Eu só quero tomar um belo de uma banho, me enfiar embaixo dos lençois e dormir até tarde!


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Notas finais do capítulo

***
Bom, é isso ai
Espero que tenham gostado!
 
Por favor, não esqueçam os reviews.



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