Con²ecting... Virus! Virus! - The Marauder's escrita por LiaAzeiDeTona


Capítulo 2
E01t01




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Episódio I:

"Tem loucos, no meu hospício"

"...Foi como uma batata-frita..."

Narrativa: Remus Lupin

Ação: Na verdade,

só sentado na sala de espera...

Era sexta-feira, um dia normal para quase todas as pessoas no mundo, mas para mim, um dia belo e alegre, em que eu provaria o meu valor à escola na qual eu sou estagiário - curiosidade informativa parte 1: Hogwarts tem aulas durante os domingos, mas apenas meio período por ser um escola cheia de matérias extras, e muito mais antiga que a maioria das escolas de Seattle–.

Há pouco tempo eu estava sentado na sala de aula, anotando as rápidas palavras - mais ainda ricas de informação - da Sra. Violett em uma aula de Ciências - o único também -, e o diretor da escola, senhor McNayer, me tirou da sala de aula e disse com a voz mais tediosa do mundo:

"O senhor tem boas notas Lupin, e um histórico perfeito para uma vaga de estagiário júnior em Seattle, Washington, nos Estados Unidos. É uma escola avançada Lupin... Aconselho o senhor a pensar no assunto."

A escola era perfeita, 'Hogwarts W. S. S.' - Curiosidade informativa parte 2: Hogwarts Washignton Seattle School - seria meio período, pelo menos para estagiários, onde supervisionaria corredores, ajudaria professores, organizaria notas de A á F, e ainda por cima ficaria do lado de uma cafeteria! Onde simplesmente eu poderia pegar um café, ou coisa parecida, e corresse para uma escola um pouco mais barata e fechasse o segundo ano do ensino médio com muitas qualidades e feitos já adotados ao meu currículo, e só então abandonasse Hogwarts e procuraria um emprego decente - o que obviamente eu não conseguiria antes, pois no meio da escola e com a agenda pessoal lotada de trabalho-não-pago não iriam ajudar nem um pouco -.

Meus pais ficaram muito orgulhosos de mim, e na semana seguinte eu já estava embarcando de Anfield, Liverpool– na Inglaterra - para os Estados Unidos.

Em Hogwarts, a escola mais avançada dos Estados Unidos - pelo que eu entendi - parecia que os alunos não cooperavam comigo, mas afinal, o que você faria se um garoto da mesma idade que você, corresse e gritasse "Não masque chicletes nos corredores" na sua escola? E com esse pensamento, você teve a noção do que é ser ignorado completamente, e tachado pelos professores e outros monitores ao redor, de "irresponsável". Aos poucos o diretor foi me rebaixando para o cargo que ninguém queria, e deixando que as pessoas que conseguiam repreender os alunos trabalhassem no meu lugar. Agora, eu sou a pessoa responsável por todas as aulas extras das pessoas com enormes riscos de repetência, ou seja, se uma única pessoa repetir, a culpa vai ser minha!

Deve ser por isso que a escola tem índices de pessoas com boas notas, deixam quase sob ameaça de morte as pessoas responsáveis por isso...

O diretor dessa escola, Sr.Dippet, acha que sou muito jovem para o cargo, e que não faço "vista grossa" direito para com os alunos, já eu, digo que se você trata uma pessoa como animal, é óbvio que essa pessoa agirá como um, mas o homem, quando mencionei algo parecido, quase ousou me expulsar da escola! Diretores...

Enfim! Hoje, trago o boletim escolar de cento e vinte cinco alunos que estavam com riscos de notas ruins novamente - se não se acertarem logo, no segundo bimestre - Curiosidade informativa 3: Hogwarts adotou a contagem de bimestre, ao invés de trimestre, por hábitos de atualizar o sistema, e talvez melhorá-los para os alunos -, e com a minha ajuda os importunando todos os dias on-line ou no final das aulas para estudar, todos eles passaram nas provas finais deste bimestre com mais de "C" em todas as notas - Curiosidade informativa 4¹: Notas são divididas em:

A- 93 à 100 pontos;

B- 85 à 92 pontos;

C- 77 à 84 pontos;

D- 70 à 76 pontos;

E/F- 0 à 69 pontos -.

Quem detona? Remus Lupin detona!

"Lupin, Remus" Chamou a voz ridiculamente tediosa da secretária do Sr.Dippet "Pode entrar, o diretor está a sua espera"

Eu assenti, e adentrei aquela gigantesca sala, e tive a mera sensação de estar entrando em um covil. Havia tapetes bonitos e até armaduras - e uma coleção de insetos na parede que faria a Sra. Violett muito feliz- ... Provavelmente tudo da antiga Hogwarts.

"Lupin" Disse o homem, sentado à poucas distâncias de mim, perto de uma grande janela em sua bela poltrona de um couro negro. Nunca havia estado naquela sala, a sensação de ser importante o suficiente para estar ali era incrível, como se realmente fosse importante.

"Senhor" Eu disse, com um aceno de cabeça.

"Sente-se, jovem"

E quando sentei, ele começou o monólogo:

"Remus... Você sabe que nesta escola existem regras... Não sabe? Bem, nestes dias, eu conheci pessoas que não a conhecem, terríveis, e isso apenas com suas fichas escolares! A maioria não sabe a diferença de uma placa "Seja Bem-Vindo!" e "Perigo, não entre!", e não quer..."

"Senhor, com todo respeito, onde tudo isso se encaixa à mim e ao meu trabalho?"

O Sr.Dipett ergueu as sobrancelhas , e continuou como se não houvesse havido interrupção.

"... e não quero que haja acidentes, e por isso, eu lhe dou esta tarefa importantíssima de se encarregar deles. E... Respondendo à sua pergunta, se encaixa completamente ao seu trabalho"

Eu senti meu rosto empalidecer, ele não podia estar se referindo àquilo!

"O-o quê?"

"Isso mesmo que o senhor compreendeu. Você vai corrigir as notas deles e suas atitudes nesta escola"

"Mas...Mas... Senhor! Minha função não é corrigir os alunos, e sim cuidar para que consigam passar de ano, ajudando eles em reforços! N-não acho uma boa ideia me acrescentar uma nova funcionalidade na qual eu não tenho nenhuma experiência..."

"Seu ex-professor e diretor, McNayer, disse que você era extremamente qualificado para esta escola, e eu confio em seu julgamento apesar dos pesares, portanto, irá sim trabalhar com os alunos e recuperar a decência desta escola" Disse ele, em um tom definitivo.

Estava sem palavras, será que Dipett estava certo? Em todo caso, eu assenti irritado, e antes que pudesse fechar a porta atrás de mim, ele me pediu os boletins que - ainda - estavam nas minhas mãos.

"Bom trabalho" Ele disse,

e controlei minha vontade de gritar "Não graças à você", e saí daquele lugar, que para mim, agora, tinha aparência extremamente irritante de "superioridade" demais.

Eu voltei então - já era meio-dia -, para o meu apartamento, próximo da escola. Ele é divertido até, sempre que eu passo pela porta da frente, eu vejo duas senhoras praticando violino enquanto fazem malabarismos com os cotovelos e joelhos, não me pergunte como, só aceite como eu.

"Oi Gilbert" Digo, sem entusiasmo para o porteiro do prédio 444, por sinal, no Japão, 4 é o número da morte... 'Por quê será?'

Gilbert é um cara estranho, ele vive em função de:

55% fazer coisas estranhas, 35% correr atrás de gatos, 7% falar com biscoitos - ou queijos -, e 3% fazer seu trabalho de porteiro.

Como de costume, ele me respondeu um:

"Grhuwgihgffhee"

No dialeto dele, isso quer dizer "Olá!" ou "Vai se ferrar!".

Abri minha caixa de correio, meio que me arrastando para o canto da portaria, onde num cubo gigantesco eles enfiam a correspondência de todo mundo do prédio. Procuro pelo número 245 e vejo que dentro do armarinho só havia uma carta, lá no fundo, de mamãe e papai.

Guardo a carta no bolso, e corro para meu apartamento vazio, onde já estava pensando em dormir no sofá mesmo e ligar o despertador para umas três da manhã e terminar meu trabalho de Astrologia para o bimestre que vem, "Cosmos e constelações" - e felizmente, na escola em que eu estou estudando, estou de férias -.

Quando destranco a porta do meu apartamento, no 27° andar - Curiosidade informativa 5: Os prédios de Seattle em geral, são muito altos, e passam facilmente de 27 andares! - eu vejo a visão da depressão. Um sofá acabado com o seu estofamento espalhando pelo chão, uma mesa improvisada de escritório - que arranjei com uns amigos do meu pai, eles moram naquelas minivans e vendem coisas por aí - com um notebook mau concertado, uma escada e um elevador que levavam para mais dois andares completamente vazios, exceto pela minha cama e um cômodo pequeno onde eu enfiava minhas roupas amassadas.

Verifiquei minha geladeira, e só vi um pacote de macarrão fechado e cereal já num pote com leite.

Reviro os olhos, devia ter comprado comida, mas a quantidade de dinheiro que o estágio me fornece é inexistente, e por isso, não tenho o luxo de pensar o tempo todo "Nossa, acho que estou com vontade de comer algo", e sim "Eu necessito comer".

Venho conseguindo arranjar meu dinheiro com alguns turnos na portaria para Gilbert, ele paga muito mal, mas fazer o quê? Semana passada estava verificando a cafeteria aqui do lado, mas aquela tal de Apolline Delacour conseguiu entrar primeiro no cargo de balconista.

Enquanto meu notebook abria - numa lerdeza desigual - nos meus e-mails, eu tomava leite integral - sério, não beba, é nojento - e abria o envelope dos meu pais, que dentro havia uma foto. Na imagem, havia meus pais dançando "hula-hula", no Havaí - eles amam estereótipos, e quando saí de casa, eles tiveram muito mais tempo para se divertir por aí- , e no verso:

"Te amamos muito, esperamos que esteja bem e tendo uma maravilhosa e única experiência acadêmica, biscoito!

–De seus pais, para um filho extremamente especial..."

Eu sorri, a presença do meu apelido me fez querer voltar para Anfield, e agradeço aos céus por ter pais tão compreensíveis... mas algo me incomoda... Queria estar me divertindo tanto quanto eles estavam.

A página do e-mail finalmente abriu, e havia um número à mais nas entradas:

Assunto: Eis a ficha de estudantes.

De: Hogwarts W.S.S.

"Olá, caro Lupin, aqui é o diretor Dipett da escola Hogwarts W.S.S., anexo a lista de estudantes (e suas fichas escolares² ) na qual o senhor aplicará as aulas particulares e as detenções.

Nome: James Potter;

Ficha escolar: Aluno totalmente imperativo, desconcentrado e insensatamente falante, e mesmo assim, muito fechado;

Faltas: 32;

Idade: 16;

Ocorrências: 15;

Média total: D.

– Estremeci de medo, era exatamente desse tipo de pessoa que eu estava querendo me afastar -

Nome: Peter Pettigrew ;

Ficha escolar: Aluno com facilidade de interpretar a matéria, um comportamento muito bom, exceto pelo fato de comer lanches ( e um caso de roubo de uma maçã, do colega ao lado) em horários e lugares inapropriados;

– Ri, esse não seria tão difícil, apesar de pateticamente ridículo os motivos de tal detenção -

Faltas: 2 ( justificadas );

Idade: 16;

Ocorrências: 4;

Média total: A.

Nome: Sirius Black;

Ficha escolar: Aluno sem responsabilidade e repreendido várias e incorrigíveis vezes por inapropriados gestos com colegas e cantar músicas em períodos de aula, um ato de desrespeito para com o professor;

Ocorrências: 18;

Média total: D/E."

Meu Merlin, me ajude.

Como eu posso corrigir pessoas que não querem ser corrigidas?

Desliguei o computador, morrendo de cansaço, e me joguei no sofá. É mamãe, minha vida está sendo realmente uma experiência única.

Narrativa: Sirius Black

Ação: Querendo morrer

"Olá, docinho" Disse minha mãe, afagando os meus cabelos "Você sabe que faz algum tempo que eu e o Watherson estamos juntos, não?" Ela pergunta, com um sorriso no rosto.

Eu reviro os olhos, esse cara era o maior idiota do mundo! No último natal quando veio "passar a noite" aqui em casa, conseguira botar fogo na esponja de banho!

"Vocês terminaram?" Perguntei, esperançoso.

Ela ri.

"Muito pelo contrário docinho, acho que estamos cada vez mais próximos... Acontece que vamos casar!"

"O quê?!"

"Ah, Sirius! Dê uma chance à ele, sei que não é descolado como os pais de comerciais de cereal matinal, mas..."

"Você só esta querendo substituir o papai"

"Não, claro que não! Mas eu me sinto muito sozinha, senhorzinho! Sabe, desde que seu pai se foi..."

Eu me jogo no sofá.

"E quando ele vêm?"

"Já esta vindo, ele mora em um bairro próximo daqui, sabia? E vem se mudar pra cá... Ele tem um filho que estuda na mesma escola que você, poderiam ser amigos!" Ela disse, já empolgada com a ideia.

"Filho? Não é aquele retardado, é? Aquele que estava na frente da casa dele?"

"Pare de falar mal do menino, pelo menos ele tira boas notas, e você que conseguiu levar dezessete ocorrências?"

"Dezoito" Eu murmurei.

"O QUÊ?!" Ela gritou,

mas por sorte - ou azar - a campainha tocou.

Mamãe abriu a porta, e eu dei de cara com a coisa mais ridícula que eu já assisti na minha vida. O Pettigrew pai estava ensinando ao Pettigrew filho a jogar basquete com uma bola imaginária... Certo, começamos bem!

"Olá Sirius!" Começou Watherson, paternalmente - socorro -.

"Oi" Eu digo,

me jogando no sofá novamente, e o ouvi após uns segundos perguntar à minha mãe:

"Já contou pra ele?"

O nosso jantar em "família" foi bem estranho, e não conseguia acreditar que em um dia eu estava bem, e no outro, irmão de Peter Pettigrew. Sério, ele é um idiota/irritante/sabe-tudo/detonador de comida, sem falar nas várias vezes em que ele foi pego com a boca suja de bolo de chocolate por comer na sala. Peter era vegetariano, deve ser por isso que é tão esfomeado, afinal, quem é feliz comendo brócolis?

"Ah..." Começou minha mãe, para quebrar o silêncio apenas rompido até agora, pelo barulho dos talheres "Já que vamos nos casar, Watherson, acho que poderíamos começar programas em família! O que vocês acham?"

"Oh! Grande ideia, Sra.Black!" Começou Peter "Papai e eu estávamos querendo ir até ao parque e museu de Ciências Geográficas!"

"Não é uma grande ideia, Sirius?"

"Bem, se ver um monte de plantas, um instrutor com cara de sono e um monte de bancos de praça, já lotados, pois as senhoras gostam de alimentar os patos e pombas que não conseguem nem mais voar de tão gordos, lhe agradam, quem sou eu para os impedir de ir?"

Um silêncio caiu pela cozinha - e olhar perfurador da minha mãe em mim-, mas Peter começou a rir.

"Essa foi boa maninho!" E então,

ele mostrou a palma da mão para eu bater, e minha mãe, ainda com o olhar mortífero, me fez retribuir o gesto.

Narrativa: Peter Pettigrew

Ação: Apreciando a

casa dos Black

A casa dos Black é simplesmente incrível! É tudo que eu jamais pensei em ter, piscina do lado de fora, quartos grandes e uma pequena sala onde há uma escrivaninha e um monte de livros divertidos, como: Sherlock Holmes!

Já era tarde da noite, e a senhora Black nos pediu para irmos dormir, eu me troquei - coloquei meu pijama de dromedário -. Sabia que Sirius Black não usa pijamas?! Bom, na verdade eu nunca soube nada dele, mas acho um cara bem maneiro em geral, o típico cara que toca música com sua guitarra e consegue conhecer todo mundo.

Escovei meus dentes, como a higiene dental manda, e a Sra. Black me para no corredor. Ela já foi à antiga casa de meu pai, e sempre foi muito gentil, apesar de nunca termos conversado mais que "bom-dia" ou "boa-tarde", ela tem grandes olhos azuis - como o do filho - e cabelos loiros e curtos.

"Oi querido" Diz ela, com uma voz receosa "Espero que esteja bem a vontade aqui em casa!"

"Estou sim, senhora!" Eu disse rindo, afinal, quem não estaria?

"Não me chame de 'senhora', tudo bem?"

"Como preferir...ah...mãe?"

"Se sente bem falando 'mãe'?" Perguntou ela, com as sobrancelhas arqueadas.

"Pra falar a verdade..."

"Que tal, 'Laura'?" Ela perguntou.

"Acho que não vou conseguir chamar a senhora de 'Laura' " Disse, sorrindo amarelo "Tia?"

Ela revirou o olhos.

"Estou ficando mole... Tudo bem, 'Tia', mas não espalhe, okay, querido?"

Eu ri.

"Tudo bem"

"Bom, se acabamos com os 'codinomes', o quarto que você vai dividir com o Snuffles é..."

"Snuffles?" Eu perguntei.

Ela me olhou confusa por um momento, e começou a rir.

"Me esqueci... 'Snuffles' era o apelido de Sirius quando..." Seu sorrisos vacilou por uns instantes e por fim disse, mais séria "... bom, era o apelido de quando era pequeno, pode entrar no próximo quarto à esquerda, boa noite... Peter"

"Boa noite senh... Tia"

Ela esboçou um sorriso, e virou o corredor, mas com um andar pesado... O que teria acontecido?

O corredor da casa era bem cumprido, tinha um carpete marrom e discreto e alguns quadros com os dizeres "A Mui Nobre Família dos Black", e uma foto de um representante da família que havia feito uma certa coisa, como a foto de um homem que parecia um cientista muito psicótico e uma mulher com um machado, sorrindo maliciosamente pra foto. Havia até um quadro com uma foto pequena encaixada num mural um tanto delicado, com uma criança de cabelos bem compridos, um cachorro saltitante com seus pelos negros espalhando - pelo que parecia - água , um homem com um pequeno aviãozinho nas mãos, rindo histericamente, seus cabelos se igualavam aos do filho, e uma mulher bastante jovial sentada em uma gangorra.

"Essa é a 'Mui Nobre Família dos Black' " Eu disse,

pra mim. Feitos científicos e ganhos de prêmios não são tão nobres quanto uma família verdadeiramente feliz.

A porta do quarto de Sirius era realmente fácil de distinguir, com um grande adesivo de "Ah não, mãe, horário eleitoral de novo não!" e outros com cabras, cachorros espaciais e uma placa com um "X" na cara de um gato.

É... Também não sou muito fã de gatos, alergia, sabe?

Eu abri a porta vagarosamente, sabe, não é fácil você ver uma pessoa que nunca ousaria trocar uma palavra na vida e "puff", de repente você está entrando no quarto dela e a chamando de "maninho", mas é sempre uma boa maneira de quebrar o gelo, segundo um dos meus livros de: "Como se socializar".

Havia duas camas, e eu conseguia enxergar apenas pela lua atravessando e janela e a luz fraca de um abajur. Uma cama estava com um grande volume que não pude distinguir, e me deitei na cama vazia.

O problema é: 1) Não estava nada confortável, e 2) Ela estava ocupada (!).

O grito de Sirius foi um toque automático para me fazer ser atirado ao chão.

"Você está maluco?!" Ele berrou.

"Ih... Foi mal... A Sra. Black, q-quer dizer... Tia...não! Eh...Sua m-mãe... Ela me indicou e-esse quarto, e e-essa cama estava vazia! Q-quer dizer, n-não que você seje o n-nada... E-eu..."

Ele levantou as sobrancelhas e disse:

"Tem um colchão aí no chão"

E enfiou a cara no travesseiro.

"Mas eu tenho problema de coluna e..." Mas ele apagou o abajur.

"Meu problema de coluna não é relevante?" Perguntei, receoso, e no breu daquele quarto eu consegui distinguir o polegar de Sirius levantado.

Tudo bem colchão, só sou eu e você.

Narrativa: James Potter

Ação: Tentando explicar ao

guarda de segurança que não estou fazendo nada de errado.

Quando você anda de skate nas ruas, voltando para casa feliz e "muito contente", você:

A) Está com planos de assassinar alguém, B) Roubar doces de crianças maquiavelicamente e gritar "Papai Noel não existe", ou C) Apenas voltando para casa?

Na opinião de Steve - o guarda de segurança do mercado próximo a minha casa -, todas as opções são válidas.

"Mas eu nem fiz nada de errado!" Eu dizia,

enquanto ele me mandava entrar no porão que era a casa dele. Sério. Literalmente um porão! O lugar era quente e abafado, cheirando misteriosamente à tinta fresca e gasolina. Além disso, se ouvia um velho toca-discos tocando uma música um tanto deprimente... A visão do paraíso, para Steve.

"Sente aí moleque, e cuidado com a senhora Pondryne e Boblyne, estão de mau-humor com a mudança de Madame No-r-r-ra, ela foi embora com meu irmão... E não ouse dizer um piu! Eles estão loucos para comer carne fresca" Avisou Steve,

e eu me sentei naquele sofá imundo - e as chances dele puxar um arma e me matar com mais facilidade, aumentaram em 60%! - , me sentindo tentado a pular pela janela.

"Ah! Aqui está..." Disse ele, puxando da caixa entre as suas luminárias, uma coisa estranha. Poderia ser uma faca ou um pastel de queijo, eu nunca saberia até ele mostrar por completo e talvez aponta-lo pra mim.

"Assine isso" Disse ele, me entregando um formulário.

"O quê?!" Eu disse, indignado "Isso não é justo! Eu não fiz nada de errado!"

"Você passou o seu brinquedo nojento" Ele falava do skate "... em cima das minhas petúnias, no meu canteiro! " Disse, rangendo os dentes.

"Mas..."

"Elas são minha propriedade e extremamente caras, compradas com o meu salário mínimo de guarda. Eu quero reembolso, moleque"

E assim, tive que assinar o formulário e ainda ter de entregar meu skate apreendido até segunda ordem! Aquele doente por gatos disse que só devolveria quando pagasse pelas suas petúnias... Em que planeta algo chamado "petúnia" é um problema?!

Tive que andar naquele sol escaldante até chegar em casa, e se não fosse os treinos de ginástica, eu provavelmente teria morrido no meio do caminho.

"Por onde você andou, James?" Perguntou minha mãe.

"Steve..."

Eu entreguei o formulário à ela.

"Outro formulário?!'

"É.."

"James, você precisa tomar mais cuidado!"

"Mas mãe, a culpa não foi minha!"

"Ah, não?!" Ela perguntou, com aquele olho mel faiscando "James, me explique as suas ocorrências escolares!"

"Mãe eu já..."

"Naquela vez em que você espalhou boatos pela escola que o suspensório do professor na verdade era de "As bananas de pijama", e o coitado teve que explicar umas cem vezes que ele não tinha uma fantasia e nunca na vida trabalhou pra TV na área infantil?"

"Isso foi na quarta série..."

"Aquilo foi culpa dele?!" Perguntou ela, ignorando o que eu disse "E aquela vez em que você soltou todos os sapos da aula biologia?!"

"Eu estava fazendo um favor aos bichinhos! E não havia nenhuma placa 'para a aula de biologia' "

"E a outra vez em que você explodiu um balão de água na cara da professora Nancy?"

"Ah, essa aí..." Eu ri "Essa aí eu queria acertar ela mesmo..."

"James!" Esganiçou-se mamãe "Quantas vezes eu já não disse: ' PARE DE SER ASSIM' !"

"Mas eu gosto de ser assim... Bom, exceto pelos óculos mais..."

Se ela estivesse com uma colher, eu estaria em coma.

"Você vai pagar as flores de Steve, e com o seu próprio dinheiro que você terá de arranjar até o fim da semana que vem, ou se não, ele não devolverá o seu skate.... E não! Não vou comprar um novo!"

Eu bufei e subi vagarosamente as escadas para o andar onde ficava o meu quarto, para uma casa alugada, até que era bem legal... Ou você nunca quis dizer "Estou subindo para o meu quarto" ?

Abri minha mochila pela primeira vez no dia - sim, primeira - e encarei minha lição de matemática, e voilá, está tudo "certo":

1) Eu tenho o dobro da idade que você tinha quando eu tinha a sua idade. Quando você tiver a minha idade, a soma delas será 45 anos. Quais são as nossas idades?

[R: Então amigo, quando você me convidar pra sua festa de aniversário eu te respondo, ok? Um abraço! ]

2) Num sítio existem patos e porcos, num total de 48 cabeças e 120 pés. Qual é o número de porcos e de patos?

[R: Como você sabe, vivo num lugar onde esses tals patos e porcos são vendidos em pet shops, então ao menos que você me dê uns de natal, eu não faço ideia de como esses bicho podem ser! Francamente... Quem faz essas perguntas?]

3) Se eu leio 5 páginas por dia de um livro, eu termino de ler 16 dias antes do que se eu estivesse lendo 3 páginas por dia. Quantas páginas tem o livro?

[R: Sinceramente, que pergunta idiota! Por favor, verifique a última página do livro e procure por um número bem pequeno! Espero ter ajudado. PS. Eu sei disso por que vi na nossa apostila de matemática! Acredita que ele estava atrapalhando o meu desenho?!]

"Pronto!" Eu disse, me jogando na cama, afinal, esses exercícios de matemática são realmente estressantes!

Meu notebook liga com o barulhinho do Bob Esponja - isso acontece quando você tem muito espaço na memória e muito tédio - que eu coloquei para quando chega alguma nova notificação, e quando eu li, eu disse mais ou menos isso:

"..."

Narrativa: Sirius Black

Ação: Voando

Sabe aquele momento em que você está caindo, e finalmente pensa que está voando e puff! Você bate no chão? Não? Exato... O barulho ridiculamente ampliado do meu celular pelo duto de ventilação - e então você se pergunta por que eu guardo o meu celular num duto, e essa é a parte em que finjo que eu não sei do que você está falando! -, me faz cair no chão como uma bigorna é atraída pela gravidade!

"Aii!" Eu ouço alguém gritar,

ah, é o Peter...

Eu chuto a base do colchão, em intenção de acorda-lo de vez, mas eu bato o mindinho e as lágrimas sobem os meus olhos.

"Você está bem?" Peter pergunta, agora com toda aquela pança de pé, me olhando com a cara socorro-você-vai-me-bater?-se-não-eu-fujo.

"S-só pega a merda daquele celular" Eu disse, querendo estrangular um coelho.

"É muito legal isso daqui! Você fez isso tudo sozinho?" Ele pergunta, observando meu esquema ante-seres-humanos, que consiste em:

1) Procure canos por aí;

2) Cole-os com qualquer coisa muito resistente na parede ao lado de algo que você queira guardar, e de forma decrescente, ou seja, ele tem que chegar no chão;

3) Arranje um carrinho de brinquedo - infantil, mas funciona! -;

4) Coloque o carrinho nos canos, de uma maneira que algo segure ele, e nesse "ele", amarre uma corda;

5) Ligue a outra ponta da corda na maçaneta de uma porta que você queira guardar, ou em qualquer parte de acesso da coisa que você queira proteger;

6) Sabe aquela parte do cano que está encostando o chão - como eu mencionei quatro regras à trás -? Assim que alguém puxar a maçaneta, o negócio que impede o carro de descer vai cair, e o carrinho vai poder escorregar pelo cano! Agora, coloque na base desse cano algo que faça barulho, como um prato de bateria, e pronto!

OBS. Lembre-se, se for uma porta, coloque o esquema sempre ao lado da maçaneta, e nunca do outro lado da porta!

"Ah, foi sim, mamãe diz que foi uma total perda de tempo, mas contínuo achando a coisa mais produtiva que fiz na minha vida" Eu disse, me recuperando da dor imbecil.

"Não acho que foi uma perda de tempo, podemos montar também castelos com picolé!" Ele disse.

"Ahn..."

"Okay, okay..." Ele disse "Olha! Uma mensagem no meu celular!"

"Sério?" Eu perguntei sarcasticamente, revirando os olhos.

Ele leu e eu disse...

Narrativa: James Potter

Ação: ...

"...Ferrou..."


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Notas finais do capítulo

¹: As notas da minha estória [A, B, C, D etc...] não são iguais ao do mundo real, e de C para cima, eu conto como "nota azul";
²: O diretor Dippet tem direito de enviar fichas escolares aos seus monitores, de acordo com a sua avaliação moral da pessoa, nada de burocracia. As fichas que são enviadas não são classificadas como "invasão de privacidade", pois tudo é constado aos pais quando o filho é matriculado.

OBS. Em comparação com os próximos episódios, esse tem muito mais palavras, por favor, não estranhem se perceberem uma caída no número de palavras [ farei o possível para a diferença não ser tão discrepante].



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