Algo importante, ou quase. escrita por venus


Capítulo 10
.almoço ou festa?.2


Notas iniciais do capítulo

"Ela não disse uma palavra, mas via em seu rosto a mágoa que o cobria. Ela só queria esconder, se mostrar forte, mas sua alma já estava cansada de tanto sofrer em silêncio. ”
— Gustavo Henrique.


"Você é uma mistura de coisa fofinha com putaria, de palavras meigas com boca suja e isso meio que me enlouquece. ”
— Vinícius Kretek.



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Eu simplesmente não entendia o por quê do meu pai não me querer mais em casa. Eu não era um filho drogado, ou mal educado, ou ladrão, ou qualquer coisa do tipo que fizesse o pai não querer mais o filho. Pai de verdade iria querer um filho mesmo sendo um ladrão mal educado drogado! Mas eu não dicuti nem perguntei o por quê daquilo para o senhor Foley McGregor - um machista. Sempre tive um pressentimento de que era adotado e quando indaguei sobre o assunto com a meu presado pai... Bem, ela me mostrou os registros da minha adoção. Eu era adotado. Eu, Brendan McGregor! O filho exemplar que arrancava suspiros, "gente boa" era como me definiam quando qualquer pessoa questiona sobre mim. Minha infância não tinha sido de toda ruim. Meus pais brigavam sempre, minha mãe faleceu de câncer quando eu tinha doze anos e nesse momento que eu comecei realmente a crescer. No fim das contas o câncer que a minha mãe tinha era no útero e o seu sonho era ser mãe. Trágico. Me adotaram. Fui criado pela família rica e respeitada, me parecia minimamente com minha mãe. Na verdade só a cor do cabelo mesmo. Enfim, vivi depois dos doze vendo meu pai se embebedando e gastando sua fortuna em cassinos com prostitutas. Com dezoito anos de idade ele chega em mim e diz:

– Está na hora de você sair de casa.

– Como assim? - indaguei confuso.

– Você entendeu, Brendan: não quero mais você nessa casa. Não tem mais espaço pra nós dois aqui.

– Claro, uma mansão de três andares com 19 quartos são pequenos demais para sr. Foley e seu ego.

– Faça como quiser, seu verme. Diga o que quiser... Não me importo. Aliás, nunca me importei! Só quero que saia da minha casa, ouviu seu bastardo? - Eu tinha entendido naquele momento que eu era definitivamente adotado. O bastado era a palavra chave.

Bem, aí eu recorri ao meu tio Ferrel McGregor, 47 anos. E, ah, me adora. Ele me cedeu um se seus hotéis como morada. Me forçou a ir para uma escola e estava tentando arrumar um emprego para mim. Eu entendia que ele só queria o meu bem estar, mas eu me sentia um lixo. E me senti um lixo gay quando conheci Louise Stuart.

Era quarta-feira e este era meu primeiro dia de aula na Scholl Hit e eu só queria ficar ouvindo música como uma ovelha fugindo do abate. Eu, apesar de ter sido muito popular na minha cidade natal, nunca fui o tipo de cara que tem amigos, namoradas ou coisa do tipo. Eram conhecido ou ficantes. Nada de mais. Estava pensativo quando Louise chegou. Ela estava com o uniforme de freira amassado deixando-a sexy - o que era muito difícil, mas ela conseguia -, os cabelos escorridos, a boca vermelha naturalmente. Não era muito alta e deduzi que tinha a idade certa para o 2º do colegial. Não tinha marcas de expressão nenhuma e quando me viu também não demonstrou nada apesar de me analisar. Lembro de ter pensado que ela não era grande coisa, na hora. Descobri na aula de Química que ela era A Louise Stuart. Um garoto malhado e idiota veio para cima de mim antes das aulas me "avisando" que se eu chegasse perto de Louise Stuart eu seria um cara morto. Um perfeito drama adolescente SE Louise fosse uma garota normal. Ah, ela não era. O riso fácil, as feições sérias, o jeito que encolhia os ombros como se tentasse proteger a si mesma de algo... Não sei, mexia comigo. Eu passe a entender no momento em que ela disse que eu era seu "diário suicida" o por quê da maioria dos garotos da Scholl Hit serem frenéticamente apaixonados por ela. A garota era incrível. Senso de humor, não era feia, não era insegura (tudo bem que se mostrava tímida, mas insegura não)... Ela tinha algo nos olhos que a denunciava. Uma placa enorme de "NÃO TENTE SE APROXIMAR" e eu amava aquilo. Ela não tentou fazer joguinhos e nem quis nada mais do que uma transa, era boa na cama. Depois de passar praticamente o dia com ela eu achava que estava gostando dela e possívelmente ela estaria na minha cama logo em breve se depender de mim. O passado dela era pesado e ele precisava do cara certo para ajudá-la com certas feridas, mas eu - definitivamente (mesmo) - não era o cara.

E ali na minha frente estava Louise Stuart. Com os cabelos bagunçados, sentada no meu colo de frente para mim enquanto gemia baixo meu nome. Eu estava beijando seu pescoço, ora deixando chupões. Eu já havia visto como era seu relacionamento com a família, com os amigos e deduzia que ela nasce sofredora. Mas era supostamente uma garota incrível apesar de tudo e de todos.

Estávamos em um quarto no andar de cima da casa de James Blenh, um conhecido da "minha" família. Ela, Louise, sabia como enlouquecer um homem e a todo momento que eu passava ao lado dela eu me sentia a beira da loucura. Cara, que raios de feitiço ela tem naquele beijo? Eu parecia um trouxa apaixonado igualmente aos muleques que correm atrás dela. Eles com toda a certeza não eram o suficiente para ela, mas e eu? Eu seria?

– Brendan? Que foi? - ela perguntou em uma voz manhosa quando me viu olhando para o teto reflexivo.

– Não foi nada. - eu sussurrei em sei ouvido com voz rouca. Senti ela se arrepiando e dei um sorriso sacana. Ela não era a mais normal das garotas, mas os meus "encantos" a deixavam como qualquer garota perto de mim. Eu apertava seus seios enquanto ela apertava as suas coxas americanas na minha cintura e arranhava meu abdômen. Ela gostava de me provocar com unhas e eu - claro - gostava de ser provocado, mas não deixava de revidar.
Estávamos em um nível alto de pegação quando ela sente meu pênis subindo e ri meio sem-graça. Louise tirou minha camiseta preta fina e desceu com beijos molhados até meu sexo que estava vibrando a cada toque dela. Meu coração acelerado na expectativa. Conseguia imaginar os lábios carnudos e vermelhos em um movimento suave de vai e vem no meu pênis. Ela desabotoou a minha calça demoradamente para me instigar. Ela só riu da minha cara quando bateu uma para mim e na hora H ela parou com a respiração ofegante de frente para o meu pau, pensou mais um pouco, se levantou e saiu do quarto me deixando abandonado com uma puta de uma tesão. Uma coisa era certo nisso tudo: Louise era muito complicada - e eu, infelizmente, como qualquer garoto, gosto disso.


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Notas finais do capítulo

Olá!!
O que acharam do ponto de vida do Brendan? Um pouco (talvez muito) boiola, mas eu não sei narrar como um garoto - o que é trágico. Além do capítulo ser curto eu acho que não mandei bem como Brendan, desculpa.

Mudando de assunto rapidão: que tipo de música você gosta? (cite nomes de bandas! - tô querendo ouvir algo novo e bom, se você quiser responder seria ótimo)

Comenta o que achou, beijos ;)