Deixe-me Ir escrita por Natália Carvalho


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

O prólogo amores. Talvez poste o Capítulo 1 este mês. Se tiver pelo menos 3 comentários.

Boa leitura! Espero que gostem.
Não sei se minha escrita é boa mas... Se tiver algum erro. É só avisar!



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"Prólogo"

Charles e Ellen haviam chegado por volta das 22h00min. Ás vezes, entravam escondido na biblioteca da cidade para ler, ou simplesmente admirar, alguns livros. Era ilegal, eles sabiam disso, mas, não estavam fazendo nada demais.

A própria bibliotecária sabia o que eles faziam, mas, nunca contou nada as autoridades. Afinal, estavam apenas lendo alguns livros, não é mesmo?

Como era de costume, acendiam algumas velas para enxergar melhor. Já que não podiam acender as luzes. Diana, a bibliotecária, havia os alertado a não fazer isso, por que iria chamar muita atenção.

– Charles. Acenda logo essa vela, por favor. – Disse Ellen, batendo seu joelho em algo. – Não estou enxergando nada.

– Só um minuto! – Disse Charles, tirando um isqueiro e algumas velas de seu bolso. – Bem melhor. – Disse acendendo duas velas. Entregando uma á Ellen – Qual livro quer ler hoje?

– Não sei. – Respondeu Ellen. – Ainda não pensei. Vou ver se encontro algum.

– Certo. Mas, lembre-se que temos apenas 1 hora. – Disse Charles, sentando-se em uma das cadeiras que rodeavam uma mesa de madeira antiga.

– Certo. – Disse ela, caminhando em direção as várias estantes de madeira, que iam até o teto da biblioteca. Suas prateleiras carregavam livros, para vários gostos ou necessidades, pesando toneladas. – Não vou escolher um muito grande. – Disse, desaparecendo atrás de uma das estantes.

– Certo. Eu vou terminar de ler o livro que comecei ontem. – Disse Charles, buscando o livro na prateleira e começando sua leitura.

O silêncio havia tomado conta da biblioteca. Deixando o local aterrorizante. Até um barulho quebrar a concentração de Charles.

– Ellen? – Perguntou ele, se levantando rapidamente, fazendo a mesa balançar. – Você está bem?

– Sim. – Respondeu ela. – Só derrubei alguns livros.

– Tudo bem. – Disse Charles, voltando a olhar para o livro que estava lendo. – Oh meu Deus! – Disse ele, ou perceber que o livro estava pegando fogo. A vela havia caído sobre o livro e estava o queimando por completo. Charles o jogou para longe, tirando seu casaco e batendo ele contra o livro em chamas.

– Charles? – Disse Ellen. – O que aconteceu?

– Nada demais. – Respondeu ele, aliviado por apagar o fogo livro. Agora teria que comprar um livro igual aquele, antes que alguém percebesse sua falta.

– Charles! – O grito de Ellen foi assustador.

– Ellen? – Gritou Charles, virando-se para trás. Uma das estantes de madeira estava coberta por fogo, que ia passando para as prateleiras ao redor. Em meio ao fogo, Charles avistou os cabelos loiros de Ellen. – Fique onde está. – Gritou. – Eu vou buscar você. – Enquanto ele procurava por um caminho que o levasse á Ellen, ela inspirava cada ver mais o oxigênio poluído pelo fogo. Depois de um tempo, Charles finalmente encontrou uma passagem que o levava diretamente á Ellen, ele só precisava passar por uma estante coberta por fogo, e... A estante caiu. Bloqueando a passagem de Charles.

– Char... Charles... – Disse Ellen, tossindo bastante.

– Fique ai! – Disse Charles, gritando. O lugar estava coberto por fogo. O cheiro era horrendo. A cada respiração de Charles, seu nariz doía, por causa da fumaça. Felizmente, a porta estava livre dos livros queimados, que formavam labirintos sem saída. – Eu vou buscar ajuda. Coloque a mão na boca. Respire o menos possível. – Ellen assentiu, fazendo o que Charles mandara. Ele estava caminhando na direção da porta. Estava a poucos centímetros dela, estava prestes a sair daquela sala, do fogo quando... Caiu... Ele estava prestes a desmaiar. Virou-se para olhar para Ellen. Ela também havia desmaiado. Os olhos azuis de Charles arderam, e se fecharam.

•~~ § ~~•

Seus olhos se abriram. Sua cabeça estava doendo. Um barulho de sirene percorreu por seu ouvido fazendo-o se levantar rapidamente.

– Não, senhor. – Disse um bombeiro, esticando seu braço, fazendo Charles deitar novamente na cama hospitalar. Ele estava sendo retirado da biblioteca. Vários bombeiros estavam tentando apagar as últimas chamas que percorriam o local.

– Minha... Minha mulher... – Disse Charles. As palavras mal saiam de sua boca.

– Não se esforce senhor. – Disse o bombeiro.

– Minha mulher. – Disse Charles, conseguindo pronunciar as palavras claramente. – Onde ela está?

– Ela... – Disse o bombeiro. – Ela ficará bem.

– Não. – Disse Charles, gemendo um pouco de dor. – Eu conheço esse tom. Meu pai já foi um bombeiro. O que está escondendo? O que aconteceu com ela? Onde ela está?

– Ela ficará bem.

– Não. – Disse Charles, se virando. Ele caiu da cama, com seus pés firmes no chão. O asfalto estava frio e úmido. – Onde ela... – Disse, olhando para frente, e encontrando Ellen. Ela estava em uma cama hospitalar, assim como ele. Mas, estava dentro de uma espécie de saco preto, era possível ver apenas seu rosto. – Ellen! – Gritou Charles, correndo em sua direção, com um pouco de dificuldade, todo o seu corpo doía.

– Senhor! – Gritou o bombeiro, correndo atrás de Charles.

– Ellen? – Disse Charles, se debruçando sobre Ellen. Ela estava fria, na verdade, muito fria. – Oi, meu amor. – Disse sorrindo. Ellen nem se mexeu. Por que estava dentro daquele saco? Charles já havia visto aquilo antes, no trabalho de seu pai. Ela estava... – O que aconteceu com ela? – Disse, chorando. Era impossível impedir aquelas lágrimas de rolarem sobre seu rosto. Apesar de Charles não querer acreditar. Ele já sabia o que havia acontecido. – Quer dizer... Ela não... Ela...

– Sua esposa está morta. – Disse outro bombeiro, colocando sua mão direita no ombro de Charles. – Meus pêsames.


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Notas finais do capítulo

Deixem suas opiniões aqui nos comentários. Elas, com certeza, iram me ajudar muito.
Se der. Posto o Capítulo 1 ainda este mês.



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