Viúva Negra: A lenda de Phil Ruffalo escrita por DLeindecker


Capítulo 4
Piratas e Mermaids


Notas iniciais do capítulo

Bom dia/tarde/noite/madrugada - sempre preparado, ahahaha -
SIM EU VOLTEI! Gente se o triangulo de "Essa história não é atualizada a mais de 45 dias, pode ter sido abandonada pelo autor" NÃO ACREDITEM, É UMA CALUNIA! Aqui estou eu pedindo desculpas! Eu estou tendo bloqueios do demônio, são coisas que nem com músicas resolvem, isso é triste! Eu tinha prometido para uma moça (ou moço, sorry não lembro) que ia postar no dia do aniversário dela (05/10) DESCULPA EU NÃO CONSEGUI, ME SINTO PÉSSIMO POR ISSO ;( - mas se serve de consolo:
"Parabéns anjo, muitas felicidades pra ti, to meio atrasado, mas é de coração ♥ Que você seja muito feliz sempre e.e!"
Então, consegui colocar ai dentro 3 personagens novos, UOOOOOOOUUUUU, se for o seu, deixe um coment nem que seja pra dizer "Valeu, ele ficou do jeito que eu queria" - hahah - to com saudade de vocês!
Espero que gostem! (se tiver qualquer erro me avisem, dei uma revisada, mas "aos olhos do autor, nenhuma vírgula é o terror")
Boa Leitura!



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Meus olhos não conseguiam acreditar no cenário horrível que estavam vendo, era realmente horrível. Mermaids para todos os lados, umas pegando os corpos falecidos para fazerem um banquete, outras salvando os que ainda conseguiam dar algum sinal de vida, no mínimo elas já tinham previsto isso, afinal todas essas bruxas são videntes. E com certeza também previram nossa chegada, pois um grupo estava tentando bloquear nossa passagem.

— Mim ser Phil Ruffalo... — comecei a falar e gesticular para a Mermaid que parecia a líder, para que pelo menos ela conseguisse me entender, nunca tive um contato tão próximo com elas, então não poderia saber se elas entendiam nossa língua — E eu ser o comandante desse navio!

— Sabemos quem é você, capitão Phil Ruffalo! — ela disse, e então vi que ela entendia completamente o que eu tinha para dizer — Podem passar, tem um homem querendo falar com você, no final daquela caverna.

Não foi muito fácil fazer minha “banheira” voltar à ativa, o clima estava bastante úmido e muito gélido, e a caldeira ficou gelada por um tempo, impedindo a queima da madeira. Mas o Viúva, quando voltou, veio com tudo. Olhei para o lado e vi Hello e Ali cochichando alguma coisa como "quem quer falar com o capitão" e outras coisas sobre Mermaids, nada relevante. Joe e James estavam passando algumas pedras nos fios das espadas, deixando-as afiadas.

— Deixem os canhões preparados para qualquer coisas! — cochichei nos ouvidos de Joe e James. O protegido já não era mais um problema tão grande, acho que já somos quase “amigos” — Não confio nem um pouco nessas bruxas nojentas, bom pelo menos não mais.

— Mas como saberemos quando atacar, ou se precisaremos atacar? — me perguntou Joe, se perdendo em algumas palavras, pobre Peste, estava com medo de não chegar mais a Noruega, e nunca mais ver sua pequena irmã — Você vai dar algum tipo de sinal?

Balancei a cabeça positivamente, com toda certeza eu estava mentindo, eu sabia que se algo acontecesse comigo, em hipótese alguma eu conseguiria avisar minha tripulação e provavelmente o Viúva afundaria, não por falta de cuidado dos meus marujos, mas por falta de aviso, Mermaids são animais traiçoeiros, furariam o casco do navio com seus dentes afiados, a água entraria, e o navio afundaria com o peso. Maldita hora para existirem Mermaids, eu pensei.

Coloquei a mão em meus coldres, verifiquei o sabre, as pistolas, a adaga, verifiquei se minhas cápsulas estavam com pólvora, eu tinha que estar preparado para qualquer coisa, aquela, por exemplo, poderia ser um plano do governo para me prender, mesmo sendo muito difícil, Mermaids não se misturam com governo, assim como água não se mistura com petróleo.

Os marujos estavam inquietos, sabiam do pior, eles conheciam assim como eu, esses monstros. Sabiam o que eu e muito mais piratas já passaram na mão dessas assassinas. Nem os mais otimistas acreditariam que realmente tinha alguém querendo falar comigo, acho que nem eu acreditava nisso, acho que minha vida esta prestes a desmoronar, que eu esteja errado por amor de Thor.

Meus pés andavam por cima das madeiras de cedro que a tampa do navio tinha, já estávamos próximos da caverna onde por sua vez estaria o tal homem que queria dirigir a palavra comigo, ela não era uma simples caverna, era lá onde as Mermaids faziam a reunião de seus clãs, eu sabia, eu sentia, na verdade eu não sentia, mas foi ali em que me trouxeram na primeira vez que me pegaram, logo que eu acordei não lembrando mais de nada, então eu sei o quão assombroso esse buraco do diabo é. Uma corda foi lançada do convés para baixo, ela tinha alguns nós o que facilitou minha decida, por sorte não vi nenhuma bruxa daquelas de vereda. Minha arcada dentária debatia uma com a outra, fazendo um som de ossos batendo, era frio dentro da caverna, meu nariz logo começou a sentir o cheiro da podridão que aquelas coisas faziam, ossos de todos os tipos de seres marinhos tinha lá, até ossos de gente estavam naquele chão verde como a podridão.

Um barulho de pegadas começou a se aproximar, pareciam botas, ou uma sandália de salto. Não bastava estar escuro lá dentro, eu tinha que estar acompanhado.

— Olá?! — eu lancei minhas palavras ao vento, que começaram a ecoar, pela gélida e úmida caverna — Quem está ai?

— Phil Ruffalo, digo... Capitão Phil, como você prefere ser chamado, não é mesmo?!... — uma voz feminina surgiu ali dentro, ecoando junto da minha — Meu nome é Minerva, e eu sou uma das "bruxas", como você mesmo diz. Siga-me, por favor!

— Fácil escutar alguém que enxerga no escuro falar para ser seguida, não é Minerva?! — eu perguntei grosseiramente, realmente não gosto dessas aberrações, pra falar a verdade gostei apenas de uma, faz muito tempo, por sorte, nunca chegamos a ter nada sério — Chegue mais perto, para eu conseguir te tocar, por favor. Mas claro, só para você me guiar, eu ainda tenho nojo de seres como vocês!

Uma base meio esponjosa encostou-se a minha mão direita, eu sabia que aquilo não era a mão dela, mas algum material o mais próximo possível de uma.

— Sabe, Minerva, eu gostaria de saber como vocês conseguem se transformar por tanto tempo em pessoas, assim como nós. — eu perguntei, tentando puxar assunto com aquela aberração — Você poderia me explicar, não é?

— Não somos frágeis como vocês, humano desprezível, somos fortes como Thor e assombrosas como Loki, nós fazemos coisas que não passam nem na cabeça de vocês! — ela me retrucou, do mesmo jeito grosso que eu fui antes — Mas se serve de consolo, sim, somos bruxas.

Aquela mulher era louca, cada palavra que ela dizia, minha espinha se arrepiava, eu estava parecendo os frangos que ficam nos arredores do castelo governamental da Noruega, eu pareço fraco pensando nisso, mas acho que eu não passo disso: um pedaço de carne vermelha, fraca e mortal.

— Sabe Phil, eu não odiava os humanos, mas vocês me fizeram odiá-los, eu sofri na mão de alguns, e depois fiz cada um deles sofrer nas minhas garras... — ela começou a me contar sua história, que parecia muito interessante — Mas sabe, teve um, um único garoto que não quis fazer aquilo comigo, na verdade ele me ajudou, eu gostaria de poder vê-lo algum dia, mas acho que ele já morreu, ele era fraco, muito fraco.

— Não que eu goste de bater papo com monstros como vocês — eu disse, e escutei uma espécie de rosnado vindo dela — Mas como o caminho parece ser longo, eu vou te dizer que também teve uma Mermaid que fez muito por mim, talvez ela fora minha única amiga da sua espécie que eu tive, mas ela fugiu, nunca mais ouvi falar dela, também espero reavê-la, ela era linda por sinal, diferente de você, é claro.

Escutei novamente outro rosnado, parecia mais forte, e mais raivoso, ela começou a caminhar rápido, e aquela coisa próxima de uma mão esponjosa me puxava por dentro daquela caverna escura. Ela realmente parecia voar por dentro daquele lugar, e de repente ela parou, e me puxou para perto dela.

— Essa aqui é a porta de entrada, abra-a! — ela disse com um tom feroz, bem diferente de antes, parecia mais um dos meus marujos falando — Ali dentro o senhor O'Rilley te espera para conversar. Antes que me pergunte quem ele é, eu já te digo, ele era capitão do navio que você estava prestes a furtar, se divirta com ele, Capitão Phil.

As palavras dela me deixaram com mais medo do que antes, eu ainda conseguia sentir sua presença. Coloquei a mão na maçaneta da maldita porta, e a abri. Um feixe de luz bastante forte vinha de lá, me virei para trás e vi Minerva me encarando, ela era realmente linda. Ela viu minha cara de deslumbrado, virou-se e saiu caminhando vagarosamente na direção oposta da minha. Logo depois disso, ouvi palmas, e elas vinham do interior daquela porta.

Segurei com as duas mãos as laterais da porta, e com cuidado fui expondo minha cabeça, parecia estar brincando de esconde-esconde na hora em que você tentava enxergar a pessoa que estava guardando o local. Consegui ver um homem sentado em um trono de ossos, que eram de origem humana, não sabia se dentro da taça que ele carregava havia vinho ou sangue, só sei que era um liquido de tom vermelho escuro. Ele era loiro, e tinha os olhos claros, porte físico de legitimo nobre, cheio de cicatriz e tatuagens tão estranhas que pareciam manchas solares. Ele me deu medo.

— Olha, olha se não é o grande conhecido Capitão Phil Ruffalo! — ele disse com uma voz grossa e respeitosa — Entre meu caro, finja que a caverna é sua!

Eu fui entrando lentamente, ainda estava com medo, eu sou péssimo para essas coisas, eu me assusto muito fácil, quem me dera ter Ali, Hello, Joe e até James aqui comigo, mas não, eu estava sozinho, com um homem que de tão arrumadinho tinha cara de psicopata frio.

— Olá grande conhecido que não me recordo o nome! — eu disse tentando ser engraçado e entusiasmado, assim como ele, mas na verdade, eu estava tentando parecer que não estava com medo — O que devo a honra que estar aqui conversando com sei lá quem?

— Ah claro! Desculpe-me pelos meus maus modos, me chamo Jasper O'Rilley Brachmann, mas pode me chamar de Filho da Puta, era assim que me conheciam pelas bandas da Dinamarca — ele disse, e deve ter visto minha espontânea risada na hora que ele falou "puta" — Vou ser rápido, não quero tomar mais seu tempo, muito menos o meu, o que eu quero te pedir, é que deixe-me entrar para sua tripulação, só isso. Agora que meu navio afundou só me resta obedecer a algumas ordens.

— Ora, ora “Filho da Puta” você quer entrar na minha tripulação, sei. Pelo seu modo de falar e agir vejo que não é algo definitivo, não é mesmo?

— Não mesmo, quero conseguir retomar uma frota minha talvez acabe levando um pouco da sua tripulação comigo, mas ainda quero ser seu amigo. — ele me respondeu com uma forte ironia.

— Você é meio debochado, não é mesmo? — eu perguntei boquiaberto com a resposta que ele me dera — Mas eu gosto disso, e espero que ganhe uma bela surra da Ali e da Hello! Está dentro!

Ele deu uma risada e mordeu o lado do lábio que tinha uma cicatriz, parecia estar tentando me seduzir, pois é, estou realmente com medo desse cara. Alguns barulhos começaram a vir lá de fora, era uma gritaria de Mermaids, que não dava quase para aguentar. Olhei para Jasper e balancei a cabeça, acho que ele tinha entendido o que quis dizer, agora ele estava correndo ao meu lado. Estávamos tentando sair daquela tumba, e eu ainda não sabia se aquilo era sangue ou vinho, mas não importa agora. O barulho aumentava a cada vez que nos aproximávamos mais, a luz do fim da caverna já era vista por mim, finalmente saímos.

— O que diabos está acontecendo aqui?! — eu gritei logo que vi a cena dos meus marujos atacando inutilmente as fortes Mermaids que estavam ali — Eu disse pra atacar só se houvesse algum sinal! Vocês são tão idiotas assim por acaso?!

Todos param de atacar assim que me viram, eles pareciam que estavam vendo um fantasma, acho que pensaram que eu havia morrido marujos de pouca fé, Capitão Phil Ruffalo não morre tão fácil assim. Estavam todos ali, Piratas e Mermaids. Mermaids e Piratas.

Minerva me olhava com uma cara estranha, mas mesmo assim linda, seus olhos mostravam desprezo sobre mim e sobre minha tripulação, eu sabia que aquilo que eles fizeram era errado, mas ela não precisava me fuzilar daquele jeito com seus olhos incrivelmente sexys. Olhei para Jasper e fiz um sinal com os olhos, pedindo para me seguir.

Subi no Viúva do mesmo modo que desci, pela corda, e depois ajudei Jasper a chegar lá em cima também.

— Pessoal esse aqui é o Jasper O’Rilley. — eu disse entusiasmado, do mesmo modo que sempre apresento um pirata novo para meus marujos — Mas podem o chamar de Filho da Puta, e sei que um dia ele explicará o significado desse apelido infame.

Olhei para eles e já vi uns se cumprimentando, olhei a quantia de cápsulas e laminas quebradas no chão do convés, e levei a mão na testa, como que quer dizer "puta que me pariu, assim vocês me levam a falência".

— E agora me lembrem de passar na Dinamarca depois de sairmos da Noruega, teremos que fazer algumas comprinhas lá no Baelish! — eu disse — Vocês quebraram e gastaram muita coisa com esse show de vocês, armas novas saem caro, sabiam?!

Todos me olharam com a cara ainda espantada por eu estar vivo, agora tenho certeza que a tripulação me acha um fracote e isso, por um lado é bom, assim eles não ficam tanto no meu pé. As Mermaids aceitaram meu pedido de desculpas e assim pude ver que Minerva não era uma simples bruxa, ela era uma das mais importantes Mermaids, por isso fora ela quem me acompanhou. No fundo eu sabia que ela era importante, mas não que ela fazia parte do grande conselho.

Depois de resolver o mal entendido, o navio ficou a todo o vapor, e enfim podemos continuar nossa viagem até a Noruega.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?? Tomara que sim u.u
Deixem aquele review bunitinho, pro tio Phil responder (óia que ele responde mesmo)
Outra gente, meus amiguinhos teimam em pronunciar "Fil", digo aqui bem claro que o personagem é meu, e a pronúncia correta é "Pil" com P, não com F. - ahahha - digam ai como vocês pronunciavam e.e
Até mais, pés de anjos ♥