Tigres domesticáveis. escrita por OhhTrakinas


Capítulo 1
One-shot.


Notas iniciais do capítulo

E MAIS UMA KAGAKURO. Eu disse que estava inspirada, EU DISSE.
Só que esta daqui não é bem uma Kagakuro <_< Slá... Vocs que decidem. kkkkk
Bjs na bunda e boua leitchura ;*



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Seria mais fácil se fosse apenas um cachorro, um gato, e quem sabe um pássaro. Mas cuidar de um animal daqueles era totalmente diferente e para alguns fora de cogitação; mas para ele, Kuroko Tetsuya, já havia se acostumado com aquilo, e passara mais de três meses cuidando daquele felino imenso.

Felino este que tem uma pelagem linda, exótica, dentes de dar medo, porém só usado para rasgar a carne de bois que o azulado comprava no açougue, e patas enormes que tinha o tamanho de sua cabeça. Tigres realmente são perfeitos, não é?

Para aqueles que são amantes desse felino majestoso, estaria se mordendo por completo ao saber que Kuroko está cuidando de um. Mas é por tempo limitado, tem que cuidar dele até que sua área no zoológico esteja totalmente arrumada e reformada.

Mas que tipo de zoológico entregaria um tigre para uma pessoa normal cuidar!? Simples. Kuroko era funcionário do zoológico e cuidava da ala felina junto com seu amigo de trabalho Kise Ryota. Kuroko era o mais familiarizado com o Tigre, que recebeu o nome de Kagami Taiga. Bom, mas talvez seja extremamente estranho um tigre viver numa casa com pouco espaço, não é? Acontece que o tigre já é de cativeiro, está acostumado com o ambiente humano e familiarizado com os mesmos. Principalmente com o Kuroko.

Bom, enfim.

Lá estava ele. Deitado sobre o sofá de três lugares, ocupando os três! Era um animal realmente grande e majestoso; lindo. Era bastante dorminhoco, passava a tarde toda dormindo, o que facilitava muito para Kuroko, mas as vezes, ficava acordado a noite toda também.

Ainda eram seis e dez da manhã. O sol nem aparecera direito e o tigre já estava se espreguiçando no sofá. Ele abre seus olhos rubros um tanto intimidadores, mas que não faria mal a nenhum humano. Ele vai para o chão, se espreguiçando, pondo as garras para fora arranhando e estragando o tapete da sala. No mínimo Kuroko ficaria um pouco irritado com aquilo. Mas dane-se.

Totalmente acordado ele vai até a cozinha, para ver se sentia algum cheiro de carne fresca em cima da pia, mas nada. Só sentia cheiro de louça suja, o que fez recuar um pouco da pia. Bem que Kagami sabia onde ficava as carnes, era dentro da geladeira no freezer. E ele alcançava... Mas de que adianta alcançar o freezer se não sabe abrir aquela porcaria?

Ele solta um ronronar meio frustrado, teria de subvir as escadas e ir para o quarto de Kuroko; estava morrendo de fome.

O felino sai da cozinha caminhando sempre, e sobe as escadas dando pulos, saltando três e quatro degraus de uma vez só. O corredor tinha três portas. Um é para um quarto de vizitas, o outro era onde Kuroko ficava pelado e deixava a água escorrer sobre seu corpo, aliás, Kagami já tomou banho com Kuroko, o que fez o banheiro ficar cheio de sabão e todo bagunçado; e por fim o quarto do próprio azulado, onde mantinha a porta fechada.

Kagami vai até a porta e fica sobre duas patas, ficando com seus surpreendentemente três metros de altura. Realmente, tigres são grandes. Ele começa a arranhar a porta e murmurar alguns sons altos para chamar atenção do azulado, mas via que não adiantava nada. Então ele começa a mexer na maçaneta e a puxa pra baixo, abrindo a porta.

O quarto estava escuro, mas conseguia enxergar na escuridão mesmo assim. E via perfeitamente o menor deitado sobre a cama de casal dormindo pesadamente. Ele vai até a cama e pula em cima, sentindo o colchão balançar por causa de seu peso e o corpo do azulado remexer-se, mas Kuroko não acorda.

Eram exatamente 220 quilos que aquele animal tinha, ainda bem que a cama era boa e aguentava o peso dele. Kagami encarava o menor com olhos curiosos. Realmente gostava dele. Ele era o tipo de humano gentil que sempre tinha paciência para lidar com ele.

O felino aproxima seu focinho no rosto de Kuroko e começa a lamber o rosto do menor. Com a língua áspera cheia de saliva, o azulado leva um susto e abre os olhos rapidamente, se levantando. Quando percebe, estava com o rosto todo molhado, e até os cabelos estavam pra cima por causa da lambida que recebera.

-Ahh, que nojo! –Resmunga Kuroko. –Hunf... Bom dia, garotão... –Falou num sorriso meigo, passando a mão no grande animal que estava sentado na sua frente.

-Já está com fome? Que horas são? –Falou, olhando para o relógio que ainda marcava seis e treze da manhã. Ele então boceja, se espreguiçando e preparando-se pra se levantar da cama quentinha, para alimentar um certo felino.

Desceu as escadas sendo seguido pelo tigre. Ele vai até a cozinha e abre o freeze, revelando a quantidade de carne que havia dentro, fazendo Kagami salivar e lamber o focinho constantemente. Ainda bem que o zoológico bancava a quantidade de carne que o tigre consumia, se não, Kuroko estaria falido.

O azulado retira uma bandeja com cinco quilos, e bota na água quente para descongelar. Depois de alguns minutos, totalmente descongelada, ele tira do saquinho e coloca tudo em cima de um prato.

-Ei, ei, ei, não é pra comer agora, pode esperar! –Falou o azulado para o tigre que estava o rodeando e tentando pegar a carne.

-Vai pra sala... –Disse Kuroko, mas o felino não obedecia.

-Pra sala... –Falou sério. E nada...

O azulado dá um tapa na traseira do tigre, o que faz ele ir para sala. Francamente, Kagami ainda não percebeu que estava sendo domado por uma criatura três vezes menor que ele e com uma diferença de peso absurda. Eram 60Kg contra 220Kg ...

Kuroko chega na sala com o prato de carne acima dos ombros. E Kagami estava sentado, encarando o prato suculento.

-Ei, Kagami, olha aqui... –Estalou os dedos, fazendo o tigre olhar para si.

-Dá pata... –E o tigre obedece. Levantando uma de suas patas dianteiras, sendo pega pela pequena mão de Kuroko. A pata daquele tigre era enorme também.

-Isso, bom menino. Agora deita.

E Kagami obedece, dentando no chão de barriga para cima.

-Isso mesmo, garotão. –Kuroko acaricia a barriga do felino. As vezes Kuroko fazia com que Kagami se parecesse com um cachorro.

-Agora, levante. –Kuroko faz um sinal com as mãos para que Kagami fique de pé. E foi o que fez. Kagami se levanta e fica em pé, mostrando a grande diferença de tamanho que ambos tinham. Kuroko era quase nada perto dele.

-Muito bom... Agora pode comer. –Kuroko bota a carne no chão e Kagami vai devorando o alimento com vontade. Pondo as garras para fora, mordendo e rasgando a carne com aqueles dentes fiados e até soltava uns ronronados altos que poderiam se tornar rugidos.

Mesmo vendo aquela cena, que para muitos poderia causar medo, Kuroko o fitava com um sorrisinho meigo. Realmente gostava muito daquele tigre, como um dono gosta de seu cachorro. Pena que daqui alguns dias, Kagami voltaria para o zoológico, mas iriam se ver do mesmo jeito, afinal, Kuroko trabalha lá cuidando dele.

O azulado se afasta, deixando o felino se alimentar e senta-se no sofá. Ele pega o telefone e liga para a casa de seu amigo Kise, já sabendo que o mesmo estaria acordado, afinal, não era só o Kuroko que estava naquela situação.

-Alô? Kise-kun.

-Ohh, Kurokocchi! Bom dia! –Disse animadamente no telefone.

-Bom dia. E aí, como que está as coisas? –Perguntou.

-Ah, está tudo bem, só o- UOOOHH, N-NÃO SOBE AÍ!

-Hhahahaha, ele está dando muito trabalho?

-Olha, não é fácil cuidar dessa pantera, viu... Ele cismou com o meu lustre! Ele quer por que quer pegar o negócio que tá no teto!

-Hahaha, não se preocupe, eles voltaram para o zoológico depois de amanhã.

-Ahh, se bem que vou sentir saudades do Aomine subindo aqui nas coisas e tentando destruir tudo... –Falou.

Kuroko cuidava de Kagami, e Kise, cuidava de Aomine, uma pantera negra nada amigável. Só aceitava Kise como cuidador no zoológico.

-Boa sorte então. Nos vemos daqui alguns dias.

-Ok, ok. Tchau, Kurokocchi!

-Tchau.

Kuroko quando vai desligar, ouve do outro lado da linha do telefone, um barulho de vidro quebrando e a voz do Kise dando bronca. É, parece que a pantera conseguiu o que queria...

Quando devolveu o telefone no lugar, Kuroko sente Kagami subir no sofá chamando sua atenção. Ele olha para o prato e vê que não sobrava nenhuma carne e focinho do tigre estava sujo de sangue.

-Olhe só, se sujou todo... –Falou passando a mão na cabeça do animal.

Kagami passa a cara no corpo de Kuroko, pedindo carinho. Realmente, ele não agia como um tigre deveria agir, era mais um gatinho!

O azulado começa a cariciar a cabeça de Kagami, até que o felino pega no sono, dormindo novamente. Kuroko olha para o relógio na parede e vê que ainda eram sete da manhã. Dava pra tirar um cochilo. E foi o que fez.

Passou a manhã cochilando ao lado do seu Tigre. Kagami Taiga...


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Notas finais do capítulo

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