The Fairy and The Dragon escrita por Aodh


Capítulo 20
Always with you


Notas iniciais do capítulo

Demorei de novo t...t
Me perdoem, espero compensar com o capítulo gigante :3



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"Looking at you makes it harder
But I know that you'll find another
Doesn't always make you want to cry
It started with the perfect kiss then
We could feel the poison set in
Perfect couldn't keep this love alive"

Already Gone - Sleeping at last

 

Aquarius jogou água fria no rosto e em seguida olhou para o espelho, odiava ter que admitir, mas estava um caco, mais pálida do que geralmente era, e podia jurar que uma ruga tinha aparecido em sua testa nas últimas vinte e quatro horas.

—Garota imbecil! – Suspirou enquanto pegava a toalha de rosto e saia do banheiro em direção ao quarto – Impulsiva, egoísta!

Sentou-se na beirada da cama com um enorme enquanto estendia a mão para pegar a escova em cima do criado mudo até que sentiu tocar em algo. Virou para ver o porta retrato prateado e nele uma foto de Layla, Aquarius que havia tirado aquela foto no dia em que as duas souberam que haviam entrado na universidade que queriam.

—Tão linda – Apertou a fotografia – Você sofreu Layla? Se eu estivesse aqui teria segurado sua mão até os últimos segundos, talvez não carregasse todo esse arrependimento em mim, se eu tivesse a chance de olhar para você e falar uma última vez...

Recolocou a fotografia no lugar tentando afastar as lembranças que sempre a deixavam aflita, tinha que manter o foco. Lucy estava em sua casa e tudo que tinha que fazer era mantê-la segura até que Zeref fosse embora, mas uma dúvida começou a atormentá-la desde o final de semana quando pôde ouvir partes das conversas entre ele e o pai de Lucy, algo que envolvia o nome de Layla e como ela teria morrido, uma viagem, um naufrágio, mais pessoas morreram naquele mesmo dia...

—Não é possível, Layla jamais se arriscaria dessa maneira, tudo que mais importava para ela era Lucy – Massageou as têmporas – Não vai adiantar nada eu ficar remoendo essa história nesse momento, tenho que me concentrar na promessa que fiz a ela, Lucy é que mais importa para mim também.

Vestiu uma roupa fresca e foi em direção ao quarto que Lucy estava, já havia passado algum tempo desde que terminaram a longa conversa, não foi de todo ruim, a garota confiava nela e Aquarius se comportou como uma mãe, repreendendo quando necessário, mas acima de tudo: não julgando.

—Lucy – Bateu de leve na porta que se encontrava fechada – Vou entrar – Abriu a porta e ficou paralisada com a visão que teve – O... que...

—Como estou? – Lucy esboçou um enorme sorriso.

Ela usava um dos vestidos da mãe, leve e florido, a peça se ajustava tão bem ao seu corpo que parecia ter sido feita para ela, deixava à mostra os ombros delicados e parte do busto. Lucy também havia prendido o cabelo como em uma das fotos que encontrou nas paredes do quarto, então andou até próximo a Aquarius e girou mostrando a roupa.

—L-Layla... – Aquarius balbuciou – Layla.

Não conseguiu conter o nó na garganta e deixou que as lágrimas rolassem, só então se deu conta, não podia ser ela, por alguns segundos sentiu novamente aquele sentimento reconfortante de tê-la por perto, mas não era ela e então sentiu o pesar voltar, levou as mãos aos olhos tentando afastar as lágrimas.

—Aquarius? – Lucy tentou se aproximar – Fiz algo errado?

—Não olhe para mim – Virou de costas e enxugou as lágrimas rapidamente com as costas das mãos – Só, espere um segundo.

Respirou fundo algumas vezes tentando controlar as batidas enlouquecidas do seu coração. Céus, a quanto tempo não sentia aquilo. Quando teve a certeza que não cairia no choro novamente virou para encarar Lucy, e ela estava lá, linda, radiante e idêntica a mãe. Aquarius se aproximou e a abraçou fortemente.

—Aquarius? – Lucy estranhou aquele gesto – Tem certeza que está tudo bem?

—Sim – Aquarius sorria – Você não fez nada errado, é só que por alguns segundos eu jurei ter visto sua mãe bem na minha frente – Tocou o rosto de Lucy – Layla ficaria tão orgulhosa se visse você agora minha menina, ela diria que você continua sendo um anjo para ela, apesar de eu duvidar dessa última parte.

—Aquarius – Finalmente retribuiu o abraço – Você sente muito a falta dela, não é?

—Sim, Layla era minha melhor amiga...

—Faz tanto tempo – Lucy suspirou – Tem dias que eu não me lembro como era o toque dela, ou esqueço como era seu tom de voz e me sinto horrível por isso, eu deveria lembrar, ela era minha mãe.

—Não se culpe por isso, você era só uma criança quando aconteceu, não conseguiria mesmo lembrar de tudo –  Sorriu  - Agora você só tem que viver Lucy, aproveitar tudo que está ao seu redor para que não tenha nenhum tipo de arrependimento, mas claro, sem exagerar, o cabeça-de-fósforo é um exemplo claro de algo que você deve ficar longe.

—Eu amo Natsu – Lucy olhou para Aquarius seriamente – De verdade.

—Ah Lucy – Aquarius suspirou – Só me prometa que vai se comportar, não queremos seu pai irritado ou aquela conversa de te mandar para um internato vai realmente se concretizar e eu não vou poder ajudar você. Agora tire o vestido e coloque o pijama, já é quase meia noite e amanhã cedo tenho que te levar para o colégio.

Saiu do quarto em que Lucy estava e ficou vagando pela casa olhando para o relógio a cada cinco minutos, as horas pareciam não passar, até que soou meio noite. Foi até o pequeno closet no canto do quarto e retirou um casaco, fazia um pouco de frio naquela noite. Caminhou até o quarto de Layla e abriu a porta vagarosamente, não queria acordar Lucy, pelo que havia percebido ela estava muito cansada.

Andou até a janela e certificou-se de que estava bem trancada, tinha uma grade reforçada por fora, mas ainda assim... Estava receosa de sair e deixar a garota sozinha, mas nada aconteceria, a empresa de Ignell tinha instalado um ótimo equipamento de segurança ali, eficiente e discreto.

Se aproximou da cama e olhou Lucy, ela estava adormecida abraçada com um dos ursos que encontrou no quarto, Aquarius sorriu com aquela cena, anos atrás a mesma coisa tinha se repetido no dia em que ela mesma tinha dado aquele urso de presente a garota, mas Lucy era tão pequena que não se lembraria de nada do que aconteceu naquele dia, o parque, o piquenique, elas voltando para casa felizes, Layla sorrindo e cantando sua música favorita dentro do carro e então... A viagem para Inglaterra aconteceu e Layla se foi logo em seguida.

—Fique bem Lucy – Aquarius puxou as cobertas para cobrir melhor a garota – Seja a mulher que sua mãe sempre sonhou que você fosse, está bem? Eu vou cuidar de você assim como prometi para ela e um dia vamos fazer tudo que combinamos antes, mesmo Layla não estando aqui, vamos ser felizes longe de tudo isso.

Beijou a testa de Lucy e afagou seus cabelos antes de sair do quarto e fechar a porta. Mais uma vez olhou o sistema de segurança e todas as fechaduras, estava tudo bem, ninguém entraria naquele lugar. Rumou para as portas dos fundos e sentiu um leve arrepio quando o vento gelado tocou em seu rosto, tinha que ir, estavam esperando por ela.

**

 Ur estava tirando as chaves da moto do porta chaves atrás da porta, colocou sua jaqueta habitual e já girava a maçaneta quanto ouviu passos na escada.

—Gray, você deveria esta deitado, amanhã cedo tem aula – Não se virou para encarar o filho – Lyon já está dormindo e você devia fazer o mesmo.

—Só queria um pouco de água – Gray evitou o olhar da mãe – Você deveria mesmo sair nesse horário?

—Preciso resolver um problema na delegacia, uma criança perdida, estão me esperando – Tentou abrir a porta, mas Gray a impediu – Volte para a cama Gray, não vou me demorar lá.

—Não! Você... você trabalha o dia inteiro e agora pela noite também?! – Ele gesticulava nervosamente – Você se preocupa tanto com a família dos outros, das outras crianças, comigo e Lyon e acaba esquecendo de você mesma!

—Chega Gray – Ur disse seca.

—Você ainda se culpa pela Ultear, não é?!

—Eu disse chega! – Ur saiu de perto da porta e se aproximou do filho – Eu disse que tenho trabalho e preciso ir para a delegacia, agora você vai voltar para o seu quarto e dormir.

—Se... Se Ur ainda estiver viva? Se ela por milagre aparecesse?

—Nós procuramos durante anos Gray, sua irmã não está mais aqui. Eu superei, seu pai e Lyon também, agora é sua vez.

—Eu estava segurando a mão dela... quando... – Gray tentava ser forte, mas as lágrimas teimaram em cair dos seus olhos – Nós não vimos ela ser enterrada.

—Gray... – Ur o abraçou – A doença de Ultear não tinha cura, nós tentamos de tudo, buscamos todos os médicos possíveis, ela descansou. Agora vá se deitar está bem? – Beijou o alto da cabeça do filho – Amanhã antes do café devo chegar em casa, seu pai também chega de viagem no final da tarde.

Gray secou as lágrimas restantes e concordou, odiava chorar daquela maneira, mas depois que aquela garota tinha voltado para a escola tudo parecia ter desmoronado. Ele não queria falar aquilo para a mãe, dar falsas esperanças, mas sentia que se não o fizesse acabaria engasgando.

—Uma garota nova na escola, ela... se chama Ultear e é muito parecida com você nas fotos da época em que estudou na Fairy Tail. Eu só-

—Esqueça isso, volto amanhã cedo – Ur disse e em seguida saiu batendo a porta.

Se aproximou da moto e deu a partida, sua cabeça martelava, e se Ultear estivesse em algum lugar, viva! Não podia se apegar a falsas esperanças, tinha sofrido muito na época em que aconteceu e prometeu a si mesma que não entraria em nada perigoso e era exatamente o que iria fazer naquela noite, ficaria longe de Zeref e tudo que poderia vir dele.

~~~

Makarov estava de pé em frente ao sofá do pequeno cômodo, todos já haviam chegado e ele apenas respirava fundo para tentar colocar as ideias e todo seu discurso em prática. Naquele lugar não seriam incomodados por ninguém.

—Bem – Começou – Todos vocês sabem o motivo dessa reunião: Zeref voltou. Ele conseguiu reestruturar o projeto que tinha na ilha e está recrutando novas pessoas para continuar os testes, temos que o impedir de uma vez por todas.

 _Não, não temos – Ur se levantou – Nossas famílias pagaram por esse erro imenso de querer fazer mais do que podíamos. Perdemos pessoas importantes e eu não quero perder mais ninguém, quero continuar vivendo e ter meus filhos salvos dentro de casa – Olhou ao redor – Se vocês quiserem continuar com essa história, podem continuar, mas me tirem disso, dessa vez eu não vou ajudar.

—Ur... – Makarov começou – Você sabe das consequências se nós não interferimos, não sabe?

—Sim, eu sei – Ela sorriu irônica – Ultear é a prova de como eu sei! Ah qual é! – Sacudiu os braços impacientes – Eu não fui a única a perder uma parte de mim em tudo isso e sei que a maioria aqui pensa o mesmo, não é Eileen?

—Sim – A mãe de Erza suspirou – Me desculpe Makarov, mas a verdade é que nenhuma de nós quer entrar nesse jogo novamente, não temos a mesma idade e disposição de anos atrás, nossos filhos cresceram e até o momento tudo está bem, só queremos paz, entende?

—E como acham que vão encontrar paz?! Zeref vai destruir tudo que tocar!

—Já decidimos, quero Erza longe dessa história, ela já sofreu demais anos atrás e não quero que se repita. Ur quer proteger Gray e Lyon, eu quero proteger minha filha, por isso, estou fora dessa vez.

—Igneel não faria isso – Gildarts foi ao encontro da irmã – Eileen, reconsidere.

—Igneel está morto e se continuarmos com essas ideias estúpidas também estaremos – A ruiva suspirou – Eu amo você Gildarts, é meu irmão, Igneel se foi, mas a memória dele está sempre comigo. Você deveria se lembrar de Cornelia e tudo que aconteceu, proteja Cana, ela precisa tanto de você agora, mas parece que você não enxerga. Também tem que proteger Natsu, aliás, eu mesma vou protege-lo. Se você insistir nessa história levo meus sobrinhos para minha casa, longe de você.

—Você não ousaria!

—Sim, continue e veja se não sou capaz.

—Okay, okay – Aquarius separou os dois – Não queremos começar uma guerra nesse momento não é mesmo? Eu quero proteger Lucy, como prometi a Layla, mas não vou me envolver diretamente com isso está bem? Vou continuar passando as informações que conseguir e se sentir que está ficando perigoso vou recuar sem pensar duas vezes – Pegou o casaco e rumou para a porta – Agora vou indo, estou preocupada com Lucy sozinha em casa, Ur, Eileen, vocês vem?

Com um aceno de cabeça as três mulheres se despediram deixando Makarov e Gildarts sozinhos na sala. O mais novo caminhou até o sofá gasto e sentou soltando um suspiro cansado no processo.

—É velhote, parece que estamos sozinhos dessa vez, e logo Zeref vai colocar suas mãos sujas em algo que nos pertence.

—Eu sei, Takeo disse que já está quase conseguindo tudo que precisa para entregar a polícia. Precisamos ter provas concretas ou então ninguém jamais acreditará – Suspirou – Que bom que está do meu lado Gildarts, se trabalharmos juntos, vamos vencer – Apertou a mão de Gildarts com força – Vamos conseguir!

***

—Okay, calados todos vocês! – Gildarts jogou os livros em cima da mesa – Só preciso dar um aviso antes de começar a aula, se vocês permitirem é claro.

—Parece que alguém acordou com o pé esquerdo hoje – Cana sussurrou.

—Cana, alguma coisa para acrescentar? Quer dividir com a turma?

—Não, definitivamente, não.

—Certo. Os jogos escolares vão começar em menos de dois meses, então as atividades esportivas dos clubes vão entrar em treinamento rigoroso, quem quiser participar vai ter que passar pela seletiva dos responsáveis de cada clube que decidirão quem vai competir nas modalidades, então, quem por acaso ainda não estava em um clube – Sorriu para a turma – Terão mais uma chance, podem tentar os testes, se passarem estarão no clube e dentro da competição. Os testes serão amanhã à tarde, participem – Pegou os óculos em cima da mesa e ajeitou no rosto – Agora vamos à aula, abram o livro na página 59...

A aula não demorou muito a terminar, mas Mirajane novamente não prestou atenção em tudo que Gildarts falou, durante a maior parte do tempo estava olhando para Erza, olhando seus cabelos vermelhos soltos, como ela colocava a caneta nos lábios quando parecia não entender algo ou quando ela sorria por ter entendido. ‘Oh droga Mira, você precisa se concentrar’. Encostou a cabeça na mesa e não percebeu quando o professor saiu da sala, era hora do almoço.

—Mira, está se sentindo bem? – Erza ajeitou os cabelos prateados da amiga atrás da orelha – Você mal prestou atenção na aula.

—E-estou bem – Ela sorriu nervosamente – Só cansada, acho que fui dormir muito tarde ontem.

—Pensando em algo?

‘Em você’, Mirajane pensou, mas engoliu a resposta.

—Não, só fiquei sem sono mesmo – Sorriu – Obrigada por se preocupar.

—Será que sua mãe deixa você participar dos jogos? Precisamos de você no time de Hand, que tal?

—Não sei se ela deixaria, vamos almoçar? Estou morrendo de fome.

—Sim! Trouxe almoço hoje, acho que minha mãe colocou demais, quer dividir?

—Não teria problemas? – Mira corou – Depois você pode ficar com fome...

—Claro que não! Tem o bastante e - Erza parou no meio do caminho – Vamos almoçar no último andar, está bem?

Mirajane não entendeu de imediato, de repente a ruiva havia perdido toda a animação anterior, então olhou ao redor e viu em uma das mesas Jellal e Ultear sentados juntos, eles sorriam enquanto conversavam e viu rapidamente que estavam de mãos dadas, segurou a mão da amiga e a tirou daquele lugar.

Não tinha ninguém no último andar, estava silencioso, o único barulho que podia ser ouvido era o som dos hashis tocando a vasilha e os suspiros profundos que Erza dava de vez em quando, Mirajane já não suportava aquilo.

—Você não devia ficar assim por causa dele.

—E quem disse que estou assim por causa de Jellal? – Erza murmurou – Só queria almoçar em paz mesmo.

—Você está irritada, eu sei – A albina deixou os hashis de lado e sentou ao lado da amiga – Não deveria ficar assim, odeio quando fica assim.

—Não estou irritada, posso te perguntar uma coisa? – Erza não esperou resposta – É a Yukino? A garota que você gosta?

—O quê? – Mirajane encarou a ruiva – Não!

—Tem certeza? Vocês pareciam tão apegadas ontem – Arqueou uma sobrancelha – Não precisa mentir para mim, achei que de todas as pessoas você confiaria em mim para contar isso.

—Não é a Yuki.

—Yuki... ts, não deveria mentir assim.

—Por que está irritada? Achei que não se importasse com isso.

—Mas me importo! – Erza ficou de pé – Me importo com você e quer saber por que estou tão irritada?

—Sim, se me ajudar a entender tudo isso.

—Estou irritada comigo Mirajane! Por não entender meus próprios sentimentos, por desmoronar quando o assunto é Jellal! Estou irritada com ele por ficar sempre com Ultear e me falar aquelas coisas todas! E estou irritada com você por não confiar em mim e por ter me contado que gostava de garotas e me deixado ainda mais confusa!

Erza ofegava, então viu os olhos de Mirajane assustados, ela sabia que tinha passado dos limites, não tinha que ter dito nada daquilo, mas simplesmente saiu de sua boca.

—Mira... eu...

—Não precisa falar nada – Mirajane a encarou – Se eu estou te deixando desconfortável tudo bem, vou me afastar até que você consiga entender isso tudo.

—Mira, não faz assim – Tentou segurar o braço da amiga, mas foi repelida – Mira...

Erza viu a amiga descer as escadas com passos rápidos, tinha falado demais de novo e aquilo foi realmente ruim.

—Argh! – Passou as mãos no rosto – Droga Erza! Droga! Você sempre acaba falando coisas demais! – Sentou no chão colocando o rosto entre as mãos – Sempre...

No final do corredor em uma das pequenas salas Natsu e Lucy estavam tetando controlar a respiração ofegante, estavam suados e tensos, quase tinham sido pegos.

—Quase nos pegaram! – Lucy estava nervosa – E se tivessem nos visto? Se fosse algum dos professores? Aliás, e SE nos viram?! Estou ferrada, ferrada!

—Lucy, calada! – Natsu colocou as mãos nos ombros da loira – Ninguém nos viu, ok? E confessa, foi bem divertido toda essa adrenalina – Se aproximou colando seu corpo no de Lucy – Não foi?

—N-não... – Lucy corou, mas seu corpo denunciava que estava mentindo – Vamos ir agora, quero almoçar antes do início das aulas da tarde.

—Espera – Natsu empurrou Lucy até que as costas dela tocassem a parede – Tenho ideia de algo melhor para o almoço, muito mais gostoso - Passou a língua de leve pelos lábios da loira.

—V-vão nos pegar...

—A porta está trancada, ninguém vem nesse andar – Afrouxou a gravata de Lucy sem desviar o olhar – Por favor... Quero você de novo.

—Prometi a Aquarius que não faria mais... que me comportaria... – Arfou quando sentiu os lábios quentes de Natsu subindo vagarosamente por seu pescoço – N-Natsu, não.

—Seu corpo está dizendo o contrário.

—Argh, eu odeio você! – Então se jogou nos braços do rosado e mais uma vez esqueceu de todos os perigos e problemas que aquilo poderia levar – Espera! – Teve um sobressalto – Não podemos, não tenho...

—Camisinha? – Ele sorriu – Eu tenho.

—Você anda com isso por aí? – Lucy o afastou – Então você já esperava que algo assim fosse acontecer?! – Afastou as mãos dele de sua cintura e arrumou o uniforme amassado – Realmente.
—Não é nada disso! Lucy – Não conseguiu impedir que ela saísse da sala – Merda! Por que raios tem que ser assim tão difícil!

Durante todo o restante do dia ninguém pareceu prestar atenção aos assuntos dados em sala de aula, a cabeça de cada um martelava com assuntos mal resolvidos. Quando finalmente o sinal a única coisa que queriam era sair daquele lugar.

—Mira – Erza se aproximou da mesa da albina – Vamos juntas?

—Desculpa, não posso – Ela não encarou a ruiva – Minha mãe disse que me levaria para a terapia hoje.

—Ah... tudo bem – Erza parecia frustrada – Queria conversar com você.

—Agora não. – Mira respondeu seca – Até amanhã.

—Até... – Erza pegou a mochila e colocou nas costas – Levy, vai para casa agora?

—N-não – Levy gaguejou – T-tenho que fazer algo antes.

A azulada caminhou apressadamente até uma das ruas próximas ao colégio, odiava ter que fazer aquilo, mas não podia ser vista. Encostou em uma das paredes e tentou normalizar a respiração, onde estava com a cabeça? Aceitar ir sozinha à casa de Gajeel?! Tentava colocar os pensamentos em ordem quando sentiu mãos a segurando pela cintura.

—KYAH!! – Se afastou rápido e só parou quando viu Gajeel sorrindo para ela – Você quase me matou de susto!

—Desculpa gehehe – Ele estava gargalhando – Não pensei que fosse te assustar.

—Não ria assim! – Desviou o olhar – Agora vamos logo, não posso demorar muito ou minha mãe me mata.

—Certo – Gajeel ofereceu a mão a ela – Vamos.

~~Levy~~

Eu não olhei para Gajeel durante todo o percurso, ele caminhava a passos lentos, parecia querer passar o máximo de tempo andando comigo. Não trocamos nenhuma palavra, mas sentir a mão dele segurando a minha, quente e firme... Era uma sensação maravilhosa.

—Chegamos – Ele anunciou quando paramos em frente a um prédio modesto – Não é como as casas de onde você mora, mas é confortável, vem, entra.

Entramos no prédio, ele morava no terceiro andar e não tinha elevador, Gajeel foi na frente e eu fiquei olhando o quão alto ele era e como suas costas eram largas, ‘O céus Levy, se controle, o que está acontecendo com você?!”, dei tapinhas no meu rosto tentando afastar esses pensamentos.

—Algum problema? – Ele me perguntou com um ar confuso.

—N-não.

—Bem, bem vinda à minha casa – Ele abriu a porta me dando espaço para entrar – Pode deixar suas coisas em cima da mesa mesmo, espere aqui quero de apresenta alguém.

Alguém? Ele morava com outra pessoa? Quem? Por quê nunca tinha me falado nada?!

—Levy, quero que conheça o Phanterlily.

Eu me virei para dar de cara com uma das cenas mais fofas que já tinha visto. Gajeel estava bem na minha frente e em suas mãos carregava um pequeno gato de pelagem escura, ele afagava as orelhas do bichano que ronronava feliz.

—Você tem um gatinho? – Eu sorri estendendo minha mão para afaga-lo também – Tão fofo.

—Eu o encontrei ontem depois que nos encontramos, estava chovendo tanto e ele parecia tão fraco.

Gajeel continuou falando, mas eu pouco prestei atenção, meu coração parecia que iria queimar todo o meu peito da felicidade que estava sentindo, como alguém que para algumas pessoas poderia parecer tão assustador conseguia ser tão doce dessa maneira? Por fora ele parecia ter construído uma armadura, agora que sabia que aquilo tudo era para proteger seu coração tão mole e bondoso.

—Oe, Levy? Está me ouvindo?

—Sim, só estava pensando no quão fofo você é – Então eu vi algo que não imaginei que iria acontecer, Gajeel havia corado! – Olha você, todo vermelho!

—Não estou corado! Eu só... só estou vermelho por ter caminhado até em casa, só isso.

—Certo seu grande bobão – Me aproximei o abraçando pela cintura – Vou fingir que acredito em você.

Então me coloquei na ponta dos pés e ele entendeu o que queria, se inclinou para mim e selou meus lábios, eu amava sentir a textura dos lábios dele nos meus, o calor, a forma suave como ele os sugava ás vezes e seu hálito quente que tocava minha bochecha enquanto depositava ali um beijo estalado. Começamos lentamente, mas com o passar do tempo ele colocou uma de suas mãos na minha cintura e me puxou para mais perto, mas foi parado pelo miado abafado do Lily.

—Oh, vamos machucá-lo desse jeito! – Me afastei – Desculpe Lily, seu dono é desajeitado.

—Vamos Lily, hora de andar um pouco – Então ele colocou o gatinho no chão e em seguida me olhou – Quer beber alguma coisa? Ou comer.

—Não, obrigada – Sorri – Eu realmente não posso demorar, me desculpe.

—Tudo bem, eu entendo sua mãe não gostar de mim, eu espero que um dia ela mude de ideia – Então mais uma vez ele me encarou – Pois eu realmente não quero nunca me separar de você.

Eu não consegui responder, só fiquei ali com a boca entreaberta sem palavras para responder, claro que eu também queria ficar sempre com Gajeel

—E-eu... Também não quero me separar de você – Corei e segurei a barra da blusa dele entre os dedos – Nunca.

—Posso beijar você Levy?

—Você não precisa pedir isso seu idiota... Claro que pode.

Então mais uma vez ele selou nossos lábios, mas dessa vez apenas um selinho demorado.

—Bem, vou te mostrar onde estão as coisas da minha mãe, está meio bagunçado, então não se importe.

Ele segurou minha mão e me guiou pelo pequeno apartamento até os fundos e parou diante de uma porta branca, respirou fundo para em seguida segurar na maçaneta e a girar. Estava bem escuro lá dentro e eu demorei para me acostumar a escuridão, até que ele tocou o interruptor e uma luz acendeu.

—Wow – Me espantei com a quantidade de caixas empilhadas em prateleiras e algumas no chão – Faz tempo que você não entra aqui, não é mesmo?

—Na verdade, eu nunca entrei aqui – Ele tinha o maxilar rígido – Desde que me mudei e guardei as coisas, nunca entrei aqui.

—Gajeel – Sussurrei seu nome – Me desculpe, eu não tenho provas e por causa disso fiz você fazer algo que não queria.

—Hey, não se culpe – Ele ajeitou meus cabelos atrás da orelha – Eu queria entrar aqui, só nunca tive coragem – Sorriu – Você me fez ter essa coragem. Agora que tal começar com essas caixas mais baixas aqui? Todas estão etiquetadas, algumas não vamos precisar abrir, as coisas do trabalho dela estão todas com as etiquetas indicando do que se trata.

—Certo, mãos à obra.

Abrimos as diversas caixas, mas nelas só continham pesquisas com equações químicas de pesquisas já feitas por Metalicana, fiquei surpresa com tudo escrito ali, parecia tão complexo e fiquei ainda mais surpresa com a facilidade com que Gajeel me explicava cada uma delas, com todos os detalhes, mas de uma forma que eu conseguisse entender, isso explicava as notas máximas dele em química.

As caixas mais baixas já haviam acabado, Gajeel estava sentado no chão afagando o Lily novamente, o gato havia nos encontrado e passou o tempo inteiro nos encarando entre um cochilo e outro, olhei de relance e vi que estava com os olhos fechados, talvez cochilando também. Até que eu vi no alto de uma das prateleiras uma caixa um pouco menor que as outras, peguei uma das cadeiras com cuidado e subi. Estiquei bem minhas mãos, mas estava difícil alcançar. Tem horas que eu realmente odeio ser tão pequena, mas não me dei por vencida. Estiquei a mão ainda mais e toquei no fundo da caixa, certo, só precisava me esforçar mais um pouquinho... estiquei meus dedos ficando em um só pé na cadeira, senti ela bambear e pender para o lado, mas continuei me esticando, estava quase lá!

Quando consegui empurrar o fundo da caixa fazendo ela balançar na prateleira ao mesmo tempo que sentia meu equilíbrio acabar e que estava caindo, droga!

—Whaaaaa! – Gritei sentindo o chão chegar em mim.

—LEVY! – Gajeel gritou.

Fechei meus olhos esperando o impacto, mas tudo que senti foi algo macio e ao mesmo tempo firme me segurando.

—Ugh! – Gemi e abri os olhos – Ai.

—Levy! Você está bem? Está machucada?! – Gajeel me olhava preocupado me apalpando pelo corpo inteiro – Sente alguma coisa doer?

Ele me depositou no chão, mas ainda continuava me encarando.

—Não – Segurei meu pulso que havia sido quebrado – Só meu pulso que dói um pouco.

—Deixa eu ver – Ele segurou meu braço com cuidado e em seguida começou a massagear – Melhor?

—S-sim – Aquilo fazia eu me sentir estranha – A caixa que eu deixei cair.

—Depois pegamos, agora quero ter certeza que está tudo bem. Você me deu um baita susto, não faça isso.

—Desculpa... – Eu ainda estava deitada no chão, não iria admitir para Gajeel que meu corpo estava um pouco dolorido pelo impacto – Vou ter mais cuidado.

—Tudo bem – Ele disse sorrindo – Eu vou proteger você de qualquer maneira.

Então ele se inclinou e beijou o meu pulso, foi uma sensação esquisita e eu mordi meu lábio na tentativa de suprimir as coisas que estava sentindo. Gajeel continuou beijando meu antebraço, pequenos beijos suaves e estalados que eu ia depositando na minha pele sensível a cada toque seu. Então ele parou bem próximo a mim e me olhou nos olhos, estava inclinado na minha direção, mas então se aproximou ainda mais colocando sua perna esquerda entre as minhas para em seguida alcançar meus lábios.

Eu devia afastá-lo, aquilo não era certo! Mas eu simplesmente não conseguia resistir ao toque das mãos dele em meus braços e sua boca que roçava na minha esperando o momento de me beijar. Eu ainda com receio o abracei pelo pescoço e Gajeel entendeu isso como um sinal para avançar, umedeceu meus lábios com a língua e em seguida tomou a minha boca de uma forma que ele nunca tinha feito, rápido e preciso em seus movimentos com a língua estava me fazendo perder o controle do meu corpo.

Uma sensação de calor desceu por todo o meu corpo, aquilo estava demais para mim, mas eu não queria parar, queria sentir o corpo de Gajeel contra o meu, queria sentir suas mãos me tocando. Então ele colocou uma mão por baixo da minha blusa tocando minha pele diretamente e eu tremi com aquele toque como se uma corrente elétrica tivesse passado por meu sistema nervoso.

—Sua pele é tão macia Levy – Ele beijava meu pescoço – Eu... Eu amo você.

Me amava?! Por que cargas d’água ele tinha que falar uma coisa dessas nesse momento?!

—Eu também... amo você Gajeel – Minha voz estava de alguma forma um pouco rouca – De verdade.

Então mais uma vez voltamos a nos beijar, Gajeel continuava tocando minha barriga, cintura e subindo suas mãos por minhas costas, enquanto beijava e mordiscava meu pescoço.

—Ah! – Eu me assustei com o som que saiu de meus lábios – G-Gajeel...

Mas como percebeu que não me afastei, continuou me estimulando, agora ele estava com seu corpo totalmente colado em mim, mas de uma forma que seu peso não me machucasse, estávamos suados e ofegantes e o pequeno quarto começava a ficar quente demais, suspiros eram perdidos em nossas bocas e as mãos de Gajeel ficavam cada vez mais avidas a me tocar em outras partes, foi quando senti sua mão subindo suavemente e tocando meu seio por cima do sutiã.

—Ah... – Eu suspirei e ele me encarou muito sério – Hum...

Com delicadeza ele traçou o contorno do meu sutiã com as mãos, em seguida segurou todo o meu seio com a palma de sua mão.

—Levy... – A voz dele também estava rouca – Te amo... Te amo.

Então ele desceu a mão novamente, mas traçando uma linha imaginária em meu abdômen, eu respirava descompassada e ele parecia gostar de me ver daquela forma. Voltou a me beijar novamente de maneira mais suave e eu só percebi o que queria quando senti sua mão entre as minhas pernas tocando diretamente minha calcinha.

—Ahhnn... – Eu suspirei, não conseguia raciocinar, apenas receber.

—Ouch! – Gajeel tirou as mãos de mim.

De início eu fiquei sem entender o que havia acontecido, ainda estava tentando voltar a raciocinar e fazer meu coração voltar aos seus batimentos normais.

—O-o que houve? – Eu consegui dizer entre uma tomada de ar e outra.

—Lily – Ele tirou o gato das suas costas – Acho que ele quer que paremos aqui.

Me sentei no chão tentando arrumar meu uniforme e meus cabelos, estava extremamente envergonhada, não devia ter deixado chegar até aquele ponto! Me lembrei da caixa no chão e fui até ela. Não conseguia olhar para Gajeel e aquilo era uma ótima forma de não fazer isso. Quando a abri a primeira coisa que visualizei foi um caderno com capa de couro gasta, mas o que realmente me chamou a atenção foi o símbolo da Fairy Tail nele.

—Sua mãe estudou na Fairy Tail?

—Ela nunca me falou nada sobre isso – Ele tocou meu ombro e eu me afastei por instinto – Levy...

—T-tenho que ir para casa, outro dia continuamos à procura. Vou levar esse caderno comigo, está bem?

—Tudo be-

Antes que Gajeel continuasse a falar quase corri em direção à saída, peguei minha bolsa em cima do sofá e fui para a portam, quando já estava fechando ele conseguiu segurar meu braço.

—Levy, espera!

—Tenho que ir Gajeel, está tarde.

—Você está chateada comigo? Eu fiz algo errado não foi? Me desculpa – Me abraçou apertado – Me perdoe Levy, passei dos limites.

—Está tudo bem... É só que eu nunca...

—Tudo bem. Vem aqui – Ele segurou meu rosto entre as mãos e me beijou no alto  da cabeça – Quer que te leve até a estação?

—Não precisa, vou ficar bem.

—Então tenha cuidado, okay?

—Okay...

Dessa vez ele beijou meus lábios, um beijo rápido e sem malicia. Fomos interrompidos por pequenas gargalhadas que vinham de perto.

—Gajeel! Você não descansa mesmo – Me virei para encarar um rapaz loiro saindo do apartamento ao lado – Mais uma de suas garotas?

—O quê? – Eu me afastei de Gajeel – Mais uma...

—Não, Levy, não é nada disso!

Eu sai correndo do apartamento sem olhar para trás, mas pude ouvir os passos rápidos e Gajeel atrás de mim, até que também ouvi os miados do Lily, então tive a certeza que ele não conseguiria me alcançar.

Sentei no banco do metrô, meu coração palpitava e doía. ‘Mais uma’, então era isso que eu era? Mais uma?! Lutei contra as lágrimas durante todo o percurso, não podia chorar, não podia! Caminhei o mais rápido que pude até chegar em casa.

—Levy? – Minha mãe estava na sala quando entrei ‘Droga’! – Se atrasou hoje, estava preocupada.

—Fiquei lendo na biblioteca até mais tarde, desculpa.

—Da próxima vez me avise, e liguei para você.

—Não ouvi o celular tocando – Eu queria sair dali e me trancar no meu quarto, já não estava suportando mais – Vou tomar um banho.

—Certo, depois desça para jantarmos.

—Não quero – Disse enquanto subia os degraus – Lanchei hoje na escola e estou sem fome.

—Tudo bem, mas se sentir fome – Ela se aproximou de mim – Está doente? Você parece vermelha.

—N-não – Eu afastei suas mãos – Só quero tomar um banho e descansar, as aulas hoje acabaram comigo, boa noite.

Não esperei uma resposta dela, só queria meu quarto e minha cama. Joguei meu material em cima da poltrona do quarto e tirei rápido o meu uniforme que joguei no cesto de roupas sujas, em seguida fui para o chuveiro e deixei a água quente cair no meu corpo, meu peito parecia que ia explodir e a frase ‘Mais uma’ ficava se repetindo na minha cabeça.

Sai do chuveiro e me sequei, coloquei um pijama qualquer e deitei na cama, sentia meu pulso dolorido da queda, passei um pouco de gel para dor e o imobilizei. Quando me cobri com o cobertor todas as lágrimas que tinha segurado do momento em que sai do apartamento de Gajeel até em casa parece que resolveram sair.

Senti o meu celular vibrando e olhei só para confirmar o que já sabia, ‘Gajeel’ a foto dele com o nome embaixo estava bem visível. ‘Idiota, idiota, idiota!’ eu repetia sem parar, mas não sabia se era para mim ou para Gajeel que queria falar aquilo. Afundei meu rosto no travesseiro tentando não ouvir o barulho do celular que vibrava incansavelmente no criado mudo, eu poderia ter desligado, mas um pedaço de mim queria que Gajeel ficasse preocupado e que me desse uma boa explicação daquilo.

~~Levy finish~~


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Notas finais do capítulo

Então, espero ter compensado. E aí, será que Gajeel vai conseguir explicar toda essa história?
Vocês gostam de histórias originais? Comecei a escrever uma e quando estiver pronta estava pensando em postar :3 (Yaoi :v )



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