Spotlight Girl escrita por _ViiH_


Capítulo 7
Capítulo quatro - Acampamento - parte dois


Notas iniciais do capítulo

Well, descupem pelos dois meses sem post! Tava muito difícil a fese sem inspiração. Ou eu tinha uma ótima ideia e não conseguia desenvolver, ou ficava tudo uma grande m****. Apesar de esse capítulo não estar no mesmo nível dos outros (ok, eu nem sou narcisista), ele me ajudou a ter ótimas ideias para os próximos. E um agradecimento MUITO especial para a Kitty. A MP que ela mandou fazia eu me sentir culpada toda vez que tinha tempo livre e não escrevia nada. Muitíssimo obrigada, sem você o capítulo não ia sair...



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Isa POV

 

Neste momento eu estou no hospital, esperando a consulta com um ortopedista. Ninguém sabe o que aconteceu, então é melhor contar da melhor forma possível: FLASHBACKS!

 

Flashback on:

 

-Amiguisa, posso te dizer o que EU acho que aconteceu de verdade? Duvido muito que o Alex tenha beijado a Cristina por livre e espontânea vontade. – A Gordinha disse – É muito mais provável que ela tenha de alguma forma convencido ele a beijá-la ou ela mesma deu o beijo à força.

-Linda, o que te faz pensar isso? Por que ele não beijaria a Cristina se ele é apaixonado por ela desde o primeiro ano?

-Tempo verbal errado, Isa. Nosso querido Alex está apaixonado por outra garota agora. Eu acho, com uma probabilidade alta de estar certa. Sendo amiga dele desde sempre, assim como o Micky, eu conheço ele muito bem. Mesmo que você não perceba, ele sempre fica te olhando como se estivesse hipnotizado, sem mover os olhos por nada.

-Gordinha, você está querendo dizer que acha que o Alex gosta de mim?

-Isa, eu não acho isso. De jeito nenhum. – Sério, porque foi isso que você deu a entender – Eu tenho certeza total completa e absoluta de que o Alex é apaixonado por você. Aliás, não só isso. Acho que ele te ama.

-LINDA! Se ele me ama, por que diabos ele beijou a Cristarântula? Isso não faz sentido nenhum! – Eu gritei.

-Isa, primeiro se acalma, e depois nós voltamos ao ponto: O Alex te ama, então ele não beijaria a Cristina.

-Gordinha! Nós duas falamos, falamos e falamos sem chegar a lugar nenhum! Se aquele maldito beijo não foi consensual, por que o Alex concordou?

-Essa só é uma das possibilidades. A outra é que a Cristina tenha beijado o Alex à força. Você sabe que isso é muito provável.

-Não foi você mesma que disse que o Alex era louquíssimo pela Cristina desde o primeiro ano e ela ficava esnobando ele? Então POR QUE DIABOS ELA QUER ELE AGORA!!?

-A Cristarântula é motivada por desafios, por ódio e por ciúme. Ela viu o quanto você é apaixonada pelo Alex e decidiu que ia roubá-lo de você. Só para te deixar com ciúmes, raiva, ódio, rancor...

A única coisa que eu consegui dizer (ficando mais vermelha que tomate, é claro) foi:

-Eu não sou apaixonada pelo Alex!

-Claro, claro. E eu sou uma modelo de passarela anoréxica.

-Linda, eu estou superdeprimida e você fica sendo sarcástica comigo? Que graaande amiga você é, hein!

-Tá, desculpa Isa. Eu não resisti. Mas agora eu posso dar o meu conselho? A Dr.ª Linda Luna recomenda: Se você não ficar com o Alex por que quer, fique para deixar aquela tarântula sebosa morrendo de raiva!

-E o que exatamente eu faço?

-Qualquer coisa para que o Alex fique aos seus pés. Cumprindo todos os seus caprichos. Do mais simples como carregar a sua bolsa até o mais completado...

-Complexo, Linda, complexo.

-Ah, esquece a gramática e a ortografia, Isa! Isso não é hora para discutir qual é a palavra certa!

-É hora de que, então? Seduzir o Alex até ela transformar as minhas roupas em trapos de tecido de marca?

-SIM!

Meu Deus. E o pior de tudo é que eu já conheci gente muito mais teimosa que a Gordinha... Eu mesma.

Sabe que eu até gosto da idéia do Alex tirando as minhas roupas aquelas mãos grandes, quentes e macias deslizando pelas pernas, coxas... Me tocando com tanto carinho... De repente me puxando e me beijando... Me agarrando com força...

-Isabella, você estava me ouvindo? Tá mais vermelha do que uma salada de frutas vermelhas!

-E-eu acho que estava sonhando acordada com o Alex.

-Falando nisso... Olha quem resolveu dar o ar da graça...

 

Flashback off

 

Eu GELEI quando a Gordinha disse que o Alex estava vindo. Sério, eu comecei a sentir calafrios absurdamente fortes. Eu fui correndo para uma parte mais fechada da floresta e fiz questão de pedir para a Linda não falar para o Alex onde eu fui. Ela, como era de se esperar, fez exatamente o contrário.

O Alex, como também era de se esperar, foi correndo atrás de mim, tentando me fazer parar de correr. Como se ele fosse conseguir... Ficou gritando que nem maluco que estávamos longe demais do acampamento, que havia penhascos, que o lugar era cheio deles, que nós dois devíamos voltar... Até que aconteceu. Ou quase. Quase seria uma palavra mais adequada.

 

Flashback on

 

Eu e meu Alex já havíamos sentado no chão perto do penhasco. Estávamos ofegando pelo esforço da corrida, pelo susto de eu quase cair no penhasco, e eu, particularmente, ofegava pelo fato do meu Alex estar tão perto de mim.

-Isa, agora que já estamos todos bem e felizes, me responda: POR QUE DIABOS VOCÊ COMEÇOU A CORRER DAQUELE JEITO!?!?!

-Não pense que eu vou falar com você, mesmo que você tenha salvado a minha vida. Eu não vou te perdoar pelo que me fez. – Eu disse seca.

Tudo bem, eu admito: nem eu mesma acreditei nessas palavras. Eu estou me sentindo totalmente derretida por dentro. Eu quero pular em cima do meu Alex, dar um abraço bem forte, mil e um beijinhos...

-Isa...

-Isabella. Eu me chamo Isabella. – Vamos continuar com o plano da Linda. Antes de ser perdoado, o Alex ainda vai sofrer um pouquinho.

-Isa...bella, que foi que eu fiz? Eu não faço a mínima ideia, eu juro!

-O fato de você não saber de nada só o torna ainda mais culpado. Anda, é melhor voltarmos logo... AI!

Quando eu fui me levantar, senti uma dor aguda no tornozelo. Caí sentada no chão, e continuei gritando de dor.

-Isa, você tá bem? Aconteceu o que? Por que você está gritando? – Meu amor me disse com uma voz muito doce.

-E-eu acho que torci o tornozelo... Alex, isso dói muito!

A dor me impediu de ser racional. Eu estava chorando, não fui seca com o roqueiro do meu coração, me contorcia como se o mundo fosse acabar.

-Eu vou te carregar, Isa. Mas... Com o seu peso, não que você seja pesada, nós não vamos poder ir correndo. È melhor acharmos um abrigo mais perto. Você consegue subir nas minhas costas?

Assenti com a cabeça.

Pouco tempo depois, estávamos numa cabana. Ela estava em ruínas, mas nos protegia do temporal que estava caindo. Meu Alex tirou o casaco dele e fez com que eu me vestisse. Eu só olhava fixamente para ele.

-Aonde você vai? – eu disse em um tom muito possessivo.

-Achar lenha para fazer uma fogueira, se não nós dois vamos virar cubinhos de gelo.

Eu segurei o pulso dele. Ajoelhando-se na minha frente, ele disse:

-O que foi?

-Eu... Não quero ficar sozinha, Alex. Por favor, fique... Só... Mais um pouco.

-Nós vamos perder tempo. È melhor buscar a lenha logo, antes que tudo esteja inutilizável. Qualquer coisa, dê um berro bem alto.

Ele me abraçou e sussurrou ao pé do meu ouvido “Nunca vou deixar que algo de ruim te aconteça, não enquanto eu estiver por perto”. Logo depois, o Alex saiu das ruínas da cabana e eu fiquei sozinha. Pela primeira vez na vida, eu desejei não ser covarde e dizer o que eu realmente sentia: Eu queria que ele ficasse comigo, me abraçando. Mesmo que não dissesse uma única palavra.

Covarde, é isso que você é, Isa Pasqualli. É, eu sou mesmo.

Limpei a garganta e abri a boca o máximo que consegui para gritar a todo o volume:

-ALEEEEEEEEX!!!

Ele apareceu praticamente no mesmo segundo. Agachou-se ao meu lado, colocou meu cabelo atrás da orelha e disse:

-Você está bem? Sentido dor, frio...

-Eu não estou com dor nem com frio nem nada assim, Alex. Mas eu não estou me sentindo bem.

-Enjoada? – Ele perguntou, visivelmente preocupado.

Eu ri. Ri como maluca, como nunca havia rido na vida.

-Você está mais longe do que pensa. – Eu disse, limpando uma lágrima do meu rosto. Não sabia se eu estava alegre, ou se estava triste, ou mesmo ambos. – Alex, eu não estou enjoada, nem com dor, ou algo assim. O que eu sinto me machuca muito o coração. Eu... Não sei bem como dizer, eu só quero você aqui... Comigo.

Eu me permiti abraçá-lo, sentir aquele cheiro tão reconfortante, aqueles braços fortes me segurando... Sendo tão brutos e ao mesmo tempo tão gentis...

Algumas lágrimas começaram a escapar dos meus olhos, eu não mandava mais em mim mesma. No momento, eu era escrava dos meus próprios sentimentos. Quando meu Alex me abraçou de volta, eu comecei a chorar ainda mais, liberando todos os sentimentos que eu tinha escondido por tanto tempo.

                                Como eu sentia a falta dele.

 

Flashback off

 

Vamos deixar um pouco do drama de lado, por que agora (e finalmente!) a enfermeira, ou qualquer coisa que aquela mulher de branco seja, disse que a minha consulta é agora.

...

No final das contas, eu estou bem. Foi só uma contusão. Mas eu acho que tenho coisas mais interessantes para contar... Uma certa promessa que uma certa pessoa fez...

 

Flashback on

 

Eu já havia parado de chorar e estava abraçada com força ao meu amor.

-Isa, eu sei que não é uma boa hora, mas eu queria te perguntar um a coisa. Por que você está ou estava tão brava comigo? Eu não sei o que fiz.

-Eu só estava com ciúmes.

-De...

-Eu vi você e a Cristina. Se beijando.

-Ah. – Foi só isso que ele disse – eu não beijei a Cristina.

-E você fazia o que, então? Respiração boca a boca? Me poupe! – Eu tentei me levantar, mas por causa da dor, caí no colo do Alex.

Ele só me pegou com cuidado e aproximou seu rosto do meu.

-Você me deve uma coisa. Você se lembra de um tempinho atrás, pouco depois de nos conhecermos? Você disse: “Saiba que eu estaria disposta a fazer qualquer coisa para que me perdoasse”.

-Alex, você já pediu um beijo, o que mais você quer? – eu perguntei

-Eu quero que você esqueça esse beijo. Eu não beijei a Cristina, a única garota que eu quero beijar é você. Isabella Pasqualli.

-Ok, eu posso esquecer isso – para falar a verdade, eu já tinha esquecido – Mas você tem que dizer “Eu te desculpo”. Eu não quero que você use essa promessa minha para sempre e sempre e sempre e sempre e sempre...

-Eu já entendi. Eu te desculpo. – Ele disse.

-Eu também. Posso...

Eu beijei aqueles lábios macios e rubros que me faziam tão bem. Nós ficamos algum tempo nos beijando, e nos vinte minutos seguintes, eu adormeci naqueles braços quentes.

 

Quando eu acordei, estava numa cama toda forrada de branco. Credo, esse lugar parece um hospital! Onde eu estou? Cadê o meu Alex? AI MEU DEUS!!! Será que eu morri e fui para o céu e esse é meu quarto de nuvem num prédio de nuvem numa cidade de nuvem?!!!!?

-Aaaaaaaaaaah! Onde eu estou? – Gritei.

 

Flashback off

 

No final das contas, eu só estava na enfermaria do acampamento. Depois que eu gritei que nem maluca, um monte de gente entrou no quarto. Uma mulher vestida de branco, a Linda, o Alex, o Sebastian e surpreendentemente, a Catarina. No final das contas, eles nos acharam durante a noite, e o Alex não quis me acordar... Que fofo!

O mais assustador foi a hora em que a Catarina pediu para falar a sós comigo. Bom, embora eu a detestasse (detestasse, porque eu não detesto mais), eu aceitei. Eu ainda continuo sendo uma pessoa razoavelmente bem educada.

 

Flashback on

 

-Ok, Catarina. Agora que todo mundo já foi pode tirar essa máscara de garota boazinha e dizer o que você quer de verdade.

-Eu quero te pedir desculpas. Pedir desculpas com qualquer coisa que eu tenha feito que magoou você ou alguém que você gosta. Percebi que a vida não é só armações e mentiras.

-Por quem você está apaixonada, Bernabeu? – Eu disse cética.

-Você é vidente ou alguma coisa assim, Pasqualli? De onde você tirou isso? Sabe, eu acho que...

-Responda a pergunta, Catarina. Quem é?

Ela ficou totalmente vermelha e estava balbuciando alguma coisa inteligível, quando começou a chorar alto, sacudindo os ombros e soluçando. E eu, tendo o coração de chocolate derretido que eu tenho, não consegui ser má com ela.

-Catarina. Você fica muito mais bonita sem chorar. Se acalme, entendeu?

-Tá, como se eu fosse realmente bonita.

-Você é – respondi.

-Não tanto quanto você.

Eu suspirei. Não ia ser nada fácil ajudar aquela garota.

-Catarina, se você gosta de quem eu estou pensando, essa pessoa prefere olhos castanhos. E já me disse muitas vezes que te acha mais bonita que eu.

-Você está falando do P...

-Esse mesmo. Agora trate re retocar essa maquiagem, se não essa preferência não vai durar muito! – Eu disse e nós rimos juntas.

...

-Isa, tem uma coisa que eu nunca entendi sobre nós. Tanto você como eu não aceitamos uma derrota, somos capazes de fazer coisas horríveis, de ser extremamente grosseiras, secas e más... Mas você nunca vai até o fim.

-Isso é por que eu sou fraca. Eu posso fazer coisas horríveis, muito piores do que você imagina, só que eu sempre me afogo em remorso. Agora vem aqui. Seu cabelo está todo bagunçado.

-Por que você aceitou tão facilmente estas desculpas? – Catarina perguntou.

-Seus olhos diziam que elas eram sinceras. E mesmo que não fossem, se acontecesse algo comigo, especialmente algo que necessitasse de uma informação que só uma amiga teria, você seria a única suspeita.

Ficamos bastante tempo nos arrumando, e pouco depois de ficarmos prontas, eu disse:

-Amigas?

-Amigas. – ela concordou.

 

Flashback off

 

Vamos recapitular: Eu virei amiga da minha pior inimiga, fiz as pazes com o cara mais tudo do planeta Terra, estou com o tornozelo contundido, quero arrancar as tripas da Cristarântula com as minhas próprias mãos... Mas eu não estragaria minhas unhas para isso...

Espera, meu celular está tocando.

-Isa Pasqualli falando, quem é?

-Sou eu, Alex.

AAAH! O Alex tá me ligando, o Alex tá me ligando!!! *dancinha*

-E... O que você quer? – disse, já num tom de voz muito mais maio e sedutor.

-Além de saber como você está...

-Bem. Eu estou bem. Só foi uma simples concussão. Se eu não sair andando por aí durante uma semana, eu fico de boa. E qual era a outra coisa que você queria?

-Te convidar para sair.


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Notas finais do capítulo

Se alguém quiser deixar um review mw chamando de preguiçosa ou lerda, pode deixar a vontade. Mas se você achou o cap bom (duvido muito), DIGA! Faz bem pro corpo, pra alma e pro coraçãozinho roqueiro da escritora.