Por Alguns Minutos escrita por Fernanda Melo


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Então história finalizada, tenho que agradecer de coração a todos que tiraram um tempinho e fizeram minha alegria deixando comentários maravilhosos, adorei cada um, eles me incentivaram bastante. Agora vou deixar vocês lerem o ultimo capítulo e espero agradar a todos com esta finalização!



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“Eu espero que compreenda que minha intenção era apenas de sair da rotina, de todas as formas que pensei em declarar o meu amor por você está aqui à forma mais verdadeira e marcante entre nós, uma breve carta...

Eu não tive a oportunidade de olhe dizer o motivo de ter fugido há um ano e meio atrás, depois de passar aquela noite ao seu lado no hospital. Uma parte foi porque você me fez prometer que não estragaria o nosso momento e outra parte foi por vergonha do caminho que escolhi seguir.

Lembro como se fosse ontem quando você me lembrou que para ser um herói, um verdadeiro herói, eu não deveria também seguir o caminho do assassino e isso apenas se reforçou depois com a morte de meu amigo. Mas naquela época eu fazia tudo errado porque tentava negar o que já sentia por você e meus princípios eram ir contra os seus, pois eu sentia que se permitisse você ter razão uma única vez sobre mim seria sinal de fraqueza.

Peço que me perdoe por quebrar a promessa, mas é que fizemos agora um ano de casados e coincidência ou não aquela sua carta que pedia para que eu retornasse para casa veio parar em minhas mãos e nem me lembro bem de tê-la guardado em nosso guarda roupa, mas ela estava ali em meio algumas roupas de cama e caiu sobre meus pés quando lhe ajudava a arrumar a casa naquele domingo divertido que tivemos com nossos amigos.

Eu a reli e descobri que ela ainda me arranca lágrimas e no mesmo instante pensei que a surpresa que eu tinha para o nosso aniversário de casamento não estava completa e agora estou aqui escrevendo sobre meu amor por você, para você.

Naquele dia que você foi levada pelo inimigo eu perdi a cabeça, meu mundo se recaiu em completa escuridão e tudo o que fiz foi fugir dos meus princípios e retornar ao assassino que um dia eu deixei para trás graças a você, pois eu quero que saiba que você, Felicity Queen, foi à razão de surgir um novo Oliver que mantém seus princípios de ajudar a cidade e tendo uma luz para guiá-lo nessa jornada.

Primeiro trouxe Diggle, nosso amigo, parceiro e padrinho de casamento para essa rotina agitada que temos e depois você, mas não a escolhi por acaso para desvendar o mistério daquele computador que eu havia derrubado “café” de uma cafeteria de um bairro perigoso ou descobrir a formula do energético na seringa.

Quando eu a vi pela primeira vez admirando minha foto e conversando sozinha naquela sala algo de diferente me atingiu, algo que eu nunca havia sentido por outra mulher. Confiança, amizade... amor. Tudo isso eu posso encontrar em você o conjunto perfeito que não encontrei em mulher alguma em minha antiga vida.

Eu agradeço por tudo que aconteceu em minha vida, pelo naufrágio, por ficar perdido em Lian Yu, receber treinamentos de diversas pessoas diferentes. Pois tenho certeza que foi tudo isso que passei por esses 5 anos desaparecido que fez com que tivesse uma mentalidade completamente diferente de antes. E hoje estou aqui com você, podendo provar o que é amar e ser amado de verdade, poder confiar em alguém tão cegamente sem nenhum pingo de dúvida.

Sei que nenhuma história fará que eu tenha razão em ter lhe abandonado, mas vou contar a minha parte da história. À medida que as horas iam se passando o alquimista mandava algo diferente em seu tom inteligente de ameaça, ele se aproveitava de seus conhecimentos para enganar as pessoas e conseguir dinheiro de modo fácil, mas ele usou também para me enganar.

Tudo começou com curtos áudios de tortura, imagens, mecha de seu cabelo, um vídeo de ameaças e por último um dedo em uma caixinha de veludo bem apresentável. Eu surtei quando consegui descobrir que o DNA era realmente seu, localizar o homem foi mais demorado do que eu pensava, mas consegui encontrar o esconderijo Diggle e Roy foram a sua busca enquanto eu lutava com o homem e quase em seu ultimo sopro de vida ele sorriu para mim, eu iria deixá-lo viver, mas ele tirou de seu casaco uma foto e disse para mim claramente que você estava morta.

Eu perdi a cabeça quando pensei que a razão, de eu ser o que sou hoje, ter partido e tirei a vida daquele homem desprezível. Quando tive coragem de adentrar o local Diggle lhe segurava em seus braços, eu desviei o olhar não teria coragem de lhe ver daquela maneira foi quando Roy disse que você ficaria bem. Eu fiquei atordoado e não estava mais entendendo o que estava acontecendo quando Diggle começou a dizer o que você, com dificuldade, contou para ele antes de perder a consciência.

Você havia tentado fugir e ele lhe alcançou você se debateu e ele retribuiu com agressividade, você saiu com uma fratura no braço, alguns hematomas no abdômen e um na cabeça e ele perdeu a vida porque fui fraco demais para manter minha promessa quando pensei que você não estivesse mais aqui comigo. E então me perguntei quem era o covarde nisso tudo, ele por bater em uma mulher ou eu por ter virado as costas às minhas promessas.

Fui para o hospital e fiquei até você acordar, o alivio me atingiu por saber que estava bem e que tudo que ele me mostrou e fez acreditar era mentira. Mas a vergonha dos meus atos continuavam pesando sobre meus ombros e eu não teria coragem naquele instante de olhar em seus olhos e lhe contar que eu havia quebrado o que havia prometido para você. Consegui suportar por um tempo ficar longe, mas durou apenas poucos dias e nos outros eu te observava de longe e sempre soube que você sentia que eu estava por perto.

O modo como você olhou ao redor na rua antes de entrar no carro quando recebeu alta no hospital, esperando encontrar um rosto familiar por ali. Às vezes que você saía da cama e ia até a janela ou quando você caminhou sozinha até meu esconderijo que apenas você e Diggle sabiam onde é e quero lhe dizer que eu estava lá naquele dia, de algum modo nossos corações sempre encontram um ao outro.

Não me arrependo de nada que fiz, todos os meus atos se resultaram no que tenho de mais valioso hoje, você. Você cuida de Thea como se fosse sua irmã, de nossos amigos como se fosse sua família e cuida de mim sem nem mesmo, às vezes, eu merecer. Tenho que preservar essa sua essência, esse seu coração que sempre faz com que você mantenha um sorriso no rosto e diga que irá ficar bem nos momentos mais difíceis. Há uma bondade em você que não tem fim, uma alegria, esperança e perspicácia, há coragem acima de tudo de não ter medo de amar e isso a torna admirável.

Eu lhe pedi em casamento e tive a sorte de ter meu coração roubado por você, não ligue para minhas crises de ciúmes sei o quanto odeia isso e quero que saiba também que eu confio em você, mas não confio nos olhares dos outros homens. Eu apenas quero mais uma vez lhe agradecer, pois com você minha vida entrou nos trilhos e tenho tudo o que um homem realizado deseja ter.

Você foi minha amiga, parceira, meu amor. Foi o pilar dos meus momentos de dificuldade, me amparou quando não me senti bem por saber o segredo que minha mãe escondeu de mim por todo esse tempo, me encorajou a buscar pelo meu filho e o acolheu como seu também. E acima de tudo você foi o que todo herói necessita ter, meu anjo da guarda.”

Terminando de ler a carta ela apertou o papel contra o seu peito, sentindo o cheiro do perfume dele naquele singelo papel, dobrou a carta com cuidado e o depositou sobre a cama para que em seguida pudesse enxugar livremente as lágrimas que ainda teimavam em cair. Estava sentindo-se feliz de tal modo que nunca pensou que sentiria, aquela felicidade se igualava ao dia de seu casamento, a valsa que dançaram na festa e sua lua de mel.

Ao voltar para o quarto apenas com uma calça de moletom, após tomar seu banho, sorriu ao ver que ela havia terminado de ler a carta.

– Não ficou tão boa quanto a sua, mas...

– Eu adorei Oliver. – Ela levantou e o beijou, ele a levantou no ar e sentiu as pernas dela entrelaçar sua cintura, ele sentou no lugar dela na cama e em seguida o beijo foi interrompido, precisavam de fôlego para continuar.

Quando a carta já havia ido parar no criado mudo a situação já se intensificava, os toques e os beijos arrancavam suspiros de ambos, mas o telefone conseguiu interromper o momento.

– Deixa tocar. – Oliver disse ao pé do ouvido dela e ela sentiu um arrepio percorrer por todo o corpo enquanto ele continuava beijando seu pescoço.

– Oliver... Pode ser o Connor. – Ela disse tentando atrair sua atenção e o beijou pela ultima vez até conseguir alcançar o seu celular, e como de fato na tela do aparelho aparecia a foto de Thea.

– Thea? Aconteceu algo com Connor?

“- Ele teve um pesadelo e acordou chamando pelo Ollie, não estou conseguindo acalmá-lo. Me desculpe.”

– Tudo bem, vamos buscá-lo está bem?

“- Vou estar esperando.”

– Ele teve um pesadelo, deve estar assustado é a primeira vez que dorme em um lugar diferente. – Ela desligou a chamada e informou o homem ao seu lado. – Não faça essa cara, teremos outros dias para terminarmos de comemorar nosso aniversário. – Ela sorriu e em seguida o beijou.

– Mas se não sairmos agora não respondo por mim. – Ele disse entre um beijo e outro.

O caminho até o apartamento de Thea duraria 15 minutos, em meio esse tempo Oliver mantinha uma dúvida em sua mente, a mesma duvida que o assombrava a um ano e meio atrás e queria saber a verdade.

– Posso lhe perguntar algo?

– Claro. – Felicity olhou para ele ajeitando uma mecha de seu cabelo para trás de sua orelha.

– Você disse que o Alquimista era seu inimigo, mas naquela época não questionei o motivo. Eu gostaria de saber, claro se estiver confortável.

– Ele era meu vizinho quando me mudei para Starling, comecei a achar estranho quando o avistava me observando ou vigiando minha casa. – Ela disse sem tirar os olhos da estrada. – Chamei a polícia, achei que ele seria um homem pervertido qualquer, até que resolvi invadir o sistema dele e vi coisas absurdas e aí veio a grande notícia através dos policiais, confirmando que eu havia ajudado a prender um dos criminosos mais procurados da cidade.

– E como você ficou depois disso?

– Surtei. – Ela sorriu. – Consegui o emprego na empresa de sua família, vendi a casa e comprei em outro lugar, a vizinhança era mais tranqüila.

– E como você tem tanta certeza?

– O firewall de residências de pessoas comuns é mais fácil de ser acessado.

Oliver riu arrancando um belo sorriso de sua esposa que afagava sua nuca com carinho e quando o carro parou em frente ao prédio ela o beijou novamente.

– Eu o busco.

– Nós vamos juntos. – Ele sorriu e saiu do carro em seguida abrindo a porta para a companheira. Quando chegaram ao apartamento o menino correu na direção do pai fazendo com que Oliver tirasse-o do chão. – O que houve campeão?

– Tive um sonho ruim, fiquei com medo.

– Desculpe. – Thea disse baixo antes de abraçar a cunhada.

– Está tudo bem, a família em primeiro lugar. – Felicity disse quando, logo em seguida do abraço, ajeitou os cabelos desgrenhados de Connor. – Obrigada por cuidar dele.

– É um prazer cuidar desse rapazinho. – Ela fez cócegas em Connor que riu e se despediu de sua tia.

Mais tarde Felicity contava uma história para que Connor conseguisse dormir e bem na porta Oliver observava com um vasto sorriso estampando seu rosto. Connor segurava a mão de Felicity e à medida que o sono tirava sua consciência ele gradativamente a soltava. Ela ajeitou o cobertor e beijou a testa do menino antes de apagar o abajur e sair.

Oliver a pegou em seus braços e a beijou caminhando até o seu quarto e deitando com cuidado se declarou mais uma vez naquela noite.

– Quando penso que você já me demonstrou de todas as formas possíveis e impossíveis o seu amor eu me surpreendo a cada dia com um ato ou um gesto diferente.

– Quando se ama alguém de verdade não há limites de demonstração.

– Assim você me deixa louco Sra. Queen.

– Eu adoro quando você me chama de Sra. Queen, acho tão sexy. – Ela brincou mesmo sem jeito e um pouco envergonhada, mas era seu marido ali em sua cama ao seu lado, se declarando da melhor maneira para ela. Ambos conheciam um lado um do outro diferente dos que os amigos conseguiam ver, o lado revelado apenas com a presença do amor que existia entre eles.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam da carta do Oliver? Esclareci uma ponta solta que eu acho que uma leitora estava lendo meus pensamentos e descobrindo o que eu estava escrevendo no ultimo capítulo, está aí Dam, o motivo da fuga do nosso amado Oliver Queen.
Espero que tenham gostado e que comentem o que acharam sobre o final ou o que esperavam que aconteceria, ficarei feliz em saber a opinião de cada um de vocês. Bjs!