Cerca de cinco anos se passaram, o pobre garoto ainda se encontrava, noite após noite, sentado ao lado do velho tumulo de sua amada; sempre com um buquê de rosas em uma mão e uma garrafa de vodka na outra.

Seus olhos direcionados à Lua cheia, que brilhava como sempre, juntamente as estrelas; porém, sua mente mente sequer estava em seu tempo.

Seus braços, ambos cobertos por cicatrizes, lembranças dos estragos que a dor lhe causara.

Suas lágrimas a tempos secaram, mas a dor continuou a mesma, ele apenas se acostumou com ela.

O vento frio batia contra seu corpo causando-lhe arrepios, mas a vodka compensava a ausência de um casaco.

Devagar, sacou um pequeno canivete que carregava consigo e, com a lâmina, mesmo que enferrujada, cortou seu braço, na vertical, passando por cima de todos os anteriores.

Não foi bom ou ruim, apenas um sentimento em branco que sozinho ele não poderia definir.

Matthew, então, se levantou, apoiando-se no túmulo de Kathrína, seguindo seu caminho em frente, rumo ao nada, com um braço sangrando, um coração em flagelo e uma garrafa de vodka.