Maka POV

O sol risonho de Death City iluminava o meu quarto, anunciando mais uma bela manhã. Acordo meio sonolenta, mais logo levanto e começo a me arrumar. Eu, Maka Albarn, já tenho 17 anos e consegui fazer meu parceiro, Soul Eater Evans, se tornar uma Death Scythe. Ainda morávamos juntos e brigávamos muito, mais eu escondia um sentimento muito grande por ele. Acho que desde que o conheci, fiquei apaixonada por ele. Seu jeito protetor, determinado e debochado me encantava totalmente, mais ele nunca olhou pra mim como mulher, apenas como parceira. Eu sabia disso pelo fato que ele me irritava dizendo que eu era chata, certinha demais e que meu corpo parecia uma tabua! Eu odiava quando ele falava isso e eu perdia a paciência, metendo um livro na cabeça dele. Será que ele não via que eu tinha mudado? Eu já não era mais aquela garotinha...
Suspirei profundamente e tomei uma decisão. Hoje eu iria mostrar ao Soul o quanto eu havia mudado e tentaria mostrar meus sentimentos. Para isso, eu precisava vestir algo que me ajudasse...

Soul POV

Eu estava sentado na mesa do café da manhã, comendo tranquilamente. Só acho estranho que a Maka não tenha vindo comer ainda. Ela nunca dorme até tarde... Bem, isso não importa.
Alguns anos haviam se passado e eu havia mudado muito. Tinha crescido e meu corpo já estava mais definido, como um cara maneiro tem que ser. A Maka é que não mudou muito. Ela cresceu também, mais acho que ela continua aquela mesma menininha chata e cheia de querer ser a “sabe tudo”. Pelo menos, ela continuava uma ótima parceira nas missões que cumpríamos e nossas almas sincronizavam perfeitamente. Acho estranho quando alguns garotos comentam que eu tenho sorte por ter uma Artesã bonita, mais não vejo a Maka desse jeito. Pra mim, ela continua uma tabua!
A porta de seu quarto foi aberta e esperei ela aparecer na cozinha pra poder falar com ela. Quando a vi, de repente, minha voz e meus pensamentos foram dar um passeio em Júpiter e fiquei estático, com os olhos vidrados em Maka.
Ela estava com os longos cabelos loiros soltos, caindo por seus ombros e seus olhos verdes olhavam para a mesa de café. Sua pele alva brilhava com o toque dos raios de sol e ela vestia uma roupa curtíssima: Uma regata branca meio transparente que mostrava perfeitamente os seios de tamanho médio que despontavam, parecendo macios e delicados e uma mini-saia jeans azul que era justa, colada as coxas grossas e suaves.
Ok! Como eu não vi esse corpo maravilhoso durante todo esse tempo? Como ela conseguiu esconder tudo isso?

Maka POV

Tinha dado certo. Na maioria das vezes, eu usei roupas fechadas e compridas na frente do Soul, por não querer que ele falasse o quanto eu era magrela, mais como eu tinha mudado, logo imaginei que se eu me vestisse com roupas mais curtas e abertas, ele iria notar a diferença. Agora ele estava simplesmente babando em cima de mim e eu estava adorando isso, mais vou fingir que não notei e decidi apenas tomar café. Me sentei na cadeira ao seu lado, sorrindo.

- Ohayo, Soul.
- O...Ohayo... – ele respondeu, parecendo sair de um transe.
- Que bom que você já fez o café. Eu acabei dormindo um pouco mais... – comecei a comer uma torrada.
- Tudo bem... Eu não ia passar fome só por que você ainda não tinha levantado. – respondeu, tentando desviar os olhos do meu corpo.
- Gomen! – eu ri, tomando um gole de café – O seu café tá gostoso. Ainda bem que você sabe cozinhar...
- Gostoso... – ele sussurrou a palavra. Eu ouvi, mais ignorei – Temos alguma missão hoje?
- Não. A menos que apareça de ultima hora. – suspirei e deixei um pouco de café cair em minha regata, na região de barriga – Que droga!

Soul POV

Eu estava quase tendo uma hemorragia nasal com a Maka do meu lado vestida daquela forma tão sensual e estava me controlando pra não tentar agarrá-la. Ela derrubou café na regata, perto da barriga e eu só ficava olhando. Estou parecendo um idiota, mais o que eu posso fazer se descubro de repente que minha Artesã é a maior gata?
Ela se levantou e foi até a pia, passando água na parte suja da regata e eu a olhava de cima a baixo. Que pernas! Fui cego durante muito tempo, enquanto outras pessoas já haviam notado a mudança dela há muito tempo. Lembro que Kid estava admirando o corpo dela e falava pra mim que se tivesse coragem, chamaria a Maka pra sair. Na época, eu dei a maior força pra ele e dizia que ele devia chamar ela pra sair. Agora que penso nisso, eu esfolaria a cara do Kid se ele pedisse pra sair com a Maka. Ela era a minha parceira! E agora que descobri que ela é um mulherão, não vou entregá-la a ninguém!

- Ainda bem que isso sai com água. – ela comentou, se virando pra mim.
- É... – respondi feito um idiota, olhando para seus seios.
- Hum... Estou com tanta preguiça! Não quero sair de casa hoje... – ela disse e se sentou na bancada ao lado da pia, dobrando as pernas de um modo sensual. Acho que ela estava me provocando!

Maka POV

Eu o estava deixando louco e eu percebia nitidamente seus olhos nublados pelo desejo de me tocar. Eu o provocaria até que chegasse o momento em que ele não resistiria mais. Eu trocava as pernas de posição, apenas deixando ele apreciar cada parte delas e fazia cara de inocente, como se não fizesse de propósito.
Ele se levantou da mesa e eu parei, prestando atenção em suas ações. Parecia que ele iria avançar em mim, mais simplesmente pegou a louça suja e a levou na pia, começando a lavá-la. Eu o observava, atenta a qualquer movimento dele, mais ele parecia se conter e coloca suas atenções na louça. Eu não ia desistir! Tínhamos o dia inteiro...

- Vai ficar em casa, Soul?
- Não sei... – ele nem olhou pra mim.
- Você tem algo pra fazer hoje? – perguntei, manhosa.
- Não. – ele suspirou, terminando de lavar a louça e indo pra saída da cozinha – Mais acho que vou sair para andar e pensar um pouco.
- Espera! – eu pedi e ele olhou pra mim – Não sai hoje. Fica aqui... Comigo.

Eu fazia uma cara de gatinho perdido e esperava que ele não saísse dali. Deu certo!

Soul POV

Eu não ia conseguir ficar em casa com a Maka naquele estado, mais quando ela pediu para que eu ficasse, me senti confiante e me aproximei dela, encarando seus belos olhos verdes. Ela não fez nada, além de sustentar o meu olhar e balançava as pernas de um lado para o outro, como criança. Movido pela confiança de seu pedido, parei em frente a ela e coloquei minhas mãos em seus joelhos, esperando a reação dela. Ela sorriu, parecendo satisfeita e subi minhas mãos por suas pernas, sentindo a macies de sua pele e apertando suas coxas. Ela mordeu os lábios, gostando do que eu fazia. Nisso, puxei sua cintura e ela prendeu uma perna de cada lado do meu corpo. Eu não acredito! Eu estou praticamente agarrando ela e ela não faz nada contra isso! Ela está me deixando agir...
Inclinei meu rosto e passei o nariz por toda a extensão de seu pescoço, o beijando suavemente. Ela estremeceu e apertou meus ombros, fazendo nossos corpos ficarem mais próximos. Juntei minha testa a dela e passei a observar aquele belo rosto, então, tomado por um desejo insano, coloquei minha mão por dentro de sua regata e quando finalmente eu iria tocar naqueles seios, Maka segurou minha mão, me olhando seriamente.

- O que foi? – perguntei, intrigado.
- Isso é tudo? – ela me olhava de um modo estranho enquanto falava.
- Como assim? Não entendo...
- É só o meu corpo que te interessa? – suspirou profundamente e desceu da bancada, me afastando.

Maka POV

Eu estava amando todos os carinhos que Soul fazia, mais eu não poderia deixar isso ir até o fim sem ter uma conversa definitiva com ele. Era a hora da verdade!

- É só o meu corpo que te interessa? – perguntei, com medo da resposta – Eu queria saber o que você realmente sente em relação a mim.

Ele ficou quieto, olhando o chão. Parecia nervoso e pensativo, como se tentasse descobrir a resposta para minha pergunta. Fiquei triste, ele devia estar pensando na possibilidade de só querer o meu corpo. Balancei a cabeça negativamente e sai da cozinha, dizendo:

- Eu sabia! Não sei como pude ser tão idiota ao ponto de pensar que você me amava como eu te amo.

Sai dali e agora eu só queria chegar ao meu quarto, trancar a porta e chorar, agarrada ao travesseiro. Quando estava no corredor, quase chegando lá, senti meu pulso ser segurado e me virei, vendo um Soul exaltado, sorrindo.

Soul POV

Eu estava tentando pensar no que eu sentia por Maka. Claro que eu não desejava só o seu corpo! Isso não é legal para um cara maneiro como eu, mais era difícil dizer o que eu sentia por ela naquele momento. Afinal, há poucos minutos atrás, eu a achava aquela mesma menininha comum, chata e sem atrativos, e depois, descubro que ela se transformou numa mulher linda, charmosa e extremamente atraente. Era difícil saber...
Ela passou por mim e antes de sair da cozinha disse algo que me amoleceu: “Eu te amo”! Essa, com toda a certeza, não era uma frase que eu esperava ouvir dela, e isso me deixou extremamente feliz. Corri atrás dela e a segurei no corredor, ansioso para ouvir aquilo de novo.

- O que disse, Maka? O que foi que você disse? – perguntei, ansioso.
- Que sou a maior idiota por ter me apaixonado por um cara insensível feito você! – ela gritou, tentando soltar o pulso que eu segurava.
- Você não é idiota! – eu a abracei com força – Eu que sou por não ter notado você todo esse tempo...
- Sim! Você é um grande idiota, Soul Eater!! – ela começou a chorar em meu peito, agarrando minha camisa.
- Gomen nee... – acariciei seus cabelos e levantei seu rosto para encará-la – Prometo que vou te recompensar por todo esse tempo perdido...

Dizendo isso, tomei seus lábios rosados pra mim, num beijo carinhoso e apaixonado, que foi se tornando um beijo cheio de desejo e volúpia, já que nossas línguas exploravam a boca um do outro.
Eu não queria que Maka chorasse por mim de novo. Eu faria de tudo para torná-la feliz. Por isso, a levei para o quarto e a amei como nunca fiz com mulher alguma, descobrindo que a felicidade sempre esteve ao alcance de minhas mãos.