Nem pense em clicar aqui. escrita por Jujubas Azuis


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Todos os capítulos terão uma piada bosta:Dois gringos testavam as qualidades de um mac, o primeiro botou o computador de baixo de uma janela e disse: - Mac suporta windos.E o outro chorou



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Juzi... por que você fez isso? Você a deixou sozinha, nem se importou como ela ficaria sem você. Juzi, você é um assassino! Ninguém nunca se importou com você! É esse o motivo de você ter feito o que fez? Claro, o que leva uma pessoa a roubar a vida de outra?

E isso o que escrevi no meu caderno depois do jantar. Irônico, não? A filha de um assassino filosofar sobre a morte. Bine, esse é meu nome. Mas o pessoal da escola me chama de B. B a garota popular que soube em quem pisar para subir.

Sim, eu sei que vocês estranharam o fato de eu ser filha de um assassino, mas nós nos damos bem, isso me tornou a garota que eu sou hoje, sem nenhum tipo de pena. Eu lembro da primeira vez que Leen me forçou a assistir um assassinato, eu tinha cinco anos, lembro que chorei muito, lembro que eu implorei para ele parar, mas também lembro que eu que terminei com o coitado e que gostei. Eu já fiz isso sozinha, o pai estava fora, mas me pediu para fazer isso, eu tinha doze e foi até que legal.

Tiro o tablet de desenho digital da minha gaveta da escrivaninha que tem toda sorte de objetos perdidos, moedas, papeis, cadernos e conecto o material no meu laptop tão kirido i amadu e começo a desenhar coisas básicas que depois eu postaria e ganharia algum dinheiro.

Muitas dúvidas, sim, claro. Compreendo. Deixe-me me apresentar. Bine, meu sobrenome não importa. Tenho 17 anos e meu aniversário é mês que vem, como podem ver, eu estou morta, mas de qualquer jeito. Minha aparência também não importa só digo que é sombria e no limite do padrão. Eu moro em um apartamento com seis quartos, cozinha, banheiro, sala de jantar, quarto e escritório. O sexto é usado para outros fins, tais como assassinato.

Ouço pessoas entrando no apartamento, pego meu canivete e espero qualquer coisa acontecer, mas depois ouço risadas e sei que é meu pai voltando, ele é solteiro, por nunca ter se casado, alcoólatra e, por uma sorte que eu não sabia que eu tinha, ele não é viciado. Não sei quem abriu a porta por algum milagre e entrou com alguns amigos, bebendo, claro.

– Beni!!- grita um deles.

– É Bine. - digo saindo do meu quarto rumo a sala de jantar.

Eles estavam sentados em torno da mesa distribuindo cartas de baralho entre quatro amigos, Raul, Kenny, Mike e Nikki.

– Hei, vamos, sente-se!- diz o último.

– É, você pode apostar...- fala Mike bebendo mais um gole.

Puxo uma cadeira e pego as cartas que estavam na minha frente. É... estava bem... Mike começou a encher um copo que estava na minha frente, assim, eu acho que não posso beber...

– Isso é para mim?- pergunto achando que eles beberam de mais para achar que eu podia beber.

– Claro! Você está com família!- diz Leen.- e além de tudo, seu aniversário será em menos de um mês.

–Nesse caso...

Coloco um pouco mais do que parecia rum no copo.

– As apostas. 100 Kira em mim. Feito?- pergunta Raul.

Eu e os outros concordamos, tiro o dinheiro da minha carteira e o coloco-o na mesa.

– Vejo vocês no paraíso- digo e tomo um gole do que estava no copo. Ácido e um pouco doce, não sei por que o governo nos proíbe disso.

Todos que estavam na mesa batem palma e comemoram minha primeira vez, eu não sabia o por que disso, mas comemoro com eles. Leen faz a primeira jogada que foi quase boa, mas não deu muito certo. No final, eu levei a quatrocentas pratas. Não tinha certeza de como gastaria, só sei que será com algo inútil.

Eu queria que tivesse alguém da minha idade lá, um amigo, ou qualquer outra pessoa. Sei lá, eu sempre pensava em ter um garoto para dormir comigo ou conviver comigo, sempre sozinha aqui em casa, é triste, pelo o menos para mim.

Não espero as pessoas saírem do lugar, só vou para o chuveiro e tomo um banho tão quente que dá vontade de eu nunca sair de lá, então tampo o ralo da banheira e me deixo levar pelo conforto da água. Fecho os olhos depois de fechar a torneira e caio no sono. Não é a primeira vez que faço isso, mas eu devia ter trancado a porta.

Acordo com o abrir da porta do banheiro, Leen. Droga, não por ele me ver no banho, mas por não me deixar dormir.

Abro timidamente os olhos, vejo que ele estava sorrindo, tenho uma vontade enorme de mandá-lo embora, mas ele me embrulha em uma toalha e me segura no colo. Eu estava muito acordada, mais do que quando eu tomava café, mas finjo estar dormindo, fazia muito tempo que isso não acontecia.

O apartamento estava escuro e só conosco dentro. Me aconchego nele como um bebê faria. Acho que ele estava com pena de mim do tanto que eu treinava para conseguir um lugar nas gangues da cidade.

Quanto a isso, vivemos em Cato, um lugar que foi dominado pela violência, a única burocracia que tínhamos, era a seleção para as gangues. Você tem que ter um físico muito bom para isso.

– Eu sei que você está acordada, Bine.- diz Leen.

Sorrio e aproveito o pouco tempo que tinha do corredor para o quarto, meu pai passa a mão no meu cabelo e faz algum milagre para abrir uma porta que eu não sabia se era a do escritório ou a do quarto. Eu gostava tanto disso, de alguém ficar mexendo no meu cabelo que dava vontade de eu pedir para ele não parar. Por isso, não me mexo para deixar que isso acontecesse.

– Eu tive um dia horrível.- diz.

– Então por que você está fazendo isso?- pergunto.

Ele parou de andar no vão da porta e murmurou no meu ouvido:

– Eu li o seu diário.

Sorrio um pouco, ele não devia ter feito isso, mas de qualquer jeito. Fecho os olhos de novo e me concentro na batida do seu coração, é tão confortável. Todas as meninas da minha escola tinham um garoto uma amiga uma mãe ou um pai para deixa-las felizes, mas geralmente, eu que tentava reconfortar o Leen. Ele estava sempre se acabando, já que não conseguia se perdoar dos assassinatos que cometeu, as vezes eu o achava fraco, mas lembro que ele não teve a mesma criação que eu. Não matou com doze anos, não teve que ser um Bulli para não ser o Bullinado. Talvez ele só estivesse me preparando para o mundo duro que é a Terra.

Leen fecha a porta do escritório que precisava ser empurrada para fechar e se senta no sofá velho que doeu para nós conseguirmos o dinheiro, eu tive que arranjar muitos empregos temporários em muitos lugares e ele teve que dar um jeito com as coisas da gangue que ele participava, mas finalmente conseguimos comprar. Das coisas que eu já fiz para conseguir o que quero, acho que meu anjo da guarda já se matou. Cruzo os braços na barriga e tento pegar no sono, eu merecia depois da semana que eu tive, treinando para conseguir entrar em uma gangue.

– Pai...?- começo.

– Diga.

Eu tinha algumas coisas para perguntar. Ele tem muitos segredos, mas algo teria que ser dito agora e isso surge bem na hora em que eu precisava.

– Onde você vai estar no meu aniversário?

– Trabalhando.

– Não dá nem para tirar uma folga? Tipo helo 18 anos isso é algo super importante!!

– É algo importante para mim também, mas talvez eu chegue em casa de noite, tenho umas coisas para resolver. Eu sei que você vai entender. Por que não passa a festa na casa do Nikki? Você e o filho dele são muito amigos.

– Certo...

Eu já estava acostumada com isso. Ele nunca estava lá e eu sempre tive que me virar quando algo errado acontecia, mas mês que vem seria meu teste para achar um lugar nessa cidade e niver!! Não é justo.

Depois de um tempo, quando eu estava quase pegando no sono, Leen puxou O assunto que eu odiava. Eu era tecnicamente uma Bulli, daquelas más que não tem um pingo de dó com a pessoa que sofre.

– Eu encontrei com a mãe da Camila hoje, sabia?

– Hum...

– Ela não está bem.

– Olha como eu me importo!

– Você não deveria fazer isso.

Não mesmo, mas assim que minha reputação se tornasse estável, eu pararia de irritar aquele saco de banha, ela é o degrau que eu tenho que usar para não ficar como a menina. Feia, chata e excluída.

– Ela é a excluída da sala, se eu for amiga dela, minha reputação já era!

– Você tem inveja dela, não tem?- pergunta Leen olhando para mim.

– Por que eu teria?

Silêncio por um tempo. Aprenda uma coisa, adultos. Nunca. Dizem. Nada. Bom. Depois desse silêncio.

– Você queria ter uma vida normal, queria ter uma mãe. Mas tenta ter uma vaga em uma gangue de rua e nem sabe o nome da sua mãe.

Era verdade. Eu devia parar de escrever meu diário, ou meu pai conseguiria pegar meus pontos fracos.

– Eu posso tentar arte digital.- digo.

– Mas não sabe quem é sua mãe. E além de tudo, você nasceu na cidade mais violenta do mundo, não dá para ter uma vida sem saber lutar.

Foi a primeira parte da frase que me ofendeu. Eu sabia algumas coisas da minha mãe.

– Foi sua namorada, o nome dela era Sally e ela é só um pedaço de merda por ter me esquecido aqui.

– Sua mãe foi uma pessoa ótima...- o olhar dele estava perdido no escuro.- ela só teve um problema com os pais.

– Ela está viva?- pergunto com esperanças.

– Claro que sim!! Durma, amanhã é longo.

Ele se levanta e me embrulha que nem um rocambole numa coberta grossa e me deita na cama, acho que ele bebeu de mais para cuidar de mim assim, não que eu não tenha gostado, mas foi estranho e eu também mereço um mimo de vez em quando.

– Boa noite, Beni.- diz.

– É Bine.

– Esse é seu nome no torneio de amanhã.

Leen fecha a porta e apaga as luzes. Acho que ele teve a piedade de me deixar dormir bem saindo do quarto já que ele ronca muito.

Me visto, ajeito a cama e me deito. Amanhã é o primeiro dia de treino para a prova de gangues. Eu entraria em uma merda dessa! Eu treino desde os doze anos e amanhã, eu testaria se eu estava boa o bastante com o filho do Nikki. O Leen me inscreveu como um garoto por garotas não serem tratadas como verdadeiras competidoras. Meu nome será Beni já que soa como algo masculino.

Fecho os olhos e deixo o som do vento me levar, quase dormindo, olho no relógio e vejo: 7:30 PM. Sendo que eu acordo as 4:00 AM, tenho nove horas de sono até amanhã.

Durmo por todo esse tempo e acordo com Leen quase derrubando a porta. Hoje é o dia, o dia em que a garotinha sinistra de cabelo preto e olheiras dignas de Guines Book vai ganhar um lugar aqui. ( e dar uma boa surra em uns moleques convencidos)

– Ora, ora que alegria, hoje é um novo lindo dia!!

– Só um dia em que eu talvez volte do hospital, com um dente quebrado ou algo próximo.

– Eu já esperava isso, então o café da manhã é milho, maçã e todas as comidas duras que você não vai mais poder comer...- fico quieta.- está vestida?

– Acho que sim.- digo me levantando.

– Certo, banho, vista as luvas, roupa confortável e sorte, não mate o Bryce.

Assinto e vou para o chuveiro enquanto Leen faz o café da manhã. Depois de uma ducha rápida, saio da água e começo a me enxugar, olho para meus olhos verde esmeralda que faziam um contraste LINDO com minha pele escura e fiquei me encarando por um tempo. A garotinha que amava a pequena sereia tentaria seu lugar em uma das gangues que controlam a cidade. Eu queria ter sido inocente por tempo, acreditar em princesas, brincar com coisas que não existem ( não é Charlie Charlie). Mas agora, tudo passou.

Vou para o quarto, coloco uma roupa super confortável, uma camisa com uma gola larga e nada apertando, uma calça jeans um pouco rasgada e uma botina roxa que eu tenho a um tempo.

Por algum milagre, acho minhas luvas de luta na gaveta de meias, visto-as, prendo o cabelo longo e cacheado puxando a franja para trás e ando para a cozinha.

Tento ajudar no café da manhã, mas Leen me impede dizendo que eu teria que me preocupar com coisas mais importantes daqui a pouco tempo, hoje não é minha prova, ela é daqui a dois dias e vai ser muito pior do que o pequeno treinamento que eu faria com o Bryce, o filho do Nikki.

– Uma para mim e outra para...- Leen joga uma maçã na minha direção mirando no vaso de trás, eu a pego no ar e dou uma mordida.- você.

– Nunca me subestime, velhote.- digo.

– Desde quando quarenta anos é velhote?

– Desde quando um garoto chamado Bryce de vinte e um anos tornou-se líder da segunda melhor gangue.

– Desculpa, convencida, mas esse velhote aqui ainda é dono da melhor. E você ainda vai ter que vencer de muitos outros velhotes para a categoria que eu te inscrevi.

– Que é...?

– Terceiro escalão.

Cuspo todo o café eu esta prestes a engolir na coitada da parede.

– Was?- pergunto.

– Pelo o que o Tom me disse, você consegue.

Descanso a caneca na mesa e digo em um suspiro.

– Certo. - me levanto, limpo o máximo que posso a parede.- te vejo no paraíso.

Saio do prédio para encontrar com um dia quase nublado, mas sem sol. Ando até o lugar que o Bryce daria uma olhada em mim e, no meio do caminho, encontro com a Camila.

Ela tenta não ser notada, mas no final, ela mesma fala segurando meu ombro com o próprio.

– A gorda aqui se alistou no segundo escalão.

– Terceiro.- digo com certo triunfo.

– Boa sorte se quebrando, só digo que o meu pai é o gerente dos médicos de lá.

– Diga para ele, filha de médico, que ele vai ter muito trabalho com os cadáveres que eu vou mandar para lá.

Ela se afasta de mim com medo. Até onde eu saiba, eu não sou um lobisomem.

– Que foi? Ficou com medo e não tem o paisinho aqui?

Camila começa a correr e eu olho para frente. Bryce.

– Atrasada.

Dou de ombros.

– Bryce.

– Bine.

– Onde vamos?- pergunto.

– Tem um lixão abandonado aqui por perto, acho que é um bom lugar para treinar.

Andamos juntos sem trocar muitas palavras. Eu nunca tive muito medo dele, nós nos conhecemos desde que eu nasci e ele nunca me machucou, tudo bem que ele já jogou um boneco de plástico em mim, mas de qualquer jeito, ele sempre me protegeu quando eu precisavam e se eu conseguisse uma boa classificação no torneio, seria minha vez.

Quando finalmente chegamos onde eu treinaria, o sol estava aparecendo e começou a ficar verdadeiramente quente, tanto que Bryce faz a única coisa que eu pedia que ele não fizesse, fico olhando para ele, esperando que não fosse verdade, mas sim. Merda. ele tirou a camisa.

– Que foi? Tá calor.

– Não estou dizendo que não está, é só que...

Bryce levanta minha cabeça e eu estava quase explodindo.

– Só que?

Silêncio por um tempo, eu não queria estar daquele jeito, é desconfortável, então coloco a mão no ombro dele afastando-o.

– Só que eu preciso treinar.- digo.

Bryce se afasta mais um pouco e se coloca em posição de guarda.

– Me mostre o que sabe fazer.

Tento achar uma brecha na defesa dele, testando alguns golpes até me soltar e ver que não tem ninguém olhando, é realmente chato quando alguém fica me assistindo lutar, mas no torneio, eu teria que fazer isso e ter uma performance excelente.

– Vamos, Bine, você consegue mais do que isso!- diz Bryce acertando um chute nas minhas costelas.

Fico sem ar por um tempo, mas me recomponho e é minha vez de das um lindo soco no queixo dele, momentaneamente desprotegido.

Depois de um treino parecido com esse, vamos a parte chata. A parte que você quer que acabe o quanto antes para você parar de sofrer, a parte em eu tinha que socar algo duro sem as luvas.

Se não conseguisse ou desistisse no meio, tem que começar tudo de novo por ordens do treinador.

– Certo, quantas você fez da última vez?- pergunta selecionando uma placa de metal.

– Cento e trinta.- digo sem mentir.

– Tempo?

– Dois minutos.

– Acha que consegue fazer cento e cinquenta em um minuto e meio?

Assinto, tiro as luvas e me coloco em guarda.

– Quer de despedir dessas mão?- pergunto com ironia.

Por minha surpresa Bryce segura uma das minhas mão e a coloca no rosto sei lá, sabe? Não tem muito o que falar.

– Cronometro começa no primeiro golpe e não para.- diz devolvendo os dedos ao seu lugar.

Encaro o antigo suporte de metal com muitas imperfeições e começo a bater a mão naquilo. Claro que doía muito, mas eu já estava quase acostumada com isso.

– Um minuto!- diz Bryce segurando o suporte.

Setenta e nove, oitenta... quase lá, só mais um pouco... cento e trinta, cento e trinta e três.

– Dez... nove...oito...- conta o garoto.

Só mais dez, penso. Bati naquilo tão rápido que cinco segundos antes de bater o tempo, eu tinha terminado.

Despenco no chão e olho meus punhos, estavam sangrando. Limpo o sangue com a língua e tento recuperar o fôlego.

– Me deixe ver isso.- diz Bryce estendendo a mão para ver a minha.

Sem nem me dar tempo de levantar o pulso, ela pega meus dedos que agora estavam doendo e vermelhos e começa a passar uma bandagem neles.

– Quer fazer uma pausa?- pergunta.

– Não, só não quero ter que fazer isso de novo.

O garoto ri da minha cara.

– Assim que parar de sangrar nós vamos fazer de novo.

Ele me puxa para seu ombro, mas eu resisto um pouco, nunca gostei muito dele com segundas intenções, mas eu acho que ele sempre me viu assim. No final, repouso minha cabeça no ombro dele.

– Você é melhor do que a filha do Kenny, ela é muito chorona.- ri Bryce tirando o pano que estava na minha mão, tinha parado de sangrar.

– Não duvido, mas eu gosto dela, e Mari só nasceu no lugar errado. Ela se daria bem se esse mundo aceitasse pessoas fisicamente fracas.

Bryce se levanta, me fazendo cair no chão, e começa e rir de um jeito muito estranho.

– Certo, Bine. Te dou duas opções, treinar força ou resistência, você escolhe a ordem, mas os dois vão acontecer hoje.

– Sacanagem! Resistência.

– Defesa.

Fecho os punhos e protejo meu rosto, é essa a primeira parte.

Bryce começa a bater tentando fazer com que eu cedesse, mas eu não faria isso tão fácil. Ele tenta um chute, mas eu me esquivo para trás. Agora é minha vez, facilmente encontro uma brecha na altura das costelas e acerto um chute, que é pego pelo garoto que me derruba.

Uso minha perna presa como uma alavanca para cima e acerto um chute no nariz do coitado.

– Cara, eu não esperava isso de uma garota!- ele limpa o rosto e tenta me atacar de novo.

Depois de uns três rounds, começamos a ficar cansados, agora é forçar o limite para expandi-lo. Aguento mais umas cinco rodadas antes de me sentir muito tonta, olho para Bryce, ele não parecia melhor.

– Acho melhor você parar.- digo.

– E perder para uma menina? Desculpa.

Ele avança com um soco, eu saio do caminho e acerto um chute nas costas dele, que não consegue mais levantar.

– Banderinha branca.- diz levantando um graveto que achou no chão. ajudo-o a se levantar e abro a maleta que ele sempre trazia com ele, cheia de coisas de primeiros-socorros.- eu não preciso disso.

– Precisa.- começo a cuidar de algumas feridas que eu causei e depois, ele inverte o papel.

– Você vai conseguir sair viva do terceiro escalão.

– Sair viva não é o bastante.- digo- eu treino assim a muito tempo, eu preciso passar.

– Você vai conseguir. Olha eu estou no quarto e perdi para você!

O Quarto é o último, só para explicar, dependendo da sua nota, você entra na quinta gangue.

Fico quieta por um tempo, pois se não, reclamaria que estava doendo, eu caí algumas vezes em cacos de vidro, então, tivemos que limpar as feridas já que o objeto fora tirado na hora.

– Tô com fome.- digo, já havia se passado muito mais tempo do que eu imaginei.

– Trouxe dinheiro?

– Prefiro lavar pratos.

– Sorte sua que eu não saio de casa sem. Tem uma lanchonete aqui perto, te dou meia hora de pausa e nós voltamos a treinar.


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Notas finais do capítulo

Aqui, terá uma frase filosófica: *insira frase filosófica*



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