Can make u love me escrita por Hit


Capítulo 1
Hearts - oneshot


Notas iniciais do capítulo

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bejo



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Andei com cautela até o armário de Kaike, sorri nervoso, mordi meu lábio inferior com fraqueza e respirei fundo. Muito.
Eu sentia meu rosto queimar, eu queria enfiar meu rosto em um buraco para que todos esses olhares curiosos parassem de me encarar. Joguei o papel com rapidez através do pequeno buraquinho e corri para outro canto do corredor, apenas esperando Kaike pegar o papel. Mais olhares, argh. - Isso que é o ruim de ser popular.
Kaike andou envergonhado até o seu pequeno armário. Ele era assim, apenas fechado demais para o resto do mundo, vestido sempre com roupas largas, escondendo seus grandes olhos verdes atrás de seus óculos de grau, sua boca levemente rosada parecia para mim que havia sido desenhada perfeitamente, e eu gostava de vê-lo sorrir.
Seu olhar de distração passou para confusão após ver o papel, me encostei em um armário qualquer e dei uma risada. É claro que os curiosos que não tem o que fazer da vida ficaram pensando merda. Bufei inquieto e dei de ombros. Kaike vagou seus olhos pelo corredor até parar nos meus. Nossos olhares se cruzaram e nenhum dos dois ousou desviar. Me permiti sorrir passando confiança para o garoto e sai andando até o refeitório, eu sabia que ele estava sem entender nada.
Eu estava sentado ao lado de Peter, um amigo meu. Cinco minutos haviam se passado e Kaike não aparecia no refeitório, eu precisava ao menos admirar seu rosto. Eu gostava disso. Enfiei minha cabeça em minhas mãos, agoniado, eu balançava minha perna esquerda freneticamente.
Senti um toque macio em meu ombro, um forte arrepio tomou conta de meu corpo, ouvi meu amigo dar uma risadinha. Era ele.
Sorri e o olhei após um tempo. Ele arregalou os olhos e abaixou a cabeça envergonhado, Kaike me entregou um papelzinho e saiu andando apressado. Abri o bilhete com rapidez, li e rolei os olhos.
"Eu não posso...Não dá pra ligar pra você, não tenho celular, desculpe" Eu tinha de dar um jeito disso acontecer. Escrevi um bilhete de resposta e corri até um amigo, pedindo para que o mesmo entregasse o papel ao Kaike.
"Então me encontre no pátio atrás da escola depois que as aulas terminarem ;)" Meu amigo sorriu sacana e concordou com a cabeça.
- Aí hein? - ele brincou.
- Cala a boca, Pietro. - respondi brincalhão. - Leva logo.
...
Eu estava atrasado, grande parte de mim rezava para que Kaike ainda estivesse lá me esperando, a outra parte apenas sabia que ele deveria estar se sentindo como um idiota, achando que aquilo era algum tipo de brincadeira, e isso me matava por dentro. Corri ofegante e parei quando o vi. Ele estava de pé, de cabeça baixa e com uma expressão de tristeza no rosto. Andei devagar até ele, me segurando para não pular em cima do mesmo, eu queria abraça-lo. Parei em frente ao garoto e sorri. Ele levantou a cabeça devagar e me olhou profundamente, enfiei as mãos no bolso e suspirei.
- Desculpe pelo atraso. - Falei.
- O-o-ok. - Kaike tinha um leve sorriso escondido em seus lábios.
- Ahn... Eu tenho algo para lhe falar, só estou tentando ter coragem...- Senti minhas pernas virarem água, sério, eu estava realmente nervoso. Ele concordou e cruzou os braços.

- Fale, Jorge. - A voz rouca de Kaike soou como música para mim. Senti seu hálito quente em meu rosto, cheirava à hortelã. Outro arrepio.
Acenei as mãos conforme eu havia combinado e fechei os olhos com medo.
Kaike soltou uma risada gostosa, ele estava tremendo. Abri os olhos e olhei para meus amigos, depois para ele.
Eles gritavam que sim afoitos. Kaike me encarou nervoso, ele estava super vermelho. Eu devia estar a mesma coisa. Olhei para seus lábios rosados, eu queria beijá-lo.
Decidi tomar coragem e puxei seu rosto para perto do meu, sorri confiante e o beijei, para a minha sorte ele retribuiu. O beijo era macio, calmo e terno, muitos sentimentos fluíam apenas em um único beijo. Meu corpo estava em êxtase, eram muitas sensações de uma só vez. Eu o amava, do meu jeito, mas o amava. Eu queria aquele garoto para mim, queria cuidar dele e sorrir ao lembrar do sorriso dele.
"Pouco a pouco eu entendi que os caminhos para amar são múltiplos, não se escolhe quem iremos amar, nossa concepção de felicidade acaba aparecendo por si mesma, de acordo com as nossas experiências de vida. O amor se inflama, morre, se quebra, nos destroça, se reanima... Nos reanima.
O amor talvez não seja eterno, mas ele nos torna eternos."
E eu amava, e ainda amo Kaike.
-Sim, eu aceito namorar com você. - Kaike falou sorrindo.


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Notas finais do capítulo



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