Notice me, senpai escrita por Lola Andrade


Capítulo 3
Boa noite


Notas iniciais do capítulo

Não tenho muito a dizer, só acho que estou ficando mais ''doente'' a cada capítulo! Espero que gostem.

Boa leitura!



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Ao abrir meus olhos, pude notar que tudo ao meu redor era verde, mas por que verde? Quando as pessoas morrem, a luz é branca. Ah, espere, são cortinas verdes… Aonde é que vim parar?

—Você acordou? — uma voz masculina falou comigo. Era uma voz familiar.

— Acordei. — Fui abrir a cortina devagar. — Quem está ai?

— Yukio. Por que está abrindo lentamente a cortina?

— Yukio?!

Abri a cortina rapidamente, deixando visível a cara de retardada que fiz ao saber quem era.

— Sim, sou eu. — Ele riu.

— Ah, d-desculpe! — Ajeitei meu cabelo rapidamente e me segurei para não salivar como um cachorro louco por carne; ele de perto era tão perfeito! — O que faz aqui?

— Você desmaiou, achei que te trazer aqui era o mínimo que poderia fazer, já que achou o meu caderno de música.

— Não foi nada de mais. — Ele me carregou em seus braços? Isso me parece tão romântico! Será que ele também se aproveitou de mim? Tantas possibilidades… — O-obrigada por me trazer.

— Disponha, bem… Meu professor de música é um chato, você realmente me salvou.

— Eu sei como ele é chato. Quer dizer, imagino. — Ri um pouco sem jeito, se ele souber que sou uma maníaca que o persegue todos os dias vai me achar estranha.

Yukio sorriu.

— Bom, vou indo.

Ele ajeitou minha franja e se afastou, indo embora sem dizer mais nada.

Ah, estou no céu, isso é um sonho! Ele ficou tão perto do meu rosto que fiquei muito quente entre as pernas, estou tão excitada! Ele falou comigo, me carregou em seus braços... É meu príncipe!

A enfermeira se aproximou.

— Querida, você está bem? Está tão vermelha quanto um pimentão.

— Estou ótima, estou de saída também. — Peguei minha bolsa e coloquei rapidamente os sapatos, fiquei com vergonha em saber que a enfermeira viu minhas expressões faciais enquanto… bem, vocês sabem.

O resto do dia foi completamente normal, eu o segui durante todo seu trajeto. Depois da sua aula de música, ele foi tomar um picolé de melão com o amigo dele, espero do fundo do meu coração que ele não seja gay. O jeito que meu senpai chupava aquele picolé, oh, me deu vontade de ser homem…

Quando ele estava indo para casa, decidi cumprimentá-lo, afinal é normal pessoas da mesma escola se encontrarem na rua. Esbarrei nele como quem não queria nada; o problema foi que eu esbarrei com força demais, fazendo-o cair sem querer.

— Desculpa! — falei de prontidão, vendo-o caído. — Você está bem?!

Estendi a mão, o ajudando a se levantar.

— Tudo bem, não me machuquei — ele disse. — Você é a garota de hoje cedo, não?

— Sou eu mesma, me desculpe por isso…

—Tudo bem, estava indo aonde? —Ele ajeitou seus cabelos negros e fitou-me com aqueles lindos olhos castanhos.

— Para casa, eu vim apenas dar uma volta por aqui. — Desviei o olhar, era difícil olhar diretamente para aquele lindo rosto.

— Eu não moro muito longe daqui, se quiser podemos ir juntos.

— J-juntos?! —Aumentei meu tom de voz. Ir para casa com ele… Por que ele estava sendo tão gentil comigo? De certa forma, isso me machuca, porque sei que Yukio não me vê de tal forma, mas eu não me importaria em ser sua marionete; quero que o senpai me use como bem quiser.

—Tem algum problema? Ou você mora muito longe?

— É perto da sua casa, relaxa! — Dei risada, mas disfarcei em seguida. — Quero dizer, creio que é perto.

— Então vamos indo.

Ele começou a caminhar. Eu estava andando ao seu lado, estava perfeito demais! O cheiro do seu perfume era muito bom, tanto que eu até queria me aproximar de seu pescoço e cheirá-lo.

—Por que está me tratando tão bem?

Não aguentei, tive que perguntar. Estávamos próximos a casa dele. Quando falei isso, ele parou no meio do caminho. Ele hesitou antes de responder, mas logo falou:

—Quer a verdade? Bem, a Aya disse que talvez você estivesse a fim de mim. Queria deixar claro que vamos ser apenas amigos, nada mais que isso. Desculpe se isso foi brincadeira dela e você não sente nada por mim... Certo?

A verdade é que eu queria cortar a garganta daquela puta e comer no café da manhã, mas o que eu diria? Se eu falasse que não, talvez eu nunca tivesse uma chance com ele. Se eu falasse que sim, ele se distanciaria!

—Ela inventou isso, não preciso de garotos.

Empinei o nariz, tentando me convencer daquilo e bem que, por partes, era verdade; eu não precisava de garotos, só um já estaria bom… Só ele, para dizer a verdade.

Yukio ergueu as sobrancelhas.

— Não sabia que era lésbica.

— Não é isso! Eu só não quero ninguém no momento, não quero depender de alguém. —Além de você, era o que queria dizer, mas sou fraca demais para isso.

— Sabe onde a Aya mora? — Fingi procurar um papel em minha bolsa. — Ela me disse para ir lá, mas perdi o endereço.

— Ela não mora muito longe daqui também, desça mais uns seis quarterões. É um portão verde. —Ele apontou. —Ah, e peço um favor, finja que não me conheça amanhã, não posso acreditar que Aya mentiria para mim, então… apenas suma.

Ah, cara. Se eu não o amasse tanto, juro que o esfaquearia agora. Sem me despedir, saí correndo até a casa da vadia desgraçada; acho que ela merece uma certa punição. Por sorte, era a única casa que tinha o portão verde. O local parecia ser silencioso. Toquei o interfone, esperando que ela me atendesse.

—Quem é? — Minutos depois, a voz que escutei era de Aya, sem dúvidas.

— Acho que você conhece minha voz — falei, tentando conter o ódio que dominava cada parte de meu corpo no momento.

—Ah, Noriko! — Percebi-a ficando empolgada. — Precisa de algo?

—Preciso conversar com você, posso entrar?

—Claro, já desço aí.

Ela desligou. Eu havia planejado tudo; tinha um plano rápido e prático.

— Desculpe a demora, quer conversar em outro lugar? — ela perguntou quando surgiu. — Minha casa está um pouco bagunçada.

— Pode ser na minha casa, ela não é muito longe.

Ela era tão inocente... Sem dúvidas aceitaria.

— Ok, só não posso demorar muito. Meus pais não estão em casa.

Levei-a para minha casa e até mesmo a ofereci uns cookies, fazendo com que a vadia se sentisse à vontade. Decidi mostrar a ela meu porão, que por sinal era vazio. Esqueci-me de pegar o corpo da puta que matei, amanhã é o último dia para que eu faça isso.

—O que queria me falar mesmo? — Suas expressões demonstravam o quão confusa ela estava por eu tê-la trazido para um porão vazio.

—Por que você contou para Yukio que achava que eu era apaixonada por ele? — Uma lágrima escorreu por meu rosto. Tranquei a porta, pegando a katana sob a escada e olhando-a com a espada atrás das costas. — Agora ele não quer mais falar comigo.

— C-calma! O que é isso? — ela gritou. — Eu não sabia que aconteceria isso!

—Calma? — Comecei a rir maleficamente. — Pensei que pudesse ser minha amiga, mas me enganei...

Ergui a katana, cortando de uma vez o pescoço dela e deixando o líquido rubro jorrar. Havia tanto sangue… esse vermelho imundo que saiu dela, essa garota é podre até mesmo por dentro. Sorri para seu cadáver.

— Não se preocupe, querida. Vou deixar você apodrecer aqui, seremos amigas pela eternidade… — Fiz carinho nos cabelos dela enquanto segurava a cabeça dela, que por sinal estava ficando fria, assim como seu corpo. — Boa noite, minha doce amiga.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado da maléfi... fofa Yandere-chan :3 ( e do capítulo)

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