As If It Were The last Day - 3ª Temporada. escrita por PrisReedus


Capítulo 12
Done deal.


Notas iniciais do capítulo

Oi, meu povo.

Capitulo novo na área!
Para quem ama Rick e Ana, Drake e Beth, esse é pra vocês shwswhswh.



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O grupo se junta na sala dos guardas para jantar, comem todos em silêncio, esperando Rick voltar.

Drake disse que a eles que o portão pode ser refeito com dois portões de ferro vermelho que estão dentro da prisão, eles dão acesso a um outro pátio e não fazem diferença se saírem de lá. O problema é tira-los, leva-los e coloca-los lá embaixo, sem que os errantes peguem eles.

A cada momento, mais mortos entram no gramado, o cheiro deles os atraem e eles precisam controlar aquilo logo.

Marie se levanta - O Rick chegou, vamos abrir o portão.

– Vou com você - diz Ana

Elas saem correndo para o lado de fora e vão para o portão, Ana bate nas grades fazendo os mordedores a seguirem e Marie abre o portão, batendo na cabeça de um com o pé de cabra, o carro entra e ela fecha correndo antes que mais algum se aproxime.

Carl desce e abre o porta-malas Ana e Marie sorriem para a primeira coisa que veem: um berço grande, branco com rosa, Rick toca o ombro das duas e se junta ao filho.

– Tudo certo?

– Sim, patrão - Ana diz - Achou meu tênis?

– Não foi dessa vez, Ana. Desculpe.

– Tudo bem - ela foca o olhar no ombro dele, na camisa suja de sangue - O que você fez?

– Eu… - ele sorri - Encontrei um amigo - Rick pega várias sacolas com armas dentro e caixas de munição

Marie pega três rifles snipers e joga um num ombro e os outros dois no outro - Amigo? Imagine se não fosse. Quem era?

– Morgan. Um cara que me ajudou no dia que eu acordei. Ele me salvou. Estava assustado e acabou fazendo isso, não tinha me reconhecido - ele bate a porta do porta-malas - Vamos entrar.

– Isso que é uma ronda produtiva! - Drake diz e se levanta do chão, deixa o prato na mesa e vem ajudar eles - Quanta arma! Da onde isso, Rick?

– Um amigo.

O grupo se junta a eles, todos mexem nas armas, testam suas miras, Ana ergue uma um tanto conhecida, uma besta, maior e mais nova que a do Daryl, mais moderna, com mais flechas do que ele já teve na vida toda, talvez.

– Que tal, Daryl? - ela aponta pra ele e olha pela mira

Daryl arregala os olhos levemente, como uma criança que vê uma árvore de natal se acendendo, ele chupa dos dedos e se levanta, indo até a besta.

– É grande pra você, Ana. Dá pra mim - ele mira e depois fica admirando a nova besta.

Rick caminha até Judith dentro do seu cestinho e a olha, ela dorme, a chupeta cai no canto da boca, ele sorri de leve.

***************

– Por hoje a gente dorme aqui, amanhã a gente leva as coisas praquela sala - Daryl diz e tira a camisa

Marie concorda com a cabeça e chuta os tênis que vão pra debaixo da beliche, ela tira o coldre e o casaco que usava.

– Bonitão, o que são essas marcas nas suas costas?

– Suas unhas.

– Não… As outras.

Ele se deita na cama dela e tira os tênis, jogando do outro lado da cela, ela deita do lado e o fica encarando, esperando a resposta.

– Conta.

– Meu pai era bêbado, se irritava fácil, ainda mais com os filhos. O Merle sempre apanhou, e eu assitia, até que ele foi embora e daí veio a minha vez.

Ela acaricia o ombro dele - Porque não me contou antes?

– Não via necessidade.

Ela se curva e beija o rosto dele, depois deita a cabeça no seu peito e fecha os olhos.

Rick, depois de receber cuidados do Greene, se revesa com Glenn na vigia da prisão, o restante dorme pesado, o dia vai amanhecendo, o líder está lá olhando atento a tudo. Dentro do bloco C, Hershel se levanta e vai fazer a limpeza de sua perna cortada.

Ao longe, se aproximando da prisão, está um carro com um único passageiro, numa missão de “paz”, Andrea conseguiu convencer o Governador a ter uma conversa com Rick, tentar se acertar, e agora ela dirige em direção ao outro, tentar convence-lo também.

– Marie… Marie, acorda.

– Que foi? - ela diz ainda sem abrir os olhos

– A gente já ficou um bom tempo ontem sem prestar serviços a prisão, não vamos fazer isso de novo.

– Tá… Só mais um pouquinho - ela vira de bruços e abraça o travesseiro.

Daryl na porta fica a olhando por mais alguns segundos, depois apanha a nova besta e desce, o bilhete há pouco escrito fica em cima do presente pra ela, ao lado do coldre. Ele vai ao banheiro, força a porta que está trancada e bate duas vezes.

– Calma aí! - responde uma voz de mulher lá dentro

Ele se encosta na parede e espera, a porta abre e Ana e Beth saem.

– Não podemos nem nos arrumar em paz? - ela diz

– Saí daí, Ana.

– Vê se deixa limpinho!

Quando as duas voltam ao corredor de celas, Drake vem descendo as escadas com uma tolha na mão e umas peças de roupas em cima.

– Daryl tá no banheiro.

– Ui, adoro - ele diz e os três riem.

– Eu ouvi essa, Drake - Carol diz saindo da sua cela

– Ai… escondam dele! - ele bate no ar e faz bico.

Marie no andar de cima escuta e ri, ainda sem abrir os olhos. Ela se senta e torce as costas pra trás que estalam, se levanta e calça o all star, vai pra mesa de pedra e põe o coldre no automático, quase deixa passar o bilhete ali, quase,

Ela o lê e sorri.

“Nada mais certo que ela ser sua” numa letra rabiscada, escrita com uma caneta falhando.

Ela pega a besta velha dele e as flechas e põe nas costas, é estranho não ter a espingarda ali, mas foi um presente dele então…

Rick caminha até o portão do gramada, e quando o carro está bem perto ele o abre, Andrea atropela um dos errantes e entra no pátio da prisão. Ela desce e espera Rick fechar o portão.

– A que devo a honra? - ele pergunta

– Rick, preciso que me escute.

***************

– E você acha que é verdade? - Drake pergunta

– Vou descobrir. Andrea disse que ele aceitou conversar, ela me disse olho no olho.

Ana balança os ombros - Tá… E daí? Ela já pode estar do lado dele.

Rick se curva na direção dela - Ana, eu não quero uma guerra aqui, a prisão… Woodbury, são lugares seguros, quero manter assim. Eu vou a esse encontro.

Ela franze os lábios e torce os dedos - Tá. E quem você vai levar?

– Você.

– O quê?!

– Você, Daryl e Hershel.

– Por que? - Marie pergunta

– Andrea me disse que ele vai com dois homens, um deles não apresenta problema algum, o outro é só pra matar esses errantes.

– E por que eu, Daryl e Hershel?

– Tenho meus motivos.

Daryl pra controlar a situação de uma briga, Hershel para mostrar que ele não está lá pra brigar e Ana… pra acalmar o próprio Rick Drake pensa.

– Quando? - Marie pergunta novamente

– Amanhã. Durante a tarde. Glenn, Marie, Drake, preciso de vocês atentos a tudo...

Os três concordam com a cabeça.

– … Gosto de pensar que essa pode ser nossa trégua.

***************

Marie escuta passos vindo nas escadas e espera, a bebê resiste ao sono no seu colo, e ela fica dando passos pra lá e pra cá balançando a pequena. Daryl para a na porta, se encosta e observa cena.

– Como é que ela tá?

– Acho que o choro era só uma birra. A Andrea já foi?

– Já. Gostou do presente?

Ela balança a cabeça - Não foi um colar de diamantes… Qual era sua intenção? Que fossemos uma dupla dinâmica, os dois usando uma crossbow?

– Não. Mas dá pra ser também. Lembrei que a July disse que você era boa com besta, mas era melhor com lança.

– É muito legal atirar com lança - ela pisca três vezes seguidas - Agora ela dormiu.

Marie coloca a bebê no berço e acaricia seu rosto, Daryl vem e a abraça por trás pela cintura. Ela ergue o rosto pra ela.

– Quê isso? O que você tem?

– Nada - ele beija o pescoço dela e morde sua orelha - Vai deixar ela aqui?

– Por enquanto… - ela acaricia o braço dele - É mais quieto aqui, e se ela chorar, eu vou ouvir - ela se vira para a porta e pega a besta na mesa - Vamos descer, bonitão.

A guarda daquele dia fica para Carl e Carol, Ana e Drake, eles se revesam até o dia amanhecer, é quando todos se preparam para a saída do Rick.

Marie fica do lado de fora, com Merle, o rifle sniper na mão, ela anda de um lado pro outro, procurando qualquer atirador, ou tentando ouvir outra coisa que não seja os mortos grunhindo, mas não tem nada. Talvez o Governador tenha falado a verdade, e só queira conversar com Rick. Mas vindo de um cara que tinha um aquário cheio de cabeças…

Dentro da prisão, Beth ensina ao Drake como fazer para trocar a fralda da Bravinha, a bebê esperneia e Drake tem medo de apertar demais as perninhas dela, mas no fim consegue.

– Olha só! Você não é tão horrível assim - Beth diz e bate uma palma

Drake suspira e veste a calça da bebê de novo - Foi foda.

– Nem foi, você conseguiu de primeira.

Ele ergue a bebê e fica em pé - Tive uma professora muito boa - ele abraça o ombro dela e sai da cela com as duas.

As bochechas da Greene fervem e ela, sem perceber, abraça a cintura dele.

***************

Ana puxa o freio de mão e olha para Rick do seu lado, ele desce do carro e olha em volta, a moto do Daryl para logo atrás.

– Espere aqui - diz

Daryl pega a besta e começa a andar pelo lugar, parece uma antiga usina, ou um galpão, com enormes paredes de metal.

Ana olha pra trás - Pronto, Hershel?

Ele ergue um pouco a calça na perna cortada e ajeita a arma presa por fita adesiva - Pronto.

Ana desce com a glock na mão, o silenciador encaixado deixa ela maior ainda, ela caminha um pouco olhando em volta, procurando qualquer coisa suspeita que seus olhos podem ver. Volta para o carro e fica na janela, ao lado do Hershel.

– Não tem nada, aparentemente.

Rick, dentro do galpão no gramado de trás, encara o chamado Governador, um homem alto, charmoso, usando um tapa olho no olho direito. O homem ergue as mãos e sorri. Rick inclina a cabeça.

Que filho da puta. Tá sorrindo por quê? Porque eu não meto um tiro na sua testa agora?

Daryl do lado de fora, observa por uma janela o desenrolar da situação.

– Temos muito o que conversar - diz o Governador, com uma voz grossa e firme

– Você nos atacou, já deixou tudo bem claro.

– Era o que eu queria, eu podia ter matado vocês aquele dia - ele move a mãos na direção da arma e Rick ergue a sua de novo - Calma, só vou tirar minha arma, pra mostrar que estou aqui pra conversar.

Ele solta o coldre e lentamente o pendura num prego na parede - Viu? - sorri de novo - Sem problema. Agora você.

Rick demora alguns segundos, mas recua e guarda a arma. Ele observa o lugar rapidamente, é um velho galpão com muitos entulhos, sucatas e placas, bem no meio tem um mesa e duas cadeiras, a clara bóia ilumina apenas a mesa, o resto fica apagado. Parece programado.

O Governador se senta e indica que Rick sente também

Daryl contorna o galpão e senta num poço. O Hyundai verde chega pela rua lateral e Ana desce.

– Ele já tá ai, conversando com o Rick.

– Nossa chance, a gente vai lá e você mete um flecha na cabeça dele - ela diz e se senta do lado dele

– Deixaremos que Rick decida isso - Hershel diz

Ana junta os ombros - Tá bom - ela ajusta o silenciador na arma na perna - Eu não vi nenhum carro no caminho.

– É. Tem alguma coisa errada - Daryl diz - Deixe o carro ligado.

Os dois se viram pra trás ao mesmo tempo, o som de um carro vindo faz ele olharem pra frente juntos e os dois se levantam. Ana fica com a arma nas mãos e Daryl já ergue a besta.

Do carro descem Andrea, um cara que Daryl reconhece sendo o que o levou ao Governador em Woodbury, Martinez e o terceiro é aquele que Andrea disse que não apresenta problema.

– O que houve? - Ana pergunta com a arma apontada para o terceiro homem - Porque o Governador veio primeiro?

– Ele está aqui? - Andrea pergunta

– Está - responde o outro cara e encara Daryl, ele ergue o rosto rapidamente - E aí?

Andrea entra no galpão. Ana bufa

Trouxa, o que ela tem que se meter?

Daryl baixa a besta, Ana volta para o poço, ela se senta ao lado do Hershel agora.

– Talvez eu devesse entrar - Hershel diz depois de dez minutos

– Não. O Governador que falar a sós com o Rick - diz o outro cara, erguendo a cabeça do caderninho que ele escreve

– E quem diabos é você? - Daryl pergunta calmo

– Milton Mamet.

– Ótimo. Ele trouxe o mordomo;

Ana dá um risadinha, Martinez olha ela de baixo a cima, ela percebe e ergue as sobrancelhas. Perdeu alguma coisa aqui, idiota?

Martinez baixa a cabeça e dá um sorriso.

– Sou o conselheiro dele - Milton diz

– Que tipos de conselhos?

Milton suspira - Hm.. Planejamento, mordedores…

– Você então que aconselhou ele a metralhar a gente? - Ana pergunta

Martinez sorri de lado e olha Milton. Responda essa agora…

– Quer saber… Eu não preciso me explicar para os capangas.

Ana e Daryl se encaram.

– Olha a boca, queridinho - Daryl diz

– Olha, se vamos ficar o dia nos apontando armas - Martinez diz - Me faça um favor. Cale a boca.

Daryl baixa a besta, estufa o peito e chega bem perto do outro. Eles se encaram. Ana se aproxima e puxa o Daryl pelo braço.

– Qual é, Daryl. Para. Esse cara idiota. Se der ruim aqui fora, óbvio que vai dar ruim lá dentro - ela aponta o galpão que Rick, Andrea e o Governador estão - E vice-versa.

Daryl senta do lado dela de novo, mas ainda fica encarando o outro.

***************

– Eu não disse que vi um atirador. Mas se temos armas, temos que estar armados - Drake entra na sala dos guardas e deixa as malas nas mesas

Beth, com esforço coloca a outra - E se o Rick não gostar?

– Já passou a fase de andarmos por aí sem armas. Isso era só na fazenda. Pessoal!

Ele começa a mexer nas armas, carrega-las com muitas munições e deixa-las nas mesas. Merle se encosta nas grades e fica olhando eles se arrumarem ali.

– Carl - Drake o chama e entrega um caixa cheia de munições de diversos calibres - Coloque esse na estação de carga e o outro na passarela.

– Pra quê isso? - Merle pergunta

– Estratégia, meu caro. Glenn, deixe armas nas torres também.

– O que devíamos fazer era colocar tudo isso nos carros e fazer uma visita ao Governador. Sabemos onde ele está agora.

Drake balança a cabeça - Aí os outros homens dele vem e detonam a gente. Não. Valeu, Merle.

Marie balança a bebê no seu colo - Não dá Merle. Talvez em outros tempos. Não dá.

Ele balança a cabeça - Sei. Mas ficar parado com meu irmão lá fora… - ele balança a cabeça.

– Você acha que eu não tô preocupada? Minha melhor amiga tá lá. O meu… - ela para, o que o Daryl é dela? - O Daryl tá lá. E o Rick e o Hershel. Não dá pra simplesmente arriscar. Enquanto a gente mata o governador, outros podem matar os nossos.

– Ficar parado pode tornar as coisas piores ainda. E elas vão ficar.

– Meu pai sabe se cuidar - Carl diz

– Desculpa aí, garoto, mas a cabeça dele pode acabar num espeto em breve.

– Cala a boca, Merle - Marie diz

– A decisão certa é essa… - Drake diz - “Não faremos nada agora”. Se contente com isso. Essa é a minha decisão final.

***************

Andrea sai do galpão, brava, todo mundo olha pra ela, ela dá alguns passos a esquerda e se senta num banco.

Ana caminha até ela, com Martinez a olhando, bom… olhando o quadril dela, não ela ao todo.

– Sabe… Na fazenda a gente se desentendeu feio. Não acho que a gente deva manter nossas diferenças pra sempre. Eu entendo, você era uma advogada de direitos civis e eu uma colunista de esporte no jornal de Atlanta… Nossas reações perante a uma execução de um garoto iam ser bem diferentes, mas aquilo foi ridiculo - ela engole em seco - Eu achei que você tinha morrido, sua loira burra.

Andrea sorri - Obrigada, menina mimada.

Ana sorri e volta para o poço, Martinez ainda acompanhando ela.

– Não há por que não usarmos nosso tempo para conversarmos sobre isso- Milton diz.

Ana, Hershel e Daryl o olham.

– Isso o quê? - Ana pergunta ríspida

– O chefe mandou a gente se calar - Martinez diz

– Quer dizer o… - Daryl balança os ombros - “Governador”?

– Foi bom termos nos reunidos. Principalmente depois da batalha - o mordomo volta a dizer

– Eu não chamaria de “batalha” - Ana diz - Foi tipo um massacre.

– Eu chamaria. E chamo.

– Afe… - ela se mexe nervosa - Daryl dá na cara dele?

– Eu a… - o carinha ergue o caderno - Registrei.

– Pra quê? - Daryl pergunta impaciente

– Alguém precisa registrar o que passamos. Será parte da nossa história.

– Faz sentido - Hershel diz.

Ao mesmo tempo Ana fala - Que ridículo.

– Eu tenho dúzias de entrevistas… - Milton diz chegando perto dele - Será que eu poderia…?

Todos eles se viram com o som dos mordedores.

Ana e Daryl são os primeiros a correrem em direção ao som, perto das placas de metal. Andrea vem com uma faca na mão e Martinez pega um bastão de beisebol de alumínio no carro.

Daryl para entre duas placas de metal e gesticula para Martinez.

– Depois de você.

– Não, você primeiro.

– Sério?! - Ana pergunta, ela e Andrea avançam e matam os dois primeiros.

Martinez dá um passo a frente e esmaga a cabeça de um com o bastão na placa, ele olha para o Daryl e sorri. Ele ergue os ombros indiferente. Ana e Andrea recuam e deixam eles se mostrarem.

Daryl dispara a flecha em um e Martinez fica girando o bastão na mão antes de acertar a cabeça de outro, ele continua indo em frente e Daryl dispara outra flecha, que atravessa pelo olho de uma mulher e fica presa no pescoço de um homem errante. Martinez se prepara para pegar aquele com a flecha na cabeça, o último deles.

Andrea não está mais do lado da Ana, e ela continua assistindo a apresentação. Daryl pega a faca do cinto, se prepara e arremessa, ela faz um som suave quando corta o ar e acerta em cheio a testa do homem, Martinez vê aquilo caindo e não pode deixar de sorrir.

Ana bate palmas e ri - “Daryllll Killer of Walkeeeeers, WIIIINS!!”

Ele se vira pra ela e dá um sorriso de lado vitorioso. Martinez relaxa e sorri, um comprimenta o outro com a cabeça. Os três caminham até os mortos, Ana vê de longe aquela embalagem no bolso do cara que o Daryl matou com a faca e pega a carteira de cigarro.

– Marie vai curtir.

Daryl estica a mão e pega um dos cigarros, põe na boca e oferece ao Martinez.

– Não, valeu. Prefiro mentolados

– Bichinha.

Ele se volta pra Ana, ela dá de ombros e pega um, Daryl acende o dele e depois o dela e guarda no bolso pra entregar pra Marie.

– Você é do exército ou alguma coisa assim? - Daryl pergunta falando torto por causa do cigarro

Ana traga e quase tosse, faz alguns anos que ela não fuma um daqueles. Ela solta a fumaça e traga de novo.

– Não. Eu só odeio essas coisas depois do que fizeram com minha esposa e meus filhos.

– Que droga.

– Lamento, cara - Ana diz e fuma de novo.

– Valeu - eles ficam olhando a grama e soltando fumaça alguns segundos - Vocês sabem que isso é só uma enrolação, não é? Eles não vão resolver nada. Vão conversar mas amanhã ou outro dia darão uma ordem.

Daryl concorda com a cabeça - Sabemos.

Martinez estica a mão e Daryl tira a carteira de cigarro do bolso pra entregar um a ele.

– Devagar aí, cara - Ana diz e fuma de novo - Tem uma dragãozinha que vai ficar puta se não sobrar pra ela.

– Ah, é - Daryl diz e acende o cigarro dele.

– Vão me dizer seus nomes?

– Ana.

– Daryl.

– O meu é Caezar… Martinez. Só Martinez.

– Só Martinez - Ana diz e sorri

Ele sorri pra ela.

***************

Drake ajusta a lente do binóculo para mais longe, e vê que era só um pássaro branco, não uma pessoa com uma camiseta branca. Os mortos escutam o som do pássaro nas árvores e três alternam sua rota de lugar nenhum para dentro da floresta, mas o pássaro sai voando.

Ele baixa o binóculo e continuando olhando.

– Draaaaaake!

Ele entra no bloco correndo, tropeçando nos próprios pés, corre em direção a sala dos guardas e escuta um tiro.

Drake entra caindo na sala, Glenn no chão, Merle em cima, Michonne, Marie e Maggie tentando segurar ele e Beth na porta do corredor de celas com a arma pra cima. Drake agarra o Merle e o levanta dali.

– Chega com essa porra. Teu irmão tá bem, caralho. Vai ficar tumultuando aqui? - ele o joga pra longe do Glenn e estica a mão, impedindo que ele de um passo pra frente.

Merle vai pra dentro do corredor de celas, quase esbarrando na Beth.

Marie junta o Glenn, Maggie agarra a mão dele.

– Tá bem? - Drake pergunta

– Tô - ele responde vermelho de raiva.

Drake olha Beth e sorri - Gostei de ver, põe ordem nessa porra.

***************

A porta de metal se abre de novo, o Governador sai primeiro, Rick vem logo atrás. Ana pergunta mil coisas com um só olhar, ele nega com a cabeça e a guia para o carro.

Daryl sobe na moto, Hershel entra no banco de trás e Andrea olha Hershel e dá um leve aceno de cabeça antes de entrar no carro com Martinez, os carros se cruzam e vão embora.

– Rick o que houve?

– Na prisão eu conto, quero contar pra todos.

Ela fica brava mas respeita a decisão deles.

Do galpão até a prisão leva cerca de meia hora, nessa meia hora, quem está de vigia é Carl e Marie, eles ficam na grade das escadas do bloco C e quando ela escuta a moto correm para o portão. A moto entra na prisão com o carro atrás, faltando meio metro pro Daryl chegar ao portão, os dois o puxam, enquanto os errantes ali fora se jogam pra cima do motoqueiro.

Carl e Marie fecham de novo, Ana desce do carro e dá um abraço de lado na amiga depois bate no chapéu do Carl, Marie caminha até Daryl que desliga a moto e olha pra ela. Ela se curva e dá um beijo na boca dele. Ele aperta o quadril dela e então desce da moto.

Todos dentro do corredor de celas, esperando Rick falar, estão nervosos, qualquer coisa pode vir agora. Desde de “Não vamos mais brigar” até “O último de pé leva tudo”

– Eu conheci o Governador - ele diz - Conversei com ele por um bom tempo.

– Só vocês dois? - Merle pergunta

– Sim.

Ele olha Drake - Devíamos ter ido quando eu disse.

– Ele quer a prisão.

Marie, com as costas na parede, com Daryl apoiando o braço no ombro dela arregala os olhos.

– Quer que a gente suma… Ou que a gente morra. É… ele nos quer mortos, pelo que fizemos em Woodbury… Nós vamos pra guerra.

Todo mundo se encara, pensando nisso enquanto Rick sai do corredor. Ana não deixa ninguém perceber mas vai atrás dele.

Ele está na passarela, no corredor de grade entre o C e o D, ela para na frente dele, segura na grade e deita a cabeça nas mãos.

– O grupo aceitou tão bem. Alguns acham que devemos atacar, outros que devemos fugir, mas no geral… Mas se você diz que vamos ficar e lutar, a gente apoia. Eu apoio. Rick, eu vou te apoiar sempre, por que eu sei, eu vejo, que tudo o que você faz, é pelo nosso bem.

Rick concorda e baixa a cabeça.

Ana olha em volta e depois pra ele.

– Ele me deu uma escolha. Uma saída pra ficarmos com a prisão.

– O quê que ele quer?

– Michonne.

– Mas ele vai matar ela. Ou coisa pior e depois--

– Vai matar a gente, eu sei. Mas e se não matar? E se essa for a saída?

– Por que não contou pros outros?

– Eles precisam ficar com medo, para ficarem preparados.

– Ah, com certeza estão.

– Ótimo.

– Mas ela ajudou a gente. Sem ela nem teríamos sabido que Glenn e Maggie haviam sido pegos. Hershel teria morrido, porque ele estava no gramado quando ele tacou os errantes aqui. Ela não é ruim.

– Carl disse que ela pode ser uma de nós. Mas se não entregarmos… Você já sabe, né? Está disposta a sacrificar sua vida, Marie, Drake, Daryl… Por ela?

– Eu… Não sei. Por que me contou isso? - ela se vira pra ele, tendo que erguer o rosto para encara-lo

– Porque… - ele também se vira, tendo quer baixar o rosto - Eu esperava que você pudesse me convencer do contrário.

Ana suspira pesado, fica tonta, sente um frio na barriga e sorri - Meu Deus, Rick. Eu te adoro.


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Notas finais do capítulo

E aiiii?
O que tem a dizer sobre a última sensação que a Ana teve, hm? Ela ficou abaladinha swhswhswh

Beijos, até qualquer dia *-*



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