As If It Were The last Day - 3ª Temporada. escrita por PrisReedus


Capítulo 11
Never loved so far.


Notas iniciais do capítulo

Oi, meu povo.

Bom, pelo título, já dá pra imaginar que vai ser fofo né.... swhswhshw
Eu espero que vocês gostem, por que esse cap é inteiramente meu *-*, caso vocês não lembrem, na série, esse ep é o que o Rick encontra o Morgan, o povo da prisão nem aparece.



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Ana caminha com eles até o lado de fora.

– Eu preciso de um tênis, se acharem…

Rick sorri - Quanto você calça?

– 33.

Michonne sorri de leve - Talvez na mesma seção de roupas para a Judith.

Ana sorri pra ela - Quase isso.

– Vamos lá - eles caminham até o carro, Carl entra no banco de trás, Michonne no volante e antes de entrar, Rick ganha um beijo no rosto da Ana, ela sorri vermelha, ele sente seu rosto ficando mais quente e entra - Cuidado pra abrir o portão, Ana.

– Pode deixar, patrão.

Dentro do bloco C, muitos ainda dormem, dentre eles, Daryl e Marie, de conchinha na cama da cela dela, não foi proposital, eles estavam, como Ana diria, aos amassos e dormiram um de frente pro outro, mas vão acordar assim. Em alguns minutos.

No andar debaixo, Maggie e Glenn também dormem abraçados, mas ela abraça ele. Na cela ao lado, Beth com o berço da bravinha, ao lado, Hershel e do lado, Merle.

Drake na última cela do outro corredor no andar de cima, dorme com a cara no travesseiro, abafando o ronco, faz eras que ele não dorme bem, Carl está na cela ao lado da dele, sonhando alguma coisa com a Lori no meio.

A Bravinha resmunga, e choraminga, seu choro vai aumentando, ela soluça e puxa o ar, quando ela o solta, já está aos berros, todos nas celas acordam num pulo, Beth até bate a cabeça na cama de cima e se levanta pra acariciar o rosto da bebê e colocar a chupeta na boca dela.

Drake respira fundo por causa do susto e se deita de novo.

– Caralho… Que susto - Daryl diz no pescoço da Marie

– Eu já tava procurando minha arma - ela vira um pouco o rosto pra ele - Meu senhor… A gente dormiu de conchinha.

Ele beija seu pescoço - Você nem se mexeu.

– Também… Com você na cama fica difícil, olha o seu tamanho.

Ele se curva sobre ela e morde sua orelha, depois faz um caminho de beijos até a boca dela, ela se afasta.

– O quê?

– A gente deve estar com mau hálito.

Ele se deita olhando pra cima, a foto ainda está presa ali - Foda-se o mau hálito.

Ela se senta e pega sua mochila - Eu tenho alguma coisa que melhora, olha isso

Daryl vira o rosto e sorri para a pequena garrafa de Jack Daniels - Aí sim.

Marie bebe um gole e entrega a ele que se senta um pouco e bebe. Ela se joga pra cima dele e põe a garrafa no chão, ele a beija um, duas, três, quatro vezes rapidinho. Ela se senta nele e começa a erguer sua camiseta parando levemente na cicatriz da flechada que ele levou dele mesmo, há quase um ano, Daryl segura as mãos dela e olha lá pra fora.

– Eu sempre acho que vem alguém.

– Então vamos pra outro lugar?

Ele começa a empurrar pela cintura com um sorriso safado marcando o rosto, ele pega a besta na mesa de pedra e eles descem as escadas correndinho de mãos dadas, Ana, entrando na ala das celas só vê o vulto dos dois indo em direção a cozinha.

Esses dois…

Ela entra na cela da Beth, que está sentada com a Judith no colo e sorri - Não foi preciso ter a audição da Marie pra ouvir essa menina, até os errantes se assustaram.

– Acho que ela teve um pesadelo.

– Bebês sonham?

– Todo mundo sonha, Ana.

– Eu não.

– Como?

– Ou eu sonho e esqueço ele assim que acordo. Parece que eu não sonho. Sei lá… Não ligo. Eu só teria pesadelos mesmo.

– Eu sonho. E as vezes é bom. Sonho que estamos aqui e sem problema algum, até parece normal.

– Sei…

Daryl lê a placa da porta: “Somente pessoal autorizado”, ele a abre devagar e põe a besta na mira, é muito improvável que tenha alguma coisa ali, mas nunca se sabe. Marie nunca esteve ali e olha em volta, uma mesa com uma poltrona de couro atrás, um computador, estantes com livros, sofás e muita poeira voando, ela coça o nariz. Ele baixa a besta e entra na sala, ela tranca a porta, vai direto pras janelas, puxa as cortinas que liberam mais poeira e as abre, os dois olham lá pra fora, é possível ver a lateral direita da prisão e um pouco lá da frente.

– Era o que aqui?

– Sei lá - ele deixa a besta numa das poltronas e tira a camisa rasgada nos ombros - Talvez a sala do diretor do bloco.

– Hm… - ela desabotoa a calça e a tira.

Ele vem pra cima dela, a empurra contra a mesa com um braço e outro joga tudo no chão, o monitor se quebra o peças do teclado saem, ela deita na madeira fria e ri, ele tira a camiseta dela vai pro fecho do sutiã. Marie se senta na mesa e o tira, ele beija os seios dela, ela ri com o arrepio e abre a calça dele.

– Não, não. Relaxa ai - ele a empurra de volta pra mesa com as mãos nos seus seios, quando ela deita ele vai descendo as mãos por todo o corpo dela até a calcinha e a tira devagar - Tá relaxada?

– Uhum…

Ele beija a barriga dela e vai descendo, até a virilha e lá ele a lambe de leve.

Marie geme um pouco, ele segura as pernas dela e joga por cima do seu próprio ombro, ela entrelaça os dedos no cabelo dele enquanto ele trabalha nela. Seus pés ficam acariciando as costas dele, e as mãos dele passeiam pelo seu corpo.

Ele a olha e sorri, ela sente a língua dele de novo e se senta.

– Vem cá! - ela o puxa para o sofá e joga ele lá, se deita por cima dele e beija seu pescoço, seu ombro, seu peitoral, seu abdome e vai descendo mais.

Daryl junta nas mãos o cabelos dela, bem a tempo de ver ela puxando sua calça e sua boxer pra baixo, ele está duro por ela, ofegando esperando o próximo ato, ele suspira quando os lábios dela tocam no membro dele.

***************

Beth para na cela do Drake, ele está deitado, sem camisa, de bermuda, com o braço no rosto e o outro, o que levou o tiro repousa ao lado do corpo, agora o que resta de Woodbury é uma cicatriz forte - Tá acordado?

– Mais ou menos… - ele diz grogue e se senta - O que houve?

– Eu e Carol vamos levar as roupas pra lavanderia. Você tem alguma coisa?

– Tenho - se levanta e vai até o canto da cela, pega duas camisas, três regatas e uma calça, todos sujos de sangue - Só isso.

Ela pega e fica olhando pra ele.

Drake inclina a cabeça - Quê foi?

Beth balança a cabeça e pisca - Nada. Eu vou… levar… pra Carol.

– Tá bom - ele diz sorrindo.

Ela sai correndo e deixa ele sem entender nada. Drake se vira e pega uma das suas camisetas, uma das únicas que ele tem que não são sociais e desce.

– É isso aí, galera! Hoje, vamos começar a nos mexer, eu quero vigias nas torres, vamos tirar os carros lá da frente, continuar a montar a guarda com as placas de metal e os paletes!

– Sim, Sr. Moroe - Ana diz com a bebê no colo.

Ele se aproxima e beija a testa dela, enquanto afaga a cabeça da pequena - Cadê o Daryl?

– Tá se divertindo - Merle diz sentado no canto do corredor - Ele e a amiga de vocês estão sumidos há algum tempo já.

Drake olha Ana - Vish, sério?

– É…

– Hm… Então eles se acertaram de vez?

– Acho que eles estão se acertando agora. - Merle fala e dá risada.

– Hm… - ele coloca as mãos na cintura e pensa - Vem você mesmo, Merle. Preste pra alguma coisa - ele diz e marcha para a sala dos guardas.

Merle levanta e vai logo atrás - O que faremos?

– Vamos lá fora. Tem muita madeira jogada no canto oeste da prisão, vamos pegar e trazer, faremos uma barreira para os vigias ficarem atrás.

– E madeira vai parar o Governador?!

– Vai nos esconder, seu idiota. Acho que ele não se daria ao trabalho de procurar onde tem gente, ele só vai atirar, igual fez quando você chegou aqui.

– É… Você tá certo, moleque. Você mudou bastante, quem diria que aquele cara grandão, boa pinta, que usou o fim do mundo de desculpa pra deixar a barba crescer, estaria no comando quando o Xerife Rick não tá?

– Passamos por muita coisa. Eu tive que mudar. Foi mais por causa da Ana e da Marie, do que por minha causa mesmo… - ele sorri - E eu só usei a barba no acampamento.

Merle ri e saí do bloco, com Drake logo atrás.

***************

– Nossa, Daryl… foi… bem - ela respira fundo - legal.

– Legal? Você ainda me mata, Marie.

– Eu?! Você quase quebrou minhas costas quando me mandou pro chão - ela se joga pra cima dele e fica acariciando seu peitoral - Vamos de novo?

– Você não vai me dar dois minutos de descanso?

– Não.

– Eu nem controlei a minha respiração.

Ela beija o pescoço dele de um lado e depois do outro - Então controle ela. Por que eu pretendo tirar todo seu fôlego de novo.

Daryl se senta e ela, no colo dele, entrelaça as pernas nas suas costas, ele a beija lentamente, puxando seu lábio inferior com os dentes. Ela solta um risinho.

– Já controlou?

– Controlei… - ele olha em volta e vê a mesa de centro tombada, as roupas dele largada no chão ao lado do sofá, as dela caída em frente a mesa, o computador no chão e ri - Destruímos a sala.

– Foi você.

– Foi a gente.

Ela olha em volta - Podemos ficar aqui né?

– Até que horas? Eu não posso deixar o Merle lá.

– Não, seu idiota. Ficar aqui… Tipo, montar nosso quartinho aqui. Empurrar essas poltronas e colocar dois colchões aqui. Unidos por um lençol de casal.

– Tá me chamando pra morar com você?

– Não - ela beija ele - Tô te chamando pra dormir comigo. Temos privacidade aqui.

–Sei… - ele pensa, as mãos passando pelas costas e os ombros nus dela - Tá bom.

– Sério?

– Sério - ele se curva pra frente, levando ela pro chão novamente e se deitando por cima - Agora, vamos perder o fôlego.

Do lado de fora, Merle e Drake colocam alguns paletes na caçamba da caminhonete do Glenn, um dos carros que eles tiverem que pegar no caminho enquanto estavam na estrada.

– Devo matar aquele ali? - Merle pergunta baixinho apontando com a faca da prótese de aço um mordedor que cambaleia pela terra úmida.

– Não - Drake responde - Outros podem te ver. Deixa ele se aproximar.

– Beleza. Cara… Sei que não devia falar disso mas eu preciso saber…

Drake coloca três paletes na caçamba e bate as mãos, algumas farpas estão pinicando e aí ele percebe que a mão se machucou toda por causa da madeira - Fala.

– Andrea comentou que o acampamento foi atacado, no dia seguinte ao que me deixaram em Atlanta. E que a Amy morreu lá. O que aconteceu?

– Os errantes conseguiram subir a colina, mataram a Amy, o Ed, marido da Carol e a July. Na manhã seguinte descobrimos que o Jim tinha sido mordido também.

– Mas e aí…? Eu quero saber de tudo.

– E aí que a Jacqui morreu também, no CCD…

– Andrea contou até a fazenda, que a menina Sophia também morreu.

– Sim. E o Shane enlouqueceu, cara. Não tem o que falar sobre a estrada, só que a gente não parava de correr, e todos passamos por situações complicadas lá.

– Eu posso imaginar… E tem outra coisa…

– Fala - Drake pega duas placas de aço e joga na caçamba também

– Há quanto tempo meu irmão e a Marie estão juntos?

Drake sorri - Sei lá se eles tão juntos, é engraçado a relação deles. Mas se for contar desde o primeiro beijo… Foi quando a Sophia se perdeu.

– A Marie é legal, e o meu irmão gosta dela.

– E a Marie gosta dele - ele olha por cima do ombro do Merle e aponta - Pode matar agora.

Drake entra na caminhonete, enquanto Merle corre e enfia a faca pelo olho da coisa e volta para dentro do carro.

– Beth? Beth! Socorro!

– Calma, Ana! - Beth vem do corredor de trás, estava na lavanderia, pendurando as roupas e durante esses minutos, Judith começou a chorar e a desesperar a Ana

– Ela não para de chorar, que merda é essa?!

– É fralda suja.

– Que nojo. Pega ela.

– Por que você não troca?

– Por que eu tenho nojo.

– Vamos, Ana, não é difícil, vem aqui que eu te ajudo.

Maggie entra na sala dos guardas - Glenn!

Glenn vem de dentro do corredor de celas com Hershel, eles passam por Ana e Beth.

– O Drake voltou com as placas. Vamos lá. Carol vai ficar na vigia pra gente

– Tudo bem - ele deixa o sogro na sala e corre atrás da namorada.

Glenn passa de cara fechada por Merle e vai para a caçamba da caminhonete, Drake desce e aponta Merle.

– Fique de vigia na torre dois.

– Tá bom - Merle diz e corre para a torre mais afastada.

– Valeu - Glenn diz - Não ia dar pra ficar com esse cara aqui.

Drake dá um tapão nas costas do asiático - Sem problema. Maggie, leve as placas de madeira para para o corredor de grades entre o C e o D, Glenn coloque umas três placas de metal perto das portas dos blocos, vai proteger caso a gente precisa sair, ou entrar. Eu vou colocar umas na torre aqui fora, os vidros dali foram estourados, perdemos o melhor lugar de vigia.

– Pode deixar - Maggie diz e pega dois paletes para levar até onde a Carol está.

***************

– Chega, Marie, chega… - ele ri com os beijos dela no seu rosto - Não podemos ficar o dia todo aqui

– Eu vou parar - ela se joga do lado dele e ofega - Essa foi demais.

Ele a olha do seu lado, respirando com dificuldade, nua, suada e linda.

– Foi bom mesmo - Daryl diz quase sem ar - Mas ainda não tirou nosso atraso

– Não, claro que não, por isso vamos repetir, até compensar.

– Concordo totalmente - ele se senta e ela olha dos pés a cabeça - Você é muito gostosa.

– Ai… para de me olhar, eu fico com vergonha.

Ele acaricia a coxa dela e olha em volta - Não precisa… Acho que aqui vamos achar o que você precisa.

– E o que eu preciso?

– Você já vai ver - ele fica pé e começa a vasculhar os armários

– Eu só preciso de você, bonitão - ela se senta e fica acompanhando ele com o olha, suas costas, cheia de marcas vermelhas das unhas dela e algumas marcas roxas, grandes, cicatrizes, o que será isso? - Você fica muito sexy andando por aí sem roupa.

– Para - ele vai para a mesa onde antes jogou o computador no chão pra ela deitar e abre as gavetas - Cara, se não tiver…

– O que você tá procurando, Daryl?

– Achei - ele pega o pequeno objeto e ergue, ela se prepara e ele joga nas mãos dela.

– Awn… uma fita adesiva.

– Falei que eu ia achar - ele pega suas roupas e fica olhando ela.

Marie fica em pé e vai para as suas roupas.

– Você fica muito sexy andando por aí sem roupa, bonitona - ele diz

Eles sorriem um pro outro e começam a se vestir juntos.

– Até que não foi difícil - Ana diz erguendo a Bravinha agora de fralda trocada

– E não é.

Ana fica em pé com a bebê - Vamos dar uma volta.

– Será que é seguro?

– Claro que é. O governador não atacaria duas vezes, ele deve achar que nós estamos escondidos. Vamos lá, não tem problema.

As duas saem do corredor de celas, quando Marie e Daryl entram, ele mexe no cabelo dela, ajeitando sem jeito os fios bagunçados, eles sobem as escadas e vão para a cela dela, lá ela cola a foto e junta ela e a prima de novo, depois cola no estrado da cama de cima, Daryl coloca o coldre nela e antes de saírem, ele dá um beijo nela, os dois descem de mãos dadas.

Hershel acompanha as duas até o lado de fora e se sentam numa área segura, um beco entre os blocos A, B e C, Ana fica balançando a Bravinha, que antes de cochilar, fica olhando pra ela.

– O que será que ela pensa quando me vê? - Ana pergunta

– “Porra, que menina feia” - Drake diz vindo em direção a eles, Ana faz careta - Tudo certo?

– Sim.

– E o Daryl e a Marie vão ficar lá pra sempre? Queria que ela ficasse na vigia e que o Daryl me ajudasse com o portão.

– Você vai começar a refazer o portão? Sabe como?

– Não, mas eu vou dar um jeito - ele olha Beth - Deu certo lavar as roupas?

– Deu.

– Hershel, me conceda sua filha rapidinho?

– O quê? - Beth pergunta ficando vermelha

– Me ajude a colocar as placas de aço na torre.

– Ah, sim.

– Ou eu posso levar a Ana.

Ana sorri - Não, vai lá Beth…

– Só cuide dela - Hershel diz

Drake toca as costas da Greene mais nova e a guia para o portão do gramado - Sempre!

Beth fica mais vermelha ainda, a porta do C se abre de novo e Daryl sai com a Marie, Drake olha direto para as mãos entrelaçadas.

Hmm… Ele pensa - Finalmente!

Marie revira os olhos forçadamente e Daryl mostra o dedo pra ele, os dois soltam os dedos e cada um vai pra um lado, Daryl vai para a caçamba pegar as placas e Marie vai para onde Ana e Hershel estavam.

– Bom dia - ela diz acariciando a cabeça do bebê

– Bom diaaaa- Ana diz cm um sorriso malicioso no rosto.

Marie cora na hora e Hershel solta uma risada fraca do lado.

– Vai uma ajuda? - Daryl pergunta

– Não, valeu - Drake diz - A Beth vai me ajudar… O Merle tá na torre dois, lembra do que o Rick disse?

– Uhum - Daryl vira as costas e vai para a torre.

– O que Rick disse? - Beth pergunta

– Nada. Só que o Daryl tinha que ficar de olho no irmão, pessoalmente, acho que o Merle não traz mais problemas, mas foi o Rick que disse então…

Ela concorda com a cabeça e ergue uma das placas com força, Drake percebe e ri

– Tá faltando feijão, moça

– Eu consigo - ela diz com a voz travada, move as mãos e finalmente acha uma posição que consiga segurar a placa.

– Foi? Então vamos.

Daryl entra na torre e sobe as escadas, ele dá um soco na porta que se abre e Merle o ajuda a entrar.

– Se divertiu, caçula?

O outro estala a língua nos dentes e vai pro lado de fora

– Me responda!

– Eu não vou ficar falando da minha vida conjugal pra você.

– Conjugal? Vocês já são um casal? Vai dar o sobrenome Dixon pra ela?

– E se eu quiser? Você vai ser contra?

– Ei, calma ai!

– Por é o que parece! Parece que tudo que tem relação a ela te incomoda. Eu gosto dela, então se é do meu agrado ficar horas numa sala qualquer com ela, se é do meu agrado pedir ela em casamento, eu vou.

– Não falei nada, irmão! Você se estressa muito rápido.

– Você me estressa.

– Tá bom, mas se você for pedir ela em casamento, faça logo, por que eu acho que vamos todos morrer, eu te dou minha benção.

Daryl olha lá pra baixo, para onde Marie está, ela pega a Judith no colo e ergue até a altura do rosto pra dar um cheirinho na testa da bebê.

– Eu… - ele diz mas para

Merle coloca a mão no ombro dele - Conta pra mim.

– Talvez em outros tempos… Se o mundo não tivesse assim.

– O quê?

– Ah… - Daryl balança os ombros - Você sabe.

– O quê?

– Eu não vou dizer pra você rir da minha cara, mas você sabe.

– É claro que eu sei, Daryl. Em outros tempos você pediria ela em casamento. Mas pense pelo lado positivo, se o mundo não tivesse assim, eu duvido que vocês teriam se conhecido. A vida de vocês só é parecia agora.

– Eu sei.

– Nossa vida era uma piscina de agulhas e a dela um mar de rosas.

– Mais ou menos, ela passou por bastante coisa.

– Tipo…?

– Tipo “eu não vou contar pra você, Merle”

– Okay - ele acompanha a linha de visão do irmão - Você gosta dela, mesmo.

– Eu gosto.

– Pelo menos vocês usam camisinha né?

Daryl para e pensa, não, não usam, mas também não é problema, nenhum dos dois tem nada, exceto uma doença que se matar transforma você em um canibal em decomposição… Filho é uma coisa que mesmo se quisessem não poderia ter, mas ele não precisa contar isso pro irmão.

– Usamos, cara.

– Que bom, ninguém merece dois Daryls nesse mundo.

– Cala a boca.

***************

O dia está quase escurecendo, eles já colocaram todas as placas que Drake queria, as roupas que Beth lavou já estão na cela de seus respectivos donos, a Bravinha dorme, Beth e Ana estão na cozinha preparando a janta, Carol faz vigia com Maggie, Daryl com Drake e Glenn com Hershel, cada dois em uma torre, ou no caso do Hershel e do Glenn, no corredor de grades entre o C e o D.

Marie se senta numa das mesas na sala dos guardas com suas armas a frente, ela pega a Ruger e a desmonta, para limpar, ela escuta passos vindo do corredor de celas e se vira, Merle vem de lá, ajustando as fivelas da prótese de aço no seu braço direito.

– O que você quer aqui?

– Calma, só vou ficar aqui, não pode me impedir.

Ela baixa os olhos para a arma, enfiando a agulha pelo cano dela, quando a puxa de volta ela sai com muito resíduo de pólvora. Merle se senta na frente dela.

– Alguém daqui te ensinou ou já sabia?

– Faz alguns anos que eu sei. July me ensinou.

– Ela era uma grande mulher. É… e eu não falo por falar, eu prestava atenção em vocês. Bom, pra começo tinha a Ana… medrosa, toda bonitinha e vivendo atrás do Drake, que por sua vez, ficava meio perdido e nem entendi por que estava usando aquela arma na cintura… July, a manda chuva, sempre ouvia ela dando bronca por que alguma coisa saiu errado - ele dá uma risada - Ela me encantava. Não de um modo apaixonante, mas o jeito dela, eu nunca tinha visto mulher daquele jeito, sabe? E aí tinha você, a garota dos olhos do grupo. Me diga quem não gostava de você?

Ela reprime um sorriso ainda olhando a arma.

– Até eu gostava de você. E você - ele se debruça na mesa - Você encantou o meu caçula de um jeito… Logo no primeiro dia, sabia disso?

Ela ergue os olhos pra ele e balança a cabeça que não.

– Você é pro Daryl, a minha garçonete.

– Ah! Tava legal demais pra ser verdade! - ela se levanta e pega as peças da arma

Merle levanta junto - Espera, espera - ele a segura pelo braço - Você não me entendeu, me escuta.

Ela o encara impaciente.

Ele solta o braço - Sabe, cunhada, eu e Daryl vivíamos em um bar perto de casa, ele ia lá beber e… cortejar umas moças…

– Desnecessário falar isso pra mim - ela diz, o ciúmes transbordando na sua voz, ela sabe que o Daryl não era um santo, ela também não era, mas não precisa ficar ouvindo isso daquele imbecil do Merle né.

Merle ri e se senta de novo - E tinha uma garçonete, mais jovem, bem bonita, bem simpática, ela gostava de mim… E eu dela.

Marie deixa as peças novamente na mesa e se senta. Eles ficam se encarando e Merle vai abrindo um sorriso cínico.

– Droga, você gosta do meu irmão. Garota, você é burra.

Ela sorri e suas bochechas ficam vermelha, Merle se levanta.

– Eu conheço muito bem meu irmãozinho, bem o suficiente pra saber que ele nunca amou… - ele caminha para o corredor de celas e para na porta - … Até agora.

Ele a deixa sozinha na sala dos guardas, ela sorri mais ainda.


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Notas finais do capítulo

E ai?

Bom, se o Merle falou, tá falado não é? *-----------*

Geente, amei escrever um cap inteiro meu, pareceu os primeiros caps da primeira temporada, todo meu *-*

beijos, até segundaaaa sz



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