Colorful escrita por Lady Lannister
Notas iniciais do capítulo
Bem, espero realmente que gostem ♥
"Além da porta que se abriu suavemente
Há um mundo frágil
Será que a manhã vem?
Será que vai tornar a noite?
Enquanto oscilam, raios de luz começam romper.
Até as vozes chamarem para fora, vamos jogar um pouco mais,
Repetindo o tempo que vai ao redor como uma flor
Dentro desta sala, um sonho
estava sempre cantando uma canção gentil para você
O que é a verdade?
Perseguindo o mundo em que eu posso acreditar fortemente
Para o seu jardim de prata
Aquela criança que se perdeu no caminho,
Hoje voltou para casa mais rápido
Eu gostaria de correr enquanto descobria
Um lugar mais brilhante que a correção"
A garota das fitas vermelhas se encontrava na escola vazia, aquele cenário estava se tornando cada vez mais frequente em seus sonhos. Ela sabia exatamente o que fazer, deveria andar até a entrada do prédio e tomar chá com a menina das roupas estranhas.
Ela seguiu até o lugar de sempre, onde a mesa com duas cadeiras se encontrava. Sentada de costas para ela estava a menina de roupas estranhas, mas Madoka não podia julgar ninguém, afinal, suas roupas eram quase tão estranhas quanto as da menina.
— Você está atrasada. — A menina comentou bebendo um gole do seu chá, pelo aroma era algo como canela.
— Me desculpe, eu demorei um pouco para pegar no sono. — Ela sentou-se na cadeira disponível, um tanto envergonhada, e pegou uma xícara de porcelana. — E então, como vão as coisas?
— A mesma coisa. — A menina olhou ao redor um tanto desafiadora. — Sempre o mesmo cenário e a mesma cena. Um deja vú eterno.
— Você parece estressada. — Madoka deu um pequeno gole no chá, o que confirmou seu palpite, canela e mel.— O que houve?
— Por que você sempre usa essas roupas? — A garota olhou-a de cima a baixo, como se a forma em que Madoka se encontrava deixasse-a incomodada.
— Eu não sei, mas é como se de algum jeito elas fossem as roupas que eu deveria usar sempre. — A rosada sorriu. — Eu acho muito interessante que eu seja capaz de continuar inventando você e esse vestido, afinal, eu nunca te vi minha vida toda.
— Você já me viu sim, mas não se lembra. — A garota respondeu um tanto amarga. — Meu nome é Homura Akemi, era assim que você me conhecia.
— E de onde nós nos conhecemos, Homura-chan? — Madoka deixou a cabeça pender para o lado.
— De vários lugares, mas você é incapaz se lembrar de sequer um. — Homura deu um sorriso melancólico. — Eu era uma garota desajustada em várias das vezes que eu te conheci, mas depois de um tempo eu acabei me tornando isso que você vê.
Homura e Madoka deram um gole em seus chás e em seguida pegaram biscoitos. Na opinião da rosada eles tinham gosto de gengibre, mas a julgar pela expressão de Homura provavelmente para ela os biscoitos e nada eram a mesma coisa.
— Você pode me dizer o porque de eu não me lembrar? — Madoka pediu gentilmente.
— Não. — Homura foi categórica.
A de vestido branco terminou o chá e levantou-se da cadeira, sendo seguida pelo olhar da de preto.
— Onde você vai? — A morena soou um tanto preocupada.
— Bem, você não quer me falar o porque de eu estar aqui, então acho melhor eu descobrir. — A rosada bateu o vestido. — Se eu fizer algo diferente talvez eu seja capaz de sonhar com outras coisas, não é legal fazer a mesma coisa por dois anos seguidos e não obter respostas.
Homura arregalou os olhos surpresa, o sonho perturbava Madoka tanto assim? Sua presença deixava Madoka tão desconfortável?
— Mas eu achei que você gostasse desse sonho, você nunca reclamou. — A menina soou confusa. — Você sempre gostou da escola e de chá... Eu sei que não é igual ao da Mami-san mas...
— Você conhece a Mami-san? — Madoka olhou Homura um pouco surpresa.
A antiga garota magica suspirou e assentiu, não podia dar com a língua nos dentes, era irritante.
— Eu já disse, eu conheci vocês várias vezes. — A morena abaixou a cabeça. — Eu sei como cada uma de vocês age, o que sentem uma pela outra e até mesmo suas manias mais irritantes. Eu era amiga de vocês, nós éramos uma família. — Ela se levantou da cadeira. — Eu lembro de cada vez que vocês me treinaram, cada vez que nós perdemos uma a outra e... Bem, várias outras coisas amargas...
Homura mirou o prédio da escola com um olhar nostálgico.
" Quantas vezes mais eu serei capaz de suportar ser apenas uma espectadora?" Seus pensamentos foram cortados por um abraço apertado de Madoka, que sentiu-se mal pela garota.
— Não fique assim Homura-chan! — Madoka falou gentilmente. — Sabe, eu fico realmente lisonjeada de poder conhecer você de novo, mesmo que eu não me lembre das vezes anteriores. Porque Homura-chan me visita toda noite e sempre é gentil comigo, mesmo que eu muitas vezes apenas fique quieta você nunca desiste de conversar.
Era verdade, Madoka muitas vezes não respondia a garota, tinha a sensação ruim de que ela não deveria ter feito algo, mas não conseguia lembrar o que.
— Se eu te dissesse que fiz uma coisa ruim, o que você pensaria de mim? — Homura perguntou com lágrimas finas escorrendo pelas bochechas, lágrimas que ela jurou que não derramaria.
— Que coisa ruim? — Madoka afrouxou um pouco o abraço.
— Eu me apaixonei por uma garota, mas ela me deixou para me salvar. — A de cabelos pretos começou. — Eu tentei viver sem ela, mas o desespero me consumiu e eu acabei me tornando algo que não deveria. Então, quando ela tentou me salvar de novo eu a aprisionei e tomei os poderes dela para mim, para que ela pudesse viver a vida que tanto prezava antes de sumir e ser apagada das memórias de todos. Eu fiz com que você voltasse a ser o que foi, eu rescrevi esse mundo sem sentido onde você não existia e transformei ele em algo bom para você.
As memórias pipocaram na mente de Madoka, apareceram como flashes de uma câmera, uma atrás da outra sem cessar. A menina que ela tanto prezava era agora uma existência contrária a sua, sua inimiga natural, algo que ela deveria odiar e combater.
Mas ela não podia.
Aquela ainda era sua Homura, ainda era a pessoa que ela amava, ainda era a amiga que ela prezava, aquela que dedicara sua vida a voltar no tempo e tentar salvá-la do seu terrível fim.
— Homura-chan, está tudo bem. — Madoka apertou o abraço novamente.— Eu estou aqui Homura-chan, eu não morri e não fui embora.
— Ma-Madoka... — As palavras se embolaram com as lágrimas na garganta de Homura, que acabou caindo de joelhos no chão e puxando Madoka. — Você não podia lembrar, você vai ter que deixar sua família e suas amigas.
— Como eu poderia viver sem lembrar de você Homura-chan? — Madoka perguntou separando o abraço. — Você é minha melhor amiga.
Homura deu um sorriso gentil e secou as lágrimas, talvez o universo fosse rescrito novamente e talvez ela e Madoka fossem apagadas da memória dos outros, mas naquele momento, naquele mundo dos sonhos, tudo era colorido e ela tinha sua melhor amiga.
O amor que ela tinha por Madoka era egoísta, mas se até Madoka perdoou seu egoísmo naquele momento, talvez ela também pudesse viver sem sentir-se culpada pelas coisas ruins que aconteceram e sentir-se dona das coisas boas que estivessem por vir.
Como por exemplo o beijo doce que Madoka depositou em seus lábios.
É, realmente coisas boas estavam por vir, e Homura esperava por elas ansiosamente.
" Quero me tornar um guarda para proteger o meu sono infantil
Porque se tornar um adulto é algo firmemente fechado
Você percebe isso?
A verdade é sempre
Apenas no passado no passado
Todas as coisas como o futuro e a esperança
Estão no conto egoísta
De um jardim distante que alguém desenha
Ninguém sabe ainda
Uma criança está cantando com a voz de um pequeno pássaro fervoroso
O que é que se esconder, o que é que destruir?
Relógios que queimam e
segredos como a fragrância das flores
Estão certamente aqui
Venha perto calmamente,
Não vá a lugar algum,
Cante perto da janela,
O que você perdeu?
O sonho dentro dos meus braços
E as mentiras e tristezas de uma pessoa amável
Foram trancados
Com um coração que pode ser insuficiente,
Vamos em frente, vestindo a luz e voando,
Tomando a forma de uma jovem
Para um começo sem fim
Para o verdadeiro final
Venha perto calmamente,
Não vá a lugar algum,
Cante perto da janela,
Não vá a lugar algum."
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Bem, o título da fic tem como base a música " Colorful" da dupla ClariS e a tradução antes e depois da história é da música " Kimi no Gin no Niwa" do grupo Kalafina.