CCC Game escrita por Sasazaki Akemi


Capítulo 1
Capítulo 1: O começo




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–AHHHHHH! – escutei um grito vindo da garota que estava na carteira de trás a minha. "O que foi?! O que houve?" todos se perguntavam, onde até eu mesma me assustei com o agudo e alto grito da garota. Eu me virei para a responsável das conversas da sala e perguntei:

–Íris, o que foi que houve? – a garota de cabelos longos e escuros como a noite, presos em um rabo de cavalo, com olhos azulados turquesa como se fosse as ondas do mar na escuridão. Sem me responder, ela arremessa suas duas canetas e uma folha de seu caderno que estavam sobre sua mesa para o chão. A professora de química já havia perdido a paciência, ela já havia pegado o livro negro para escrever os nome de Íris e de outra garota que estava ao lado dela, ou seja, uma ocorrência.

–Se mexeu! Ninguém assoprou, estou falando sério! – Íris berrava enquanto se levantava – eu não assoprei, nem a Sophia!

–Íris! Quer ir para fora da sala? Você não é obrigada a ficar aqui na sala, sua ocorrência já está feita! – dizia a professora completamente nervosa, e se for dizer a verdade, sim, eu tenho muito medo dessa professora.

–Os moleques que estão aqui atrás viram que se mexeu sozinha! – disse Sophia, uma garota de cabelos longos e soltos que eram de um castanhos tão intenso, com sua pele branca como o frio que está hoje, nessa quinta-feira na última aula. A garota estava a prestes a chorar, e não sou de demonstrar nada que refere-se as minhas fraquezas, mas eu senti pena dela. Queria a ajudar, mas como? Nenhuma resposta surgia a minha cabeça, e involuntariamente, eu disse:

–Fui eu que assoprei – os olhares de todos foram direcionados para mim, todos que estavam duvidando de ter sido uma coisa paranormal concordaram, me acusando sem eu mesmo mostrar provas: "Então foi você, Alex"

–Alex, não brinca assim! A menina está quase desmaiando! – Íris defendia a amiga, mas é melhor levar a culpa do que ver as duas morrendo de medo por uma coisa que não existe. Naquele momento, eu estava virada para trás, mas quando eu volto a olhar para a lousa, vejo a professora com o livro negro na mão novamente. Será mesmo? Será mesmo que ela está escrevendo meu nome naquele livro?!

Eu voltei a olhar para lousa com essas perguntas em mente. Eu, uma garota de cabelos longos e escuros que nem café de olhos do mesmo tom, que nunca jamais havia uma ocorrência, uma advertência ou qualquer outra coisa, além de algumas notas baixas iria ter sua ficha escolar destruída por uma coisa que nem esteve envolvida? Eu, Alex Sato...?

–Alex, você realmente assoprou? – Íris me perguntou ao sentar novamente em sua carteira. Me virei para olhar o rosto dela, onde eu apenas sorri e respondi normalmente:

–Não, eu apenas queria acalmar um pouco a situação – elas estavam completamente desesperadas, queriam nunca ter feito esse jogo. Eu apenas passei a mão na cabeça de Íris e segurei a mão de Sophia com a outra e disse – não vai acontecer nada.

Eu sabia muito bem o que era esse jogo, como funcionava e como se faz esse Charlie Charlie Challenge. Esse jogo ficou famoso de uma noite para o dia, surgida no México com a lenda de duas garotas que acabaram com um final nada agradável. Eu acredito e respeito totalmente os mortos, os que vivenciaram antes de mim.

Esse jogo, é simples e não recomendo ninguém a fazer. É apenas necessário utilizar duas canetas, ou qualquer outra coisa e uma superfície plana, onde consiga escrever: "sim" e "não. Utilize as canetas para fazer uma cruz, e nos espaços onde as canetas não afetam, escreva sim e não, onde as palavras iguais não fiquem uma do lado da outra, ou seja, terão que ficar em uma diagonal. Logo após fazer isso, é só perguntar: "Charlie, Charlie, você está aí?", geralmente, são repetidas duas vezes essa frase, e caso não responder, pergunte novamente: "Charlie, Charlie, vamos brincar?". Apenas isso, e caso ele responda "sim", só poderá sair desse jogo quando ele permitir. Caso não acabe o jogo e sair do jogo, não sei ao certo o que acontecerá. Mas diz a lenda, que uma das duas garotas havia saído do jogo sem ter a permissão do tal "Charlie" e que acabou ficando doente uma semana após fazer isso e caindo da cama, batendo a cabeça em alguma coisa. Com medo, pediu para que a amiga que havia jogado com ela, fizesse algo para libertar do espírito.

Eu quero consertar o que fiz, e estava com medo de conversar novamente, então escrevi apenas um bilhete: "Se acalmem, não irá acontecer nada. Foi apenas uma coincidência e quero provar a vocês que não existe essas coisas . Quer mais detalhes?" e passei a elas.

–Alex, o que está planejando? – perguntou Sophia, me chamando a atenção.

–Estava pensando, no ginásio tem cabos de vassouras e podemos utilizá-las para fazer esse jogo. Já que, ninguém conseguiria assoprar algo tão grande.

–Não, chega. Eu nunca mais brincarei disso – exclamou Íris.

–Eu irei marcar com o pessoal na aula de educação física da próxima terça-feira – comentei – provarei que essas coisas não existem.

Comentei com todos da sala no dia seguinte, mas infelizmente, a maioria já havia feito esse jogo e não queriam mexer mais com isso, então, vamos apenas eu e mais alguns colegas.

–Ei Alex, acha mesmo que vai dar certo? – me perguntava Luke, um garoto baixo de cabelos curtos e loiros escuros, onde seus olhos eram acinzentados que era igualmente a um dia com o céu nublado.

Finalmente chegou esse dia, terça-feira na última aula: de educação física. Faltam apenas dez minutos para bater o sinal, e será hoje, agora, que provaremos que esse jogo é uma farsa, que não basta de um jogo inventado por alguém.

–Vai, com certeza, essas coisas não existem. Irei provar agora! – coloquei a última peça que faltava para começarmos o jogo, o segundo cabo de vassoura, para formarmos a cruz. Bem a tempo, haviam acabado de escreverem "sim" e "não" com as fitas adesivas coloridas – vamos pessoal, vou começar...

Meus colegas mais próximos estavam ao meu lado, alguns com medo e alguns não. Pedi a Maya, uma amiga que estudamos juntas a algum tempo, de cabelos longos e loiros escuros com olhos esverdeados que não acredita em amor ou em Deus, gravar com seu celular a partir que terminássemos os preparativos a prova de que esse jogo é uma farsa. Oliver, um garoto animado, de cabelos curtos e loiros claros com olhos da cor de uma preciosa esmeralda, estava junto a Naomi, uma garota de cabelos longos que não consigo descrever a sua cor de tantas mechas que há, tem seus olhos em um tom caramelizado que estava com um olhar de que estava ansiosa para ver o que aconteceria. E por final, Luke.

–Charlie, Charlie, você está aí! – comecei.

–Pare Alex! Chega! – berrava Ryan, um garoto de cabelos curtos de uma cor acinzentada com olhos avermelhados cheias de vida. Ele se aproximava de mim, onde eu apenas o encarei por um pequeno instante e disse:

–Charlie, Charlie, você está aí?

–PARAAA! – ele tentava me impedir a força, tampando minha boca, mas eu dei um tapa em seu rosto, que não chegaria a doer tanto, fazendo-o me largar. E rapidamente disse:

–Charlie, Charlie, vamos brincar? – após falar isso, passou-se alguns segundos e nada. Naquele momento, eu havia a certeza de que nada aconteceria, mas eu sentia uma estranha sensação – como eu disse, não exis...

Nesse momento, o cabo de vassoura se moveu onde estava a resposta: "sim", ninguém havia chutado ou relado, ninguém. Eu não queria acreditar, não podia acreditar que eu havia visto com meus próprios olhos uma coisa dessas. Existe mesmo uma coisa dessas? Eu errei na minha filosofia?

Nunca achei que um simples "sim" em um jogo desses mudaria drasticamente meus pensamentos, e pior, a minha vida.


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