Era noite,o vento que soprava no meu quintal era frio,eu devia me sentir solitária,e ser acostumada a ser solitária,mas eu não estava sozinha.
O farfalhar das folhas denunciava a presença de mais alguém,eu deveria estar assustada,mas isso pouco importava,eu sabia que era você,sempre é você.

- Estrelinha? - Voz máscula. Voz irritante. Voz insuportável. Sua voz.

- Oi Tiago. Não vê que eu estou vegetando?Por favor me deixa em paz. - Assim você percebeu o quanto eu sou delicada. Não me julgue eu estava com sono.
Bom,na verdade você não percebeu isso,nem que eu estava com sono,você simplesmente ignorou esse FATO e se jogou na grama ao meu lado.

- Sabia que o nome daquela estrela é Sirius? - Você perguntou. Caramba Tiago você consegue ser completamente estúpido as vezes. Da próxima vez tente não deixar tão obvio que você está tentando puxar assunto,fale sobre o clima.

- Você sabia que fui eu que te disse isso? - Você estúpido e eu grossa. Somos um casal perfeito.
Mas você não parecia se importar com o fato de eu estar longe, e de o fato de eu ser eu mesma com você.
Você chegou mais perto.
E me abraçou.
E diferente do que eu sei que você esperava,eu me aconcheguei ali.
Eu aceitei seu abrigo.
Por que seu perfume era tão bom,seus olhos tão lindos,seus braços tão quentes,e o jeito que franziu a testa por estar preocupado comigo.

- Eu te amo estrelinha.- e meus muros caíram.

-Eu também te amo Tiago.