Os Guardiões de Típien escrita por Lervitrín8
Notas iniciais do capítulo
Espero que curtam o novo capítulo.
1 bjo, 1 qjo e até a próxima!
— Olá, Sra. Nina, tudo bem? – Charlotte cumprimenta minha mãe ao chegarmos em minha casa, após o almoço no shopping.
— Oi querida, como vai? – minha mãe, sentada ao sofá, assiste algum filme na televisão.
— Tudo bem. O Jayden me contou que a senhora não estava se sentindo bem.
— Já estou melhor. Obrigada. Vocês tem trabalho a fazer?
— Temos sim, mãe – dou um beijo no seu rosto. – Estamos subindo, qualquer coisa é só gritar.
— Pode deixar.
Minha mãe e meu pai sabiam que Charlotte não é somente minha amiga. Nós começamos a ficar alguns dias depois que ela chegou à cidade, alguns meses atrás e desde então é a pessoa que eu mais tenho contato.
Nós não tínhamos trabalho algum para fazer, mas, o que eu queria mostrar a Charlotte requeria um lugar mais privado e meu quarto – e o respeito que meus pais possuem – seria ótimo para isso. Charlotte entrou no meu quarto e sentou-se na cama. Após entrar, fechei a porta e logo tirei minha camiseta, pude perceber a expressão assustada em seu rosto.
— Que rapidinho você – ela sorri maliciosamente.
Me aproximo silenciosamente e fico em pé na sua frente, logo em seguida me agacho e beijo seus lábios, enquanto passo meus dedos por seus cabelos.
— Você tem uma mente muito poluída – argumento enquanto volto a me levantar.
— Tenho? – ela sorri provocativamente, enquanto suas mãos percorrer meu abdômen.
Embora quisesse muito continuar com aquilo, o que eu precisava conversar com Charlotte era sério e me preocupada. Não havia outra pessoa com quem eu conseguisse me abrir com tamanha facilidade e naquele momento eu precisava dela. Sentei ao seu lado e segurei sua mão.
— Eu disse que precisava te mostrar algo, lembra?
— Claro que sim, faz pouco menos de uma hora que você falou isso, Jay.
Segurei sua mão e coloquei exatamente em cima da cicatriz que surgiu recentemente em minhas costas. Senti seus dedos percorrerem o local, enquanto sua face esboçava uma reação completamente estranha.
— O que é isso? – ela retirou a mão apressadamente.
— Eu não faço ideia, surgiu há alguns dias.
— Como assim? Surgiu do nada?
— E doeu pra caramba!
Charlotte coloca suas mãos em minha cintura e pede, sem dizer nada, para que eu vire, tornando a cicatriz possível de ser enxergada. Assim que a vê, ela leva as mãos à boca, em choque.
— Você já foi ao médico? – ela questionou.
— Meus pais não sabem. Fiquei com receio de mostrar.
— Jayden! Eles precisam saber!
— Não precisam, não.
— Sei lá... Você já procurou algo na internet?
— Sim. Li sobre manchas e sinais que aparecem na pele, nada comparado.
— Por que você não tira uma foto da cicatriz e coloca naqueles sites onde as pessoas respondem, quem sabe alguém ajuda. E você nem precisa colocar seu nome, foto, nada... Podemos criar um fake.
— Não custa tentar, eu acho.
— Vamos, pegue seu celular que eu tiro a foto.
Após tirar algumas fotos da cicatriz, Charlotte ligou meu note e fez um endereço de e-mail fake, entrou em um desses sites e lançou a pergunta seguida de duas imagens da cicatriz, explicando a situação.
≥ — ·
— Alô?
— Oi Lou! A Malkina está em casa?
— Está sim Frank. Por quê?
— Achei algo importante. Estou indo aí!
— Ok.
Desligo o telefone e vou até à cozinha, onde Malkina está preparando o nosso jantar. O cheiro de frango e batata assada toma conta do local e eu chego a salivar.
— Frank está vindo aqui, quer mostrar algo pra gente.
— Ele achou mais alguma coisa sobre a Um? – ela abre o forno para ver se a comida já está pronta, porém, decide deixar mais um tempo.
— Eu acho que sim!
— Talvez ele nos traga informações sobre o Ugo – ela me olha, com esperança.
— Não entendo por que você quer tanto saber dele – digo e noto sua expressão perdida, enquanto ela cora um pouco.
— Só... Fico preocupada com meu povo, apenas isso Louise.
— Tudo bem, não quis ofender.
Poucos minutos depois ouço o interfone tocar e sei que Frank chegou. Nem espero ele se identificar e digito o código para abrir a porta lá embaixo e escuto o som dela destravando. Frank sobe e bate na porta, assim que chega.
— Oi gatinha – diz ele ao chegar, beijando-me na testa. – Onde está Malkina?
— Olá querido, estou aqui! – Malkina diz, saindo da cozinha. – Estou colocando a mesa do jantar. Você janta conosco, Frank?
— Se não for incomodar...
— Você sempre é bem vindo aqui, querido.
— Obrigado, Malkina.
Malkina volta à cozinha enquanto encaro Frank seriamente.
— O que foi? – ele questiona.
— Eu que pergunto.
— Achei algo muito interessante, Lou. Vocês vão se animar.
— Não me deixe mais curiosa!
— Venham garotos! – ouvimos Malkina chamar e nos dirigimos à cozinha.
A janta estava realmente tão gostosa quanto o cheiro. Não tocamos no assunto até o terminarmos, a pedido de Malkina. Quando encerramos o jantar, ela colocou tudo dentro da máquina de lavar e fomos até a sala, para conversarmos sobre o que Frank descobriu.
— Nos conte, querido, estou curiosa – Malkina confessa.
— Bom, vocês sabem que depois que me contaram toda a verdade, fiquei meio fissurado no assunto e resolvi fazer minhas buscas, tanto é que encontrei aquelas informações sobre a provável número Um. Como não tive algumas aulas no período da tarde, resolvi pesquisar novamente e encontrei algo muito curioso, olhem.
Frank nos entrega uma folha de um site de questionamentos, no qual alguém posta a foto de uma cicatriz igual a minha. A pessoa tem dúvidas sobre sua origem. Malkina de imediato leva as mãos à boca, assustada.
— Frank, você consegue rastrear de onde vem essa informação? – Malkina questiona.
— Acredito que sim.
— Precisamos identificar de onde vem e, em seguida, retirá-lo da rede – ela informa.
— Precisamos? – pergunto sem entender o porquê.
— Os Daliperianos podem tentar rastreá-lo também, Louise, e assim, serão duas cicatrizes garantidas em suas costas.
Quando ela menciona outra cicatriz me sinto um pouco tonta. Imaginar sentir novamente aquela dor... Pensar em perder mais um guardião e assim, ficarmos mais fracos e ver nossa missão cada vez mais difícil.
— Está tudo bem, Lou? – Frank põe a mão sobre meu ombro, caso precise me segurar.
— Tudo certo – sussurro.
— Vamos até o meu escritório, quanto mais rápido formos, melhor.
≥ — ·
— Recebemos só um comentário até agora, Jay – Charlotte avisa.
— O que está escrito? – questiono.
— “Isso acontece três dias antes da morte” – ela lê.
— Aproveite para se despedir de mim.
— Não diga isso, idiota – ela resmunga.
— Jay?
— Oi.
— Fui atualizar a página e a nossa pergunta sumiu do site.
— Como assim? – me aproximo do computador para ver. – Por quê fizeram isso?
— Não sei – ela volta para a página anterior, tentando recuperar o conteúdo. – Você recebeu um e-mail.
— Abra e leia.
— É de algum desconhecido – ela menciona. – Está escrito: Ligue para o telefone (674) 885-747-839 urgente! É sobre a sua pergunta.
— Que estranho! Como conseguiram meu e-mail?
— Não faço ideia – ela dá de ombros. – Você vai ligar?
— Sim! Agora!
Pego meu celular ao lado do computador e sento em minha cama. Charlotte me dita o número e logo em seguida vem sentar-se ao meu lado. O telefone toca apenas duas vezes, até que alguém no outro lado atende.
— Oi.
— Oi! Com quem eu falo? – digo, um pouco assustado.
— Meu nome é Malkina, querido. Como você se chama?
— É... Eu sou o Jay.
— Então você não sabe o que é essa cicatriz, Jay? – ela questiona.
— Não faço ideia. Você sabe?
— Sei. A propósito, tem alguém aqui comigo que tem uma exatamente igual.
Fico em silêncio, não sei o que isso significa.
— Jay – ela volta a falar. – Qual número está no seu pescoço? – ela me pergunta. Como é que ela sabe disso?
— É um 8.
≥ — ·
Vejo Malkina entregar o telefone para Frank, enquanto seus olhos enchem de lágrima. Não entendo o porquê, mas nitidamente, ela não pode continuar falando com ele.
— Oi Jay! – Frank fala. – Desculpe, Malkina teve um probleminha aqui. Eu sou o Frank.
— E aí? Como ela sabe que tenho um número? Você que tem a mesma cicatriz?
— Não sou eu, mas sim minha amiga Louise.
— Quero falar com ela, posso?
— Claro! Um momento.
Frank me entrega o telefone. Estou muito nervosa, afinal, é a primeira vez que conversarei com outro guardião.
— Jay, aqui é a Louise.
— Oi.
— Você não sabe nada sobra a sua história? – questiono, um pouco insegura. Espero a responda por alguns segundos, mas Jay não responde. – Jay, você está no Brasil, certo?
— Sim.
— Receio que há muito que você precise saber.
≥ — ·
Após abrir o receptáculo vejo várias pedras coloridas dentro, além de outros objetos que não consigo identificar. Lucky não está por perto para me explicar e sei que meu orgulho não permitirá perguntar, acho. Mexo em alguns itens e realmente nada acontece, não faço ideia de como utilizá-los ou qual sua serventia.
Pego o receptáculo e levo até a sala, onde Lucky está. Coloco-o no chão, aberto, exatamente em sua frente.
— Diga, August – ele fala.
— Você sabe utilizá-los? – questiono, ainda envergonhado por tudo que falei para ele.
— Não reconheço todos.
— Qual deles você reconhece?
— A pedra triangular amarela – ele indica. – Pegue-a. Em seguida, segure-a com a mão esquerda, aperte forte e feche os olhos.
Faço exatamente o que Lucky menciona, enquanto me explica.
— O que você vê?
— Dois pássaros, em cima da nossa casa.
— Exatamente! Essa pedra permite que você veja os animais mais próximos de você, porém, não sei qual o seu alcance.
— Inútil – resmungo.
— Muito pelo contrário! Quem a possui consegue conversar com qualquer tipo de animal.
— E?
— Isso significa que você tem qualquer animal próximo ao seu favor, August.
— E como é que eu faço pra falar com eles, Lucky?
— Do mesmo jeito que os visualizou. Apenas pense no que você quer falar, enquanto os vê.
Resolvo testar o que ele me explica. Fecho os olhos novamente e noto que agora há apenas um dos pássaros. Foco o máximo que consigo na sua imagem, quero ter sucesso na primeira tentativa. Alguns segundos depois, o pássaro está adentrando pela janela da sala e pousa exatamente em minha mão, que acabo de estender.
— Acho que funcionou, Lucky – digo sorrindo.
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Bom, vou desabafar: Fiquei chateada com o último capítulo. Acho que o pessoal não está acompanhando um trabalho que estou me dedicando com tanto esforço. Fico chateada, porque nem os "principais" comentam suas histórias... Mas enfim, como todos sabem, uma fic é interativa é movida pelos comentários e isso é algo que anima - e muito - o escritor. Sei que todos possuem seus compromissos e deveres, mas, acho que não custa dizer um Oi.
De todo modo, gostaria de alertá-los que "guardiões" que não comentam estão mais propensos a deixar a fic... Infelizmente levarei isso em consideração.
Espero não estar sendo chata, mas eu precisava desabafar.
Beijos delicinhas.