Os Guardiões de Típien escrita por Lervitrín8


Capítulo 14
Capítulo Treze.


Notas iniciais do capítulo

Gente, voltei a me apaixonar por GT. hahahaha.
Coloquei em negrito a pessoa que está com o POV, para que vocês identifiquem com mais facilidade =D



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Já faz mais de vinte e quatro horas que Quatro conseguiu visualizar a garota em perigo. Com o passar do tempo, esses pensamentos foram mais constantes em sua mente, segundo relatos. Ele conseguiu, de alguma forma, captar o pensamento dele e mostrar para todos os demais guardiões e então, tivemos certeza que Charlotte foi pega pela tutora de Clarisse, a Branca. Elas já não estavam mais na casa de Charlotte, Quatro tinha alguns flashes de lugares escuros e Charlotte gritando constantemente, mas não conseguíamos identificar para onde foram, mas sabíamos que não estava muito longe do lugar Oito morava.

Dois? – Seis desce as escadas silenciosamente e nem percebo sua presença até ela me chamar, me tirando dos meus devaneios. Seis é a garota que criei mais afinidade, sem contar November.

— Senta aqui – indico o local ao meu lado e logo ela está com a cabeça apoiada em meu ombro.

— Te interrompi? – ela sorri, enquanto mexe em suas unhas.

— Estava pensando no que podemos fazer para tentar salvar a namorada de Oito – olho para Seis, mas ela está focada em suas mãos. – Sei que precisamos esperar Frank chegar e então decidirmos o que fazer, mas, de todo modo, me sinto ruim péssimo em deixá-la nas mãos de alguém que pode ser tão perigoso.

— A intenção da Branca é nos atrair, você sabe disso, não sabe? – Seis me encara rapidamente e sorri levemente.

— Sei – penso no que acontecerá nos próximos dias. Será a primeira vez que precisaremos lutar por algo e provavelmente não estaremos todos juntos. – Acho que vão nos separar, né?

— Também acho – ela confessa demonstrando tristeza. – Você voa e eu consigo teletransportar. Confesso que eu manteria nossos poderes em grupos diferentes.

— Você não precisa dar a sua opinião, então – digo. O que sinto por Seis é totalmente diferente do que sinto por November. É como ter uma irmã mais nova, vontade de proteger e tê-la embaixo das minhas asas o tempo topo. Não estou querendo dizer que sou uma galinha, bom, galinhas não voam, eu sim. Enfim, com November é diferente. Ela me atrai – muito, diga-se de passagem – e ao mesmo tempo sei que ela é forte o suficiente para se virar sozinha. Não que Seis não seja, pois ela tem a super força e... Ah, é complicado.

— Prometo que criarei argumentos ao contrário – ela sorri baixinho.

— Podemos trabalhar nisso juntos – sugiro.

— Sem falar que, se formos dividir, uma equipe ficará com um guardião a mais – ela lembra. – Podemos negociar isso.

— Claro que sim! – nossa conversa me anima um pouco. – Ficamos no grupo com três, desde que fiquemos juntos. Quem seria a terceira pessoa?

— Acho que pode ser a Sete – ela me olha e sorri de orelha a orelha.

— Acho que seria um trio indestrutível – argumento.

— Eu também acho – November aparece sentada no sofá ao nosso lado. Eu não consigo dizer quando ela chegou e quanto ela ouviu da conversa, mas, sem problemas.

Seis se ajeita no sofá e tira a cabeça do meu ombro, acredito que em “respeito” à relação que tenho com November. Não vejo necessidade disso, mas acredito que ambas veem. November encara Seis com um olhar bastante frio, mas Seis não sei deixa temer e continua ao meu lado.

— Seria meu injusto os três melhores guardiões juntos – brinco tentando aliviar o clima.

— Oito é muito bom – November se limita a dizer e por alguns milésimos de segundos, isso me soa como um ataque de ciúmes. Não dou bola.

— Ele está lá embaixo! – Três desce com euforia e passa correndo pela sala. A alguns metros da porta ela estende sua mão na direção da fechadura e a chave se move sozinha, em seguida, ela abre a porta sem tocar nela. – Já volto! – grita.

— O que foi isso? – questiono.

— Você não sabia? – Seis bate com o cotovelo em meu braço. – Louise descobriu nesta madrugada que tem a herança da telecinese. Passamos boa parte da noite treinando com os travesseiros.

— Bastante maduro – November comenta e sinto Seis metralhá-la com o olhar. A porta se abre salvando-nos daquela situação desnecessária.

— Pessoal, esse aqui é o Frank – Três esta toda sorridente, irradiando felicidade.

— Que saudades de você, garoto – Seis levanta-se e corre para dar um abraço apertado no garoto. Observo a cena enquanto coço minha cabeça. Sei que November está me encarando, mas não dou atenção para essa palhaçada toda. Caminho em direção a Frank e cumprimento-o. November faz o mesmo em seguida.

— Prazer em conhecer todos vocês – Frank parece não acreditar no que vê. – Fico contente em poder ajudá-los.

— Nós que agradecemos – digo.

— Onde estão os outros? – ele não consegue controlar sua curiosidade.

— Quatro e Jayden estão no quarto, que inclusive, será o seu também nos próximos dias. Clarisse foi dar uma volta com Swane, eu acho – menciono.

≥ — ·

Sou recebido muito bem por todos os guardiões, assim como os tutores que eu ainda não conhecia – Swane e Lucky. Assim que todos estão em casa, Lucky pede que todos se encaminhem para um ambiente que fica ao lado da cozinha, projetado para reuniões. A sala contém uma mesa redonda de vidro e cadeiras suficientes para que todos se acomodem. Louise senta ao meu lado esquerdo e Ricky no direito – gostei desse cara.

— Como todos já possuem conhecimento – Lucky começa a explanar. – Frank possui informações de onde Ugo, o tutor da número Um, possa estar. Por isso, peço que Frank nos mostre o que encontrou.

— Depois que encontrei a reportagem que acreditamos ser da número Um e Malkina mencionou a ausência de Ugo, continue procurando reportagens sobre o caso. Uma delas me mostrou quem morava naquela casa. Encontrei uma suposta foto de Petrícia e Ugo juntos. Depois disso comecei a fazer algumas pesquisas por imagens, tentando localizar o rosto de Ugo em outras reportagens ou artigos na internet e, foi então, que encontrei esta aqui – começo a ler o início da reportagem para todos.

Depois de ser aprisionado e tratado como refém por uma Organização Internacional Secreta (OIS), homem pede ajudar aos “GTs” para libertá-lo. A OIS possui sede em uma base abandonada na Turquia. Até o momento não identificamos o que possa ser “GTs”.

— E se isso for uma armadilha? – Quatro interrompe a leitura. – Essa base pode estar repleta de Dalips.

— Não acho que Ugo faria isso conosco – Malkina responde incisiva.

— E o que te faz acreditar nisso? – Quatro revida.

— Ugo era o meu companheiro até chegarmos à Terra – ela responde, controlando suas emoções.

O silêncio paira na sala por longos segundos, talvez minutos. Todos parecem estar processando as informações obtidas. Meu instinto diz que devemos, quer dizer, que eles devem tentar salvá-lo, mas, quem sou eu para sugerir algo?

— Também temos o caso de Branca e Charlotte – Swane quebra o silêncio na sala. – Obviamente ela quer nos atrair para ela, mas, provavelmente ainda não sabe que temos conhecimento do que ela está aprontando. Se ela descobrir como, nos próximos dias ela deverá fazer contato com Jayden, mas precisamos ser mais rápidos do que ela.

— Concordo – Lucky sussurra. – Por isso, nós tutores acreditamos que o ideal seria dividi-los em duas equipes, no qual uma tentaria resgatar Charlotte e a outra, Ugo – noto que Dois olhar para Seis rapidamente, e posteriormente, para Sete. – Também acreditamos que um de vocês deva ficar por aqui, para que todos tenham conhecimento do que está acontecendo.

— Eu vou buscar Charlotte – Oito argumenta com propriedade.

— Não, você não vai – Malkina responde imediatamente. – Acreditamos que isso não ajudará em nada. Você, August e Ricky irão procurar por Ugo na Turquia. Charlie, Louise e November irão atrás de Charlotte.

— Acredito que o ideal seria Clarisse ir junto conosco – Sete sugere. – Já que Branca era a tutora dela. Talvez Charlie possa ficar aqui com vocês.

— Não iremos mudar nossa decisão – Swane parece bastante firme e não irá mudar de opinião. – Preparem-se, pois vocês sairão amanhã cedo. Levem o que considerem mais importante de seus receptáculos. Eu, Théo, Lucky e Malkina iremos olhar o conteúdo de cada um deles para tentar decifrar suas utilidades e ensiná-los a utilizar ainda hoje.

— Ricky, Jay e August – Théo se pronuncia pela primeira vez. – Caso vocês se deparem com o receptáculo de Petrícia, tragam-no para nós. É importante que ele não caia nas mãos erradas.

— Certo – Ricky diz. – Vocês não acham que será meio impossível eu carregar três homens e um receptáculo, caso encontremos Ugo?

— Por acaso você esqueceu que nós temos dois Ricky? – Théo responde sorrindo.

≥ — ·

Acordo praticamente junto com Clarisse, que por sinal, está bastante chateada por ter sido deixada de lado na primeira missão em grupo.

— Tá acordada, November? – ela fala baixinho.

— Estou sim – respondo.

— Por qual motivo me deixaram de fora? – ela questiona e é possível identificar a tristeza em sua voz.

— Acho que eles fizeram algum tipo de sorteio, sabe? – é a primeira coisa que me vem à cabeça.

— Eu queria muito ir.

— Você será importante aqui também. Você sabe disso, não sabe? – tento incentivá-la. – Você provavelmente participará de todas as estratégias e poderá auxiliar o Frank nas pesquisas e tudo mais.

— É, pode ser legal.

— Será sim!

Estou um pouco atrasada e por isso me levanto da cama rapidamente. Na noite anterior exploramos o conteúdo dos receptáculos de todos os guardiões. Acabei conhecendo a utilidade de alguns dos meus e optei por levar uma bola que arrebenta qualquer tipo de parede, uma corda com pedras brilhantes que cria uma espécie de buraco negro, sugando o que tem em volta, e para mim, o mais legal de todos: uma pedra que troca nossos poderes temporariamente.

Após me arrumar, dirijo-me para a cozinha, com o intuito de comer algo antes de partirmos. Ricky e Seis são os únicos presentes no local. Ambos estão comendo e parecem estar animados.

— Bom dia – digo, para que percebam que estou no local.

— Oi gatinha – Ricky sorri. – Dormiu bem?

— Sim, obrigada – vou até a geladeira e pego um pouco de leite para comer com cereais. Os dois ficam em silêncio, incomodados, talvez, com a minha presença. Quando encerro de comer, ouço a voz de Lucky nos chamando para a sala. Deposito a louça na pia e me encaminho para o local, sem olhar para ambos atrás de mim.

— Acho que está na hora de vocês partirem – Lucky comenta. – Charlie, utilize sua pedra e teletransporte November e Louise com você. Jayden, mande a imagem de um lugar segundo para elas não correrem perigo. Ricky, acredito que vocês consigam carregar Augusto e Jay, certo? Digo, um cada – ele sorri para Ricky e, quando me dou conta, meus lábios também esboçam um sorriso de admiração. – Se August conseguir deixar todos invisíveis é melhor.

— Posso tentar – Quatro promete.

— Ótimo! Vocês querem se despedir? Acho que não, né? – Lucky brinca, mas quando percebo, todos estão se abraçando e vejo Ricky vindo em minha direção. Sim, ele veio primeiro na minha direção.

— Prometa que vai se cuidar – ele passa seus braços por minha cintura e aproxima seu rosto do meu.

— Acredite, você corre mais risco do que eu – retruco.

— Você acha que não sei disso? – Sua missão é fichinha – ele responde rindo. Dou um soco em seu braço.

— Volte inteiro, entendeu? – comento.

— O mesmo para a senhorita – sinto seus lábios tocando os meus. Um beijo calmo, que me traz esperança de tudo estará em ordem daqui alguns dias.

— Acho que temos outras pessoas para abraçar – indico.

— É temos sim!

Swane vem em minha direção com os olhos marejados e braços abertos. Me aninho no seu abraço e, pela primeira vez, sinto um forte arrepio percorrer meu corpo.


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Notas finais do capítulo

Tenho uma boa notícia para vocês: FLUIU demais esse capítulo. E já tenho planos para os dois próximos, então, acho que o bloqueio foi embora. Palmas!
Os comentários de vocês no capítulo anterior ajudaram muito, obrigada a cada um de vocês. LINDEZAS do meu coração.
Curtiram o capítulo treze? Espero que sim!