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– O que? Como assim você também é gay Rafael?- pergunta minha mãe..

–Já não bastava sua irmã namorar aquele delinquente agora você vem me dizer que é um bixinha garoto!!- gritava meu pai, nem se importando se alguém estivesse ouvindo.

– Eu te criei pra ser um homem moleque!, minha vontade é de te dar uma surra, te desmontar inteiro.

– Auto lar Cristopher, você não vai encostar no nosso filho!

– Que espécie de homem é você? O que importa se nosso filho é gay ou não?

–Não se meta Thiesley!!

–Pai, me desculpas eu ia contar só que eu não tive coragem- disse eu chorando..

Elena veio até mim e me abraçou.

– Estou do seu lado diz ela baixinho no meu ouvido...

–Sinceramente vocês dois são uma vergonha- disse meu pai

–Uma filha traidora e um filho que nem homem é!!- continuou ele

–C-Cristo...pher....- mamãe estava com os olhos em lágrimas.

As palavras do meu pai, me atingiram de uma forma que não pude explicar, senti que nesse momento nossa relação não seria mais a mesma, soube que nesse momento estava perdendo meu pai.

Depois disso meu pai virou as costas e subiu as escadas em direção ao quarto.

–Não liguem para o que ele disse - falou minha mãe – ele está de cabeça quente. Dito isso ela foi atrás dele.

Nesse momento desabei a chorar abraçado em Elena, senti que ela também chorava, sentimento de dor e decepção reinava em nossos corações.