Perdidos no Carnaval escrita por Lucan47


Capítulo 1
O Início


Notas iniciais do capítulo

Eu fiz esta fic para ser curta.

A idéia original era ser oneshot, mas a fic se desenvolveu tanto que não dá mais.

Espero que gostem!! E por favor, se gostarem, deixem review! Se não gostarem, deixem também, não tenho problemas com crítica construtiva, só o meu ego que tem. Mas não liguem pra ele.



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- Ah, eu ainda não me acostumei a essas máquinas voadoras, por quê eu não posso ir de planador? - perguntou um garoto peculiar. Peculiar, sim, pois afinal, ele era completamente careca. Mas isso nem é tão estranho assim, certo? Pois então, o que o fazia ser peculiar era ter tatuagens azuis de seta espalhadas por todo o corpo. Ou pelo menos na cabeça e nos braços, que eram visíveis.

- Porque o avião é muito mais rápido e prático. E eles servem amendoim!! - Respondeu o outro, um jovem moreno com poucos anos a mais que o outro, usando um rabo-de-cavalo.

- Ah! Se for por isso, eu tenho aquele planador que me deram no dia do eclipse! Afinal, ele tem compartimento para comida. - replicou o primeiro, teimoso.

- Vamos, Aang, a gente já está aqui mesmo, já compramos as passagens, não tem mais volta. E você talvez goste de viajar no avião. - disse uma garota morena com tranças nos cabelos e olhos azuis, pondo seu poder de influência (leia-se "charme") na fala

- Eu, gostar de voar confinado numa máquina de metal? - desta vez havia falado apenas por falar, não tinha mais um tom de teimosia na voz

- E por favor, Toph, não deixe que vejam a sola dos seus pés! Nós concordamos que você usasse um sapato sem sola, desde que ninguém perceba! - falou em tom autoritário o garoto de rabo-de-cavalo.

A menina de cabelos negros, aparentemente cega e sem a sola dos sapatos revirou os olhos e respondeu com sarcasmo evidente:

- Claro, como o senhor quiser, mestre Sokka!

Enquanto isso, ali perto, prontos para pegar o mesmo avião, se encontravam quatro figuras aparentemente à vontade, porém vítimas de muitos olhares indiscretos lançados por várias pessoas à sua volta. Um deles, loiro com roupas particularmente laranjas, parecia visivelmente agitado.

- Nós vamos mesmo entrar nessas coisas que voam, Kakashi-sensei?

- Sim, Naruto - respondeu um homem de cabelos cinza, usando estranhos óculos escuros que pareciam meio grudados em seu rosto, e que eram mais claros no lado direito. Mostrava visíveis sinais de irritação, por ter sido escolhido como alvo daquela chateação.

- E nós vamos para aquele lugar, é... O Rio Nilo?

- Seu idiota, como pode confundir uma cidade com um rio? Nós vamos pro Rio de Janeiro! - A jovem de cabelos rosa (?) se aborrecia com a ignorância do colega.

- Ah, sim.... E nós vamos, hum, pra essa festa, o Carnaval, certo? Mas, Kakashi-sensei, me explica de novo o que é exatamente essa festa.

O jounin parecia já resignado ao interrogatório, e explicou:

- O Carnaval é, como o nome indica, uma festa da carne, então..

- Oh, então se trata de um festival de churrasco???

- Ouça e não me interrompa, Naruto! Como eu ia dizendo, o carnaval é uma festa carnal, onde as pessoas se fantasiam, saem às ruas para beber, dançar, se divertir e fazer todo tipo de loucuras, principalmente neste país aonde estamos indo, no Brasil, pois no Rio de Janeiro, eles tem escolas de samba que desfilam no feriado, com carros alegóricos, alas, dançarinos, músicos, etc. Mas nós vamos ficar na rua, junto com blocos e afins.

- Oh..... Certo, mas o quê..?

- Fique calado, Naruto! - interromperam-no em uníssono Sakura e Kakashi.

Então finalmente houve silêncio por alguns minutos, exceto, é claro, pelo burburinho das pessoas em volta; até que o ruivo sem sobrancelhas que tinha ficado calado na sua durante toda a conversação, resolveu se pronunciar, sério e sóbrio como sempre.

- Eu acho que iremos nos divertir durante o carnaval.

Após esta declaração, ninguém mais teve ânimo para falar.

Até a hora do embarque, é claro.

- Passageiros do vôo 4815 da Variga com destino ao Rio de Janeiro, Brasil, por favor se dirijam ao portão de embarque número 16, e os sortudos cujo número de emissão do bilhete contenha 23, se dirijam ao guichê 42 para tratar com nossos representantes.

- Ih, somos nós! - exclamou Naruto, verificando os bilhetes.

- Bom, se for para ganhar alguma coisa, vamos lá. - concordou Kakashi.

Ali perto...

- Ei, gente, nossos bilhetes tem o tal 23. - todos se viraram para Katara - Devemos ir lá?

- Mas claro, por quê não? - sorriu Aang, ante a iminência de receber algum tipo de presente.

- Ah, deve ser algum tipo de brinde fuleira, mas vamos mesmo assim - Sokka não via motivo para não ir, também.

Chegando lá, os oito se encontraram.

- Oi, bilhete premiado também? - perguntou Katara, querendo ser simpática, porém recebendo em respostas olhares desinteressados e um sorriso amarelo da garota. Resolveu ficar calada. Parecia ser o mais sábio a se fazer.

Apareceu então um homem loiro com barba e bigode ralos, vestindo o uniforme da empresa.

- Olá pessoal! Vocês realmente tem sorte, hã? Eu trouxe aqui algo muito especial para vocês. - então entregou a eles dois cadernos, um para cada grupo, negros com duas palavras escritas na capa. - Usem-nos com inteligência e sensatez, ou melhor, não os usem, apenas os guardem, não os dêem para ninguém e não os percam, certo? Eles são bem valiosos.

- Ah... Certo, então, muito obrigado. - respondeu Sakura se esforçando para sorrir.

- Err... Valeu pelo... Hum, caderno... - Aang estava tentando ser gentil, o que estava sendo meio difícil naquela situação bizarra.

- Ah, claro, muito obrigado pelo caderno, nós o guardaremos bem, à não ser que sintamos vontade de jogar fora numa lixeira. - Perceptivelmente irônico, Sokka respondia aborrecido.

- Não subestime o poder do caderno, meu jovem... Ele é muito mais do que você imagina...

Olhando para o rosto sério e determinado do rapaz, não encontraram nada para dizer.

Exceto por Naruto, óbvio.

- Mas qual é seu nome mesmo?

- Meu nome, Uzumaki Naruto, é Jacob. - Então, numa incrível mudança de expressão, voltou a ser jovial e sorridente. - Tenham um bom dia e um boa viagem!

Teria Kakashi realmente visto naqueles olhos um brilho de divertimento ao pronunciar as últimas duas palavras?

O primeiro grupo se sentou na traseira do avião, quando os outros quatro vieram e sentaram perto deles. Então Sokka, apontando para eles, comentou:

- Impressão minha ou são os mesmos que também ganharam o tal caderno místico?

Enquanto, do outro lado, Naruto mostrava para os amigos o outro grupo e fazia outro comentário.

- Coincidência eles estarem sentados perto da gente, né?

- Claro, que não, Naruto, num vôo assim o número do bilhete determina onde se senta. - Sakura já se sentia meio irritada com o amigo quando Kakashi bocejou.

- Eles não me interessam, eu quero dormir. E quando chegarmos aos blocos de carnaval, é cada um por si, vocês já são bem crescidos e não vão precisar de mim.

Então, quando já iam fechar a porta, entrou um homem dizendo:

- Um momento, com licença, obrigado por esperarem. Sou o padre Adelir Antonio de Carli, e é impressão minha ou me recordo de ter visto a senhorita aeromoça, pela janela do avião, durante um vôo, nos céus de Santa Catarina? Ah, não? Então devo estar a me confundir. - dito isso, andou até o fim do avião e tomou seu lugar.

O avião decolou e seguiu normalmente, exceto por algumas conversas, digamos, incomuns.

- Toda essa vibração do avião confunde meus pés, que coisa horrível!

- Eu também preferia estar lá fora, entre os pássaros, com o planador e o Momo.... Pobre Momo, preso numa gaiola no meio das bagagens...

- Cale a boca, Aang! Eu não acho que as pessoas iriam encarar muito bem um cara que voa!

E do outro lado...

- Ei, Kakashi-sensei, você ouviu o que aquele cara disse? Alguma coisa sobre voar entre os pássaros!

- Cale a boca e me deixe dormir...

- Eu ouvi. Certamente que ele está usando de licença poética.

- ........ Huh? - Naruto ficou confuso com o Gaara havia dito. Mas logo o esqueceu, pois acabava de reparar em algo. - Ei, Sakura-chan, sabe aquele funcionário que nos deu os cadernos, o Jacob? Como diabos ele sabia meu nome?

Sakura ficou surpresa por não ter percebido aquilo antes, mas quando ia responder se fez ouvir um pronunciamento no avião, em uma voz eletrônica:

- Bom dia, senhoras e senhores passageiros! Fiquem sabendo que passamos da metade de nossa viagem, e que isso é um grande feito científico, pois este é o primeiro avião com passageiros projetado para voar sem pilotos e co-pilotos. Ele é controlado completamente por computador, e absolutamente à prova de falhas! Falhas! Falhas! Fa... Lhas... Faaaoooolhaaaaas...

Imediatamente o avião começou a cair.

- Isso por acaso era para estar acontecendo? - disse Toph, irônica.

- Suponho que não, o que você acha?!?! Vamos, Aang, faça alguma coisa! - suplicou Sokka.

Aang usou de todas as suas forças na dobra de ar, e estava até conseguindo fazer o avião começar a se estabilizar, quando, com um forte solavanco, as duas asas foram arrancadas de uma só vez e o avião voltou a cair, desta vez sem que houvesse esperança de evitar o acidente.

- Alguém viu o que aconteceu com as asas?! - Sakura estava estupefata. Como poderia ser, as asas estarem lá num momento e no outro terem sumido!

- Elas foram cobertas por uma estranha fumaça negra que as levou embora. - mesmo na iminência de um desastre, Gaara continuava frio como gelo.

- Como assim, uma fumaça negra as levou? Isso não faz o menor sentido!! - Naruto não conseguia pensar logicamente, ainda mais com um fato absurdo daqueles.

Mas a gritaria e as exclamações não duraram muito, pois logo o avião atingiu a água e todos perderam a consciência.

Após algum tempo, eles começaram a acordar. Como seria de esperar, apenas os nossos oito protagonistas sobreviveram, pois os outros, meros passageiros e tripulantes, devem ter morrido afogados ou durante a queda. De um modo ou outro, os oito chegaram à praia da Ilha (isso mesmo, Ilha com "I" maiúsculo, não é uma ilha qualquer, é A Ilha.) mais ou menos conscientes.

Após alguns segundos se recuperando do esforço e do choque, Katara se levantou. Os outros poderiam estar sem fôlego ou até desmaiados, mas para ela, nadar era bem mais fácil, além do quê, seu corpo estava cheio de adrenalina e ela se preocupava com o estado em que seus amigos poderiam estar.

Ela olhou para eles. Aang tinha um feio corte na cabeça, atravessando a tatuagem de um lado a outro, mas que parecia ser superficial. Sokka estava bem até demais, mas parecia ter arranhado feio a perna em diversos pontos. Toph estava com algumas escoriações leves, porém completamente desnorteada; na água, tivera de ser carregada pelos outros dois, não por estar machucada ou desmaiada, mas por não poder ver, ou melhor, sentir o que estava ocorrendo. Até mesmo agora, na areia, parecia bem confusa.

Vendo que eles não precisavam de socorro imediato, voltou os olhos para o outro grupo. Já tinha percebido sua presença, mas sua prioridade eram seus amigos.

Havia um homem de cabelos cinzentos que devia estar em bom estado, só que sem nenhuma vontade de se mover. Uma garota com estranhos cabelos rosa parecia ter levado dois cortes sérios no braço esquerdo, e foi para ela que correu.

Pegando um pouco de água do mar, que afinal estava ali do lado, se livrou rapidamente do sal com uma dobra simples, depois limpou os dois cortes. Pegou mais água, da qual naturalmente tirou o sal e se pôs a trabalhar na primeira ferida. Após alguns minutos o corte já tinha diminuído satisfatoriamente, e se concentrou no segundo.

Quando achou que já era suficiente, ela olhou para o lado e viu o terceiro do grupo. Um garoto ruivo. Aparentemente já estava acordado, mas por algum motivo não se mexia. E tal motivo não poderia ser dor nem desconforto, pois examinando-lhe bem o corpo, não pôde perceber nenhum ferimento. Nenhum machucado, ferida, e certamente nenhum osso quebrado, torcido ou afins. Nem mesmo um arranhaozinho!! Quem era aquele cara? Mesmo achando muito estranho, Katara se virou para o último garoto. Então ela viu como tinha sido negligente e seu rosto se encheu de terror.

O garoto loiro tinha um pedaço de metal atravessado na perna.

Continua...

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Notas finais do capítulo

Ahá! E aí, o que acharam do começo da minha primeira fic crossover? Respondam com reviews, certo? =P