Pov. Dylan O’brien

Perdi Nanda a um mês e ainda não superei, e sinto que não irei superar tão cedo.

A única coisa que me faz esquecê-la por alguns minutos eram os treinos para o fim do campeonato.

Conseguimos voltar pela repescagem, e agora gasto todas as minhas energias treinando já que se quero uma bolsas de estudos por esporte, tenho que me dedicar.

Voltei a morar com minha mãe depois de uma conversa séria com ela, a perdoei pelo que disse e fez.

Hoje é a grande final do torneio e estou me aquecendo para entrar em campo, como sempre fui até a entrada do campo e observei a torcida que estavam sendo animadas pelas líderes de torcida.

Vi Carrie chegando com Nanda e o bebe Theodor, a garota mesmo com um recém nascido ali não deixava de vir aos jogos.

Nanda havia mudado, se vestia muito melhor e até passava maquiagem. Hoje estava usando um vestido amarelo com os cabelos ondulados, o que os deixavam mais bufados.

– O treinador está chamando. – Eddie me avisou e eu assenti com a cabeça, não antes de dar uma ultima olhada nela.

Não sei se foi piração da minha cabeça, mas acredito que ela sorriu para mim.

– Eu to ficando maluco. – murmurei voltando para o vestiário.

O treinador nos disse o que fazer, e enfim entramos no jogo. Logo no meio da torcida pude distinguir os gritos de Carrie.

– VAI AMOR! NÃO PASSE VERGONHA NA FRENTE DO NOSSO FILHO! – ela gritou não se importando com os tímpanos do bebe.

Nanda revirou os olhos e pegou o pequeno nos braços, saindo da arquibancada em seguida. Melhor assim, já que com ela ali não iria me concentrar bem.

– EU AMO VOCÊ! – Fred gritou para ela, que lhe mandou um beijo.

A paternidade muda as pessoas, afinal ele nunca iria imaginar que estaria casado e com filhos há alguns meses atrás.

– Vamos lá time! 1,2,3... – puxei o grito.

– PIRATAS! – eles gritaram.

Fomos para nossa posição e ficamos frente a frente com o time rival, eu como sempre encarando caio.

Sim, o jogo era contra os leões.

– E a namora O’brien? – ele perguntou sinico.

– E o olho? – respondi sabendo que ele havia apanhado de um outro time, por arrumar confusão.

Ele não respondeu e apenas fechou a cara, quando o juiz gritou “Que comece o jogo”, desliguei meus pensamentos e só me concentrei nas jogadas.

Nós massacramos os leões, foi como se tivéssemos jogando com garotos de 12 anos. Quando perdemos para eles meses atrás, pareciam tão bons. Pareciam.

Para o azar das cheerleaders, elas acabaram perdendo o duelo de rimas e Candice choramingava.

– Calma Canzinha, dá próxima vez você arrebenta. – Matt passou os braços envoltos no pescoço dela. Matt havia se aproximado muito das duas irmãs, só que agora sem interesse amoroso algum, já que namorava a gêmea.

Gêmea na qual era ciumenta, e fez com que ele largasse Candice segundos depois.

Enquanto me trocava, ficava me perguntando se eu faria bem em ir à festa de comemoração.

Pov. Nanda

Adiei todo esse tempo a decisão de querer Dylan de volta a minha vida. Mas hoje, eu iria falar com ele!

Porque eu havia adiado?

As competições de ginástica começando, as pessoas sem me encherem mais com esse assunto e o médico havia me liberado, não sentia tonturas e não havia desmaios.

Mas para a minha infelicidade, ele disse que isso seria uma seqüela do acidente então sempre iria ter isso, mesmo que não a todo o momento.

Carrie deu a luz ao pequenino Theodor, e precisou da minha ajuda para cuidar dele nos primeiros dias.

Era tão fofo, moreninho de olhos verdes.

Carrie e Fred ao terminarem o ensino médio, que será daqui a dois meses, irão embarcar para a França. Ela fará faculdade de moda e ele de arquitetura.

Acredito que as inseguranças dela sobre seu futuro se esvaíram, às vezes o que precisamos mesmo é dar um tempo.

– Ele vai ficar com dor de ouvido. – falei enquanto subia as escadas da arquibancada com Carrie e o bebe.

– Não é a primeira vez que ele vem mesmo. – ela disse enquanto se sentava.

– Ele é muito pequeno pra...

– Os garotos começaram a te olhar sabia? – ela cortou o assunto drasticamente – Ainda bem que eu te dei essas dicas.

– Dicas? – ri irônica – Você me obrigou a vestir isso, ainda bem que eu gostei.

– Eu sei amor, por isso te usei de cobaia. – ela me deu uma piscadela.

Ruborizei diversas vezes com os olhares que me lançavam, nunca pensei que podia ser olhada daquela maneira.

Ao olhar para o campo, vi na porta de entrada um garoto parado me fitando, era Dylan.

Ele me olhou como sempre havia me olhado, um olhar... apaixonado?

Meu coração deu um salto e em meus lábios se formaram um sorriso.

Que não foi retribuído, acho que ele levou a sério a parte de que era pra me esquecer.

Pov. Dylan O’brien

Eddie me arrastou para a festa, é eu precisava me divertir um pouco.

Já que só ficava me remoendo em casa.

Cheguei na festa e logo me juntei aos amigos de sempre para dançar e beber, algumas garotas até tentaram se aproximar. Mas claro que eu descartei, não que elas não fossem bonitas e o melhor, gostosas. Mas meu coração pertencia a outra pessoa.

A festa estava rolando ao som de “Bitch I’m Madonna” e eu já estava um pouco alto, querendo tomar um pouco de ar fui para os fundos da casa onde havia gente na piscina e muito ar puro para respirar.

Fui andando para o meio do escuro, não totalmente já que havia aquelas luzinhas coloridas. Parei por um momento e acabei ouvindo um casal discutindo:

– Me larga garoto! – ouvi a voz da garota gritando.

– Você fugiu de mim uma vez, não vou deixar novamente! – o garoto respondeu com a garota, ouvi barulho de chupões e a garota parecia estar chorando.

– Eu vou começar a gritar! – ela ameaçou.

– Grita, mas grita muito porque eu não to nem ai. – ele falou e logo os barulhos de chupões recomeçaram.

Fui em direção ao barulho e vi que era Caio agarrando... NANDA?

Dessa vez esse garoto ia pagar por encostar um dedo na minha garota!