Pov Saphyre

*depois de ter acontecido aquilo eu acordo de vez e vejo que Hibari não está mais aqui, mas eu sinto algo por cima de mim e começo a olhar*

– E!? Essa é . . . "A blusa de frio que Hibari estava usando"- penso com o rosto vermelho- "bom acho que é melhor ir"- me levanto segurando a blusa e sinto um friozinho- "frioo, será que eu deveria usar?"- e sinto outra passagem de ar- "COM CERTEZA, mas ficou frio de repente, que incrível"- penso

*a blusa era de capuz, e era azul escuro, coloquei ela e vi que ficava um pouco grande em mim*

– "se eu estivesse com uma saia curta ia parecer que eu não estava usando nada hehehe"- penso e começo a andar- ". . . O cheiro do Hibari . . . . Mestra eu te odeio, ó o que você fez comigo!!!"- penso

*entro no hotel e vou em direção ao meu quarto mas me esbarro com alguém*

–oya oya- fala

– "esse é . . . Mukuro o rival de Hibari" oh minhas desculpas- falo me desculpando e querendo sair dali

– pra que a pressa?- ele pergunta

– nada de importante- respondo sem expressão, tento sair o mais rápido ando e desvio dele

– uum você está usando a roupa do birdy, então você sente algo por ele?- ele fala segurando meu braço

– "não sabia que ele tinha poder de ler sentimentos!!!" isso não é da sua conta- respondo me soltando do seu aperto

– uum isso será interessante, vejamos como você e o birdy irão se sair- ele fala

– hein!? - pergunto e olho

*mas quando o faço ele some*

– "estranho"- penso e ainda contínuo andando para meu quarto

– onívora- outra pessoa fala do lado direto, com uma aura perigosa

– Hibari- falo não me abalando

– o que você estava fazendo com aquele homem?- ele pergunta com uma aura mortal

– nada- falo

– Tsk- ele resmunga e se aproxima de mim- não se esqueça de devolver minha blusa- ele fala impassível

– ok- falo normal mas desvio o olhar

– ei! O que aconteceu quando estava dormindo?- ele pergunta

– ee!?- pergunto sem entender

– você estava resmungando um pouco- ele fala preocupado- e parecia triste

– e!? Deve ter sido um pesadelo- tento me lembrar

*me esforço um pouco mais e lembro*

– "foi o mesmo de antes"- penso e escondo meus olhos=

– o que foi?- ele pergunta

–n-nada"droga eu gaguejei"- falo, mas sinto que demonstrei tudo que estava sentindo, já sinto as lágrimas

– não chore não chore- fala Hibird que estava voando e senta no meu ombro se esfregando na minha bochecha para me consolar

* só agora que eu notei que ele ainda não tinha aparecido, devia estar escondido*

– . . .- fico quieta, apesar de que eu dou um sorriso feliz e sinto minhas bochechas corarem fraco

– nh, venha- ele fala perto do meu ouvido e anda me puxando pelo pulso

– . . . Ok- falo baixo e escondendo meu rosto, enquanto Hibird ainda continuava no mesmo lugar de antes

*eu não prestei atenção pra onde ele me levava, apenas vi quando ele me colocou em sua moto e saímos, a única coisa que fiz foi esconder meu rosto em suas costas e tentar esquecer aquilo, depois de um tempo ele para a moto*

– chegamos- ele fala

*Hibird começa a piar feliz e vai para a cabeça de seu dono, olho o local e vejo:toda cidade*

– "sugoi"(incrível)- penso

*dava pra ver tudo, desde o começo da cidade até o mar, estávamos numa encosta, tinha uma pequena rua sem muito movimento de carros, árvores, grades, algumas escadas e apenas uma casa, que mal dava pra ver*

– ne Hibari . . . Onde estamos?- pergunto olhando pra ele

– em um dos meus esconderijos- ele fala olhando para o mar=

* não falo nada e olho pro mesmo lugar que ele olhava ainda era de dia devia ser as 2:00 da tarde agora, e que por incrível que pareça o frio tinha ido embora e o sol tinha voltado, a luz do sol batia no mar deixando uma cor azul claro verde água muito lindo*

– está com fome?- ele pergunta- você comeu alguma coisa hoje?

– ah sim estou um pouco, eu tomei café antes de ir treinar- falo

– nh vamos- ele fala andando e já segurando meu pulso

*Fomos descendo umas escadas e tinha uma pequena cidade, mas quando digo pequena é pequena mesmo devia ter apenas umas 20 casas, e tinha lojinhas vendendo todo tipo de coisas*

– o que quer?- ele pergunta

– qualquer coisa que não tenha carne já está bom pra mim- eu falo

– nh!?- ele pergunta

– sou vegetariana, mas eu como peixe, ah! E presunto apenas- falo

– nh então você . . . É realmente uma herbívora- ele fala

– QUE!!!??? Não sou herbívora só não gosto de carne- falo cruzando os braços e fazendo beicinho

– é sim você só come plantas- ele fala num tom de deboche

– não sou- falo como uma criança

– ok ok- ele fala com um sorriso e da uns espinhas na minha cabeça

– bobo- resmungo

– o que disse?- ele pergunta fingindo estar bravo

– . . . - fico quieta até que uma ideia maligna aparece na minha mente- que você é um bobo

– e você é herbívora- ele diz num tom como se estivesse entrando na brincadeira

*eu sabia que ele iria trocar minha colocação de novo*

– onívora- corrigo

– você não é mais uma- ele fala

– então você não pode ser mais um carnívoro- falo num tom de ameaça

– como não? Eu faço coisas de carnívoros, diferente de você que as vezes age como um herbívoro, os mais fracos- ele fala

– porque você gosta de criaturas fofas, Hibird e Roll é um deles, carnívoros não se importam com criaturinhas fofas- falo

– nh . . . Eu não gosto- ele fala e se vira pra continuar andando

– a é? Então . . . Hibari~- eu falo com voz fofa

*e ele olha pra trás e eu faço uma carinha fofa *

– eu ainda sou uma herbívora?- falo com meus olhos brilhando

*ele olha e fica em silêncio e esconde seus olhos na franja*

– . . .Tch, vamos onívora- ele fala e vira pra sair

– hehehehe- rio vitoriosa- "essa carinha sempre funciona"- penso e ando do seu lado

* chegamos na pequena cidade*

– o que vai querer?- ele fala de novo

– é sério qualquer coisa serve- falo- dentro dos meus limites é claro

– nh, então será aqui- ele fala e se vira para o local

– um restaurante de sushi, mas não é muito caro?- falo

– nh, não me importo- ele fala já abrindo a porta

–"então tá né!?"- penso e o sigo

*entramos, e os garçons e as garçonetes nos cumprimentaram, o restaurante por dentro era como um templo antigo, os garçons e garçonete usavam kimonos, fomos para uma mesa mais afastada das outras*

– hei não se importe pelos preços, pode pegar o que quiser- ele fala

– ok, mas vamos dividir é melhor- falo

–nh- ele resmunga e da de ombros

*escolhemos e uma garçonete vem nos atender, ela tinha cabelos pretos amarrados, olhos castanhos, pele clara, e usava um kimono verde claro*

– o que vão querer?- ela pergunta olhando para Hibari com um olhar de interesse, e dando um piscar de olho nem um pouco inocente

– ". . . FA-LO NA-DA"- penso irritada- "quando foi que eu virei ciumenta!!!???"

– nh iremos querer uma porção para duas pessoas de sunomonos, sashimis, jojos e de tempurás- ele fala olhando pra mim e ignorando a garçonete- você irá querer mais alguma coisa?- ele fala sem nem sequer tirar os olhos

– uuum que tal niguiri- falo meio envergonhada por ter tanta atenção

– tudo bem, você a ouviu, é apenas isso- ele fala

– entendido- ela fala mas dava pra ver que estava irritada, e sai

– ". . . Eu já esperava isso dele"- penso rindo um pouco

*ele novamente apenas da de ombros e ficamos em silêncio até que a garçonete chega com os pratos*

– aqui está- ela fala coloca os pratos e sai ainda revoltada

–itadakimasu(obrigado pela comida)- falo

– itadakimasu- ele fala baixo

*e começamos a comer*

– " muito boooom "- penso com uma cara de criança feliz

– pra quem é vegetariana está gostando muito de comer esses peixes- Hibari fala debochando

– já disse sou vegetariana mas como apenas peixe- falo

– nnnh, e presunto- ele fala

– verdade, mas apenas no pão com queijo e alface- falo

– nh - ele resmunga

*e continuamos a comer até que acabamos*

– que tal uma sobremesa?- ele pergunta

– por mim tudo bem- falo

*ele chama um outro garçom e ele nos da o menu, eu olho pouco até que algo me chama a atenção*

– err um sorvete de flocos com cobertura de chocolate por favor- falo

– eu vou querer o mesmo, mas com chocolates amargos e sem cobertura, isso é tudo- ele fala

*o garçom anota e sai*

– pensei que não gostava de doces- falo surpresa

– nh, alguns não- ele fala curto- . . . então . . . Tem problema se falarmos do seu sonho?- ele pergunta meio incerto e preocupado

– ah!!! Tinha até me esquecido- falo- . . . Podemos falar depois? Num lugar mais longe? Tipo o mesmo lugar onde treinamos essa manhã?- falo meio triste

– . . . - ele fica em silêncio- tudo bem

*e o garçom chega com nossos sorvetes, mais nenhuma palavra foi pronunciada*

– "acho que não poderei mas esconder"- penso enquanto comia meu sorvete extremamente bom

*depois de termos terminado os sorvetes, Hibari paga a conta, e saímos voltamos para onde a moto dele estava e voltamos para o hotel, ele deixa sua moto no estacionamento e seguimos para a floresta*

– . . . Você pode me contar agora?- ele fala preocupado

– tudo bem eu conto- falo e me sento no mesmo lugar em que tínhamos dormindo- esse sonho tava mais pra uma lembrança do passado

– nh!?- ele resmunga e senta do meu lado

– não sei se você sabe mas eu perdi meus pais quando pequena, e . . . eu . . . vi tudo- falo escondendo meus olhos e me encolhendo enquanto encostava meu queixo em meus joelhos- eu vou te contar a história . . . Desde do começo

– nh- ele resmunga, mas dava pra sentir a preocupação

– era um dia normal eu tinha 7 anos e estava brincando com Saphyra até que meus pais vieram e nos levaram pra passear junto com meu irmão mais novo, ficamos a tarde inteira, e depois fomos para o teatro, a gente ficou lá dentro bastante tempo, até que chegou a hora de aparecer os vilões, mas eles eram diferentes, foi os piores vilões que eu já tinha visto, bom . . . eram pelo meu ponto de vista, e eu fiquei com medo e falei pra nos sairmos de lá, e meus pais concordaram, saímos pelos fundos, já que pela frente estava fechado, até que ouvimos uma voz e meus pais se viram, como estávamos nos seus colos também vimos, era um homem mas não dava pra ver direito, ele falou algumas coisas mas eu não estava prestando atenção e começo a ouvir tiros, meu pai me coloca no chão e minha mãe me puxa e sai correndo nos segurando, ela nos esconde num lugar e volta para onde meu pai estava, eu fiquei com os olhos fechados, em um pequeno tempo ouvimos um tiro e um grito . . . Era - faço um pausa me segurando para não chorar- minha mãe, eu abri os olhos e apenas vi . . . Seu corpo vazando sangue e ela caindo, e logo depois ouço um outro tiro, e dessa vez foi meu pai que havia levado e gritado- falo ainda me contendo mas ja sentindo as lágrimas- . . . E ele se junta a minha mãe no chão nesse momento . . . Eu fiquei apavorada, eu respirava pesadamente, e então eu decidi sair do meu esconderijo e ir pra enfrentar o cara . . . Mas . . . Acabou por não dar certo . . . E . . . O homem . . . Me deu um tiro no olho direto . . .- termino de contar, mas não olho para o rosto de Hibari

– . . . E . . . O que aconteceu depois?- ele pergunta surpreso, preocupado e indeciso ao mesmo tempo

– . . . Eu gritei, cai e perdi a consciência, e só fui acordar num hospital . . . Depois de um mês inteiro- falo sentindo a piscina que se formava nos meu olhos aumentar- por um mês eu fiquei internada, e nem pude me despedir dos meus pais -e sinto lágrimas descendo e dou um sorriso triste- eu . . . Não pude ver eles . . . pelo menos mais uma vez . . . Uma única . . . última vez- falo escondendo meu rosto e soltando soluços

*ele fica em silêncio, até que sinto dois braços me abraçarem de trás, pelo pescoço e ombros, e ele encostar seu rosto em meu ombro, no começo fiquei surpresa mas simplesmente deixei ele me confortar e segurei em seus braços e deixei todas as lágrimas guardadas saírem, não sei quanto tempo ficamos assim, só sei que eu acabei dormindo, ainda abraçada com o Hibari*

Pov Hibari

*depois que a onívora contou a sua história, eu realmente fiquei surpreso e assustado e tive que a abraçar, ficamos um tempo assim e ela praticamente desabafou apenas com suas lágrimas até que dormiu, e eu a continuei abraçando*

–" então era por isso que aquela hora ela ficou daquele jeito, deve ter sido difícil"- penso enquanto a olho dormindo- "nh está começando a escurecer, acho que realmente ficamos muito tempo aqui"

– então ela contou pra você- fala o akambo que tinha acabado de aparecer do nada

– sim- falo sem mostrar minhas emoções

– você não esperava isso dela não é?- ele fala- porque apesar de tudo . . . ela parecia feliz . . . Mas . . . Infelizmente acontece deslizes de vez enquando - ele fala escondendo os olhos- Saphyre é assim mesmo, você irá se acostumar

– nh - eu resmungo

– é melhor leva-lá para o quarto- ele fala tentando parecer normal mas dava pra ver a preocupação em seus olhos mesmo estando cobertos- Ah! E a hora que iremos sair amanhã será as 19:00 PM- ele fala e some

– nh- resmungo e a pego como uma princesa e a levo pra seu quarto

*entro no hotel ignorando os olhares e vou para nosso andar, chego em frente a sua porta e dou um chute de leve e entro, coloco ela em sua cama e vou pegar um lençol, volto para cama e a cubro mas quando vou sair sinto uma mão segurando minha manga*

– por favor . . . Não vá- ela fala enquanto estava dormindo

–"nani?(o que) será outro sonho? . . . Quem sabe, mas ela tá dormindo profundamente então deve ser. Eu deveria ficar? . . . Como ela não me solta terei que ficar"- penso e me deito de frente pra ela

*observo seu rosto um pouco e faço carinho, chego um pouco mais perto e dou um beijo em sua testa a abraço e caio em sono profundo*