Carta para Laura escrita por Biax


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Antes que surja a dúvida, Laura é uma mulher que admiro. Acompanho seu trabalho na internet, e ela faz diversas pesquisas, e fala sobre diversos assuntos, desde aliens a espiritualidade. E sonhei com ela, como se ela fosse minha heroína. Como se tivesse me tirado dos meus problemas. Mas na verdade, o trabalho dela me fez enxergar esses problemas, as coisas pequenas da vida, sabe? Tenho muito a agradecer a ela. Eu sei que ela nunca vai ver isso, mas achei legal deixar o nome da fic desse jeito, sei la.
Falei demais! Boa leitura!



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Eu estava em apuros. Estava fugindo de uma casa em que morava. A mulher de lá me mantinha presa. Mas eu consegui fugir. Fui perseguida por várias pessoas.

Foi quando alguém me chamou. Foi você, Laura, que me chamou.

Você perguntou se queria ajuda para sair dali, e eu falei que sim, que precisava fugir.

Tudo ficou meio nublado, e eu fiquei zonza.

Acordei na sua/minha casa (era estranho por que era a minha casa na "vida real". Mas lá era a sua casa)

Olhei ao redor, reconhecendo o lugar, e você apareceu.

Você me ajudou a levantar, e então, abriu as janelas que estavam de frente para nós.

A paisagem que eu conhecia, por ver todos os dias, era a mesma, porém, estava tudo bem diferente.

Estava tudo mais bonito, mais encantador. As casas estavam mais bonitas. O quintal de trás de casa estava mais bonito. Não me pergunte como, mas estava.

Olhei para o céu. Estava escuro, anoitecendo. Mas era um azul marinho intenso e muito bonito. Haviam nuvens rosadas, e elas dançavam uma com as outras. Dava pra ver no horizonte, aquela faixa laranja do por do sol. Mas ela estava mais laranja que o "normal". Os últimos raios ainda brilhavam sobre as casas.

Eu comecei a chorar, de tão bonito que era aquilo.

E então, eu reparei que no horizonte, estava o mar (eu não moro perto do mar, tudo o que vejo por aqui são casas e prédios, apesar de morar em um nível bem acima da rua) Mas lá, não. Tinha o mar, de um azul tão intenso, que era quase preto, mas brilhoso. Olhei para a direita, e lá em baixo, eu vi a praia, também mais bonita que o "normal".

Chorei mais. Não acreditava que morava tão perto da praia.

E ah, haviam duas luas no céu. Enormes. Porém estavam no período de lua minguante, talvez, não as via por inteiro.

Eu chorei, e chorei litros, de felicidade.

Eu sabia que não estava no mesmo lugar. Você me disse que estávamos em outra dimensão. E consequentemente, você não era a mesma Laura de alguns minutos atrás, porém sabia de tudo o que estava acontecendo comigo.

Ainda chorava. Eu estava tão feliz de estar ali, naquele lugar tão bonito. Estava quase pulando de felicidade, já que tinha ido embora daquele lugar cheio de problemas.

Eu sabia que nessa dimensão, tudo era melhor. Não havia guerras, não haviam pessoas ruins. Era a paz que reinava. Dava para sentir isso no ar, que a propósito, também era lindo, só não sei explicar como.

Vi na casa alguns parentes, conversei com alguns, mas não falei nada sobre o que ocorreu.

Você me mostrou várias coisas, como objetos simples, que eram lindos. E eu ainda estava chorando.

Olhei para trás, e vi alguém entrando no quarto, indo ao guarda-roupa e pegando uma blusa para se trocar.

Não acreditei no que vi. Era meu primo (que faleceu a uns 5 anos, na vida real). Ele estava ali. Ele estava vivo naquela dimensão. Chorei mais. Nem eu sabia de onde saia tantas lágrimas.

O abracei, e ele me abraçou de volta, mas estava visivelmente confuso. Ele não entendia o porquê eu estava naquele estado emotivo.

Demorei pra acreditar. Que ele estava ali, vivinho, do meu lado.

Nos sentamos, e tirando você, foi o único para quem expliquei minha situação.

Eu estava em um lugar maravilhoso, falando com meu primo, que sentia tanta falta. Eu fiquei realmente feliz.

Queria falar novamente com você, mas não te achei. Você tinha ido embora. E eu senti como se você tivesse dito que "tinha feito seu trabalho".

E aí, eu acordei.

A única coisa que achei estranho, foi não ter visto eu daquela dimensão. Onde será que "eu" estava?


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Notas finais do capítulo

Malditos sonhos, por que não são realidade?



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