Eu vejo fogo...-pensou Katara sozinha, em voz alta o suficiente para atrair o olhar de seu irmão, que continuava a comer, porem agora olhando para o mesmo horizonte em q a irmã estava hipnotizada.

– Katara, você não vai comer? - disse o não dobrador.

–É verdade, ta uma delicia! - disse o monge.

–Não to com fome... - falou tentando disfarçar. - Vou me deitar - seguiu para o seu quarto, arrancando olhos curiosos dos que estavam a mesa.

–Quer que eu vá falar com ela? - disse Aang.

– Me deixem sozinha! - gritou Katara enquanto apertava o passo, provando que tinha ouvido.

Sokka deu de ombros, e voltou a comer. As vezes a irmã tinha algumas neuras. - Logo passa. - ele disse, tranquilizando o outro.

Estavam todos dormindo no quarto, menos Zuko. Este só pensava enquanto olhava estático para o teto. Pensava demais ultimamente. Se levantou e foi em direção a sacada, da porta do próprio quarto, já tinha uma visão maravilhosa. Se espantou ao ver a figura de longos cabelos soltos posta a fora, admirando a lua. Ela se virou e já armou sua cara de brava ao perceber ser observada.

– O que você quer? - Fechou ainda mais a cara ao pronunciar essas palavras.

Ele se aproximou dela, e pode ver q ela esteve chorando ha pouco tempo atrás.

– Você não parecia muito bem durante o jantar, e eu não estou conseguindo dormir mesmo... - Deu mais alguns passos - E você?

– Eu o que?- Disse, secando o rosto, mesmo já tendo parado de chorar, enquanto caminhava devagar pra perto dele. - Eu estou bem, só não estava com fome.

– Ahaam... - Disse o príncipe, enquanto caminhava e se encostava no batente da porta da sacada, de frente pra ela, não acreditando nas desculpas dela.

Ela olhou o chão, pensando em tudo. Sua expressão logo mudou para brava de novo, e foi para fora, se dirigindo a sacada. Não estava a vontade com ele por perto, sentia ódio de tudo o que a nação do fogo havia feito a sua aldeia, sua família, sua mãe... Ainda não tinha conseguido perdoa-lo. Talvez nunca o conseguisse.

Ele se posicionou ao lado dela, apoiando os braços no parapeito, observando a lua, o céu, as estrelas, como a garota fazia. Quebrou o silencio – É lindo, não? – Ela o olhou com cara de duvida, esperando pela resposta - A lua, fonte dos seus poderes.

– Para mim hoje esta lembrando mais fogo azul... - Fogo azul.

Ela olhou para ele e se virou para ele - sabia que a lua cheia faz meus poderes ficarem mais fortes? Tem uma coisa que eu queria tentar que eu não faço a muito tempo - Mudou sua expressão para raiva, seu corpo estava em posição de ataque.

–Katara... - Disse o príncipe em estado de alerta, se afastando dela como reação, também se colocando em posição de ataque.

–Eu... Eu não consigo mais... - Disse a jovem abaixando sua cabeça, se rendendo - Não consigo ser má igual você consegue.

Ele vendo ela, apenas de cabeça baixa, impotente, a abraçou em um momento de compaixão. Não sabia se era o certo a se fazer, apenas o fez, era o que ele queria fazer. Afastou seu corpo do dela, enquanto levantava sua cabeça cuidadosamente pelo queixo, olhou em seus olhos enquanto ela o fitava. Olhos tão brilhantes como a lua cheia que estava a iluminar eles. Ela o olhava tão fixamente, se deixava ser invadida pelo olhar penetrante do fogo, sentiu como se toda água em seu corpo começasse a borbulhar – Eu vejo fogo... - pensou um tanto quanto alto.

Ele colocou suas mãos em volta do rosto dela cuidadosamente, apenas aproximou seu rosto do dela, de forma brusca, porem cuidadosa, seus lábios tocaram os lábios dela, tão macios, desarmando-a. Seu beijo fora correspondido, sentia sua língua invadir sua boca, e as mãos dela tocarem sua nuca e suas costas, trocando caricias, fazendo a troca de carinhos ficar mais intensa.

Logo ela sentiu uma mão passar por sua cintura e puxar para mais perto, seus sentidos estavam aguçados, como quando saia pra caçar. Passou as mãos em torno do pescoço dele, puxando para mais perto, querendo nunca afastar sua boca da dele, com medo de voltar a lucidez e perceber a estupidez que estava fazendo.

Pararam para respirar alguns instantes e voltaram a se beijar, nunca afastando a boca muito do corpo dela, descendo o beijo já para o pescoço. Ele ouvia a respiração alta dela, e alguns gemidos baixos e abafados. Ela continuava com a mão em seu pescoço, apenas forcando para mais perto de sua própria pele.

Ele continuou por um tempo, e voltou a beijar sua boca intensamente, mais do que antes. Guiou-a até a parede, sem cessar o beijo, ardente, mas sem queimar.

A mãos dele percorriam todo o corpo da bela jovem, enquanto a as dela continuavam em suas costas. ele ergueu uma de suas pernas em torno dele, suspendendo-a entre a parede e ele, de forma que seus pés já não tocavam mais o chão. Ela pode sentir suas mãos quentes em sua coxa, por baixo da roupa, enquanto que, sua mãos frias adentravam pelo pescoço o roupão que ele usava, afrouxando-o. Como podiam ser tão opostos? Água. Fogo. Ela terminou de tirar seu roupão, deixando a rapaz apenas de shorts. Ele se afastou um pouco da parede, segurando ela, que soltou um dos pés para se apoiar melhor. Ele manteve suas mãos na cintura dela por um tempo, continuando a beija-la sempre. Começou a tirar devagar o top que ela vestia, deixando-a assustada. Ele desceu até beijar seu pescoço e continuou a despir-la. Suas mãos eram quentes, habilidosas, ágeis, e ao terminar, afastou-se e viu ela a sua frente, corada. Sorriu, e voltou a tocar seus lábios no dela, que já puxou ele para mais perto pela nuca. As mãos geladas dela em suas costas o faziam arrepiar. Soltou um pouco da cintura dela para poder tirar as roupas que ele ainda vestia, e voltou a beija-la, encostando-a contra a parede. Rapidamente ele tirou as roupas que ela ainda vestia. Um Agni Kai entre os dois elementos havia começado.