POV. Narradora

Bella já começou o dia acordando atrasada para o emprego novo- Ah como eu sinto falta de levantar para a escola e encontrar meus pais sentados à mesa para o café da manhã em família- balbuciou ao sair debaixo das cobertas, pronta para enfrentar o frio de NY.

Após preparar o café e ir acordar a sua irmã, Bree, para o colégio, a morena finalmente consegue se arrumar para ir trabalhar. “Não deve ser tão complicado, eu vou conseguir” era o mantra que Isabella repetia desde que abriu os olhos.

O relógio marca sete horas quando elas saem de seu apartamento, não muito luxuoso, e rumam para seus compromissos. Depois de deixar Bree no colégio e se despedir, ela volta para o táxi e se apressa para o primeiro dia de trabalho.

Quando o taxista estaciona em frente ao gigante prédio da Cullens, Bella fica completamente admirada com o tamanho daquele império, mas, ela trata logo de se apressar e encarar a nova rotina. Se o prédio já era inacreditável pelo lado de fora, a morena se encantou ainda mais com o luxo de deu interior, a decoração estava em completa harmonia, não havia uma peça fora de seu devido lugar.

Depois de analisar todo o térreo, Isabella caminhou em direção à recepção a fim de se informar e, chegando lá, Angela Weber- uma das recepcionistas- já a esperava. Angela explicou todos os afazeres de Bella e, as duas repararam que logo se tornariam grandes amigas.

— É agora ou nunca, me deseje sorte — B disse enquanto marchava em direção aos elevadores. E, foi nesse exato momento que seu corpo se chocou contra uma parede alta e máscula, ela já esperava a queda, porém, braços fortes a seguraram antes disso acontecerem — Aii, você não olha por onde anda? — Isabela resmungou ao se recompor do susto.

— Me desculpe senhorita, mas, você também tem um pouco de culpa nessa situação — A garota congelou ao escutar aquela voz firme e autoritária. Ela rapidamente se recompôs e, quando levantou o rosto para encarar o dono daquela voz maravilhosa. Bella achou que estava delirando, essa era a única resposta imaginável para o que acabara de ver. O deus grego vindo diretamente do Olimpo só para recepcioná-la, não era uma opção muito confiável.

Depois dessa surpresa que animou completamente as estruturas de Isabella, os dois seguiram para o elevador. O trajeto foi silencioso, a não ser pelas trocas de olhares quentes, a tensão estava no ar. E, quando repararam as portas do elevador já estavam abertas no vigésimo terceiro andar, ou seja, o local onde Isabella iria trabalhar. Tudo estava tão silencioso, até os dois resolverem sair juntos pelas pequenas portas de metal, os corpos se chocaram mais uma vez e desta vez, os dois foram parar no chão.

Um gemido involuntário saiu da boca de B e, nesse momento os olhares dos dois se cruzaram, correntes elétricas pareciam correr por suas veias. Eles ficaram por alguns minutos - que mais parecia uma eternidade - jogados no chão, enquanto absorviam toda aquela tensão.

A morena tomou a iniciativa, levantou-se e rumou para a sua mesa enquanto via o homem misterioso entrar na sala do seu chefe

— Não, não pode ser Deus, me diz que isso não está acontecendo, ele não pode ser o meu chefe.