Tão mais linda escrita por Boleyn
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem (:
Estaciono em frente à casa de Francisco, só tem mais dois carros parado na porta. Aperto a campainha e uma morena sexy abre a porta pra mim
–Você deve ser o Gabriel, Francisco disse que você iria vir. Entra ai – dá um passo pro lado permitindo minha passagem, eu sorrio e pergunto:
–Qual o seu nome?
–Valentina – ela disse e piscou pra mim, me puxando pra dentro. Chegamos na sala, onde tinha umas sete pessoas sentadas, bebendo, fumando ou cheirando. Valentina me dá uma garrafa de Budweiser, que abro e dou um gole generoso. Francisco senta ao meu lado e divide comigo sua maconha.
–Vamos lá pra fora, queria dar tibum na piscina – Val chama a gente, já saindo pela porta de vidro. Francisco sorri e chama todo mundo, que se levanta e seguem para o mesmo lugar, tirando suas roupas e ficando só de roupas intimas.
Está tocando uma música eletrônica realmente dançante, tanto que algumas pessoas estão dançando com latas de cerveja na mão. Ando até o grupinho de caras que estão na churrasqueira e falando de futebol, não entendo muito mas o suficiente para entender e não passar vergonha.
Ficamos umas três horas, falando coisas aleatórias, bebendo e fumando e tudo estava ótimo, até que um cara chega num Dodge Ram e tira mochilas de trilha de dentro, ele olha para a festa toda, faz cara de nojo, balança a cabeça e entra. Pergunto a Jorge quem era ele, que rapidamente diz:
–O Frederico, ele é meio o “certinho” dos irmãos junto a mais nova, eles não se misturam com a gente – e ri, dizendo que eles são chatos e vivem sendo quem não querem ser somente por que é assim que a sociedade quer. Acabo rindo também, por isso vivo do meu jeito e o que os outros acham que se foda.
Alguns minutos se passam e minha bexiga aperta, levanto e caminho pela casa pra usar o banheiro. Entro na segunda porta a esquerda da sala e fico maravilhado com a visão que tenho. É uma biblioteca particular, todas as paredes estão cheias de livros, do chão ao teto. Na parede em frente a porta tem uma mesa com um notebook ligado e vários papeis em cima, toca uma música suave, uma voz rouca e masculina. No resto do espaço há sofás no meio e uma mesinha de centro com um livro e uma xicara. E em um desses sofás tem uma garota sentada, me encarando com confusa e assustada.
Ela é linda. Tem olhos grandes e verdes, a pele café com leite com aparência suave, uma pintinha embaixo do lábio inferior e que lábios. Vermelhinhos e um pouco finos. É como se me chamassem e implorasse para que eu os mordesse. Ela está somente com uma blusa branca grande e enrolada até a cintura em um edredom azul esverdeado. O cabelo preso em um coque mal feito, deixando que alguns fiozinhos caíssem em seu rosto. Pai do Céu, já imagino como seria seus sons e seu corpo trabalhando contra mim em uma velocidade fora do normal e eu ia adorar.
–Quem é você? – ela me tira dos meus devaneios, com um olhar mais sério e desconfiado.
–Sou Gabriel, eu queria usa o banheiro e me perdi – sorri pra ela, que aponta para o canto da biblioteca e fala:
–A porta do canto é um banheiro.
E volta a se concentrar no que estava fazendo antes de eu invadir a sala. Uso o banheiro o mais rápido possível, pensando em um assunto que eu poderia puxar com ela, o que eu poderia falar e o mais importante o que faria ela conversar comigo. Saio e a vejo sentada lendo um livro.
–Qual livro você tá lendo? – eu pergunto enquanto me aproximo devagar
–A irmã de Ana Bolena
Quem diabos é Ana Bolena, e porque alguém leria um livro sobre a irmã dela, se eu mal sei quem ela é. Essa é uma das pistas de que essa garota não é pra mim e eu não sou pra ela, não somos do mesmo mundo e se insistir nisso, só irá trazer sofrimento, pra ela é claro. Mas existe algo nela que não permite que eu desista sem ter tentado.
–Parece um bom livro – ela sorri pra mim, um sorriso verdadeiro, de quem acha alguma coisa engraçada.
–E é.
–Sobre o que fala? – dessa vez ela não aguentou e gargalhou, colocou a mão na frente da boca para abafar mas de nada adiantou.
–Sobre a irmã de Ana Bolena – ela sorriu compreensiva com minha carranca – sua pergunta deveria ser quem ela foi
Eu sorrio e assinto, a incentivando a me contar
–Ana Bolena foi esposa do Rei Henrique VIII, tinha uma irmã chamada Maria Bolena, essa foi amante dele enquanto ele era casado com Catarina de Aragão e teve dois filhos com ele, Henrique e Catarina. E ficou com ele por muito tempo, até sua irmã Ana seduzir Henrique e casar com ele. Mas tudo desmorona quando ela não consegue ter um menino, somente uma menina Elizabeth, e Henrique tem que se livrar de Ana. Então ele a acusa de adultério, a julga culpada e a manda para o cadafalso, onde o carrasco corta sua cabeça. Maria vai embora para seus filhos e se casa com Stafford. – ela ri pela minha cara de incrédulo; acho que preciso me colocar a parte de histórias antigas
–Essa literalmente é uma história trágica e interessante
Ela sorri e concorda com a cabeça como um cachorrinho de carro, corada e sorrindo, o que a deixou adorável.
–Qual seu nome? – pergunto sem me controlar, preciso colocar um nome naquele ser agradável e instigante
–Sou Georgiana, Gabriel. – Georgiana, um nome único e diferente, nome que se encaixa perfeitamente em uma pessoa como ela.
–Diferente e bonito, como você – sorrio para ela, que arregala os olhos e cora até a raiz dos cabelos.
–Obrigada – ela sorri envergonhada pra mim e nesse momento a porta abre e Frederico entra, olhando de mim pra ela e vice-versa. Levanta uma sobrancelha e deixa claro que eu sou inimigo dele ali.
–Volto depois Geo– Ele diz e sai, por que tenho uma sensação ruim?
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Postarei quase todos os dias. Obrigado por ler