Incesto escrita por SweetBee


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores :3
Primeiramente quero dizer que estou muito feliz com a fic e com vocês, não imaginava que conseguiria ir tão longe com uma original, minha vida no Nyah! sempre foi para os fandons haha
Muito o brigada pelos comentários, sei que demorei para responder, não vou ficar me justificando por que sei que não faço mais do que minha obrigação ao respondê-los logo (sim, fiquei de vagabundagem e esqueci de responder aushaushuah)
Não desanimem, podem continuar comentando que agora tomei vergonha na cara :v
Espero que gostem.
(Nos vemos nas notas finais)



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Sua mão se fechou com força mostrando o tamanho de sua raiva, a música parecia abafar seus ouvidos fazendo-o sentir uma agonia maior, e mesmo que fosse apenas sua irmã, ele não conseguia esconder o ciúme que nem o próprio sabia a origem. Queria não ter ido para aquele lugar, não ter dado a chance de sua pequena – como o mesmo gostava de chamar – ficar a mercê de um moleque sem respeito algum pelos outros. Mas também queria poder voltar no tempo e permanecer ao lado da garota para que nada acontecesse, isso contribuía para sua parcela maior de culpa.

Manuela por outro lado se divertia vendo a cunhada agarrando-se com outro, deixando explicito – pelo menos em seu ponto de vista – que não era nenhuma santa, como o namorado imaginara. , as quando olhou para o lado e viu o rosto do homem completamente travado, sentiu-se incomodada, não esperava essa reação dele.

— Vicente, deixe a sua irmã em paz, ela também pode ficar com garotinhos da idade dela, coisa de criança – disse Manuela tocando seu braço sentindo a rigidez dos músculos.

Ele balançou a cabeça negativamente e partiu na direção da garota ignorando os chamados da namorada e de Camila que havia parado de dançar segundos antes.

Ouvindo os gritos, Pamela separou-se do amigo olhando para os lados procurando pelo irmão, o menino fazia o mesmo e por instinto segurou a mão da garota, pronto para se afastar dali. Ela apertou seus dedos temendo a reação do outro e começou a segui-lo. Vicente alcançou seu braço, puxando-o bruscamente.

— Quem te deu permissão para beijá-la seu bastardo?! Eu vou acabar com você – gritou avançando no garoto sendo impedido pelo amigo.

— Eu não preciso da sua permissão pra beijar a Pamela, e nem ela para me beijar – o menino disse fazendo com que a menina corasse.

— Gustavo, cala a boca isso não tá ajudando em nada – a garota falou atraindo a atenção do irmão.

— Esperava mais de você, Pâm – cuspiu as palavras fazendo-a encolher-se onde estava. Aproximou-se dela enquanto a menina olhava para baixo, não tinha coragem de encarar o homem depois do que disse e Vicente sabia disso.

Ele respirou fundo olhando em volta, as pessoas assistiam a tudo assustadas. Manuela mordia o lábio tentando conter a vontade de arrancar o namorado de perto da menina, mas tinha de se controlar, havia prometido a ele que não sentiria mais ciúmes dela afinal eram irmãos.

— Cara, calma, a culpa foi minha – Edu falou atrás do amigo – eu acabei dando um copo de tequila só para ela experimentar, quando vi já estava... Ahn, beijando o Guto.

Explicou escondendo a parte do “show”, sabia que só o fato de ter dado álcool para a garota já o faria perder a vida.

Vicente respirou fundo tentando não acreditar naquilo, segurou o queixo da irmã fazendo-a olhar para ele, examinou atentamente o rosto da menina como quem olhava para uma esmeralda, de tão preciosa que ele a achava. Seus lábios vermelhos e o cabelo desarrumado o deixaram sem reação, seu olhar subiu para os olhos da menina e não demorou muito para notar as pupilas dilatadas. O homem olhou horrorizado para a menina e para o amigo.

— Seu desgraçado! – gritou novamente segurando-o pela camisa – quem mandou dar bebida a ela?

Manuela correu para acalmá-lo, sabia que se o namorado perdesse o controle só soltaria o outro quando a policia chegasse, e o episódio não seria muito bom para sua carreira.

— Amor solta ele, tenho certeza que não fez por mal.

— Só dei um pouquinho para ela experimentar, Gustavo estava vigiando ela.

— Claro, e só foi a Pamela ficar alterada pra esse moleque se aproveitar. O que ia fazer se eu não chegasse, ia levá-la pra cama?

— E se eu lavasse o que você teria com isso?

— Gustavo! – repreendeu a menina.

— Ué, eu só quero saber por que esse cara está tão bravo – disse rindo.

— Vem aqui que eu te explico seu bastardo.

— Manuela, leva o Vicente pra casa – Eduardo falou segurando o amigo.

Vicente respirou fundo tentando recuperar a calma. As pessoas pararam para olhar a confusão, Camila que antes parecia alheia a tudo, agora prestava atenção em toda a “conversa” se perguntando quando o amigo havia ficado tão descontrolado, pois ele nunca fora tão estourado, mesmo quando a namorada dava seus pitís na rua por causa de uma ou duas mulheres que o secavam.

— Claro – disse a moça segurando a mão do namorado, que relutante parou de encarar o garoto – vem amor.

Ela começou a caminhar com ele pela rua, sendo seguida pela garota. Pamela tentava não olhar diretamente para o mais velho, pois sabia que receberia um olhar frio do mesmo. Saber que estava errada a fazia sentir a pior das criaturas, ele havia confiado nela, tudo o que tinha que fazer era obedecer e não se deixar influenciar. Só que na prática tudo fica mais difícil.

Os três chegaram ao carro em silencio, Vicente pegou as chaves das mãos da na morada e mandou que irmã fosse no banco de trás. A menina colocou o cinto de segurança e assim que ergueu a cabeça viu Manuela inclinando-se para beijar o homem, logo percebeu que haviam voltado, mesmo não se sentindo muito bem com a ideia, o fato de ter visto quem a cunhada realmente era a fez repensar em todas as suas ideias sobre a mesma, ela definitivamente não era boa para seu irmão.

Ora, mas o que eu faria? Chegaria em casa e diria, “olha Vicente, a Manuela não serve para você”. Mas também, quem seria boa para ele? Eu que com certeza não, sou sua irmã. Mas se eu não fosse ele me veria como uma mulher? Ah, pare de pensar besteira. – pensava enquanto olhava para o rosto do irmão pelo retrovisor, só então se deu conta de que ele também a espiava pelo espelho.

Tentando parecer normal, ajeitou-se no banco desconectando seu olhar. Mas não pôde disfarçar a vergonha estampada em cada poro.

[...]

Vicente estava sentado no sofá encarando as chaves na mesa de centro, seu dedo indicador sobre os lábios deixava evidente que estava pensando e que não queria ser atrapalhado. Mas não era só ele, Pamela estava sentada na cama abraçando os joelhos e encarando os pés cobertos pelo seu par de meias favorito. Depois de um longo banho frio ela pareceu voltar um pouco mais a si, não havia bebido muito, só o bastante para ficar alegre e perder um pouco a noção, e depois que se deixou levar por Camila tudo pareceu melhor, não se sentiu envergonhada por estar dançando no meio de todos e de muito menos beijar Gustavo na frente do irmão.

Pôs o dedo na boca relembrando os toques do garoto e sorriu, por mais que estivesse levemente alterada ela havia gostado de tomar iniciativa. Sorriu mais uma vez olhando para o espelho a frente da cama analisando seu reflexo.

Talvez fosse mais bonita do que tentava esconder, e quem sabe Gustavo não sentia algo mais por ela?

Não, nos conhecemos há bastante tempo, se ele sentisse com certeza já teria dito. Ou não.

Quando chegaram em casa ela não disse nada, apenas foi para o quarto, pegou o pijama de foi tomar banho, quando saiu viu o irmão sentado no sofá encarando a mesa de centro, Manuela estava na cozinha então resolveu ir logo se deitar e tentar esquecer aquela noite.

— Estou entrando – Manuela esticou o braço com uma caneca e em seguida entrou encostando a porta com o pé.

Pamela sorriu de lado vendo-a atravessar o quarto e sentar-se na cama. Ainda estava com as roupas coladas e a maquiagem. A garota olhou para si rindo internamente por estar usando uma calça larga, meias e uma blusa qualquer.

— Isso aqui vai ajudar – esticou a caneca para ela e pôs uma cartela de comprimidos em cima do criado mudo – tome um antes de dormir, vai te ajudar na ressaca de amanhã.

Ela assentiu tomando um gole do liquido amargo, fazendo uma cara de felicidade, gostava de café amargo mais do que ninguém.

— Acha que o Vicente vai me perdoar? – perguntou cruzando as pernas.

— Claro que vai, mas você precisa dar um tempo a ele. Tenho certeza que amanhã vai parecer que nada aconteceu.

— Duvido disso – rolou os olhos suspirando – ele pode ser bom, diria que bom demais, mas não acho que vá me tratar normalmente depois daquele show que eu dei.

— Não seja tão dura consigo mesma. Sabe, eu também já tive essa fase de descobrir coisas novas, é normal.

Pamela olhou para a cunhada que sorria lançando lhe um sorriso acolhedor.

— Se decidir que quer aproveitar as férias desse jeito tudo bem, mas não coloque o Vicente no meio disso.

— Como assim? – perguntou confusa.

— Ele está muito focado num trabalho agora, e com a sua chegada a cabeça dele deu uma chacoalhada – riu alcançando a mão da menina – não me leve a mal, mas isso que aconteceu hoje foi demais pra ele, o deixou uma pilha e tenho certeza que refletirá no trabalho.

— Não queria que isso acontecesse – comentou olhando para baixo – mas acho que no fundo já sabia que não daria certo vir para cá.

— Mas a culpa não é sua de ter vindo, minha querida. Só tente não atrapalhar o seu irmão. – acariciou a bochecha da menina um pouco contrariada – se quiser eu te ajudo a se livrar das amarras do “senhor mal humorado”.

A garota sorriu tomando mais um gole do café, sua cabeça parecia querer explodir, por um segundo viu tudo girar.

— Acho que vou me comportar a partir de hoje, até por que aquela lá não era eu, e como ele mesmo disse, não esperava isso de mim – comentou – serei a irmã dos sonhos.

Manuela sorriu amarelo.

— Só não grude muito nele, disse que ia me controlar, mas ainda sou ciumenta.

— Tenho certeza de que quando o Vicente terminar com você, não será por minha causa – disse sem pensar, recebendo um olhar furioso da moça – ah, não que ele vá.

A moça balançou a cabeça negativamente para ela e riu.

Na sala, Vicente continuava sentado encarando as chaves, seus pensamentos não estavam mais na irmã, agora ele pensava em como quando tinha aquela idade, seus hormônios alvoroçados, queria fazer tudo ao mesmo tempo e não responder por seus atos chegando a ficar horas no hospital tomando glicose, até que viu o quanto estava sendo leviano em agir daquela forma, a cada discussão com seu pai se sentia pior e queria mais, sempre mais. Não podia negar que estava a cada dia mais parecido com ele e a primeira bebedeira da irmã não deveria ser tratada assim, Pamela era esperta e com certeza não faria novamente.

Mas não era só isso que o incomodava, estava farto de terminar e voltar com a namorada, sempre brigavam por motivos torpes e depois era só ela tirar a roupa que tudo se resolvia, ele gostava daquilo, mas por algum motivo os seios fartos de Manuela não o fizeram esquecer a briga por causa da irmã. Arrependido. Era assim que se sentia por ter voltado com a moça, o amor que sentia por ela havia acabado há muito tempo e só agora ele percebera.

— Droga! – lamentou esfregando os dedos nos olhos – o que diabos está acontecendo com você Vicente?!

Manuela voltou para a sala segurando a caneca de café, parou observando o namorado se levantar indo até a cozinha, sentiu-se aliviada, por um momento havia pensado que ele iria ver a menina. Caminhou a passos lentos até o cômodo e colocou o objeto na pia sem olhar para ele. O homem abriu a geladeira pegando uma maçã e encostou-se ao balcão olhando para um ponto qualquer.

— Ela dormiu? – perguntou.

Manuela se aproximou tocando seu braço.

— Sim – respondeu beijando seu rosto – acho que deveria conversar com ela amanhã.

— Não sei se consigo olhar para ela da mesma maneira – respondeu.

As imagens da irmã beijando o garoto voltaram como chicotadas, pôde ver bem as mãos do menino apertando sua cintura enquanto ela mordiscava seu lábio, e depois vê-la com o cabelo bagunçado e os lábios vermelhos o fez pensar coisas que não deveria, como por exemplo, se fosse ele no lugar do menino e como deveria ser tocar a menina, sentir seu corpo pequeno colado ao seu, a respiração ofegante, os seios pequenos sendo apalpados por suas mãos, sentir seu cheiro de perto.

— Parece que alguém está animado – a moça comentou sorrindo maliciosa.

Ele a afastou ao perceber sua excitação, aquilo não podia acontecer, que espécie de irmão ficava excitado pensando na irmã mais nova? Mal sabia ele que aquilo era mais comum do que pensava, é algo do instinto masculino imaginar-se tocando uma mulher, mesmo que essa fosse de sua família.

— Não tô com cabeça pra isso – disse passando por ela, ignorando sua tentativa falha de beijá-lo – não tem lugar pra você dormir então, é melhor ir pra casa de uma das suas amigas.

— Está me expulsando?

— Não Manuela, é só que hoje não é o melhor dia para você dormir aqui. Amanhã cedo terei uma conversa séria com a Pamela e acho que vai ser melhor se estivermos sozinhos.

Mentiu. Ele não teria uma conversa séria com a garota, nem queria ter.

Ela respirou fundo e assentiu indo até ele. Vicente segurou-a pelos braços puxando-a para um beijo singelo, não estava com muita vontade de ficar trocando carícias no momento e aquilo foi só para não lhe dar motivos para falar algo depois. Uma DR era a ultima coisa que ele queria no momento.

— Tudo bem meu gatinho – falou beijando seu nariz – se precisar de alguma coisa me liga.

— Claro, não se preocupe.

[...]

Eram quatro horas da manhã, Pamela havia dormido pouco por causa de sonhos, não que fossem ruins, pelo contrário, era justamente por serem tão bons que ela não conseguia dormir novamente. estava olhando para o celular tentando conter as lágrimas que se formavam contra sua vontade, aquela mulher dançando alegremente como uma profissional, seu pai com ela no colo rodopiando ao redor da moça sorrindo como se esse homem ranzinza nunca houvesse existido, ele a colocava no chão e agarrava a mulher pela cintura beijando-a apaixonadamente. Essa era uma das poucas lembranças que tinha de sua mãe, um vídeo caseiro feito por Vicente há muitos anos atrás, ela tinha pouco mais de um ano de idade. Lembrou-se de como foi difícil convencer o pai a entrega-la a fita para que convertesse e pusesse no aparelho, era difícil para ele lembrar-se da falecida esposa, e muito mais para ela que não teve a chance de construir uma lembrança própria da mãe.

A garota pôs o celular em cima da cama e se levantou enrolando-se no lençol, agarrou alguns travesseiros e caminhou para fora do quarto, apenas a luz da luminária iluminava a sala, o bastante para ver o irmão deitado no sofá um pouco desajeitado. Sem fazer barulho ela colocou os travesseiros no chão e sentou-se ao lado do sofá, abraçando os joelhos. Vicente abriu os olhos enxergando a menina ali do seu lado enrolada no tecido branco e pigarreou chamando sua atenção.

— Eu sonhei com a mamãe – disse olhando para o irmão – ela estava usando um vestido bonito, eu dancei com ela Vicente.

Comentou sorrindo deixando uma lágrima cair, o homem apoiou-se no cotovelo pensando no que dizer, aquilo não era estranho para ele, já vira acontecer algumas vezes, mas achou que havia parado depois de uns anos.

A menina virou-se para frente novamente, apoiando o rosto nos braços, Vicente engoliu seco levantando-se do sofá decidindo finalmente tomar uma atitude. Sem assustá-la sentou-se a seu lado no chão, Pamela olhou para ele deixando-o ver seu rosto molhado e olhos inchados pela luz fraca da luminária.

— Tenho certeza que ela está bem – disse tentando confortá-la.

— Eu queria tê-la conhecido, como você a conheceu. Sentir o tão famoso cheiro de mãe – comentou olhando para baixo.

— Me desculpa – ela assentiu passando a mão no rosto – Pamela olha pra mim.

Seus dedos tocaram o queixo da menina sentindo a pele fria que raramente se aquecia, a garota ergueu os olhos encontrando seu rosto na penumbra, entreabriu os lábios e os fechou após alguns segundos. Vicente deslizou o polegar por seu maxilar, passeou pela bochecha fazendo-a fechar os olhos, dobrou as pernas de modo com que seus joelhos ficassem em cima da coxa do irmão.

— Desculpa por quê? – perguntou inclinando a cabeça em busca de mais.

Ele não disse nada, apenas aproximou-se do rosto da menina, parando antes de seus lábios se encontrarem, ficou ali parado sentindo o hálito quente da garota, com medo de ir além e se arrepender. Mas então a viu fechar os olhos, seu rosto ficou vermelho prescindindo o choro compulsivo. Vicente ficou congelado observando-a sem saber o que fazer, aquela sensação era ruim, tentou abraça-la, mas ela parecia cada vez mais longe, correu na direção dela tentando alcança-la, mas foi em vão, ela desaparecera no ar.

[...]

Vicente saltou no sofá abruptamente, arfava como se realmente tivesse acabado de correr. Olhou para baixo e não viu ninguém.

— Pelo menos isso – comentou baixo passando a mão na testa.

Olhou mais uma vez para o corredor e viu a porta do quarto aberta, provavelmente Pamela havia se levantado e esquecido de fechá-la. Vicente se levantou deixando o lençol cair no chão. Usava apenas um short folgado branco, por um momento pensou se estaria fazendo o certo, entrar no quarto de uma garota durante a madrugada era errado, mas era sua irmã e ele precisava saber se estava bem, ainda mais depois de um sonho tão perturbador, a sensação de tê-la longe era ruim demais, tinha de se certificar que a garota estava ali a seu alcance.

Parou na frente da porta vendo-a deitada em posição fetal descoberta, ele começou a caminhar lentamente, viu a cartela de comprimidos em cima do criado mudo ao lado de um copo com água, sua atenção caiu sobre o vestido em cima da cama, mais uma vez ele se lembrou da menina nos braços do outro, olhou par seu rosto tentando encontrar aquela garota da festa que bebe e se porta como uma mulher sedutora, não conseguia achar, até porque essa mulher sedutora só existia em sua cabeça, Pamela era apenas ela.

O mais velho sorriu sentando-se na beirada do colchão tomando cuidado para não acordá-la, seus dedos tocaram o tecido leve da peça, Vicente a segurou com os dedos encarando-a por uma fracção de segundos, o cheiro suave que emanava o fez fechar os olhos, aquilo era maravilhoso.

Mal sabia que a menina assistia a tudo confusa, não quis se mover ou desfazer aquela cena, pôde ficar para examinando cada detalhe dele, ainda mais por causa da luz acesa. Pamela tinha medo do escuro. Mas como se sentisse seu olhar queimá-lo, o homem abriu os olhos encontrando o rosto pálido da garota virado para ele.

— Eu te acordei. Desculpe-me – disse sem fazer menção em sair dali, o que a deixou mais tranquila.

A menina olhou para ele como se tivesse culpa de tê-lo acordado, gostou de observá-lo dormir, mas não sabia se era certo fazer aquilo, talvez só estranho mesmo.

— Eu... – sorriu sentindo-se uma idiota pelo que havia feito minutos antes.

Vicente riu acompanhando-a, mesmo sem saber o motivo.

— O que foi? – Pamela continuou rindo, agora se sentando na cama.

— Tá, eu confesso – começou – fui pegar água e fiquei te olhando dormir pensando no que faria amanhã, ou hoje. Aí você se mexeu e eu corri de volta para o quarto.

Ele riu ouvindo a risada da garota.

— Então a senhorita estava me espionando? Que coisa feia!

— Estava esperando o melhor momento para te asfixiar com a almofada, assim não teria que receber todos os sermões e possíveis castigos em ralação a festa.

— Esqueça isso – disse pegando-a de surpresa – sei que não vai fazer de novo. Não quero brigar com você minha pequena.

O sorriso da garota se desfez, estava indecisa se ficava contente por não ter que levar bronca e desconfiada por não levar bronca.

— Tudo bem, eu acho – falou erguendo uma sobrancelha.

Ele suspirou apanhando a perna da menina e deslizou as mãos até seus dedos sentindo cada centímetro de sua pele, e como no sonho ela era fria, o que causou um arrepio por todo o corpo de Pamela.

— Vicente! – repreendeu tentando esconder a vergonha.

Ele olhou para ela sem esboçar nada, apenas se levantou ficando em cima da menina por meio segundo até deitar-se a seu lado. Pamela arriscou-se olhar para o lado ainda assustada, ele olhou para ela tocando sua mão.

— Posso dormir com você?


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Notas finais do capítulo

MINTIIIIIRA GUSTAAAVO aushasUSAHAhsduah tá, parei.
Sobre a trilha sonora da fic, são quatro músicas, mas como as outras duas estou me matando para escolher...
1 - Lady Antebllum - Just a Kiss
2 - Tiê - A noite
Fic no Br, música Br na trilha u.u mas como de costume temos internacionais. Então ficão sendo 2 br e 2 n.
Obrigada ^^ a 1 é tipo perfeita (claro, é do nosso casal)