Incesto escrita por SweetBee


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta, chorosa e desidratada aushaushas
Espero do fundo do meu coração - se é que ele ainda está inteiro depois desse cap - que vocês gostem, sério, tive que parar várias vezes o que fazia para me recompor auhsaush nos vemos lá embaixo.
Thamyres, minha luzinha radiante, obrigada pela recomendação, sério, eu não esperava e quando voltei para casa e vi, quase tive um surto de felicidade - estava com um péssimo humor - obrigada de verdade.

Bem, obrigada também pelos comentários, eles me deram um pontapé para deixar a bad e vir escrever.
Espero que gostem.



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— Mas que porra é essa, Vicente?

Ambos olharam para a porta assustados com o grito do homem, Vicente soltou o corpo de Pamela quase que instantaneamente fazendo-a despencar de pé, estava tão assustada quanto ele.

— Pai – sussurrou com os olhos fixos no homem furioso parado na entrada.

Pamela olhou para Vicente ainda assustada, esperava que o rapaz dissesse alguma coisa ou a abraçasse dizendo que nada daquilo era real, mas a única coisa que ele conseguiu fazer no momento foi olhá-la dando um meio sorriso antes de virar-se para o pai.

— Sai de perto dela – aponta para os dois antes de dar um passo em sua direção.

Vicente passou a mão pelos ombros da irmã trazendo-a mais para perto temendo que o pai a arrastasse dele.

— Que merda você tem na cabeça, imbecil? – grita desesperado com tudo aquilo.

— Olha como fala dentro da minha casa – berra de volta sentindo a mão de Pamela em seu abdômen, ajudando-o a conter-se.

A vontade do rapaz naquele instante era de avançar no pai e cobri-lo de socos mesmo sabendo que é errado, afinal de contas ele ainda era seu pai, não importava o que acontecesse. Vicente tentava não perder o foco, pois o momento era delicado demais para arriscar que o pai levasse a menina dele, também tentava não pensar nisso, em sua mente repetia que tudo acabaria bem.

— Não tente mudar de assunto. Isso é um absurdo, eu pensei que com você a minha menina estaria a salvo – passou a mão pela testa lembrando-se de quando resolveu mandar a filha para morar com irmão, não querendo deixa-la com suas amigas com medo do que exatamente estava acontecendo – há quanto tempo você está abusando dela?

Vicente recuou como se aquela pergunta fosse um soco em seu rosto.

— Abusando? – perguntou incrédulo – Eu não abuso da Pam, nós nos amamos – acrescentou cerrando os punhos.

— Oh – o homem balançou a cabeça – isso ainda é mais absurdo, vocês não podem se amar como homem de mulher, é pecado e crime. Será que não entendem?

Vicente fechou os olhos respirando fundo algumas vezes.

— Quem não entende é você, nunca entendeu não é mesmo? Não sabe o que é amar alguém de verdade – deu alguns passos para frente antes de ser parado pela menina.

Pamela sentia medo de que os dois acabassem perdendo o controle e saindo na mão, certamente ela não conseguiria pará-los sem levar um soco. Tentou puxá-lo de volta, mas Vicente parecia decidido em ficar na sua frente, queria protege-la do pai até o limite. Os dois encararam-se por alguns segundos, a raiva que um sentia do outro parecia formar uma neblina em volta deles, não se incomodavam em tentar esconder da menina, até porque, ela mais do que ninguém, sabia perfeitamente que era impossível os dois fazerem as pazes algum dia.

— Pamela, vai arrumar suas coisas – ordenou desviando os olhos para a menina encolhida atrás do irmão – vamos embora.

— O que? – a menina olhou para o irmão mais uma vez e depois para o pai.

Vicente apertou sua mão abrindo a boca para protestar, mas Sérgio ergueu a mão parando-o.

— Eu não quero ouvir nada de você – Sérgio rosnou para o filho – onde já se viu beijar a própria irmã? Eu não tenho nem palavras pra dizer o quão nojento isso é.

— Mas pai-

— Eu te mandei pegar suas coisas – Pamela encolheu os ombros sentindo o nariz arder – anda logo!

Passou a mão no olho afastando qualquer que fosse a vontade de chorar e olhou para o pai, ela sabia que não podia medir forças com o próprio pai, e que de qualquer maneira seria levada para longe do seu amor, mas isso não aconteceria sem que ela lutasse por Vicente.

— Mas eu não quero ir – Pamela alterou a voz ficando ao lado de Vicente – não vou sair de perto dele.

O homem olhou para a menina como se aquilo fosse um tapa, na verdade era de fato, nunca sequer pensou que Pamela fosse capaz de desafiá-lo, mas não tinha importância, ele a levaria dali de qualquer maneira.

— E mesmo que eu saia você não vai conseguir mudar o que sinto por ele – deu alguns passos saindo do lado do irmão.

— Você quer ir por bem ou por mal? – Sérgio berrou com os braços cruzados – por que se você não for fazer o que mandei, esqueço que você é minha garotinha e te dou uma boa surra, que tenho certeza que se tivesse feito isso lá atrás, hoje você saberia como me respeitar.

Pamela sentiu suas pálpebras se contraírem deixando uma lágrima escorrer, era de medo e de tristeza, seu pai nunca falara com ela dessa forma, e mesmo que parte dela não acreditasse que ele cumpriria aquilo, a outra não sabia o que pensar, agora ela conseguia ver que seu pai não era todo aquele bom homem que lhe fora apresentado a vida toda, sempre tão calmo quando conversavam – o pouco que conversavam – sequer levantou a voz para ela em qualquer momento que se lembrava.

— Seu desgraçado! – o grito de Vicente a tirou de seus pensamentos pouco antes de vê-lo avançar no homem.

Ela tentou reagir, mas simplesmente não conseguia, seus pés pareciam grudados no chão e sua voz havia sumido. Só conseguia ver o pai defendendo-se dos socos que o irmão lhe desferia, nunca havia presenciado um ataque de fúria de Vicente, isso a assustou um pouco. Quando seu pai segurou o braço do rapaz e lhe deu um soco nas costelas, foi como se fizesse Pamela despertar de seu transe e gritar.

— Parem com isso!

Vicente cambaleou para o lado ainda sentindo o soco e voltou a ataca-lo, os dois pareciam dois cães raivosos enquanto se xingavam e trocavam golpes, e não pai e filho. O pensamento fez a menina sentir tomar mais coragem para separá-los.

— Vicente!

Ele parou ao ouvir a menina chamando seu nome. Estava a alguns passos do outro, seus olhos estavam unidos transbordando pura raiva, e por mais que Vicente quisesse continuar aquilo, não podia, sabia que magoaria profundamente a menina. Afastou-se mais do pai, indo até a irmã parada no mesmo lugar, desviou os olhos para ela vendo uma tristeza que ele nunca vira, aquilo o machucou mais do que deveria, fazendo-o voltar a si.

— Eu devia chamar a polícia para você – Sérgio rosnou tocando o canto da boca – espere até saberem que você abusa da sua própria irmã.

— Chame a polícia e você não sai daqui vivo.

— Ótimo!

— Não – Pamela engoliu em seco olhando para o pai – não precisa chamar a polícia – disse abaixando os olhos para as mãos entrelaçadas à frente do corpo.

Seu pai assentiu ainda irritado e colocou o celular de volta no bolso. Devia ter dito isso antes, assim lhe poupava de toda essa briga, Pamela amava Vicente e sabia que ele seria preso por manter uma relação incestuosa com a própria irmã, se fosse a júri público seria ainda pior, as pessoas não enxergam o amor que duas pessoas sentem, apenas a moral e bons costumes. Aparências, pra dizer a verdade, uma sociedade que maquia os pobres para posar de soberana.

— Pam, você não precisa-

Ela balançou a cabeça dizendo mentalmente para ele não falar mais nada, aquilo só tornaria as coisas mais difíceis, a separação, a partida.

Lançou um ultimo olhar para o pai e foi para o quarto a passos lentos e dolorosos, não olhou para trás, não queria ver o olhar ferido que Vicente lhe dava enquanto a assistia se afastar. O rapaz passou a mão pela nuca apertando-a como se não acreditasse no que estava acontecendo, tudo termina tão rápido quanto começa.

Não! Isso não acabou ainda, não vou deixa-la ir tão facilmente.

Olhou para o pai assistindo-o de onde estava, pode ver em seus olhos o quanto estava satisfeito em arruinar sua vida mais uma vez, era seu principal passatempo, por isso Vicente decidiu ir ara longe dele, e decidiu manter a irmã afastada do mesmo modo.

— Estou fazendo isso para o bem dos dois – disse como se aquilo fosse confortar o filho.

— Eu a amo, e você não vai me impedir de continuar.

Vicente não tinha mais forças para gritar ou desafiá-lo, a menina era sua força, e tendo-a longe era como se sua vida estivesse sendo drenada. Aquilo ia passar alguma hora, ele sabia disso, mas a dor precisava ser sentida.

[...]

Uma hora havia passado e Pamela permanecia sentada na cama olhando as malas arrumadas, faltava-lhe coragem para sair por aquela porta e encontrar Vicente esperando para se despedir, ou lutar mais para que ela ficasse, mas ela sabia que nada que ele fizesse ajudaria, sua decisão estava tomada, iria com seu pai para evitar mais sofrimento para ambos. Deixar Vicente não estava em seus planos, sequer passou por sua cabeça, não iria abrir mão do seu amor por um capricho do seu pai, pois era disso que se tratava o preconceito, um mero capricho de uma mente retrograda. Sabia dos riscos? Claro que sabia, mas lutar contra amor não é algo que se consegue quando ele está em seu auge. E ela o amava tanto que doía ter que conter o sentimento, a vontade de gritar para o mundo que ele era o homem de sua vida.

Vicente empurrou a porta, vendo a menina sentada na cama com o rosto apoiado nas mãos, virou a cabeça para onde ela olhava e fechou os olhos respirando fundo, aquilo foi mais um tranco em seu peito. Ela não o notou ali parado, estava concentrada em seus pensamentos, e o rapaz agradecia por isso, assim ganhava mais um tempo para criar coragem de olhar em seus olhos antes de vê-la partir. Havia conseguido a permissão de Sérgio para se despedir da menina, usou de todos os argumentos se falso carinho em sua voz para convencê-lo, um pouco mais difícil do pensava, levando em consideração que sentia ânsia toda vez que falava com ele depois de ouvi-lo ameaçar a menina.

Balançou a cabeça caminhando na direção dela, ficar adiando aquilo deixaria tudo pior. Pamela ergueu a cabeça virando-se na direção da por e sorriu sem animo, Vicente parecia triste, seus olhos que antes brilhavam agora pareciam apagados, sentia-se culpada e fraca, devia ter enfrentado o pai de forma mais dura e não se deixar abater por uma ameaça. Colocou o cabelo atrás da orelha enquanto seu irmão sentava-se a seu lado no colchão, suas mãos tocaram as suas transmitindo aquele calor familiar invadindo cada poro, fechou os olhos por um instante buscando o maravilhoso perfume dele. Vicente olhou para seu rosto querendo memorizar cada detalhe mais uma vez, seu nariz fino e pequeno, seus lábios doces que o faziam rir todas as vezes que tocavam sua pele.

Sua mão correu pela extensão do braço da menina lentamente fazendo-a apertar os lábios tentando, em vão, reprimir o choro que escapava por sua garganta.

— Oh Pamela – ele afagou seu rosto aproximando o seu.

Tomou o rosto pequeno da menina em suas mãos tocando seus lábios com os seus de forma casta e sofrida como se ela fosse desaparecer a qualquer momento.

— Eu prometo não te abandonar – murmurou colando atesta na sua – atravesso o inferno pra te ter de volta nos meus braços.

Pamela tocou seu rosto com uma das mãos e selou novamente seus lábios.

— Eu sei.

— É tudo culpa minha, devia ter fechado a porta, ele deve ter vindo pela escada-

— Não é culpa de ninguém, não vamos perder tempo procurando culpados – disse afastando-se um pouco para limpar o rosto.

Os dois se calaram, a única comunicação que existia era entre olhares e toques carinhosos trocados por eles. Vicente tocou sua palma deslizando seus dedos por elas enquanto lembrava-se da primeira crise de ciúmes com ela, talvez ali ele tivesse começado a sentir algo a mais por ela, ou talvez fosse antes, não importava.

— Sabe que vou atrás de você assim que fechar aquela porta – comentou alisando seu pulso.

Eles estavam de pé ao lado das malas, ainda no quarto, depois de assar alguns minutos se olhando, beijando e tocando, decidiram que era hora dela ir, por mais difícil que fosse aceitar. Pamela passou os braços por seu pescoço beijando seus lábios mais uma vez, Vicente aceitou de bom grado atacando sua boca ferozmente, sua língua tocou a dela fazendo-o arfar, suas mãos apertaram sua cintura puxando-a para si, a menina afastou-se dele um pouco, beijando seu rosto em seguida.

— Vou sentir sua falta enquanto não arrumar um jeito de te ver – ele disse dando um passo para trás.

— Eu queria chorar, mas não consigo – ela riu sentindo o rosto inchado, havia chorado nos braços dele.

Vicente tocou seu rosto com o polegar e pegou a mala maior do seu lado.

— Anda logo Pamela – Sérgio bateu na porta para chamar sua atenção – já fiz muito em deixar ele com você por todo esse tempo.

Olhou para Vicente e sorriu pegando a mala em sua mão já que ele parecia petrificado, o rapaz não se virou e nem disse nada, só ficou ali ouvindo a garota se afastar aos poucos, seu coração se contraiu ao ouvir a porta ser aberta e em seguida fechada com força. Caminhou até a cama desabando nela sem saber o que faria, fechou os olhos deixando a emoção tomar conta do seu corpo e uma lagrima solitária acariciar seu rosto.

— Ela se foi.


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Notas finais do capítulo

A primeira vez que tentei escrever o cap eu não consegui, fiquei chorando feito uma condenada só em pensar na cena de despedida deles. Passaram cinco dias e eu tomei coragem para voltar a ele kkkkk isso mesmo, estava sem coragem. Tentei não fazer muito dramático - eu não aguentaria tbm auhsaush - e parava toda hora pra me recompor, foi tenso o baguio. E na fala final do Vicente, que fiz minutos atrás, bem, chorei mais um bocado hahahaha sou chorona demais, mas são meus amores.