O Salão Principal era enorme, com o teto encantado para que parecesse o céu lá fora ele encantava todos os novatos – e até alguns veteranos – quando entravam. Na cadeira do meio – a do diretor – estava sentada uma senhora com o rosto severo e os cabelos presos em um coque bem apertado e um chapéu longo e pontudo de bruxa, Minerva McGonagall. Conforme o Professor Longbottom os guiava até o altar em frente à mesa dos professores os novos alunos que estavam em fila atrás dele olhavam para todos os lados tentando apreciar cada canto daquele magnifico salão. Exceto uma pessoa. Alvo olhava diretamente para o banquinho com o Chapéu Seletor. Era um chapéu muito remendado e com uma aparência gasta que apenas algo com mil anos teria – o Chapéu estava com uma aparência jovial já que ele tem bem mais do que isso – e Alvo o encarava como se estivesse indo para um julgamento e o Chapéu fosse determinar a sentença.

Quando pararam Prof. Longbottom anunciou:

– Este é o Chapéu Seletor, eu o colocarei em suas cabeças e ele decidirá em qual casa vocês ficaram pelo resto de seus anos em Hogwarts, quando eu chama-los deem um passo a frente, por favor.

E então ele tirou uma folha de pergaminho de sei-lá-onde e começou a chamada:

– Maggie Anderson

Uma menina de cabelos castanhos encaracolados subiu no altar e o rasgo no Chapéu se abriu como uma boca e anunciou para todo o salão: CORVINAL.

– Josh Bentley

Um menino com um rosto extremamente presunçoso subiu e quando o Chapéu tocou em sua cabeça anunciou: GRIFINORIA.

– Evan Creevey

Um menino com cabelos loiros e um rosto de rato se aproximou e foi mandado para a Grifinoria também.

– Carol Davis.

Essa menina foi mandada para a Lufa Lufa. E a seleção continuou até chegarem em:

– Pheobe Jordan.

E então a menina morena que Alvo conhecera no trem foi até o banquinho, se sentou e o Chapéu não demorou a anunciar: LUFA LUFA. E então logo em seguida o Prof. Longbottom chamou:

– Violet Lancaster.

Scorpio olhou para a amiga ao seu lado, seu rosto parecia uma misto entre ansiedade e calma que deixava ele confuso. Ele apertou sua mão incentivando-a e ela olhou para ele, deu uma piscadinha e sussurrou:

– Te espero na mesma casa que eu.

Ele sorriu e confirmou, então ela se dirigiu ao altar e se sentou no banquinho, o Chapéu foi colocado em sua cabeça e poucos segundos anunciou: SONSERINA! A mesa da Sonserina se encheu de aplausos e Violet foi sentar lá com os olhos grudados em Scorpio, ansiosa para ver a vez dele.

– Elizabeth Longbottom. – chamou o Professor.

Ela se sentou no banquinho com uma expressão relaxada que mudou para uma de felicidade quando o Chapéu anunciou: GRIFINORIA.

– Scorpio Malfoy.

O coração de Scorpio se tornou gelo em seu peito, ele subiu o pequeno degrau até o altar e se sentou no banquinho, o Chapéu foi colocado em sua cabeça.

– Vejo grande potencial em você. Onde será que devo coloca-lo?Hmm, Malfoy é seu nome e como diz a tradição Sonserina é sua casa, mas em seu coração vejo mais, vejo um coração grande de mais para alguém tão jovem. Talvez eu deva te mandar para a Grifinoria.

– Não, eu pertenço a Sonserina, como minha família. – disse Scorpio determinado.

– Tem certeza? Bem, que seja: SONSERINA! – gritou o Chapéu para todos.

Scorpio se dirigiu aliviado para a mesa da Sonserina sentar-se ao lado de Violet. Logo em seguida o Prof. Longbottom chamou:

– Gabriel McLaggen.

O menino de cabelos cor de areia que subiu ao altar foi mandado para a Grifinoria e então o Professor Longbottom chamou:

– Rose Weasley.

Ela olhou para Alvo, deu um sorriso nervoso e foi para o altar.

– Weasley, Weasley, Weasley – disse o Chapéu com uma voz cansada – se vocês não pararem de aparecer vamos ficar sem espaço em Hogwarts! GRIFINORIA!

Rose saiu sorridente do banquinho para a mesa da Grifinoria. Assim que a gritaria na mesa da Grifinoria acabou o Professor chamou mais dois alunos – que estava claro que eram gêmeos – loiros de olhos azuis vagos, quase sonhadores. Seus nomes eram Lorcan e Lysander Scamander e ambos foram para a Corvinal. Por fim, o Prof. Longbottom anunciou o nome que mais aterrorizou Alvo: seu próprio nome.

– Alvo Potter.

Alvo sentiu seu estomago dar cambalhotas quando ouviu seu nome ser chamado, ele não conseguia se mover, sentia como se todos no salão o encarassem. Ele foi até o altar sentindo um aperto na garganta, suas mãos tremiam quando ele se sentou no banquinho e o Chapéu foi colocado em sua cabeça.

– Oh! Outro Potter, mas que felicidade, vejo muito de seu pai em você, não só no exterior como no interior. Talvez eu deva manda-lo para a Grifinoria junto com seu irmão... Mas assim como seu pai vejo que a Sonserina poderia ajuda-lo a alcançar a grandeza tanto quanto a Grifinoria, se não até mais.

– Sonserina não, Sonserina não, por favor, Sonserina não. – ele resmungava.

– Há! – o Chapéu riu – você fala exatamente como seu pai. Me lembro muito bem do jovem Harry sentado neste mesmo banco choramingando para ir para a Grifinoria, mas ele sabia exatamente o que queria naquele momento, ele sabia que era um Grifinorio. Mas você, ah, você não sabe onde é o seu lugar, seu coração tem tantas duvidas que até eu começo a questionar minha própria existência. Para aliviar esse seu coraçãozinho jovem vou mostra-lo onde pertence: SONSERINA! – anunciou o Chapéu Seletor para todo o salão.

NÃO! Gritava a mente de Alvo enquanto ele olhava petrificado para todos no Salão Principal.