Nova Geração - Ano 1 escrita por JustWriting


Capítulo 12
Aulas de Voo e Outras Atividades Extracurriculares




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/618971/chapter/12

A primeira semana de aula tinha deixado de ser emocionante na quarta feira, quando começaram os primeiros deveres. Alguns professores pediam para o dia seguinte, outros para dali dois dias, alguns até pediram para a próxima semana, mas só por que prazo era maior não queria dizer que o dever fosse ser divertido de fazer. Ele tinha uma redação para a semana seguinte de Poções que deveria conter cinco mil palavras sobre a importância de manter a segurança quando se esta preparando poções. Como, em nome de Merlim, ele iria fazer aquilo ele não sabia. Mas foi por extremo cansaço que, quando sentiu Scorpio chama-lo às nove da manhã num sábado que ele mandou Scorpio ir catar coco de troll.

– Alvo, é serio! Vamos nos atrasar, temos aula de voo em cinco minutos!

– Quer dizer que não são nem nove horas ainda – exclamou Alvo nervoso – e você já esta querendo me acordar?!

– Alvo! Nós temos que chegar no horário, nos atrasamos para todas as aulas essa semana!

– Esta bem!! – ele se levantou e jogou as cobertas para o lado.

Ele tentou se arrumar o mais rápido possível, o que resultou num uniforme sem gravata – ele a enfiou no bolso. Scorpio saiu correndo do dormitório e Alvo foi atrás, eles se encontraram com Violet e então saíram correndo para a passagem da Sala Comunal da Sonserina para saírem, mas um grupo de pessoas se amontoava em frente a parede de saída e isso os fez parar.

– Mas que porcaria é essa?! – exclamou Violet olhando para a aglomeração de pessoas.

– Saiam da frente! Monitor passando! – Lucas passou por eles empurrando todos até chegar na parede.

Depois de alguns segundos ele começou a praguejar e mandou que todos fossem para suas aulas. Todos obedeceram, se por medo ou respeito Alvo não sabia dizer. Assim que a passagem até a parede ficou limpa e os três chegaram até ela perceberam por que tanta agitação. Na parede de saída da Sala Comunal da Sonserina – pelo lado de dentro – estava escrito em tinta vermelha magica e brilhante “Grifinoria Domina” e em baixo tinha um leão rugindo no “mudo” provavelmente pelo efeito da magica já estar passando. Por algum motivo Alvo tinha certeza de que seu irmão era responsável por aquilo.

Eles correram como loucos para chegar a aula e mesmo assim estava atrasados, explicaram o tumulto na Sala Comunal e a professora – Madame Hooch – deixou aquela passar por ser a primeira aula. Uma afirmação que todos os professores fizeram a semana inteira para os três, já que tinham se atrasado praticamente a semana inteira.

A aula de voo foi a melhor da semana na opinião de Alvo, ele já sabia como voar é claro, assim como Scorpio e Violet, mas foi hilário ver os nascidos trouxas aprendendo a voar e até mesmo os que tinham pelo menos um dos pais bruxos, mas não gostavam do esporte – Scorpio achou aquilo um absurdo – e não estavam acostumados a voar renderam boas risadas para o trio.

Ao fim da aula Madame Hooch elogiou o desempenho dos tres e mais alguns alunos que tinham se saído muito bem e perguntou se algum deles tinha interesse em jogar pela casa no ano seguinte, Alvo prontamente levantou a mão, junto com Scorpio e um outro menino. Violet permaneceu de mão abaixada.

– Por que você não quer jogar no time da Sonserina ano que vem? – perguntou Scorpio a ela quando voltavam para a Sala Comunal.

– Por que, além de voar bem, não tenho nenhuma habilidade necessária para o Quadribol. Sem mencionar, que nunca me interessei muito em ser jogadora, normalmente meninas não curtem muito isso.

– Minha mãe foi jogadora profissional por alguns anos. Antes de engravidar do James. – disse Alvo.

– Sua mãe é uma exceção. – afirmou Violet.

Alvo preferiu não discutir com Violet, ela as vezes o irritava com essa mania de querer estar sempre certa, mas era melhor não discordar dela ou você acabaria com uma dor de cabeça gigante só de ter que escutar ela falar.

Eles continuaram seu caminho até a Sala Comunal da Sonserina e Alvo mal podia esperar para voltar para sua cama.

...

Rose odiava voar. Ela sabia, tinha aprendido desde pequena – sua família era fissurada em Quadribol, como poderia não aprender? – mas ela simplesmente odiava. No começo ela pensava ter herdado o medo de altura de sua mãe, mas não era bem medo o que ela sentia, era uma pura e simples aversão ao ato de voar em uma vassoura. Se ela achava emocionante jogos de Quadribol? Bastante, mas ela preferia assisti-los do que joga-los. Já Lizzie estava se saindo tão bem na aula que Rose quase ficou com inveja. A menina parecia mais do que a vontade voando e no final da aula quando a professora perguntou quem queria jogar no time da casa ano que vem ela foi a primeira a levantar a mão.

– Graças a Merlim que isso já acabou. – disse Rose enquanto elas entravam no castelo.

– Por que? Foi tão divertido.

– Eu não achei não.

– Você sabe que teremos essa aula todo sábado né?

– Infelizmente sim. Mas ano que vem elas não são mais obrigatórias.

– É por que ai você já pode entrar para o time de Quadribol.

– Coisa que eu não vou fazer.

– Você é doida. Mas pelo menos vai ter alguém na arquibancada torcendo por mim quando eu for artilheira.

– Você sonha alto Lizzie.

– Que nada. Sonhar alto seria querer ser uma jogadora profissional.

Rose concordou e as duas continuaram a andar pelo castelo sem saber o que fazer o resto da manhã.

...

Alvo e Scorpio estavam andando pelo gramado em direção a uma arvore que parecia oferecer uma sombra maravilhosa. Logo após o almoço em um sábado aquilo era o ponto mais emocionante que iriam atingir. Violet não estava com eles porque tinha ido terminar um dever de Feitiços. Alvo e Scorpio simplesmente não iriam fazer.

Eles chegaram debaixo da arvore e se deitaram na sombra e ficaram por ali. Com o passar das horas a sombra mudou de lugar e Alvo sentiu o sol bater em seu rosto, mas estava com preguiça de mais para se levantar. De repente alguma coisa tapou o sol que queimava seu rosto e ele abriu os olhos. Era Fabian.

– Levante-o. – disse Fabian.

Alvo sentiu duas mãos que mais pareciam pedras agarrarem sua camisa e o levantarem com um só puxão. Ele foi prensado contra o tronco da arvore e o impacto de suas costas contra o tronco fez o ar fugir de seus pulmões. Quando recuperou os sentidos alguns segundos depois viu Scorpio sendo segurado pela gola da camisa por um dos brutamontes que acompanhava Fabian. O outro, claro, estava segurando Alvo.

– Então, Potter. Vou te mostrar o que acontece quando eu faço uma pergunta e não recebo uma resposta.

O brutamontes que o segurava – Marcus ou Brutus, tanto faz, ambos eram absurda e igualmente feio – afastou-o da arvore e o empurrou com toda a força contra ela novamente. Ele sentiu o ar escapar-lhe mais uma vez.

– Você quer uma resposta? – disse Alvo recuperando o ar – Não.

– Pense de novo.

O grandalhão o socou no estomago. Ele sentiu como se fosse vomitar, olhou para Scorpio que se debatia contra o gêmeo que o segurava. Ele foi jogado no chão com força e bateu a cabeça.

– Brutus! Não faça isso, segure-o seu monte de musculo imbecil! – Fabian ordenou ao grandalhão que jogara Scorpio no chão.

– Deixe ele ir! Ele não te fez nada! – gritou Alvo.

– Ah! Tem razão, ele não fez, mas se eu deixa-lo ir embora, ele vai chamar ajuda e nós não queremos plateia, não é Alvo? – os olhos entediados de Fabian pareciam psicóticos.

Alvo escutou risadas femininas ao longe. Não sabia se Fabian tinha escutado também ou se tinha sido coisa da sua cabeça. A confirmação veio quando ele viu três garotas que deveriam estar no quinto ou sexto ano pelo canto do olho. Ele viu longos cabelos loiros esvoaçando e então o rosto de sua prima Victorie. Ele nunca ficou tão feliz em vê-la.

– Então Alvo, o que vai ser? Vai aceitar minha proposta ou vai virar saco de pancadas do meu amigo Marcus aqui? – pelo jeito Fabian não tinha notado as meninas do outro lado do gramado.

– Eu não quero nada que tenha haver com você Fabian. Vê se me deixa em paz! – Alvo estava indo longe de mais, mas não conseguia suportar a cara de arrogante de Fabian.

Dessa vez Fabian não disse nada, só balançou a cabeça e Marcus o socou no estomago de novo. Arfando ele olhou para o lado e viu que sua prima nem tinha notado a confusão. Ele teria que dar um jeito nisso. Após alguns segundos reunindo forças ele gritou:

– VICTORIE!! – sua voz foi abafada por outro soco no estomago.

Felizmente deu certo. Vic olhou para eles e seu rosto mudou de “fofoca casual com as amigas” para “assassina em massa” em um segundo. Ela puxou uma menina do seu lado e disse alguma coisa para ela. Enquanto a amiga corria de volta ao castelo Victorie vinha em direção aos meninos.

– Você é mesmo um maricas não é mesmo Potter?! Chamando uma menina para te defender!

– Larga ele Fabian!! – Victorie tinha chego.

– Ah, que ótimo! É você, a menina mais irritante de toda Hogwarts!

– Eu também sei bater muito bem se você estiver a fim de me testar!

– Saia daqui antes que quebre suas unhas princesa. – Alvo olhou para Victorie e o rosto dela parecia o de uma psicopata pronta para fatiar alguém em pedaços.

Ela voou para cima de Fabian, agarrou as golas da camisa dele deixando os guarda-costas dele sem saber o que fazer e gritou:

– Escuta aqui seu moleque remelento, não se esqueça de que eu sai com o seu irmão durante um mês ele tinha historias muito interessantes sobre o irmãozinho caçula dele. Então se você não quiser quer toda a escola saiba que você tem um lençolzinho chamado “Buddy” que você se recusa a deixar a sua mamãe jogar fora é melhor deixar o meu primo e o amigo dele em paz!

Por um segundo Alvo pensou que Fabian fosse começar a chorar, mas então seu rosto mudou para raiva e ele empurrou as mãos de Victorie.

– Não mexa comigo loirinha, você não vai querer me ver com raiva. – Fabian tinha um olhar de louco no rosto.

– Há! Estou morrendo de medo.

Fabian perdeu a calma de vez e avançou para cima de Victorie, agarrou-lhe o braço com força e ergueu a mão. Apesar de estar no terceiro ano, Fabian era grande para a idade e seu corpo se assemelhava muito ao do irmão que era dois anos mais velho. Alvo assistia tudo com espanto, Fabian não seria imbecil a ponto de bater em Victorie, seria? Ele estava prestes a descobrir mas então viu alguém chegar e meter um soco na cara de Fabian e poucos segundos depois alguém se jogou contra Marcus e o derrubou no chão, infelizmente o grandalhão não o soltou e Alvo foi junto. Quando conseguiu ficar de pé viu que seu irmão rolava no chão com Marcus, Fred estava quase na mesma com Brutus e Dominic socava a cara de Fabian. Vic puxou Scorpio e Alvo pelo braço e os afastou da briga.

– Nós não podemos deixar eles resolverem isso sozinhos! – protestou Alvo.

– Você já apanhou de mais por hoje não acha? – disse Vic que continuava a empurra-lo.

– Alvo tem razão, eles não podem fazer isso sozinhos. – disse Scorpio tentando se soltar da mão de Victorie.

– E o que dois garotos magricelas como vocês pretendem fazer?

– Nós podemos ser distrações. – ao dizer isso Alvo puxou seu braço e saiu correndo.

Scorpio aproveitou da surpresa de Vic para correr também e ambos entraram na briga. Era uma confusão total, Dominic estava dando mais do que conta de Fabian então eles nem foram ajuda-lo, mas Alvo correu para ajudar seu irmão e Scorpio fora ajudar Fred, os grandalhões estavam sendo mais difíceis de conter.

– Ei seu idiota! Vem me pegar vem! – gritou Alvo para Marcus.

O garoto o olhou confuso, mas continuou atrás de James. Alvo pegou uma pedra no chão a tacou na cabeça enorme do menino. Ele se virou e foi atrás de Alvo que saiu correndo. Apesar do tamanho o grandalhão corria rápido e Alvo o fez correr em círculos em volta da arvore. Sem aviso James colocou o pé na frente de Marcus fazendo-o tropeçar e bater a cabeça em uma das raízes da arvore. Isso deu tempo aos dois irmãos para respirarem.

– O que você esta fazendo aqui? Achei que a Victorie fosse leva-lo para longe daqui.

– Nós não podíamos deixar vocês aqui sozinhos.

– Estamos de igual para igual Alvo, três a três, não preciso que você... Espera ai, “nós”?

– Sim. Eu e Scorpio.

– Eu mereço, mais um moleque pra cuidar!

Alvo ia responder, mas Marcus tinha se levantado e estava furioso. James gritou para Fred que estava encontrando problemas para parar o outro gêmeo e com uma troca de olhares parecia que James e Fred tinham formado um plano, ambos começaram a provocar os garotos e insulta-lo enquanto se afastavam. Quando os dois grandões se enfureceram e começaram a correr atrás deles, eles fizeram um arco e de repente estava correndo um na direção do outro. Eles iam chegando cada vez mais perto e Alvo achou que aquilo ia acabar mal. No ultimo segundo James e Fred pularam para o lado e os dois brutamontes gêmeos trombaram um com o outro e caíram no chão, James tirou a varinha do bolso e lançou um feitiço da perna presa nos dois garotos no chão para o caso de eles quererem se levantar. Com um sorriso malandro no rosto que só James sabia fazer ele olhou para onde Dominic ainda socava a cara de Fabian. Correu até o amigo e o tirou de cima do menino. Fabian estava com o rosto todo roxo, sangue escorria de seu nariz e ele tinha perdido um dente. Ele choramingava como um cachorrinho ferido no chão e Alvo quase sentiu pena dele.

– Calma! Calma! Calma! – disse Fred ajudando a segurar Dominic.

– Calma uma ova! Essa barata inútil queria bater na minha irmã! – gritava Dom tentando ir pra cima de Fabian de novo.

– Mas não bateu Dom! Relaxa, você já ensinou a ele o que pode acontecer se ele fizer isso! – disse James tentando acalmar o menino.

Dom foi parando de fazer força aos poucos, mas seu rosto continuava vermelho e sua respiração acelerada. Quando o garoto finalmente ficou sob controle James e Fred o soltaram e olharam em volta. James olhou para Fabian rolando ridiculamente no chão e foi em direção a ele. Agachou ao lado do menino e disse com a voz mais doce possível:

– Isso, foi por bater no meu irmão e no amigo dele, por ameaçar a minha prima e também por ser esse sujeitinho irritante que você é. Se eu te pegar mais uma vez com esses seus dedos nojentos ou com os dedos gordos dos seus capangas em algum amigo ou familiar meu, você vai precisar de uma arcada dentaria todinha nova. Entendido?

Tudo o que Fabian fez foi resmungar e choramingar na grama, dessa vez Alvo não conseguiu segurar e riu. Fabian olhou para ele com os olhos injetados de dor e ódio e James também olhou para ele com aquele mesmo sorriso de mestre da rua que ele fazia quando ganhava algo. Ele se levantou e estendeu a mão para Fabian que bateu na mão dele com raiva e continuou no chão.

– Como queira. – disse James limpando as mãos como se tivesse acabado um trabalho.

Scorpio parou do lado de Alvo e ele notou que o amigo estava com um olho roxo. Então observando os outros viu que James tinha um corte na sobrancelha direita e Fred tinha cortado o lábio. Dominic era o único que tinha saído ileso da briga. Ao olharem uns para os outros todos começaram a rir. Infelizmente a alegria durou pouco, Victorie veio correndo de sei lá onde – ela tinha saído dali? – e disse:

– Melhor vocês saírem daqui. O Prof. Longbottom e a Diretora McGonagall estão vindo pra cá e não parecem nada felizes.

James mandou todos se separarem e antes de ele e Alvo saírem correndo dali ele parou perto de Fabian e avisou:

– Se contar o que aconteceu aqui, vai se arrepender.

Com isso ele puxou Alvo e ambos saíram correndo em direção ao castelo. Apesar das dores no abdômen onde tinha levado os socos, Alvo se sentia feliz. Era bom sentir que podia contar com seu irmão mesmo eles não estando na mesma casa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ainda não comentou? COMENTE!
*Ou mandarei dementadores atras de você!*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Nova Geração - Ano 1" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.