Love In Violins escrita por aya_chan


Capítulo 3
DESEJO


Notas iniciais do capítulo

Nya, Kaito extrupador  -q
*lembrando o vídeo de Cantarella* /pareý



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   Não tinha dormido bem, fiquei com medo que aquele tarado que se diz ser cavaleiro ia aparecer novamente.

   - Alteza, acorde.

   - Me dá mais 5 horas...

   - Tem de comer seu café da manhã.

   - Hitomi-san... tem como alguém que não é do castelo entrar aqui ? – ainda estava com a cabeça na mesa, de olhos fechados, tentando me manter acordada.

   - Não que eu saiba Princesa, apenas quem entra e sai daqui são os empregados.

   Empregados ? Então algum empregado de cabelo azul deveria ter entrado no meu quarto, ou a peruca deveria ser real demais. Olhei para Hitomi olhando os cabelos dele. Eram azuis e veio à cabeça em quem seria o tal cavaleiro.

   - O cozinheiro !!

   - O que ? Quer algo mais ?

   - Não, ele deve ter invadido meu quarto à noite.

   - Alguém invadiu seu quarto ? Não acha que sonhou ? Ninguém entra lá a não ser eu e você.

   - Tem razão, não sei como ele deveria ter arranjado uma peruca azul, ele é careca... também, acho que se ele pulasse da janela ia fazer um grande estrago no chão por ser gordo.

   - Você está bem ? Tem comido direito ? – ele colocou a mão em minha cabeça.

   - Acho que não, talvez fosse apenas um desejo de querer um homem.

   - Mal tem 15 anos e já quer casar ? Não deveria namorar antes disso ?

   - Não. Você me entendeu, bobo. – fiz uma careta e ele fez para mim também.

  

Era de tarde e logo após ter tocado meu violino, eu fui para o jardim. Fiquei sentada em um banco olhando a brisa bater nas folhas. Fiquei pensando, aonde teria colocado minha chave. A chave que o Violinista Azul me deu. A chave que abria a caixa onde estava a magia com qual me encantou. Uma caixa marrom meio achatada cheio de detalhes esculpidos. Teria perdido para sempre a tal chave que talvez fosse, a única ligação que me sobrou para encontrá-lo ?

    - Princesa Aika.

    - Hitomi-san, o que foi ?

    - Hora do chá. – ele sorriu.

 

Apenas mais um dia faltando ao meu aniversário de 15 anos. Em minha cama, eu fiquei olhando para o teto, não conseguia dormir, estava agoniada demais pensando se “alguém” ia entrar no meu quarto. Não sei se era isso, mas eu acho que de alguma forma, eu queria que ele entrasse lá, queria que ele estivesse ali comigo. Ao mesmo tempo em que me sentia que estaria abandonando meu verdadeiro e único amor, meu Violinista, não podia, e não posso me apaixonar pelo Cavaleiro, meu coração apenas pertence ao músico, não a uma pessoa que veio da noite à dentro para vir me sequestrar.

   Ouvi um barulho na janela, me virei de costas e fingi dormir, meu coração batia em disparada e comecei a soluçar.

   - Princesa, você não sabe mentir direito.

   Eu me sentei na cama e o olhei. Ele estava ali na janela apenas me observando.

   - O que queres ?

   - Seu coração.

   - Ele já tem dono.

   - Não pode simplesmente pegar de volta e dar para mim ?

   - Não.

   - Como qualquer sentimento normal de amor, você vai ter certeza que se apaixonará por mim.

    - Nem em 1000 anos, meu coração tem dono e eu já falei !

    - Sabe pelo menos o nome dele ?

    - Bem eu...

    - Lógico que não, apenas o apelidou como bem entendeu.

    - Não é verdade !

    - Lógico que é, nem sabe pelo menos se ele a ama como você ama ele.

    Eu me calei, fiquei encarando o vazio, talvez o que ele tinha dito fosse verdade. Não sei o nome dele, mas sei que o amo, mas não sei... se ele me ama.

     - Minha centelha de interesse pode ser vista, diferente da dele... – ele entrou e sentou na minha cama, próxima de mim – Deveria me escolher ao invés dele.

      - Não...

      - Sim... – ele aproximou o rosto dele do meu – Você quer, mas apenas, não quer esquecê-lo, não quer viver em busca do amanhã por estar traindo-o, o abandonando por entre memórias.

   Não aguentei mais e dei um tapa no rosto dele.

   - Saia daqui.

   - Como quiser, Princesa. – ele saiu pela janela novamente, deixando a rosa em minhas mãos. Eu a joguei longe e comecei a chorar, esse aperto em meu coração, talvez fosse a prova de que ele gritava, “Eu te amo!”. Era meu coração dizendo “Fique comigo!”. Era isso, que meu coração dizia aquele dia. Sempre foi... e eu fui fraca em deixá-lo ir. Apenas quero poder vê-lo uma última vez, é o meu único desejo.


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