Little Secret escrita por Vivian Duarte


Capítulo 25
Ciúmes


Notas iniciais do capítulo

Uma compensação por semana passada, mas não se acostumem kkkkkkkk
BOA LEITURA!!!!



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Pov’s Jasper

O ditado diz que quando perdemos começamos a dar valor. Pois bem eu não quis perder a única Família que eu tinha. Perdi meus pais muito cedo e meu padrinho e sua família que me acolheram. No início eu era um garoto quieto. Não gostava de falar muito, mas Edward me mudou. De tão chato que ele era em não me deixar em paz acabei me soltando e ele se tornou o meu melhor amigo. Éramos como irmãos, não queríamos que o outro fracassasse. O sucesso de cada um era o orgulho do outro. Não tínhamos inveja ate algum tempo atrás. Em toda a minha vida sentir inveja apenas três vezes. A primeira quando ele estava com Alice, à segunda estava olhando para ela nesse momento. Isabella dava ao Edward o que eu sempre quis: uma família. A família que eu queria construir com a mulher da minha vida, esta que estava ali na minha frente, tão perto, mas tão longe. De toda essa historia a única coisa que me arrependo e ter magoado o meu primo. Ponto era só isso. Não me arrependia de estar apaixonado, porque esta era a melhor sensação do mundo. Sei que fui um covarde por fugir das responsabilidades dos meus atos. Mas não queria ser abandonado por todos e ficar sozinho mais uma vez. Magoei muitos para manter a minha vontade. E a terceira vez que sentir inveja foi ver que meu primo não tinha medo do que iriam falar dele, ele se mantinha firme mesmo que as pessoas o julgassem, deixava bater na sua cara, mas quando o nome de Isabella era tocado virava um bicho, demarcando o território. Não importa o que dissesse dele, contanto que não falassem mal dela. Esse era o limite de sua paciência. Infelizmente meu maior medo se fez presente. Fui abandonado. Meu padrinho não quer mais me ver, Alice finge que até não nos conhecemos e Edward queria socar a minha cara. Como eu queria me desculpar com ele, mas só de pensar em tocar nesse assunto sabia que iria se ignorado e pior o magoaria mais ainda.

— Jasper — escutei meu nome ser chamado longe. — JASPER! Acordei do meu transe e encontrei meu primo me fitando irritado. — Estou te chamando há horas.

— Desculpe — disse educadamente. — O que dizia? Edward deu um suspiro irritado, mas continuou.

— Temos que trabalhar a defesa — ele respondeu.

— Tudo bem vamos começar — disse.

Essas eram as palavras que eu trocava com as duas pessoas importantes da minha vida: sobre trabalho. Suspirei cansado. Minha vida estava uma grande merda. Começamos a trabalhar na defesa. Eu sabia que Edward estava falando, entretanto a única coisa que eu conseguia registrar era a enorme dor de cabeça que havia aparecido. Esta já estava se tornando minha companheira inseparável. Franzi a cabeça.

— Estou te irritando? — Edward perguntou.

— Não pode continuar — respondi. Voltei a minha pose inicial forçando a prestar a atenção no que ele dizia. A dor não tinha parado.

Quando finalmente Edward terminou suspirei. Ele olhou de cara feia para mim, mas não disse nada. O almoço chegou e fui o primeiro a me retirar e ao caminho do elevador tomei o remédio que o médico havia receitado. Tinha feito alguns exames, por causa dessas dores de cabeça e iria buscar hoje. Cheguei ao consultório do médico na hora marcada e logo estava dentro de sua sala.

— Então doutor o que diz o meu exame? — perguntei ansioso. A dor tinha sumido.

— Teve mais alguma dor? — ele perguntou.

— Uma — respondi. — Aconteceu hoje.

O médico assentiu todo enigmático e me olhou apoiando seu queixo nas mãos.

— Não é nada comprovado, mas preciso passar seu caso para um neurologista — ele disse. Meu coração se acelerou.

— Como assim? — perguntei. Com um suspiro ele retirou minha ressonância e me mostrou.

— Massas estranhas apareceram alojadas no seu cérebro, mas precisará fazer mais exames e marcar uma consulta com um neurologista — ele disse calmamente.

— Massas estranhas? Está dizendo que tenho câncer? — perguntei nervoso.

— Senhor Hale não posso afirmar nada — ele respondeu.

— Então o que pode fazer por mim? — perguntei irritado.

— Passar o seu caso para um médico especializado — ele respondeu. Depois disso agi mecanicamente, ele falava eu assentia, ele marcou a consulta para mim com um amigo neurologista e me deu o papel. — Senhor Hale não tem ninguém que possa vir buscar o senhor? Na mesma hora o rosto de Alice e Edward apareceram, mas logo abandonei a ideia.

— Não tenho família — respondi e sair o mais rápido possível. Era sufocante ali dentro. Peguei o meu carro e fui para casa.

Pov’s Edward

Isso era falta de profissionalismo. Jasper saiu e até agora não havia mais voltado.

— Jane conseguiu falar com Jasper? — perguntei nervoso.

— Não Edward — ela respondeu.

— Tente mais uma vez — pedi. Era visível a minha irritação. James rolava os olhos quando me via andar de um lado para o outro. Bella e Alice pareciam preocupadas. O celular de James tocou e ele o pegou.

— Jasper mandou uma mensagem disse que podemos continuar sem ele e que pede desculpas, mas ocorreu um assunto muito importante que precisava de urgência — James disse.

— Que assunto? — perguntei.

— Não disse — ele respondeu.

— Isso é completamente falta de profissionalismo — disse.

— Não é não, uma coisa que não pode dizer dele é que ele seja um péssimo profissional — Alice disse.

— Resolveu defender o “namorado” — disse.

— Não um colega de trabalho que é muito bom no que faz, Jasper deve ter tido um problema muito sério para não vir, então pare de agir feito um birrento e vamos continuar o trabalho, somos todos competentes para realizar sem ele — Alice disse pegando uma pasta. Minha língua coçou para responder, mas não fiz, porque ela estava certa. Bella sorriu assim que me viu ficar sem argumentos. Comecei a trabalhar.

O dia chegou logo e assim que cheguei ao escritório Jasper estava lá. Se possível seu olhar estava mais distante, parecia preocupado e até mais pálido.

— Bom dia — disse mais pela educação, mas Jasper parecia não saber o que era isso, porque não me respondeu. Na verdade parecia que não estava ali.

— Bom dia Jasper — Bella disse. Ele nos olhou como se nos visse pela primeira vez.

— Bom dia — disse baixo. Havia algo de muito estranho ali.

O resto do pessoal chegou e voltamos a fazer o serviço. Estávamos sentados envolta de uma mesa, papeis para todos os lados. Jasper estava com uma pasta na mão, entretanto o que chamou a minha atenção não foi à pasta e sim a forma que ele fazia para ler. Coçava os olhos e parecia forçar a vista como se tivesse dificuldades. Não queria admitir, mas estava preocupado com ele.

— Droga — Jasper disse. Nos o olhamos. — Esqueci meu celular.

— Tudo bem pode usar o meu — Bella disse.

— Não precisa Isabella — ele disse educado. Bella franziu a cara incomodada.

— Me chame de Bella — ela pediu. A possível preocupação que eu sentia por ele se foi e fechei o meu tempo. Jasper olhou para mim e viu o meu rosto.

— Tudo bem — ele disse sorrindo amarelo. Ele não merecia a chamar assim. Uma batida na porta chamou a minha atenção e com um entre a secretária de Jasper entrou.

— Senhor Hale — Victoria o chamou. Jasper a olhou e pediu que continuasse. — A secretária do Dr. Jason Jenks ligou e disse que há uma desistência e o senhor poderá ir nesse horário. Jasper pareceu incomodado com aquelas palavras, mas agradeceu.

— Ligue para ela e diga que vou — Jasper disse. Victoria assentiu e saiu.

— Dr. Jason Jenks não é aquele neurologista famoso? — Jane perguntou. Minha preocupação havia voltado.

— Sim — Jasper respondeu sério com o olhar na pasta. Eu ia perguntar, mas Alice foi mais rápida.

— Está doente? — ela perguntou visivelmente preocupada.

— Isso é um problema particular e agradeceria se não se intrometessem — Jasper disse irritado. — Com licença. Levantou-se e saiu. A porta foi fechada com mais força que o necessário.


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Notas finais do capítulo

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