A Cruzada escrita por DemonKingley


Capítulo 21
Miguel & Erika - Monstro dentro de nós


Notas iniciais do capítulo

Voltei.
É, fase difícil, passei por uma breve depressão fora os trabalhos etc, enfim, AQUI ESTOU EU AMOR.



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O dia finalmente chegou. Após a derrota de Ethan, nada nos impedia de finalmente termos nosso casamento. As tropas de Julio estavam desaparecidas a bastante tempo e Miguel estava curado.

Após sua batalha, ele ficou em cadeira de rodas por um mês devido ao grande estress e sintomas do uso indevido de magia. Seu corpo não aguentou a ponto de ele só mexer seus olhos na primeira semana. No geral, ele já esta bem.

— Parece que finalmente chegou o dia que você tanto queria — disse Elaine enquanto arrumava meu cabelo. — Acho que não tem mais volta para o Miguel.

— Ele não seria louco de me abandonar no altar. A catedral de Anya foi feita especialmente para o casamento entre os membros da família real. É uma honra para ele pode estar lá, ou bem, deveria ser.

— Estamos falando do Miguel — disse Elaine rindo. — Espero que de tudo certo.

— Obrigada amiga, agora só falta vestir o vestido.

Meu vestido possui um corpete delicado enfeitado com uma gola de babados com um lacinho no centro. As grandes mangas enchidas tinham fitas delicadas que formavam dobras que envolviam os seus braços. As camadas de tule de crinolina por baixo da saia criavam uma enorme saia rodada. Muitas pessoas se lembram do vestido pela sua cauda destacável de 7 metros que era enfeitada com rendas.

Uma carruagem veio me buscar para me levar à catedral. Estava anoitecendo, a lua estava linda e brilhava como sempre. Nervosa? Eu estava, muito, parecia que meu coração fosse sair pela boca. Faz muito tempo desde que vi Miguel pela ultima vez, então também fico nervosa para saber se ele esta bem; para saber se ele vai me receber bem ou se ele não vai fugir, pois eu acredito que para um mulherengo deve ser dificil se casar.

— Chegaremos em dez minutos Erika — disse Julie ao meu lado. — Esta nervosa ainda?

— Só um pouco — eu respondi arrumando meu cabelo para tampar meu olho. — Será que ele vai gostar?

— Você está muito preocupado princesa. Deveria ficar mais calma.

— Sim, eu acho que sim.

A catedral estava logo a nossa frente. Muitas pessoas me observava por fora da catedral. Quando eu sai da carruagem, muitas pessoas ficaram encantadas, algumas sorriram e aplaudiram, outras simplesmente ficaram sem reação; penso eu que minha aparencia agradou.

Ao entrar na catedral, lá observei Miguel, não estava com roupa tradicional, usava uma armadura como sempre e sequer me olhou quando eu entrei. Fiquei nervosa, achei que ele não tivesse gostado. Continuei andando até chegar nele que ainda continuou a olhar pra frente.

O casamento é composto apenas pelo noivo e pela noiva. Ninguém fica próximo, todos devem ficar sentados em suas cadeiras, e somente o rei ou rainha pode ficar em pé, onde a mesma deve realizar a cerimonia.

— Meu povo! Hoje presenciaremos um momento de união entre os próximos a liderar o reino. Vocês já viram o casamento de minhas outras duas filhas e hoje verá o de minha ultima. É uma marca especial blablabla, bota a aliança, bebe o copo de vinho e se beijem logo — ela disse e assim fizemos.

Eu olhei para Miguel, onde o mesmo também. Ele estava vermelho, envergonhado e até mesmo nervoso.

— Você esta vermelho Miguel — eu falei.

— É o calor, essa aarmadura é bem quente.

— Sei, pode dizer que eu estou linda se quiser.

— Você esta linda Erika — ele disse seguido de um lindo sorriso enquanto seus labios se dirigiam ao meu.

Foi ali, naquela catedral velha com duzentas pessoas da nobreza nos assistindo que eu me casei. Foi algo magico, especial e inesquecivel. Nosso beijo foi longo, foi como se finalmente eu me ligasse com Miguel, como se finalmente tivessemos selado nossas vidas.

Após nosso beijo, de mãos dadas caminhamos até a carruagem que nos levou de volta para o castelo. No caminho eu me encostei ao ombro de Miguel que encostou sua cabeça a minha e assim ficamos. Foram dez minutos de volta, foram dez minutos calados, mas foram ótimos dez minutos, foram... perfeitos.

— E agora que está noivo, acho que não vai mais poder pegar mulheres — eu falei onde o mesmo riu.

— Pior merda que já fiz na minha vida.

— Não fala assim.

— Desculpa, só estou pensando nas possibilidades que eu perdi ao me casar.

— Exatamente, perdeu todas.

— Obrigado por me botar pra cima.

— Pelo menos agora tem a mim — eu falei enquanto selava um beijo.

— Isso não foi inspirador. — ele riu logo em seguida.

Chegamos ao castelo e rapidamente fomos para o quarto, ele me deitou em sua cama e começou a me beijar. Eu me entreguei a ele, estava pronta para dar tudo de mim a ele, do mesmo jeito que ele estava pronto a dar tudo para mim. O ver me desejando daquele jeito me deixou estranha, ele tirou a cauda do meu vestido e em seguida retirou sua armadura assim como sua camisa. Ele passava sua mão entre minha roupa encostando-a em meu seio enquanto suas mão direita deslizava por entre minhas coxas me fazendo soltar um fino gemido, estava bom, e poderia ter sido melhor se naquele momento uma grande explosão no portão principal da cidade não nos assustasse.

— O que foi isso? — eu perguntei assustada.

— Estamos sobe ataque, preciso encontrar Margareth.

— Não pode! Você acabou de se recuperar; se lutar agora algo ruim pode acontecer ao seu corpo.

— Eu volto rápido! — ele falou e desapareceu em um flash de luz.

— Por que sempre tem alguém pra atrapalhar? Bem, acho melhor eu me vestir e ir também, creio que eles precisem de ajuda — eu falei me olhando no espelho enquanto me despia para trocar de roupa.

Diferente do Miguel, não tenho uma super velocidade como um super heroi, então fui correndo para chegar o mais rapido. Os portões ainda estavam lacrados, os soldados estavam evacuando os moradores da cidade para o subterraneo. Chegando ao castelo principal percebi um enorme numero de soldados se movimentando para chegar ao portão. Dentro do castelo, Miguel debatia com Margareth e Genbu sobre a atual situação da cidade, pois o exercito inimigo vinha em grande numero; duzentos mil estavam parados no portão principal e pelo desespero mais duzentos mil marchavam em nossa direção.

— Não temos tropas o suficiente para segurar todos — falou Miguel. — Eu posso tentar levar uma quantia para outra realidade e tentar derrotar lá, mas ainda assim não será o suficiente. Os reforços Elfos e de Goldrach só vão chegar daqui à cinco horas.

— Genbu, utilize seu esquadrão na linha de trás. Miguel, você não pode perder tempo com tropas pequenas. Nossos obsevadores falaram que Algol está comandando as tropas — disse Margareth sinalizando no mapa a localização do inimigo.

— Não, não pode deixar Miguel fazer isso — eu falei entrando na sala. — Ele acabou de voltar a andar e já vai voltar para o campo de batalha? Derrotar Ethan com cem por cento quase o matou, imagina enfrentar Algol agora? Podemos perder ele para sempre, ou melhor, perder a batalha!

— Tem um plano melhor princesa? — Margareth retrucou.

— Deixe com meu esquadrão. Preciso da Elaine, do Tiago e da Fiora, conseguiremos derrotar Algol.

— É loucura! Como pretende fazer isso? — perguntou Miguel.

— Confiem em mim por favor. Deixe comigo, eu sei que consigo, nós vamos conseguir.

— Que seja, Miguel ficará com Genbu e vai liderar o exercito. Vão logo.

— Certo.

— Cuidado lá fora — disse Miguel ao meu lado. — Algol não é alguém que eu vejo perdendo, sua defesa é perfeita e seu ataque é esmagador. Tome cuidado.

— Deixa comigo.

Caminhei até a sala de armas, Elaine já me esperava ao lado de fora com o escudo milenar, Tiago e Fiora estavam mais ao lado limpando sua espada. Pareciam tranquilos e já sabiam o que viriam.

— E então, o que faremos? — perguntou Elaine.

— Iremos atrás do Algol, com as dicas que Ethan me deu conseguiremos ao menos atacar.

— Então é verdade, você realmente visitou ele na prisão... Como saberemos se não é um blefe? — perguntou Fiora.

— Não vamos, apenas lutaremos.

— Espero que tudo deu certo — disse Julie se juntando a conversa. — Não quer que eu vá?

— Não Julie. Agora você esta prestes a formar uma família e não se preocupe, seu noivo estará sobre a liderança de Miguel hoje. Dará tudo certo.

— Daqui à oito meses, o ou a estará conosco.

— Se for mulher vai se chamar Pietra né? — eu perguntei.

— Obviamente — ela respondeu com um sorriso. — Boa sorte lá fora. Cuidado.

— Não se preocupe, não perderei eu certamente não vou perder. Treinei muito para isso, treinei para derrotar Algol. Eu vou conseguir.

Caminhei até o jardim onde Genbu nos esperava para nos teleportar para fora do castelo. Genbu é mestre na arte do teleporte, antes ele tinha limitações, mas ele aperfeiçou e a deixou perfeita com a ajuda de Miguel, pois dessa vez ele podia levar para qualquer lugar que dentro de certo alcance. Genbu deixou varias facas com pequenos selos espalhados por varios locais para facilitar nossa movimentação em momentos como esse.

— Se cuide lá fora por favor — disse Miguel.

— Você já disse isso.

— Então estou dizendo de novo.

— Você se preocupa demais. Já falei que esta tudo sobre controle.

— Eu não quis dizer isso, digo; eu não quero que você se perca, não importe o quanto você queira matar ele, não faça isso. Sua frieza em determinados momentos me incomoda, por favor, não mate Algol.

— Se é isso que deseja. Agora vamos indo, ele já deve estar nos esperando.

Nos unimos dentro de uma estrela desenhado pelo Genbu no chão e em determinado momento era como se estivessemos sendo sugados. Passamos por um lugar estranho, era tudo distorcido, talvez uma realidade paralela eu não sei, apenas digo que chegamos segundos depois onde Algol já nos esperava.

— Ah, Erika? Pensei que eu fosse encontrar Miguel. Que decepção.

— Algol... Não devia nos subestimar.

— Subestimar você? Eu jamais subestimaria aquela com um sangue divino. De certo modo eu vou gostar de enfrentar você. Corromper você, destruir você assim como eu fiz com aquele seu amigo... Qual é o nome dele mesmo? Acho que é Leonidas.

— O que você fez com ele maldito?

— Quer vê-lo? Venha Leônidas.

Leônidas apareceu logo atrás dele. Sua aparencia era assustadora, seus olhos transmitiam ódio, seu rosto estava com muitos ferimentos e sua roupa estava rasgada. Ele parecia um monstro sedento por sangue, que apenas queria matar.

— O que você fez com ele? — eu perguntei. — Me responda!

— Isso é obvio. Eu coloquei várias almas dentro deles, almas mortas, almas que sofreram. Ele resistiu no começo, mas bastou eu torturar ele também que ele se rendeu. Ele se tornou bem forte.

— Seu monstro! — eu gritei puxando minha espada. — Monstro? Vou mostrar a você o verdadeiro monstro. Ataque ela Leônidas.

Como ordenado ele me atacou. Tiago criou uma barreira e em seguida Fiora atacou Leônidas utilizando uma tecnica de espada bastante peculiar. Ela deixava seu braço esquerdo em suas costas, enquanto se posicionava meio que de lado e tentava pressionar a ponta de sua espada nos pontos vitais do inimigo.

Eu deixei Leônidas com Fiora, Elaine e Tiago, para não olhar para aquilo que ele foi transformado. Eu me sentia culpada, pois ele se envolveu nisso por minha culpa. Olhei para Algol que se sentou em uma pedra e abriu um livro em sua mão direita o segurando e deu um leve sorriso.

— Já leu a história de Um continente perdido? Eu gosto muito desse livro, primeiro é pelo fato de que a exploração é um sonho entre duas pessoas desconhecidas que devem decidir quem vai explorar.

— Já li sim. Foi escrito por uma antepassada minha, o que que tem?

— Você verá.

Eu respirei e pensei naquilo que Ethan me disse. Algol tem um talento natural, ou um dom que é um tanto peculiar. Algol é como se fosse um deus; ele te passa uma sensação estranha, atacar ele é como atacar uma criança indefesa. Eu já consegui atacar ele uma vez, mas depois daquilo isso se tornou impossivel. Ethan falou que para atacar alguém como ele abandonar o seu senso de humanidade, estar preparada para atacar ele é a mesma coisa que estar pronta para matar um bebê. Isso é uma das coisas que me assusta em Miguel, pois ele atacava Algol, mas não sabia sobre esse segredo.

Eu saltei na direção de Algol tentando desferir um soco em seu rosto, onde o inimigo ergueu seu braço e criou uma especie de barreira. Ele sequer olhou para mim, continuou a ler seu livro enquanto seus cabelos se moviam pela energia causada pelo meu golpe.

— É realmente bem forte.

— Um dos pontos fortes desse livro é a forma em que o vilão começa a transformar a vida do principal protagonista o transformando em um monstro a medida que a história se estende.

Eu peguei minha espada e tentei o cortar na vertical, porem ele saltou sobre o meu ataque e se posicionou em cima de minha espada mostrando grande controle de seu corpo. Mesmo em cima de minha espada, era leve e ele parecia flutuar, eu balacei minha espada tentando tirar ele de cima, onde o mesmo ainda lendo seu livro saltou novamente me acertando um chute no rosto. Eu tentei soca-lo, porem dessa vez ele com uma mão me parou; em seguida ele abaixou seu dedo indicador sobre meu punho e criou uma especie de cruz que segundo depois imobilizou todo meu lado esquerdo.

— Princesa! — exclamou Elaine me vendo

— Saia daqui! Preciso cuidar disso sozinha!

— Nem pensar! — ela utilizou seu escudo milenar para me proteger do soco de Algol que veio logo em seguida criando uma enorme cratera. — Esse escudo foi feito a mil anos para proteger Anya, agora ele é feito para proteger você e é para isso que eu estou aqui. — Em seguida ela fincou o escudo no chão e saltou sobre ele o tentando chutar no rosto. Algol ainda lendo seu livro moveu um pouco seu pescoço para pegar distancia. Ele fechou seu livro e limpou seu rosto que tinha um pequeno arranhão causado pelo chute da Elaine.

— O mais interessante nesse livro é a maneira que ele aborda conflitos famíliares e psicologicos. O protagonista ve sua vida sendo arruinada pelo vilão, quando ele assassina seu melhor amigo sendo torturado e em seguida sua ex esposa sendo morta e isso o faz questionar sobre promessas, sobre o que é certo ou errado.

— Por que esta dizendo isso? — perguntou Elaine.

— Isso livro é uma parte. Eu respeito Anya por seus livros e sua história. É algo muito belo, eu queria ter visto ela arruinar, eu queria ter sido aquele que arruinou e destruiu sua vida.

— Você é maluco — Elaine retirou seu escudo do chão.

Algol colocou o livro jogou o livro para cima e nesse mesmo momento ele atacou Elaine que utilizou seu grande escudo para se defender, eu aproveitei da brecha e o ataquei pelo lado, onde ele segurou meu chute e me arremessou contra o chão. Eu me levantei rapidamente e o ataquei por trás fazendo com que ele saltasse novamente e pousando mais atrás de nós.

— É chato lutar contra duas pessoas ao mesmo tempo. Então temo ter que tirar uma de vocês duas da batalha — ele falou e ergueu seu braço direito fazendo cair uma especie de bolha sobre mim. Nessa bolha meu corpo parecia pesar vinte vezes mais e minha magia parecia querer fugir de meu corpo. — Pronto, agora irei enfrentar Elaine solo.

Eu olhei para o lado e vi que tanto Tiago como Fiora estavam tendo dificuldades contra Leônidas que parecia ter tido um enorme aumento de força. Elaine olhou para mim dentro da bolha e percebeu que teria que cuidar de Algol sozinha, ela treinou muito e seu instinto animal é algo que me impressiona, pois Elaine é do tipo que chora até por matar uma barata, e mesmo assim consegue atacar Algol por ter um senso de perigo elevado. Algol saltou na direção da Elaine que novamente com seu escudo se defendeu, só que diferente de antes ela não o usou como distração, ela o empurrou com o escudo fazendo com que ele recuasse e em seguida bateu no estomago dele com a ponta do escudo arremessando seu inimigo.

Algol se ergueu sobre a poeira. Sua expressão não parecia ter mudado, bastou um piscar de olhos para ele aparecer atrás de Elaine chutando a coluna da mesma a jogando contra uma pedra que se destruiu com o impacto. Algol caminhou lentamente até a Elaine que se erguia e acertou um forte soco no rosto dela e em seguida desferiu vários socos em sequencia na mesma que aos poucos se viu ser derrotada com facilidade.

Eu queria gritar, pois mesmo sem conseguir escultar os sons externos eu podia ver o sofrimento de Elaine e até mesmo partilhar da dor dela. Elaine como uma verdadeira guerreira se levantou, eu conseguia ver uma enorme magia que parecia se igualar a de quando eu conheci Miguel. Ela parecia estar preparada para dar tudo de si, foi uma luta silenciosa para mim, mas eu vi a grandiosa recuperação de Elaine naquele momento. Algol foi em direção para socar Elaine que fez o mesmo, ambos os punhos se chocaram fazendo com que recuassem, Elaine assim como um tigre apareceu atrás de sua presa quando se menos espera e atacou seu pescoço o abrindo um pequeno ferimento o fazendo sangrar, porem infelizmente Algol com um forte reflexo a chutou logo me seguida. Não que isso fosse desanimador, eu podia ver o sorriso de Elaine que parecia empolgada com a batalha, ela mesmo ferida, parecia que a batalha havia dispertado uma chama em seu coração, dispertado seu verdadeiro instinto animal e foi quando Algol percebeu que foi de caçador a presa.

Elaine se acostumou com os movimentos suaves de Algol e o acertou no estomago perfurando o mesmo com seu punho. Algol cuspiu muito sangue, mas nada que atrapalhasse o confronto, pois mesmo com seu estomago perfurado ele se levantou e retribuiu o soco no estomago dela. Algol sorriu assim como Elaine, ambos novamente se atacaram com golpes fisicos, Algol lançou rajadas de magias de Elaine que deu quatro mortais para trás e se defendeu atrás de seu escudo que estava fincado no chão. Ela ainda bastante machucada viu um rosto aparecer seu escudo, o mesmo rosto abriu sua boca e lançou uma forte rajada de raio que vaporizou tudo a sua frente criando deixando o local completamente devastado.

Elaine havia conversado comigo semanas antes que ela tinha descobrido que cada arma tem uma habilidade diferente; a espada que meu pai tinha, era capaz de se materealizar em forma de matéria negra; e a de Elaine é capaz de atirar um raio solar vaporizador transformando a arma mais defensiva na mais ofensiva dentre todas, no entanto, ao usar essa habilidade você se esgota e muito provavelmente não mais poderá lutar, fazendo você ter certeza se deve ou não usar essa habilidade... E Elaine não usou corretamente. Sobre a destruição causada, surgiu Algol, sua roupa rasgada foi a unica coisa que estava diferente, ele sequer se feriu e com um sorriso encarou Elaine a fazendo recuar, porem ela estava lenta, seu inimigo apareceu atrás dela e a segurou pelas costas a deixando esticada sobre ele e logo depois ele bateu suas costas em seu joelho quebrando a espinha da mesma fazendo com que eu me debatesse perto daquela bolha. Elaine tinha uma fisionomia de morta, eu não sabia o que estava acontecendo, eu queria fazer algo, mas não conseguia, mesmo depois de tantos treinamentos eu sequer fui capaz de ferir ele.

— Essa bolha que você é algo mais que uma simples bolha, dentro dela eu posso remover seus sentidos do jeito que eu bem entender, mas eu acho que deveria deixar sua audição também, só para ouvir Elaine gritando.

Em seguida ele olhou para o lado onde viu Tiago e Fiora enfrentando Leônidas que não parecia enfraquecer.

— Por que ele esta assim? — eu perguntei.

— Ao colocar muitos almas nele, eu coloquei também o estoque magico dessa pessoa. Leônidas no momento esta preparado para morrer por mim — ele falou enquanto erguia seu braço. — Venha Leônidas!

Leônidas foi na direção dele e se posicionou logo em baixo. Tiago e Fiora ao me ver vieram até mim para tentar me tirar da bolha. Porem ainda sem sucesso.

— Droga, que merda de bolha é essa?

— Não adianta insistir. É impossivel de sair. — Leônidas se ajoelhou de frente para mim e de costas para ele. Algol pegou sua faca e cortou a garganta de Leônidas novamente o matando dessa vez. Meu inimigo riu, de mim, parecia estar disposto a me destruir a todo custo, foi então que Miguel chegou para me ajudar.

— Erika! — ele gritou destruindo a bolha. — A sua magia e a de Elaine desapareceu, eu vim correndo quando percebi. Erika?

— Nada, apenas cuide da Elaine. Eu já venho — falei com minha voz mansa. — Genbu precisa de sua ajuda, vá ajuda-los.

— Fique atrás, eu cuidarei do Algol. Erika, descanse.

— Eu mandei sair — o encarei com meu olho. Eu estava furiosa, cansada de não ser útil, ignorei Miguel e ataquei Algol com golpes fisicos, Miguel tentou me segurar, e no fim acabou me ajudando, lutamos juntos contra ele, porem no estado atual dele, era como se ele fosse um soldado comum. Algol correu para a floresta e eu tentei correr atrás dele onde Miguel me segurou pelo braço.

— Cuidado Erika, não o mate. Faça a coisa certa — ele falou me soltando. — Eu queria poder ajudar, mas sou inutil aqui. Dependemos de você, mas não se perca no meio do caminho. Não o deixe destruir você.

Eu continuei a correr para dentro da floresta em busca de Algol, o mesmo se camuflava por entre as arvores e tentava me atacar por pontos cegos, porem com a ajuda de meu olho eu consegia prever a maioria dos ataques, ele tentou me atacar pela frente onde eu dei um passo para trás me esquivando e em seguida tentei o socar, ainda sem nenhum efeito, pois ele segurou com uma mão e virou meu braço me imobilizando com facilidade.

— O legal no livro é que após a morte de ambos, o protagonista se enfurece. O protagonista fica próximo de ser um monstro com um final surpreendente.

— Dane-se! — eu exclamei enquanto dei um soco no rosto dele o jogando para trás. Peguei distancia e utilizei meu arco para acertar várias flechas no peito e nos membros o ferindo bastante.

Ele correu por entre a mata mais a fundo deixando um rasto de sangue onde eu o segui. O golpe de Elaine pode não ter machucado ele a primeiro momento, mas foi o suficiente a longo prazo. O corpo dele parece pesado, e seu corpo não mais está respondendo bem. Fora da floresta já podiamos ver o sol nascendo. Ele se ajoelhou sobre a colina que dava visão para o portão de Anya onde ele via a batalha que ali estava acontecendo.

— É lindo. Desde o começo, eu não me via morrendo para outra pessoa a não ser por você.

— Você é doente. Isso acaba aqui Algol.

— No fim, o protagonista se corrompe e com uma flecha acerta a cabeça do inimigo o matando e por fim se transformando no monstro em que ele sempre foi — ele acrescentou enquanto minha flecha o acertava na cabeça.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Bem, espero que logo logo eu lance outro, vou avisar que estamos nos últimos capítulos dessa saga e obviamente da fic também.

Ps: Sim, Julie ta gravida BOMBA BOMBA

Bye bye.



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