Vermes, Cemitérios e Poesia escrita por V M Gonsalez


Capítulo 19
O Jardim de Elijaaht


Notas iniciais do capítulo

Versos brancos, rimas livres, Tema: Um jardim de corpos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/618734/chapter/19

— Colha a flor, criança da manhã,

Colha da que a criou alma vã

A flor pura de braça cor –

.

Não tema e se aproxime da árvore triste

Que se exibe. Tem em sua alma a calma

Rósea dos que vivem, fecha apenas seus olhos,

Que aqui não há nada que os dignem.

.

Em meu aberto peito trago

As alvas flores que preservo,

Em meu cálcio abraço as guardo

Tão seguras em meu seio.

Rubra entranha minha que lhe serve,

Oh flor, de fecunda terra sanguínea,

Alimenta essa estrela branca

Com a carne de minha vida.

.

Flor branca de bondade,

Limpa as negras gotas de meu sangue;

Cresce forte em meu seio,

Espalha suas ramas em minhas veias;

Espalha, alva, minha flor, a bondade

De que foi nutrida.

Colha então essa flor, criança,

E esqueça a árvore que a criou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Vermes, Cemitérios e Poesia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.