Senti alguém me balançar, me aconcheguei mais na cama, virando para o outro lado.
-America amor, vamos. - Falou a voz, que julguei ser de papai.
-Só mais cinco minutos - balbuciei.
-Você já pediu isso, cinco minutos atrás - ele riu.
-Tá bem - falei esfregando os olhos com o dorso da mão.
Pus meus pés para fora da cama, nosso quarto era um cúbiculo, só tinhas três camas, e um guarda-roupas, eu e May - minha irmã de seis anos de idade - tinhamos uma cama para cada um, e mamãe e papai uma para os dois. Peguei minha toalha e fui para o banheiro, tomei um banho rápido e sai. Vesti um macaquinho jeans, e uma blusa branca, e calçei a sapatilha surrada. Mamãe fez duas tranças em meu cabelo ruivo, uma de cada lado. Quando estavámos todos prontos, fomos tomar café com os outros criados, meu pai me deu um pequeno prato de porcelana e o enchi de pãezinhos de queijo e torradas, preenchi a xícara com leite e pus-me a comer.
-Está tão gostoso - May disse.
-Eu sei bobinha - retruquei.
Terminei a comida e pedi a mamãe para ir ao jardim ela deixou e levou May consigo.
Corri para o jardim e sentei no balanço esperando Maxon, ele demorou, então eu entrei no enorme palácio, não precisei ir muito longe e o avistei no fim do corredor andando em minha direção com as mãos para trás, quando chegou perto de mim, tirou as mãos de lá com um lírio na mão direita e pôs em meu cabelo um pouco à cima da orelha, em seguida entrelaçou os dedos nos meus.
Subitamente, ele começou a fazer cocégas em mim e eu ria sem parar, meu estomágo doía.
Fomos interromidos pelo alarme que soo, entrei em pânico e olhei para ele apavorada.
-Corre - ele gritou.