Anjos e Demônios escrita por meggi


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

OI, eu esforcei-me muito nesta fic, por isso por favor comentem e favoritem. só posto uma vez por semana, leiam as notas da historia é importante, boa leitura e não se esqueçam dos comentários.



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25.03.2015 Londres

Trim-trim

Salva pelo toque. Pelo Anjo, não sei se aguentava mais estar naquela sala com o S. Hodge a bombardear-me com perguntas como se eu tivesse num tribunal prestes a ser condenada.

- Salva pelo toque, Senhorita Fairchild. - Disse o meu professor, como se lesse os meus pensamentos. - Tenha um bom fim de semana, todos vocês tenham um bom final de semana e não se esqueçam de estudar para o teste de História na próxima quinta-feira.

- Tenha um bom fim de semana também, S.Hodge. - Disse, sorrindo para ele.

Apesar do constante bombardeio, eu gostava dele como meu professor. Tinha por volta dos 60 e tais anos, já com cabelo e barba branca, mas apesar da sua idade, ele era um bom professor de Historia.

Arrumei as minhas coisas na mochila, já todos tinham ido embora, ficando só eu. Como sempre a ultima. Estava a passar pela porta quando ele me chama.

- Sim S.Hodge?

- Gostaria de falar a Sª. Charlotte e o S.Henry.

- Os meus pais? - Perguntei, começando a ficar nervosa, também não era para menos, quando algum professor que falar com os teus pais, não pode ser coisa boa.

- Sim, nada de mais, é que a escola vai abrir um programa de artes...

- Pelo Anjo, um programa de artes, mas isso é incrivel. - Disse, esquecendo o nervosismo, dando lugar a uma corrente de alegria e felicidade.

- Calma, é preciso falar com os teus pais primeiro, Clarissa. Preciso de saber se o programa não vai afectar os teus estudos.

- Não vai, eu faço tudo para ter aulas de arte.

- Mesmo assim eu gostaria de falar com eles.

- Claro, eu vou dizer a eles.

- Ok, então, adeus Clarissa.

Assim que despedi-me do Senhor Hodge e sai da sala, vi Isabelle esperando-me sentada num banco a olhar para as suas unhas, que estavam perfeitas com um preto brilhante. Não só as unhas, mas Izzy era perfeita em si, uma verdadeira Barbie, com um toque de preto.

- Eu realmente começo a suspeitar que tu e o S.Hodge vivem um amor secreto. - Disse Izzy, assim que me viu.

- O quê? Não sejas idiota. O S.Hodge é um bom professor de historia, só isso. - Disse para ela, a andar para a saída da Academia.

- Também agora não interessa, tenho de ir comprar um lindo vestido para o almoço de amanha.

Claro, o almoço de amanha, como eu poderia esquecer.

A minha família não falava de mais nada. Ao que parece Jace voltou para casa, depois de ter fugido aos 13 anos. Não vi Jace muitas vezes ao longo da minha vida. Will e Tessa mudaram-se para o Pais de Gales quando Lucie nasceu, a irmã mais nova de Jace.

Quando ele tinha 10 anos, eles mudaram-se, outra vez, para Londres, Jace e Alec acabaram por se tornar Parabatais e um ano depois ele fugiu. Ninguém nunca soube o porquê. Eu especialmente nunca quiz saber, nas poucas vezes que vi Jace, ele era um completo idiota. Alem disso, ele tambem não merecia almoço nenhum. Pessoas que abandonam as suas famílias e os seus Parabatais, de um dia para o outro sem dizer nada, não merecem qualquer tipo de boas vindas.

- Oh, vá-lá. Eu sei que tu não gostas muito de Jace, mas nem sequer o conheces direito, ao contrário de mim. - Ela disse com um sorriso bobo na cara.

- Olha, eu sei que vocês os 2 são, ou eram, inseparáveis. Adoram lutar, e quebrar todo o tipo de regras...

- ...somos lindos...

- ... e são completos idiotas. - Apressei-me a continuar, antes que ela tivesse a chance de dizer alguma coisa. - Mas, Jace foi-se embora, do dia para a noite,sem ao menos dar alguma explicação. Ele abandonou-te, Izzy, assim como abandonou Alec.

Ela abriu e fechou a boca varias vezes, mas nenhum som saiu, ela sabia que eu tinha razão, não há desculpa para o que Jace fez.

- Ok, tu ganhas-te, Sª. Fairchild. Mais algum sermão ou já podemos ir comprar o meu vestido?

- Izzy, são 7 da tarde, eu ainda tenho de estudar, além disso, caso não tenhas reparado está a cair o oceano pacifico lá fora.

Izzy fez beicinho, ignorei e fui andando até á porta da Academia. Apesar de toda a chuva, os candeeiros ainda iluminavam um pouco do parque de estacionamento, e com aquela pouca luz consegui ver Gideon e Sophie a falar dentro do carro, a uns 2 metros de distancia de onde estávamos.

- Boa sorte com a chuva.

Izzy passou por mim e começou a atravessar a rua indo em direcção ao carro, quando eu a chamei.

- Como assim, boa sorte? Não vais dar-me boleia? - Perguntei, tive de gritar por cima do barulho da chuva até ela conseguir me ouvir.

- Vens comigo comprar o vestido?

Ela gritou de volta.

- Não. - Respondi.

Com a escuridão que ia cobrindo o céu e a chuva a cair, deixei de vê-la.

Segundos depois, ela respondeu:

- Adeus.

É que só podem estar a gozar.

Fiquei uns 10 minutos á porta da Academia, á espera que milagrosamente a chuva parasse ou no mínimo diminuísse, não aconteceu e também não ia acontecer tão cedo.

Peguei o telemóvel do bolso detrás das calças.

Matt ou Charles?

Disquei o numero de Charles, o meu irmão gémeo. Sei que não era uma boa ideia. Provavelmente ele estava em algum são de jogos, a beber até cair para o lado, ou isso ou tá na cama com alguma rapariga, quem sabe até mais do que uma.

Ele atendeu ao 2º toque.

- Oi aí maninha.

- Oi aí Charles. - Rolei os olhos. - Olha tu por acaso não estás ocupado, pois não?

- Depende...

- Do que? - Levantei uma sobrancelha, apesar de ele não conseguir ver.

- Precisas de mim?

- Sim...

- Então, sim, estou bastante ocupado.

Rolei os olhos com a resposta dele.

Típico, pensei, e não vai mudar tão cedo.

- Ok, Charles, só não chegues tarde a casa, ok?

Esperei a resposta dele mas ela não veio.

Tirei o telemóvel do ouvido e pus o numero de Matthew, o meu irmão de 23 anos.

Matt trabalha na Clave o que significa que está sempre ocupado, o que é muito chato, porque quase nuca está em casa.

Quando deu o 4º toque estava a pensar em desistir. Quando ouvi a voz de Matt suspirei de alivio.

- Oi gatinha!

- Ai que bom Matt, olha eu preciso que me venhas buscar á Academia.

- Oh desculpa Clary, mas eu vou entrar agora para uma reunião com a Clave. O pai está em casa, telefona-lhe.

- Oh vá-lá Matt, ele provavelmente está a criar alguma coisa idiota que vai acabar por explodir, e além...

- Tenho de ir gatinha, adeus.

- Tcahu... - Ele já tinha desligado.

É melhor começar á andar...

Depois de andar por meia hora, tinha água a escorrer por todos os sítios, e uns especialmente desconfortáveis.

A escuridão cobria todo o céu.

Olhei para o relógio prata preso á volta do meu pulso.

Mais 20 minutos e estou em casa.

Tropecei pela terceira vez, a escuridão era total e eu usava a luz do telemóvel para iluminar o caminho á minha frente.

- Tinhas mesmo de deixar a pedrinha de luz em casa. - Disse irritada comigo mesma por ter sido tão descuidada.

Quase dancei de felicidade quando vi luz na rua á minha frente. Andei cada vez mais rapido com emdo que por alguma razão a luz apagasse. Estava a entrar na rua quando ouvi um grito agonizante.

O meu corpo gelou e parei de andar.

Estava indecisa entre continuar ou voltar para trás, alguém devia precisar de ajuda, por isso, optei pela 2º opção.

Como se tu pudesses ajudar muito.

Rolei os olhos com esse pensamento e segui em frente.

Cheguei o suficientemente perto para saber que a luz não vinha de nenhum candeeiro ou alguma fonte de luz.

A luz não era luz, era fogo.

Olhei ao redor, a luz, ou neste caso o fogo, não iluminava a escuridão, mas era suficiente para eu conseguir destingir as coisas. Agachei-me por trás de umas caixas empilhas e espreitei por uma pequena brecha.

A minha mão automaticamente foi para á boca, sufocando um grito. A minha mente ainda estava a processar o que eu tinha visto quando eu espreitei de novo.

Ali, com as mãos e os joelhos apoiados no chão, estava um rapaz loiro, e pelas marcas que cobriam todo o seu peito e braços percebi que ele era um caçador de sombras. Mas os meus olhos não estavam nas marcas, estavam nas duas asas que saiam das suas costas.

Ele estava a arder em chamas, chamas vermelhas que dançavam á volta do seu corpo, como se quisessem devora-lo, não só o seu corpo estava em volto em chamas mas, assim como as asas. Como a uma pessoa normal aconteceria, o fogo não o estava a tornar em cinzas, só continuava a sua dança enquanto ele se contorcia de dor. Suar pingava dos seus cabelos dourados assim como da sua barriga.

E que barriga, pensei.

Mais um grito rasgou o ar, como um raio, e esse ainda foi mais doloroso que o primeiro.

Levantei-me lentamente para ir embora, não podia fazer nada para ajuda-lo. Dei um passo para trás e senti algo a bater contra o meu pé, naquele momento só pedi ao anjo para que o que tenha sido não fizesse muito barulho, mas não adiantou porque a coisa, que mais tarde descobri ser uma garrafa, caiu no chão e foi como se toda a Ásia tivesse explodido. E a Ásia era muito grande.

Olhei para o anjo dourado.

Seria muito improvável que ele não tivesse ouvido.

O Anjo virou a cabeça lentamente na minha direcção e eu desejei ainda estar escondida a trás das caixas.

Virei-me e comecei a correr como se a minha vida dependesse disso - e talvez dependesse - mas não sei antes ver os seus olhos dourados.

E eu podia jurar que eles estavam em chamas.


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