No Fluxo escrita por Non Ecziste


Capítulo 3
Capítulo 2 - Refém da própria fome


Notas iniciais do capítulo

Volteeeeei mais rápido do que eu esperava, porque a inspiração surgiu feito bala perdida e me acertou em cheio. YAAY!
Aqui estamos com mais um capítulo, espero que gostem.
Boa leitura! *u*

~Clara~



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[Narrado por: André]

Los Galácticos não era somente um nome qualquer de uma gangue qualquer. Éramos uma família. E quando alguém mexia com a família, esse alguém tinha que pagar. Era por isso que precisávamos fazer algo quanto à invasão do QG de ontem à noite, que só aconteceu porque eu fui um idiota impulsionado pela fome, estresse e fácil irritabilidade. E, claro, porque a Broca resolveu visitar minha cozinha, aquela filha d’uma-

— Fala chefia! Chegamos! — Ricardo acenou enquanto passava pelo batente da porta recém aberta, sendo seguido por um Davi sonolento e com cara de tédio. Como sempre. — Conta aí as novidades que eu ainda tô sem saber direito como foi que tudo aconteceu.

— Calma lá, jovem — Gabriel interveio, levantando do sofá e caminhando em direção ao cômodo vizinho. — Antes vem cá dar uma olhada nisso aqui.

Caio e Filipe permaneceram quietos no mesmo lugar, apenas observando, como gostavam de fazer. Um porque não era de falar muito, já o outro por pura preguiça mesmo.

Ricardo, ainda que meio perdido pela mudança repentina de assunto, foi atrás dele e pareceu tão surpreso quanto os outros quando viram pela primeira vez o que tinha ali.

Uaaaaaau.

— Legal, né? — Gabriel riu, cruzando os braços. — Pra ti ver o quanto o chefe é mais competente que todo mundo aqui junto.

— Quem — Davi se pronunciou pela primeira vez até então.

— Quem o quê? — Ricardo olhou para ele, confuso.

— Te perguntou.

— Ehhhhhh, cuzão — Ricardo o empurrou, desviando de um soco no estômago logo depois. — Mas sério, não é todo dia que se tem uma garota aqui no QG, né não?

— Até porque você espantaria qualquer uma que chegasse perto com essa tua cara de maníaco estuprador.

— Te foder, Davi.

— Vem comigo. Eeeeeh.

— EEEEEEEEEEEH, mano, já é.

— Chega, vocês dois — resolvi dar um fim naquela palhaçada toda, antes que o Gabriel se juntasse à eles e mudasse ainda mais o foco do problema. — Prestem atenção aqui: o livro que continha todas as nossas informações foi roubado ontem à noite, então parem de brincadeira e pensem em algo pra recuperá-lo de volta. E rápido.

— E quanto à moça desacordada na sua cozinha?

— Vai ficar aí pra aprender a não mexer mais nas minhas coisas, Gabriel. Agora deixa de fazer pergunta besta e me ajuda a pensar em como pegar o livro de volta.

Com isso, dei um fim a qualquer assunto que ainda pudesse vir à tona no momento e juntei-me a eles na sala para bolar uma estratégia eficiente.

Ricardo deu a ideia de invadirmos o esconderijo da gangue das meninas, mas nós não fazíamos ideia de onde ele ficava, então seria impossível. Já Filipe propôs que fôssemos atrás da branquela que roubou o livro, o que não seria lá uma má ideia, mas também não seria fácil, já que ela sumia do nada! Gabriel, por outro lado, queria fazer todo um esquema de espionagem que duraria semanas, sendo que não havia tanto tempo disponível pra isso. Tínhamos que agir o quanto antes, senão...

— Ô ANDRÉ, SEU BUCÉFALO, VEM JÁ AQUI! — era só o que me faltava.

— Minha Nossa Senhora do Playstation, que porra foi essa?! — Gabriel praticamente pulou do sofá ao ouvir o berro vindo da cozinha. Pelo visto a Bela Adormecida havia acordado. O que nem de longe era algo bom, mas também não chegava a ser tão ruim. Era divertido irritar aquela coisa.

— Já volto — levantei-me e fui andando calmamente até onde a garota, antes dormindo, agora estava sentada, muito bem acordada, com os braços e pernas amarrados à uma cadeira no canto da parede, bem longe da geladeira e das prateleiras cheias de comida. — Acordou com fome, foi? — debochei, vendo-a me direcionar um olhar cheio de raiva. Mas quem liga? Ela já devia saber que gente gulosa morre pela boca... ou algo assim.

— Seu imbecil, custava me deixar jogada no meio da rua?! Por que me trazer justo pra cá? — Clara sustentava uma expressão de desgosto e revolta enquanto tentava se soltar das amarras. Era inútil, mas tinha que admitir que havia tido um trabalhão em fazê-las. — Você é mesmo um sádico.

— E você, uma esfomeada. Agora vê se fica quieta, porque eu tenho um plano maligno pra bolar. Ah, e caso queira comer alguma coisa... vai ficar querendo — sorri vitorioso, vendo-a se contorcendo ainda mais naquela cadeira, em momento algum tirando os olhos de onde eu estava.

— Seu puto. Eu juro que não vou ser tão boazinha com você na próxima vez.

— Bonzinho fui eu, que te deixei viva.

— Como se você fosse capaz de me matar, seu frouxo.

— Duvida?!

— Duvido!

— Legal, fera. Agora curte aí a tua solitária — virei as costas para ela, aos poucos deixando a cozinha para trás.

— EU TE ODEIO, SEU ESCROTO!

— Eu sei! E é recíproco!

.

.

.

[Narrado por: Nicole]

— Conseguimos! Uhuuuuu! — Sophia pulava de um lado para o outro, feliz da vida pela missão ter sido um sucesso.

— Tudo graças a Mille — Ineda sorriu, abraçando a amiga que mal havia chegado.

— E a Clarinha! — Ana interveio, juntando-se ao abraço.

— Falando nisso, cadê ela? — resolvi perguntar, depois de olhar mais uma vez em volta e perceber que ela não se encontrava em lugar nenhum.

— Deve ter parado pelo caminho pra comer alguma coisa — disse Maria.

— Não sei não... Vai ver capturaram ela?! — Ana pareceu estar prestes a entrar em pânico, mas logo foi acalmada pela melhor amiga, que tocou-lhe calmamente os ombros.

— Impossível, Nana — começou Ineda —, a Clara é quase tão fluida quanto a água: escorre facinho pelos dedos.

— Engraçado você comparar justo ela com a água — disse Camila, rindo.

Jamille pareceu pensar por um momento, antes de dizer:

— Talvez ela tivesse falado sério quanto à não usar mais os poderes...

— Besteira. Era só drama dela. Aquela dali faz drama por qualquer coisa — Ariel deu de ombros.

— Mas ela é teimosa, Ariel. Pode ser que tenham mesmo capturado ela.

— Eu concordo é com a Mari. Deve estar comendo alguma coisa sem a gente por perto pra não ter que dividir.

— Mas Ariel-

— Meninas — intervi —, seja lá o que tiver acontecido, vamos esperar. Caso ela não chegue em pelo menos uma hora, então vamos atrás dela. Entendido?

— É, né. Meio impossível não entender com você olhando pra gente desse jeito.

Xiu, Sophia — Jamille a cutucou.

— Eu só tava dizendo a verdade, ué! Quem controla mentes aqui é ela!

— Tá, tá, vocês duas. Me dá logo esse livro que eu já to curiosa pra saber o que esses meninos aprontam — Ariel tomou o livro em mãos e começou a folheá-lo, afoita. Lia tudo com tanta atenção que chegava a assustar. Aquela dali tinha sede de vingança.

— E se a Clara não voltar? — Ana tornou a perguntar, ainda preocupada.

— Aí nós invadimos o QG dos meninos e trazemos ela de volta — falei convicta, com meu melhor sorriso.

Ai, ai, Clara... Só espero que você não tenha feito nenhuma besteira.


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Notas finais do capítulo

The end... por enquanto! Heheh, agora é por conta da Jamille. Já fiz a minha parte e espero que tenham gostado.
Até a próxima~ o/



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