The Ship Sailing Romance escrita por normero


Capítulo 2
Capítulo 2




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Mais uma manhã em Sinking Deep Bay.

Norman vai até a cozinha de manhã e senta-se a mesa para tomar o café da manhã que sua mãe já havia preparado há alguns minutos. Naquele dia, Norma havia levantado mais cedo do que o normal, talvez porque ficou pensando muito na conversa que teve com Romero no dia anterior e dormir era uma das últimas coisas que ela conseguia fazer direito. Aproveitou a insônia para ajeitar as coisas no Motel e encomendar lençóis novos.

Norman, já um pouco mais conformado com a ideia de morar naquela cidade estranha, fez suas refeições matinais tranquilamente, e dessa vez sem reclamar muito.

“Que delícia essas panquecas, mãe!”

Norma dá uma risadinha amorosa para o filho e o beija na testa.

“Eu vou sair mais tarde para buscar os lençóis, você pode ficar na recepção arrumando as coisas por lá enquanto eu estiver fora, Norman?”

“Claro, mãe!”

Norma estranhou o comportamento do filho naquela manhã, já que nas manhãs anteriores, ele só reclamava de ter ido morar lá. De certa forma gostou, pois achou que finalmente ele teria aceitado a ideia. Mas esse já não era mais o problema de Norma. A história que Alex havia contado a atormentava a todo minuto.

Ela entrou em sua mercedes antiga e foi rumo à loja buscar os lençóis.

Enquanto Norma ia a cidade, um rapaz estranho apareceu no Motel. Norman estava na recepção ajustando os últimos detalhes de formulários de hóspedes.

“Olá! Bom dia”

Norman um pouco atrapalhado diz: “Oi, bom dia, senhor! Em que eu posso lhe ajudar?”

“Estou à procura de um quarto, vocês têm vagas?”

“Bem, é... Então, nós ainda não inauguramos o Motel. Me desculpe! Mas olha só, minha mãe está chegando...”

“Sua mãe? Norma Bates?”

Norman muda sua expressão e se assusta com a pergunta do rapaz.

“Sim... Você a conhece?”

“Digamos que já ouvir falar a respeito, mas nunca a encontrei...”

O menino não entendeu muito bem o que aquilo poderia significar, mas de qualquer modo, pensou que seria devido a visita de sua mãe a cidade a fim de divulgar o Motel e pessoas acabaram conhecendo-a de certa forma, então prosseguiu.

“Bom, como eu ia dizendo, daqui a pouco ela chega com os novos lençóis e eu acho que, talvez, possamos ajudá-lo. Você pode sentar aqui se quiser e esperar”

O rapaz decidiu esperar afinal, tudo indicava que a ultima coisa que ele queria ali era um quarto, porém Norman não notou nada de anormal.

“Você poderia pegar um pouco de água pra mim, por favor? Vim de longe e estou com um pouco de sede”

“É claro! Só um instante”

Enquanto o menino virava-se para ir até o minibar pegar água, o rapaz levantou-se do acento e andou em direção a Norman sem que ele percebesse. Quando o menino virou-se novamente, o homem colocou um pano com um líquido forte tampando a respiração de Norman até que ele desmaiasse. Arrastou-o para um dos quartos e o manteve preso enquanto Norma não chegava.

Algumas horas depois, eis que surge o barulho do motor do carro. Era ela. Como o volume de lençóis era grande, ela, antes de começar a tirá-los do carro, vai a procura de Norman para que ele pudesse a ajudar.

“Norman! Norman!”

Não obteve resposta. Foi até a recepção e não havia nada. Subiu até a casa, procurou em todos os cômodos e nada encontrou. Já preocupada com o paradeiro do filho, Norma começa a desesperar-se. Desce novamente para o Motel, mas desta vez, notou a porta de um dos quartos entreaberta. Aproximou-se lentamente com um olhar duvidoso, colocou a mão na maçaneta e quando ia empurrar a porta

“Norma Bates!”

A mulher virou-se rapidamente para ver quem estava atrás e deu de cara com uma arma apontada para seu rosto.

Mais assustada ainda, Norma pergunta:

“O que você quer? Quem é você?”

O homem ri com ironia e aproxima-se da moça.

“Quem sou eu? (risos) Bom, eu sou o filho do homem que você matou. E adivinha? Adivinha quem vai morrer hoje?”

Com a voz já trêmula

“Que homem? Eu matei? Eu não matei ninguém, não sei do que se trata, por favor, abaixe essa arma”

“Bob Deep... Seu amigo, Bob!”

“Amigo? Que amigo? Eu não conheço nenhum Bob Deep”

O homem deu uma risada de canto de boca e ironicamente disse:

“Sabe Norma... Muito simpático o seu filho, me recebeu muito bem hoje mais cedo...”

A mulher enfureceu-se de uma forma sem igual

“Cadê o Norman? O que você fez com ele?”

Nesse momento ela já não ligava mais pra arma nenhuma. Tentou abrir a porta do quarto para ver se seu filho estava lá dentro. Mas o homem correu até ela e segurou-a pelo braço. E sussurrando em seu ouvido disse:

“É ruim, não é? A sensação de achar que perdeu alguém... Saiba que, por enquanto, ele está vivo, tudo dependerá de você.”

Já chorando, Norma grita:

“Por que? Por que? O que eu fiz? Por favor, não faça isso! Eu juro que não fiz nada”

“Pois é, Norma. Eu também não. Fiquei procurando você durante um tempo para que eu pudesse fazer algo de fato. Não pude vingar a morte do meu pai no momento em que eu quis, mas vejo que finalmente minha hora chegou. Aproveite seus últimos momentos de vida”

Ainda chorando e gritando, Norma não sabia mais o que falar ou fazer, até porque não havia nada que ela pudesse fazer contra um homem armado e completamente tomado pela raiva.

“Por favor, eu imploro, deixa meu filho fora disso. Ele não tem nada a ver”

“Na verdade, Norma, depois de ver que você possui um lindo e simpático filho, meu intuito é realmente não fazer nada com ele diretamente, apenas quero que ele sinta o que você me fez sentir. Fazê-lo perder a única coisa que ama na vida... Mas sabe, antes disso, olhando pra você pessoalmente... Até que você não é de se jogar fora. Agora vejo porque meu pai saía daqui uma vez por mês para sei lá onde vocês se encontravam”

Norma permanecia paralisada. Sem reação.

O homem aproximava-se cada vez mais dela.

“Sabe, Norma, antes de fazer tudo o que eu preparei pra você, acho que posso aproveitar um pouco...”

O homem deu belas risadas e arrastou a moça para dentro do quarto segurando-a pelos braços. Jogou-a na cama e colocou a arma em cima de uma mesa. Tirou o cinto e as calças. Empurrou-a forte contra a cama rasgando todo o vestido estampado de flores que Norma vestia. A mulher debatia-se em baixo dele tentando sair, mas a força do rapaz era maior. Tirou a camisa e com a mesma, amarrou em volta da boca de Norma para que ninguém pudesse ouvir seus berros de desespero. Ele começou a fazer sucções em seus seios e beijar seu pescoço enquanto lágrimas escorriam no rosto dela. No momento da penetração e do gemido daquele estúpido rapaz, Norman surge atrás segurando a arma que pegou em cima da mesa. Em questão de segundos a arma já havia sido disparada acertando na nuca do homem que encontrava-se em cima de sua mãe. Norman não disse uma só palavra enquanto Norma gritava e chorava muito.

Ao sair debaixo do corpo do rapaz, a mulher tentou vestir-se mesmo com o vestido rasgado e abraçou Norman, tirando lentamente a arma de sua mão.

Agora o grande problema era decidir o que fazer com o corpo do homem e como fazer. Norma encontrava-se cada vez mais desesperada enquanto seu filho quase nem piscava. Era como se tivesse sofrido um apagão. Norma falava com ele e ele não a respondia.

A moça trancou a porta do quarto do Motel e subiu para a casa levando Norman para o quarto dele.

“Você vai ficar aqui dentro, tudo bem, querido? Não saia daqui”

Ela colocou-o na cama, apagou a luz e foi tomar um banho para tentar se livrar de toda aquela situação horrível da qual tinha passado. Enquanto a água do chuveiro caía em seu rosto, Norma chorava de soluçar. O choro dela dava pra ouvir do lado de fora da casa. Quando ela desligou o chuveiro, ouviu alguém bater na porta.

Desceu enrolada em um hobby e toalha na cabeça para atender. Ela ainda estava muito assustada e morrendo de medo do que poderia ser.

“Olá, Norma! A gente pode conversar?”

“Oi, xerife. Tem que ser agora? Eu estou muito cansada, não estou conseguindo nem raciocinar direito...”

A expressão de Norma entregava que algo estava estranho e logo Alex percebeu.

“O que está havendo? De quem é aquele carro estacionado ali?”

Fechando a porta a moça diz:

“É um hóspede que chegou hoje mais cedo, mas olha eu preciso dormir, por favor, volte depois... Eu realmente...”

Romero, sem pensar muito, desce correndo em direção ao Motel. Norma se desespera e começa a gritar pelas escadas.

“HEEEY! Aonde você está indo? Eu não te dou o direito de invadir minha propriedade. Você tem algum mandado judicial?

O xerife continua a caminhar e começa a abrir todos os quartos. Um por um. Norma chega ofegante lá em baixo tentando impedi-lo, empurrando-o e o agredindo.

Alex a pega pelos dois braços, a encara e mais uma vez os olhos dos dois refletem um no outro. Por pelo menos um segundo, os dois encontravam-se em transe. Mas não demora muito para Romero empurrá-la e abrir exatamente o quarto em que o cadáver estava. Ele olha para a cama, olha para Norma e o silêncio permanece. Norma encosta na parede chorando e desliza até o chão desejando nunca ter pisado naquele local.

“O que aconteceu aqui?”

Norma soluçava muito e quase não conseguia falar.

Romero agachou-se até ela e perguntou novamente, quase sussurrando, colocando atrás da orelha da moça alguns fios de cabelo que tampavam o rosto dela.

“O que aconteceu aqui? Mas a verdade Norma, eu quero a verdade”

E finalmente, com muita dificuldade para falar, Norma contou todo o ocorrido daquela noite.

Romero levantou-se, foi até a caminhonete, pegou um grande plástico preto e entrou no quarto do Motel para levar o corpo consigo. Norma ainda parada no chão chorando, observa aquilo sem muito o que entender e diz:

“O que você está fazendo?”

Alex não responde. Fecha o porta-malas com força, entra no carro, abre a janela e antes de partir diz:

“Eu falei para você ter cuidado. Não saia da cidade, nossa antiga conversa ainda não acabou”.

Norma levantou-se, enxugou as lágrimas e subiu até a casa para tentar esquecer aquele dia horrível pelo qual havia passado.

Na manhã seguinte, a mulher levantou muito cedo e começou a fazer as malas, mesmo sabendo o que o xerife havia dito. Norman acordou e foi até o quarto dela.

“Bom dia, mãe! O que você está fazendo? O que aconteceu?”

Norma vira-se para a porta assustada

“Nós vamos embora. Vir pra cá foi um erro, você tinha razão. Vá arrumar suas coisas”

“Mas mãe, o que aconteceu? Eu não vou embora. Eu custei a me acostumar. Eu não vou. Nós não vamos”

“Oi? Como é que é?”

“É isso mesmo, mãe! Você sempre me dizia que era uma oportunidade para recomeçar. Que era aqui que viveríamos bem. Você ficou um mês fazendo a minha cabeça e quando eu finalmente me adapto ao local, me adapto a escola e as pessoas você quer simplesmente me fazer passar por tudo isso outra vez? Me fazer mudar novamente? Não, mãe! Eu não vou!”

Norma fica olhando perplexa para seu filho e acaba não tendo palavras para responder. Ela simplesmente larga tudo, pega o carro e vai até a delegacia.

“Olá, bom dia! Eu procuro pelo xerife Romero”

“Bom dia, senhora. O xerife encontra-se em operação. Parece que houve um assassinato na cidade e ele está lá no local do crime”

Neste momento, Norma já não sabia o que pensar, como pensar ou se tinha que pensar em alguma coisa. Ela estava tão confusa e desesperada ao mesmo tempo, que a única coisa que conseguiu dizer depois de ouvir o que a recepcionista da delegacia havia falado foi:

“Aonde?”


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