X-DIAMOND: a história não contada escrita por itsbenhe


Capítulo 1
Capítulo 1




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Após horas viajando em minha Harley-Davidson, finalmente cheguei em frente ao grandioso portão com a placa “Instituição Xavier para Jovens Super-Dotados”. Entrei sem me anunciar, pois não havia interfone ou câmera. Apenas segui pela pequena estrada no meio da floresta que deveria ser o jardim até encontrar a grande mansão.

- No que posso ajudar? – uma ruiva estava na porta me esperando.

- Preciso falar com Charles Xavier. – disse, saltando da moto e me espreguiçando.

- Quem é você? – ela insistia.

- Diah. – falei distraída – Eu realmente preciso falar com ele.

E, enfim, ela me disse para entrar. Pensei que ia me fazer um interrogatório. Ou ela simplesmente gostaria de olhar minha mente. Pena que eu a tinha bloqueado. Sorri sozinha ao passar pelos cômodos elegantes do casarão, enquanto todos me olhavam.

Ela me guiou até o grande escritório, dizendo que o Professor já chegaria, e não saiu. Senti ela tentando invadir minha mente várias vezes, em vão. Minha mãe, a maior psíquica conhecida, jamais conseguiu entrar em minha mente, então a ruiva com cara de azedo não conseguiria.

- Pois bem, no que posso ajudá-la? – Charles Xavier dissera ao entrar no cômodo em sua moderna cadeira de rodas, sem rodas, e paralisou ao me olhar. – Jean, nos dê licença, por favor. – ele disse, sem desgrudar os olhos de mim.

- Meu tio Erik disse para procurá-lo. – comecei – Ele disse que estaria mais segura aqui.

- Erik? – ele parecia confuso.

- É... Costumam chamá-lo de Magneto. – revirei os olhos, para o espanto do careca.

- Mas... Quem...

- Sou Diah Frost. – não esperei ele terminar. Ao pronunciar meu sobrenome, senti toda a instituição tremer.

- Frost? – suas sobrancelhas estavam quase coladas.

- Sim. Filha de Emma Frost. – sorri de leve – Tenho lembranças dela, e ela gostava muito de você.

Ele ficou me analisando, incrédulo. O senti tentar invadir minha mente, e cedi para que ele pudesse ver parte das lembranças que eu tinha. Apenas o que eu queria que ele visse.

Minha mãe morreu a uns cinco anos, eu acho. Sou completamente perdida no tempo. Mas me deixou suas memórias como presente... Ou como fardo. Não tenho acesso a alguns períodos de vida dela, são completamente bloqueados. – disse mentalmente para ele enquanto mostrava os acontecimentos.

Primeiro, minha mãe sendo morta por mutantes mandados por humanos e me passando suas memórias. Depois, meu tio Erik cuidando de mim, tanto antes de minha mãe morrer, como, principalmente, depois.

Ela gostou muito de você, tenho memórias disso. – continuei, e lhe mostrei quando eles se conheceram.

- Eu não entendo. – ele falou, de repente – Achei que sua mãe tinha morrido a vinte anos atrás.

- Por que ela morreria a vinte anos atrás? – o encarei, buscando algo entre as lembranças – Eu nasci a vinte anos atrás. - sorri com as lembranças de meu nascimento, até perceber que Charles estava com minha mãe nesse dia – Você me viu nascer...?

- Sim. – ele pareceu melancólico – Eu acompanhei toda a gestação... Eu...

- Por que meu tio diria para procurar você? – o encarei subitamente.

- Porque sua mãe era a mutante psíquica mais forte que existia. E você é filha de dois psíquicos... – ele parou e pensou – Você pode ser mais forte que ela e correr...

- Perigo. – disse junto com ele – Os caras estão atrás de mim assim como estavam da minha mãe? – ele assentiu a pergunta que fiz a mim mesma.

- Aqui você estará a salvo. – ele veio em minha direção.

- Como pode ter tanta certeza disso? - me virei para olhá-lo frente-a-frente.

- Temos muitos amigos fortes aqui. – ele disse, pegando minha mão – E eu jamais deixaria algo acontecer a você, Diah.

E então pude ver. Quando eles se conheceram, o amor nasceu. Senti toda a paixão e admiração que Charles sentia por minha mãe. Vi a história de amor deles crescendo até... Minha mãe engravidar. Ele me mostrou a barriga dela crescendo.

- Temos que escolher um nome, Charlie. – Emma disse, fazendo carinho em sua linda barriga de seis meses.

- Gosto de Sharon, mas você não quer... – falei, provocando-a. Ela odiava esse nome.

- Pensei em Hazel. Era o nome de minha mãe. – me aproximei dela e coloquei minha mão sobre a dela, sorrindo.

- Esse nome é perfeito. – disse e a beijei.

Apenas senti as lágrimas correndo por toda minha face. Então ele me mostrou o dia do nascimento. Toda a comoção no Instituto para trazer a vida aquela criança.

- Uma linda menina, Charles! – Hank vinha sorrindo. Abracei meu amigo com alegria.

Entrei correndo na sala e vi a mulher mais linda do mundo segurando a criança mais bonita do universo. Minha menina.

- Ela é linda, Charlie! – Emma disse, com seu sorriso parecendo um sol.

Então, minha menininha se transformou em diamante. A coisa mais preciosa que eu já havia visto em toda a minha vida, depois de ver Emma fazendo isso apenas uma vez. Ficamos surpresos e ela ficou feliz, talvez por saber que a filha conseguira dominar isso melhor que ela mesma.

- Dia... – eu ia dizer ao acariciar minha menina.

- Diah! – Emma exclamou de repente – Diah Hazel Frost-Xavier.

E então me tornei o homem mais feliz do mundo. Minha vida estava completa.

E, antes que eu pudesse falar ou pensar algo, ele me mostrara o ataque que minha mãe sofrera comigo. E como nós sumimos, ele achou que tínhamos sido dizimadas.

Quando finalmente pude olhá-lo, vi que ele também chorava.

- Creio que é melhor manter isso em sigilo até termos certeza que está realmente a salvo. – ele enxugou minhas lágrimas.

- Certo. – respirei fundo e sorri.


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