First Date escrita por Ametista


Capítulo 15
15º: Nyo! FrUK


Notas iniciais do capítulo

SIM EU PRECISO DE MAIS YURI BEIJOS PRA QUEM NÃO ME ENTENDE :V
Música: https://www.youtube.com/watch?v=zsmUOdmm02A (COMBINA.MUITO)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/618334/chapter/15

“Não.”

“M-mas eu preparei tudo isso pro encontro, e-“

“Não. Só...não, Alice.” Francine Bonnefoy parecia certa de sua resposta. Não era o que a outra queria ouvir, claro. Alice estava simplesmente incrédula.

“I...I...UGH. Eu não acredito em você! Eu d-demoro tanto tempo, preparo tudo perfeitamente, e você diz NÃO?” A inglesa bufou, e virou as costas para a outra, que parecia até um tanto...chateada. Por que ELA fica assim?

“Não é você, ma chérie, é só-“

“Ah, só você claro. Eu devia ter esperado isso. Clichê.” Alice tinha os braços cruzados, e a francesa suspirou fundo.

Non. Não era isso que eu ia dizer, Alice. É porque eu tenho um compromisso no sábado, mas...bien,se você está tão determinada assim em ficar irritada comigo, não vou insistir.” Disse, e foi embora. A inglesa sentiu vontade de socar alguém, virar a mesa, gritar, qualquer coisa. Mas não fez nenhum desses. Só dessa vez, teria de se conter.

É sempre assim! Me deixa com raiva, e então se faz de vítima. BLOODY HELL, FRANCINE! Pensou, e desabou sentada de volta. Nem reparou que, na exaltação que sentiu, acabou se levantando. Aquilo não acabava ali. Ah, não, de jeito nenhum. Mesmo sendo pessimista, Alice ainda queria tentar. Bom, sim, provavelmente falharia no processo, mas isso era como a vida funcionava para ela.

“Aah...Oh, Alice, o que eu deveria fazer com você?...” A francesa falava sozinha, abraçada com uma almofada e deitada de costas. “É muito difícil conversar, non? Qualquer coisa e você já fica tão irritada...não precisava ser assim...mon dieu, se você me ajudasse só um pouco, eu juro que te mostraria tantas coisas...” resmungava, e por fim atirou a almofada para o canto. Tinha de encontrar alguma solução. Limparia toda a sua agenda, diria não para todos os outros, encontraria algum jeito. Só não queria perder Alice completamente. Mais vezes do que admitiria, Francine se encontrava pensando na outra: os olhos cor de esmeralda, os cabelos lisos e tão loiros quanto o sol, o senso de humor ácido que a deixava conflitada, até as pequenas sardas que pareciam uma espécie de constelação cor-de-rosa. Podia jurar que formavam desenhos, de tanto tempo que passava só imaginando-as. Só de lembrar, a francesa já sentia as bochechas esquentarem. E também teve certeza de que não podia perdê-la tão rápido assim, afinal... J'étais amoureuse.

Francesa idiota, estúpida, atraente- NOT.ATTRACTIVE. Alice sentia-se no mínimo confusa. Afinal, o que realmente sentia a respeito dela? Bem, tinha duas respostas rápidas: Ou a odiava, ou...até que podia aturá-la. Nada mais do que isso, lógico. Claro que não. Alice não gostava de nenhum dos fios de cabelo dela, não gostava dos olhos azuis, não gostava da voz suave, e...Droga, eu estou apaixonada.

Não podia ser, podia? Não pela idiota patricinha, claro que não. Bem, verdade, Alice pensava muito nela. E sentia o coração acelerar sempre que se viam. E tinha acabado de pedir para sair com ela. ....bloody hell, I’m in love.

Mas o que ela poderia fazer? Ir até a casa dela e pedir desculpas? Não, era um tanto tímida pra isso. Tentar outro encontro? Ah, claro, ela provavelmente iria querer fazer isso depois da explosão de Alice. Jogar tudo pro alto e beija-la bem ali? Só se estivesse fora de si, e nem assim seria pega morta fazendo isso.

Enquanto pensava em tantas opções, Alice ouviu alguém bater na porta. Ah, só podia ser. Sem sombra de dúvida. Abriu a porta, e antes que pudesse dizer qualquer coisa, foi abraçada – forte – pela outra. As bochechas coraram, e o coração pareceu hesitar.

“Fr-Francine?” perguntou, apesar de ter certeza de que era ela. Estava nos braços da pessoa certa, e sabia disso.

“Alice.” A outra confirmou, com um sorriso. A francesa separou o abraço, e sorriu mais largamente. “Pardon. Não queria ter te deixado daquele jeito.”

“Foi realmente imprudente.” Concordou Alice. “Você é uma sem-juízo, desmiolada, idiota!” exclamou, e a francesa suspirou.

“Talvez, mas-“

“Boas notícias, Francine. So am I.” a inglesa disse, e beijou-a levemente nos lábios, o que foi suficiente para que ambas corassem, e a francesa arregalasse os olhos por um instante. Só um instante, pois no próximo tinha os dedos entrelaçados nos cabelos da inglesa.

“Não esperava por essa, Alice.” Disse, travessa, com um sorriso de canto mais tentador do que deveria ser. “Não me deu tempo de dizer-“

“Que está apaixonada por mim. Eu sabia, estúpida.” A inglesa resmungou, ainda corando.

“C-como...?” a outra nem terminou a frase, atônita.

“B-bem...eu sei quando estou sendo bem respondida.” Disse, encarando o chão. Francine riu.

“Francamente, você é ainda mais ingênua do que eu imaginava, mon amour. E se eu estivesse só te enganando, hm?” indagou, mas a inglesa deu de ombros.

“Eu já teria acabado com você, claro.” Disse, sarcástica, e a outra riu novamente. “Eu sei que você não teria coragem, stupid.

“Aah, mas...você mesma disse, non? Sou uma desmiolada, inconsequente, sem-juízo. Claro que teria coragem, Alice. Duvida mesmo?” disse, e a menor assentiu com a cabeça.

“Duvido.”

“Então, o que me diz de irmos naquele encontro agora mesmo? Vou te mostrar o quanto...inconsequente eu posso ser, oui?” ofereceu, estendendo a mão. Alice hesitou, mas apertou a mão da outra.

What the hell, o pior que pode acontecer é minha morte, e essa procrastina tanto quanto você, então...vamos.” resmungou, e a outra sorriu no canto.

“É isso que eu gosto de ouvir.” Disse, e no mesmo momento, puxou a inglesa pela mão, correndo para um lugar. Qual? Não fazia ideia nenhuma, afinal, a própria proposta era ser inconsequente.

Pararam não muito longe de onde estavam, afinal, já moravam ambas em Paris. Bem embaixo do Arco do Triunfo, um lugar já razoavelmente movimentado, mas agora, n meio do ano, era quase como se fossem só as duas.

“Qual o motivo disso aqui?” A inglesa não parecia lá muito impressionada, mas a outra olhou o chão. Estava...com vergonha?

“B-bem, eu...eu pensei que pudesse ser um tipo de triunfo te convencer vir, e-“

....my god, Francine. Essa é a pior piada que eu já ouvi na vida.” Alice tinha os olhos estreitados, e a francesa virou os olhos.

“Eu sei. Pardon, eu...não devia mesmo ter feito isso.” Desculpou-se, mas a outra riu, para sua surpresa.

“É tão idiota quanto você.” Disse, e beijou-a novamente, ainda que de um modo um tanto tímido. “Congratulations.”

Francine deu de ombros, e riu.

“Vou assumir que você gostou.”

“É, do mesmo jeito que eu gosto de você: nem um pouco.” A inglesa retrucou, e deixou que a outra terminasse os beijos que ela sempre iniciava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. A leitura dramática com a Blu foi divosa, então espero que vocês achem o mesmo do capítulo ;u;