First Date escrita por Ametista


Capítulo 10
10º: FrUK


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! AMO FRUK DE PAIXÃO
A música é Copo D'agua, Marcelo Jeneci. COMBINAAAA



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“I-I-Isso é um absur-“

Oui, talvez seja.”

“N-Não poderia acei-“

“De maneira alguma? Mon dieu, você é tão previsível..Já terminou de reclamar? Podemos ir agora?” Francis Bonnefoy tinha os braços cruzados, mas não parecia irritado. Pelo contrário: o francês tinha um sorriso no rosto e parecia mais que satisfeito com a presente situação. Arthur Kirkland não pensava o mesmo.

S-shut up. Me deixe terminar o que estava dizendo, frog.”

“Aah, então agora você termina o que está dizendo? Três bien! Um avanço!” Riu, e o inglês não pareceu lá muito contente com a resposta.

“Pela rainha, Francis, é tão difícil assim ser educado?!” Perguntou, no tom irritado de sempre, com a clara intenção de irritar o outro – ou ao menos fazê-lo parar de ser irritante – mas não funcionava. Nunca funciona, of course. Como ele consegue?

“Hm..acho que temos um conceito diferente de..educação. Frog, oui? Foi disso mesmo que me chamou?”

O inglês ficou um pouco vermelho, e desviou o olhar, e isso causou uma sensação de derrota. Não que eu vá desistir ainda. Aquele francês idiota NÃO pode ganhar nenhuma discussão. Ou..nenhuma..outra delas.

“Foi o que imaginei. Agora, sil’ vous plait, poderia responder a pergunta?” Perguntou, e a expressão já não era tão satisfeita. Era mais de impaciência. Claro que aquela não era a primeira vez que esse diálogo todo ocorria entre os dois. Francis já havia chamado o inglês para sair muitas vezes. E esse era sempre o resultado.

Y-yes..e sua resposta é NÃO.” Arthur bufou, e foi embora. Francis virou os olhos, e riu para si mesmo. Um dia, ele vai aceitar. Pensou, com um suspiro. Ele sabia muito bem que nada durava muito tempo, nem a resistência do inglês. E ele encontraria um modo de fazer com que acabasse. A não ser..a não ser que tenha outro jeito..mon dieu, eu já sei. Vai funcionar! Ele sempre aceita vir até minha casa, afinal, sabe muito bem da minha comida. Só preciso..oui, vou fazer um encontro lá mesmo.

“É melhor que isso valha a pena, frog.” Arthur resmungou, o que arrancou uma risadinha – Irritante! – do francês.

“Já menti pra você, mon amie?” Indagou, e Arthur fez que sim com a cabeça.

“Prefere uma lista por ordem alfabética, numérica, de datas?” Disse, sarcástico, e o francês virou os olhos. Of course, agora ele ignora. Ugh.

Merci, não quero sua lista. Só vamos logo pra dentro, oui?” disse, quase empurrando o outro para o outro lado da porta. Arthur desviou para o lado, e cruzou os braços.

“Posso fazer isso eu mesmo, Francis.” Respondeu, e entrou. O francês deu uma risada abafada. Três bien, Arthur, me poupou um trabalho.

O lado de dentro da casa estava como sempre, impecável e ainda cheirando a limpeza. Arthur provavelmente não admitiria, mas se sentia um tanto enciumado disso. Por mais que limpasse a própria casa, ainda tinha cheiro de suas... experiências culinárias.

“Sinta-se em casa, mon amie, vou dar uma olhada lá fora.” Francis abriu a porta de vidro para a varanda, onde realmente havia alguma coisa diferente. Uma mesa não muito grande, duas cadeiras e velas apagadas. Assim que chegar a noite..mmhm. Magnifique!

“O que está fazendo aí fora?” Perguntou o inglês e tentou se aproximar, mas foi imediatamente bloqueado por Francis, que parecia nervoso. Muito nervoso. Observou Arthur.

“N-Nada interessante, mon amie! J-Já te mostrei minha cozinha? Vamos, é..hm..muito bonita..” gaguejou, e o inglês teve de erguer uma sobrancelha pelo comportamento. Detestava pensar nisso, mas ver Francis nervoso daquele jeito era muito difícil.

“Está..tudo bem?” Perguntou, e a reação foi um tanto estranha. Francis sorriu, mas ele não podia dizer se era nervosismo ou..alguma coisa que possa ter feito ele feliz.

Oui! É só..hm..” Começou, mas por uma primeira – E última – vez, não conseguiu terminar sua frase. Ele estava preocupado? Comigo? Pensava, o sorriso se alargava só de colocar essa ideia na cabeça. O inglês, que não fazia ideia, teve de se aproveitar do momento.

Well, não ouvi você terminar essa frase, frog..por que seria isso?” perguntou, se aproximando mais do que gostaria. Francis engoliu em seco.

“E-eu..non..eu terminei..” Francis não conseguia formar uma frase com sentido, e por uma primeira vez, estava realmente vulnerável. Teria de explicar o que estava fazendo, ou seria ainda pior. Suspirou. “Mon amie, eu..eu estava preparando alguma coisa ali fora. P-pardon, eu..não queria dizer.”

Arthur sentiu o efeito da proximidade de uma vez só. As bochechas coraram, e muito. Parecia que acabava de perceber o fato de que seu nariz quase tocava o do outro.

I-I..I’m..I’m sorry.” Disse, envergonhado, e encarou o chão. “Eu..posso ver?” perguntou, e o francês deu de ombros.

“Bem, agora que já sabe..oui, não vejo porque não.” Disse, também olhando os próprios pés. Abriu a porta, e entrou atrás de Arthur. Já..já estava anoitecendo? Mon dieu, então..acho que..oui, posso salvar o encontro!

Com um sorriso satisfeito, Francis pegou um isqueiro no bolso, e acendeu as velas da mesa. Arthur observava com interesse, e as bochechas se avermelhando. Ele tinha um plano? Para..para um enconto?

Francis rodava em volta da mesa para acender as velas alegremente, e depois tratou de puxar uma cadeira para o inglês.

“F-Francis, eu realmente não vejo mo-“

“Shhh..não vê motivos para tudo isso, monsieur? Bem, eu vejo. Você. Agora trate de se sentar, oui?” interrompeu o francês, ainda sorrindo. Arthur corou, e se sentou, um pouco envergonhado. Como ele faz essas coisas? É tão..ficou tão bonito, e..

“Vou preparar a entrada. Volto já, mon amie. Não vá embora enquanto não estou olhando, s’il vous plait!” disse, num tom brincalhão, e foi até a cozinha. Arthur estava um tanto atônito. Tudo isso..pra mim? Mas isso é..bem, não, não é absurdo. Eu só..deveria ter dito sim mais cedo. Não que eu goste dele, claro que não.

Depois de um certo tempo, Francis voltou com uma salada – Extremamente bem feita, arrumada e bonita, s’il vous plait. – e os pratos. Também tinha dado uma ajeitada no cabelo, que agora estava preso com uma fita azul, e na gravata que já estava usando, da mesma cor. Sempre sair bem arrumado tem vários motivos. Pensou, com um sorriso de canto. Sentou-se do outro lado da mesa, e sorriu para o outro.

Arthur não sabia exatamente para onde deveria estar olhando: o prato, , as roupas dele, as próprias roupas, os olhos do Francês, ou...os lábios dele. Não, esses não, pode parar já. Mesmo que sejam macios, e..e bonitos, e..tentadores..PARE DE PENSAR ESSAS COISAS!

Arthur não reparou que gritou a última parte, até que notou a expressão assustada do francês. Bloody hell, agora não..

“P-Parar..? E-eu não estava pensando nada, mon amie, eu..algum problema?” Disse, surpreso. Tinha mentido a respeito de não estar pensando em nada, mas ainda assim, não entendia o problema do inglês. Não é tão errado assim pensar nos olhos dos outros, é?

N-No, não é isso, é que..f-foi sem querer, era..”

“Oh? Era pra você, mon amie? Ora, então..no que estava pensando, monsieur?” Indagou, com um sorriso travesso. Arthur corou, e virou o rosto.

“E-eu..nada importante, frog.” Respondeu, e Francis se aproximou.

“Hmm..mesmo? Não me convenceu. Pensando coisas impuras, não estamos?” perguntou,e Arthur quase engasgou. Sua cabeça ficou uma bagunça, e por isso, soltou um insulto que..bem, nem existia.

“C-claro que não, snog!”

Francis abriu um sorriso largo, e sem querer, bateu os cotovelos na mesa. Arthur enterrou o rosto nos braços, tão corado quanto poderia ficar.

Mon dieu, VOCÊ REALMENTE ESTAVA?!” O francês parecia ter ganhado na loteria, os olhos até brilhavam.

Arthur resmungou alguma coisa entre os braços. Francis riu e afagou sua cabeça calmamente.

“Tudo bem, Arthur, eu não vou contar nada. Só..fico surpreso que você estava pensando nisso, oui?”

“EU NÃO ESTAVA, FROG!” Rebateu o inglês, mais vermelho do que nunca, erguendo a cabeça um pouco.

“Mesmo? Então no que era?” indagou o francês, rindo. O que não esperava era que fosse puxado pelo pescoço, e beijado quase imediatamente por um inglês de rosto vermelho – e QUENTE – até quase perder o ar. Quando se separaram, Francis parecia perplexo, estonteado até. Encarava o nada, tão vermelho quanto Arthur.

“Nisso.” Respondeu o inglês, evitando contato visual.

“B-bem, certo, n-não é exatamente impuro..” gaguejou o francês. “M-mas..mon dieu, eu não sabia que..”

“Que eu tomaria uma iniciativa? Que eu beijo bem? Que eu não tenho medo disso? My god, você é tão previsível..” interrompeu o inglês, mas foi também puxado para um beijo relativamente mais..intenso. Por um momento, seus braços estavam se debatendo, e no outro, estavam envolvendo o pescoço do francês.

Quando precisaram de ar, Francis encheu o rosto do outro com beijos, no nariz, na testa, até no queixo, com um sorriso largo no rosto.

“J-já deu!” reclamou Arthur, tentando afastá-lo, e Francis riu. “Alguma coisa engraçada, frog?”

Oui!” disse, entre risadas. “Você acha que beija bem!”

Arthur inflou as bochechas.

“Você beija melhor do que isso, mon chér! Bem, quando você realmente quer, o primeiro poderia ter sido melhor, e-“

Shut up, frog.” Resmungou o inglês, e aproveitou para dar outro beijo – curto e leve – nos lábios do outro.

“Imagino que não vá querer falar disso amanhã, oui?”

“Isso não aconteceu.” Afirmou Arthur, ainda mais vermelho do que de costume.

“Mas admita, chér, vai ficar na sua memória.”

Yes, como o pior primeiro encontro da minha vida.”

“Garanto que o segundo vai ser melhor.”

“Q-que segundo?!”

“Você vai ver, mon chér. Vai ver.”


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha ficado decente :v



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