Lucky ? escrita por Tatah Salvatore


Capítulo 6
Capítulo 5 - Katherine


Notas iniciais do capítulo

Oi florzinhas, voltei rápido né? Tudo isso graças ao nosso tão amado feriado, gostei tanto dos comentários que minha criatividade foi a mil e consegui escrever...O cap. ta grandinho, pois eu precisava terminar logo essa parte do passeio Steferine, para dar inicio as novas aventuras do nosso casal amado... Espero que gostem e vejo vcs lá em baixo.



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Eu precisava mostrar para Stefan o que ele estava perdendo, vivendo trancafiado dentro de um palácio atolado de papeis; mostrar como as pessoas “normais” vivem e que não é ruim como dizem, que nem tudo que ele vê na televisão é verdade, que ele precisa conhecer o povo para poder ajudá-los.

– Nós podemos? – perguntou meio indeciso. – Não é perigoso?

– Eu sou a prova viva de que não tem perigo nenhum. – eu conhecia aquele lugar e sabia que não corríamos nenhum perigo, ali era o lugar mais seguro que eu conheço. – Vem logo, quero te mostrar o que pessoas normais fazem.

Puxei-o pela mão, não era para ele entrelaçar nossos dedos, mas a sensação era boa de mais para ser negada, então acabei permitindo. Fomos para o ponto de ônibus, pois o primeiro lugar que o levaria era longe para ir a pé.

– Preciso saber aonde vamos e porque estamos parados? – já entendi que ele não tinha paciência de esperar por nada, Meu Deus que homem curioso.

– Estamos esperando nosso meio de transporte, e tente ser menos curioso. – avistei o ônibus e fiz sinal para que ele parasse. – tem dinheiro para as passagens?

Apenas balançou a cabeça e me entregou sua carteira, subi no veiculo e o puxei pelo braço. Assim que entreguei o dinheiro ao motorista passamos pela catraca e fomos para o fim dele. Stefan parecia estar em estado de choque, pois ficava observando cada defeito do ônibus velho.

– É isso que as pessoas usam para se locomover? – finalmente resolveu falar.

– Pessoas que não tem condições de ter um carro ou para pagar um taxi, sim usam isso. – o motorista deu uma freada violenta o que fez com que eu me desequilibrasse e quase caísse se não fosse por aquele braço forte que me segurou pela cintura, Stefan colou nossos corpos e manteve a mão na minha cintura, olhei para aquelas orbitas verdes que me encaravam, estávamos perto de mais e não era seguro.

– Pelo visto tudo que sei sobre a vida de pessoas comuns é uma farsa. – abaixou a cabeça, parecia que estava em uma luta interna.

– Ei, quero te mostra tudo para que saiba o que fazer quando for rei, precisa conhecer o modo de vida do seu povo. – coloquei a mão em seu rosto para que olhasse para mim, parecia uma criança que acabará de descobrir que papai Noel não existe. – Quero que veja que nem tudo é ruim por aqui.

Assim que descemos do ônibus pude sentir a brisa maravilhosa que vinha mar, eu sabia que em Nafta não tinha praia então quis mostrar a ele aquele pedacinho do céu.

– Katherine isso é maravilhoso. – olhando para mim sorriu e vi ali minha perdição, aquele sorriso torto causava sensações estranhas em mim.

Dessa vez não precisei puxar-lo pelo braço, ele foi sozinho explorar o local por ele desconhecido. Passei grande parte da minha infância ali naquela praia, brincando com meus avôs, foram eles que me mostraram todo o reino, cada pedacinho daqueles lugares. Meu vô Richard me ensinou tudo que uma princesa deveria nunca fazer como cavalga, subir em árvore, e minha vó Ivy me tirava das aulas chatas de etiqueta e me ensinava tudo sobre fotografia, os dois me criaram como uma criança comum, sem vestidos chatos e sem sapatos que doem o pé, meus pais nada diziam, pois estavam ocupados demais ensinando Elena a como governar Frenesi, e não os odeio por isso, muito pelo contrario agradeço a eles por terem permitido tudo isso. Faz dois anos que meu avô se foi, ele foi o melhor rei que Frenesi já teve, sempre bondoso e carinhoso com seu povo, me orgulhava tanto dele, a saudade era forte mais sabia que onde quer que ele esteja sempre vai estar vivo no meu coração.

Stefan estava sentado na areia olhando o mar, parecia pensativo, perdido em seus próprios pensamentos. Tirei a câmera da mochila e tirei uma foto, pois queria dar para ele para quando ele fosse embora para que não se esquecesse daqui, ou talvez quem saiba de mim.

– Pensei que ia ter que te buscar. Você está tão calada. – sorriu irônico.

– Esse lugar me traz boas lembranças. – vi um velinho com um carinho de sorvete e acenei para que ele viesse ao meu encontro. – Um sorvete de morango, por favor.

– E o senhor vai querer qual sabor? – perguntou o senhorzinho moreno de rosto cansado.

– De abacaxi. – tirou a carteira do bolso da calça jeans e entregou duas notas ao senhorzinho. – Obrigado e tenha uma boa tarde.

Com sorvetes em mãos começamos a devorá-los, nada Stefan começou a gargalhar e me vi franzindo o cenho.

– Você fica uma graça de bigode rosa. – passou o dedo por meu busto e vi seu dedo todo lambuzado de morango, só não esperava que ele fosse levar aquilo para a boca. - Hmmm...maravilhoso.

Seu rosto se aproximou do meu e seus olhos foram diretos para meus lábios, como um pedido secreto, como não o neguei se aproximou mais e mais, até que passei meu sorvete em sua cara, deixando seu rosto todo rosa e grudento, por fim cai na gargalhada.

– E agora ta melhor? – perguntei, sua cara era de quem não estava acreditando no que tinha acabado de acontecer.

– Não sei. Você acha? – pegou o pouco sorvete que tinha e passou no meu rosto e depois de tirar meu boné jogou o liquido no meu cabelo.

–Eu vou te matar! – o derrubei na areia ficando por cima, aproveitei a vantagem e fui direto em seu cabelo já que quando o derrubei o boné havia caído, só não esperava que ele fosse segurar meu pulso. – Me solta!

Em um movimento rápido ele conseguiu nos virar, fazendo com que ele ficasse por cima, bati o sorvete em sua cara para que saísse de cima mais nada adiantou, ele espremeu o que restou do seu sorvete na minha cara, finalmente soltando meus braços. Comecei a me debater em uma tentativa falha de que ele saísse, um sorriso torto reinava em seus lábios e vi que aquela simples brincadeira havia deixado de ser inocente no momento em que vi seu rosto se aproximar, tocou minha bochecha fazendo um carinho, viu que as mãos não eram o suficiente e mudou de estratégia, passou a dar leves beijos no meu rosto, a textura dos seus lábios tão suave que pareciam com algodão doce e imaginei pela primeira vez como seria beijá-lo, desceu os beijos para meu queixo e ali deu uma leve mordida, oh céus aquilo fez com que eu ficasse toda arrepiada o que serviu de incentivo para que ele continuasse a explorar e foi exatamente o que ele fez, foi direto para o lóbulo da minha orelha mordiscando de leve, um gemido estava preso na minha garganta, depois seguiu para meu pescoço, ok agora isso tava indo longe de mais.

– Hmmm...Temos que ir. – meu corpo dizia para eu aproveitar o momento já meu celebro dizia que era hora de parar.

Sem avisar nada, me pegou no colo e saiu correndo em direção ao mar, o que eu fiz foi apenas gritar e pedir para que ele parasse mais ele fingia ser surdo. A água estava um gelo, mais por um lado foi bom, pois pude limpar meu rosto e cabelo.

Depois de fazer guerrinha na água voltamos para a areia, ensopados, se chegássemos assim no palácio descobririam tudo.

– Precisamos de roupas secas. – torci minha blusa na tentativa falha de deixá-la seca. Não sei se foi uma ideia inteligente ou se apenas estava querendo se sentir o gostosão, aquilo que vi no quarto dele não chega nem aos pés do que meus olhinhos viram naquela praia, seu abdome definido mostrava que ele praticava exercícios e o peitoral, nunca tinha visto nada igual, senti meu rosto esquentar quando fui pega olhando.

–Vamos a alguma lojinha e eu compro roupas baratas para nós. – e colocou a camisa de volta, apenas concordei com a cabeça.

Conduzi-nos para a calçada, mais para frente tinha lojas de roupas e comidas, entramos em uma que parecia de hippies, a atendente tinha dreads, alargador e seu braço eram cobertos por tatuagens, usava uma blusa tão decotada que seus peitos pareciam querer sair para fora.

– Boa tarde, em que posso ajudá-los? – perguntou toda sorridente olhando para Stefan.

– Precisamos de roupas femininas e masculinas. – respondi bem direta.

– Por favor, me acompanhe. – levou-nos para uma área repleta de vestidos e saias compridas, me mandou dar uma olhada e levou Stefan para outra parte da loja, não gostei nem um pouco disso. Optei por um vestido longo azul marinho com decote em V, um casaquinho preto, pois estava começando a esfriar, chinelo branco e para finalizar óculos Ray ban preto.

Sentei-me em uma cadeira de frente para o provador masculino e esperei, estava quase cochilando quando ouvi risadas, abri os olhos e me deparei com Stefan, vestindo uma bermuda marrom, camiseta cinza, boné preto e óculos, parecia um garoto riquinho de alguma universidade.

– Vamos? Já paguei tudo. – olhou para mim de cima a baixo, mas demorou um pouco no decote. Assenti e seguimos caminho pela orla. – Estou com fome.

– Aquela lanchonete é recheada de lanches gordurosos, ainda tem dinheiro? – apontei para a lanchonete de fachada vermelha.

– O suficiente para comprar a lanchonete inteira. – colocou a mão esquerda no bolso e estendeu a direita para mim, recusei é claro, desistiu da idéia absurda e colocou a mão no bolso.

Fizemos nossos pedidos e nos sentemos em uma mesa mais afastada, fiquei quieta e continuei assim até terminar meu lanche, olhei para fora e vi que já se passava das seis horas da tarde e me vi preocupa.

– Temos que ir. – olhei ao redor e vi um homem sentado bem próximo a nós, ele me encarava e percebi que ele era um dos paparazzi que infernizava os famosos.

– Que tal irmos ao parquinho? – apontou praia, ali pude ver um grande parque de diversões, com montanhas russas e tudo, mas não podíamos demorar mais nem um segundo aqui.

– Temos que voltar para casa agora. – peguei sua carteira e deixei algumas notas em cima da mesa, puxei-o pelo braço em direção a um taxi.

– Da pra andar mais devagar? O que houve Katherine? – seu rosto transbordava confusão e vi seu erro ali ao me chamar pelo nome.

– Xiiiu... Acho que tem um fotografo atrás da gente. – [olhei para trás e quase fiquei cega por causa dos flashes, nunca vi tantos fotógrafos assim, eram tantos que pensei ser meu fim, “como você ta dramática hoje”.]

– Taxi. – gritou para um taxi que caiu do céu na hora certa, entramos no veículo e quando estávamos acomodados, um bando de repórteres surgiu do nada na janela.

– Vossa Alteza poderia dar uma palavrinha para nós. – a mulher era uma ruiva alta e me lembrei de já ter visto ela antes na televisão.

– É verdade que vocês estão noivos? – um homem de cabelos brancos com um enorme topete empurrou á ruiva.

– Nos leve para a cafeteria da Lucy. – pedi ao motorista, que logo colocou o carro em movimento.

Quando chegamos lá comecei a bater na porta desesperada, Lucy era a única pessoa que eu podia confiar, logo ela apareceu parecia surpresa em me ver.

– Aconteceu alguma coisa querida? – perguntou ao ver meu estado.

– Lucy, nós poderíamos entrar um pouco? – eu não parava de olhar para os lados, procurando por eles.

– É claro querida, entrem. – abriu mais a porta dando passagem para nós, entramos e Lucy fechou a porta. – O que houve Katherine?

– Quando você descobriu quem eu sou? – sentei em uma cadeira e puxei Stefan para a cadeira ao meu lado, ele parecia estar em estado de choque.

– Desde o dia da reportagem. Agora me conte o que te trás aqui? E porque o futuro rei de Nafta está em estado de choque?

– Eu resolvi tirar ele do palácio, mas alguns fotógrafos e repórteres nos acharam, eles estão atrás de nós. – dei uma olhada nele e vi que suas mãos suavam.

– Vou pegar um pouco de água com açúcar para ele. – Lucy saiu do meu campo de vista.

Era estranho ver a cafeteria fechada, as cadeiras estavam em cima das mesas e a iluminação era fraca.

– Ei, vai ficar tudo bem. – passei a mão na sua bochecha. – Eles não sabem onde estamos daqui a pouco podemos voltar.

– Droga Katherine, eu disse que era perigoso. – tirou minhas mãos de seu rosto e ficou de pé. – Meu Deus, o que meu pai vai pensar sobre mim? O que meu povo vai pensar que eu sou?

– Calma, até parece que você fez algo de errado. Não vão pensar nada de mais e sim que você tem uma vida fora daquela droga de palácio. – me levantei também.

– Nada de errado? Qual é Katherine um de nós podia estar morto uma hora dessas, eu não devia me expor assim em público sem segurança. – vermelho que nem um pimentão, essa era a cor de seu rosto.

– Mas nós estamos vivos e bem, vamos voltar para o palácio e tudo vai ficar bem. – voltei a me sentar assim que ouvi batidas na porta, olhei para a grande janela de vidro e os vi ali, socando a janela em busca de atenção.

– Parabéns eles voltaram. Isso tudo é culpa sua, eu deveria ter recusado esse convite, porque você é uma louca que só se mete em confusão. – aquelas palavras acertaram em cheio o meu coração. – Meu pai só pode estar louco, se pensa que você pode ser uma rainha.

– Cala a boca! Você devia me agradecer por ter te tirado de lá, você é mais um riquinho de merda que acha que sabe alguma coisa da vida. – passei a mão em meus cabelos, tentando controlar a raiva.

– Pode apostar que se eu pudesse escolher alguém para ser minha rainha, esse alguém jamais seria você. – tampou a janela com a cortina.

– Você jamais será um bom rei para Nafta, seu cretino. Pode esquecer aquela merda daquele plano ridículo, pois amanhã mesmo vou dar o fora desse lugar. – Me levantei e fui para trás do balcão, e me sentei escondida daquele monstro, senti meus olhos ficarem embasados mais não me permitiria chorar por ele.

– Ei desculpa, eu fui um idiota. – sentou-se ao meu lado e limpou a maldita lagrima que saiu sem permissão.

– Não encosta em mim, nunca mais. – bati na sua mão e me levantei, Lucy estava demorando de mais.

Depois do que parecerão se horas finalmente os carros reais chegaram e nos tiraram de lá, estava pronta para ouvir um baita sermão do meu pai e sabia que castigos viriam por ai.

– O que você tem na cabeça garota? – mal tinha colocado os pés para dentro do palácio e meu pai já chegou me dando bronca. – Você só pode estar louca, sabe o que essa sua irresponsabilidade poderia ter causado? Morte, Stefan é o único herdeiro de Nafta, se tivesse acontecido qualquer coisa com ele você estaria atrás das grades.

– Ele está bem, não aconteceu nada grave. – me permiti responder.

–Tire da sua cabeça essa idéia maluca de que você não irá casar e se está fazendo isso para me provocar pode ir parando, pois saiba que minha paciência com você acabou. – se virou e partiu.

Corri para meu quarto dando de cara com a minha querida avó, que me deu um grande abraço e me conduziu para minha cama, com ela ali me permiti chorar e como em todas as vezes que eu estava mal ela passava a mão em meus cabelos e cantarolava uma cantiga de ninar.

– Minha querida, chegou a hora de crescer e assumir suas responsabilidades. – me olhou nos olhos e me fez sentar de frente para ela.

– Mais vó eu não suporto a idéia de me casar com um estranho. – quem em sã consciência iria querer se casar com alguém que não ama? Ninguém.

–Vocês não pareciam estranhos até algumas horas atrás. Pare de fugir das pessoas meu amor, se permita sentir. – colocou uma mecha atras da minha orelha.

– Eu não gosto que tomem decisões por mim e eu me sinto frágil quando deixo ele se aproximar. – sabia que podia contar tudo para minha vó, ela sempre teve soluções para tudo.

– Katherine é a primeira vez que é obrigada a fazer algo por Frenesi, sempre te poupei de tudo não quero que veja isso como uma coisa ruim, saiba que eu e seu avô nos conhecemos assim e com o tempo encontrei nele tudo o que eu precisava. – minha vó tinha razão, ela e meu vô foram obrigados a se casarem.

– Não é a mesma coisa. – me levantei da cama e me olhei no espelho.

– Te entenderia se ele fosse um velho gordo e rabugento, mas Stefan é um bom rapaz e além de tudo é muito bonito. – caminhou em minha direção e depositou um beijo na minha testa.

– Reflita sobre o que eu disse querida. Boa noite e descanse.

Depois que Ivy saiu não consegui dormi, aquelas palavras não saiam da minha cabeça: “Pare de fugir das pessoas meu amor, se permita sentir”. Será que ela tinha razão? Eu poderia um dia amara Stefan? Eu deveria tentar me abrir para ele? Eram tantas perguntas sem resposta, que acabei dormindo.


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Notas finais do capítulo

Nem se casaram ainda e já tiveram uma DR, poxa tefinho assim não da né gato... Só para deixar claro que as roupas que a Kath usa na fic são todas looks da diva da Nina.... Comentem bastante *-* Beijinhos e bom feriado a todos...



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