Hunter x Hunter - Vingança Escarlate escrita por Wix Freecs


Capítulo 2
Selecionando x Os x Competidores




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– Hisoka!- Grita enfurecido Killua.- Como te deixaram entrar na mansão assim tão facilmente? O Gon passou o maior sufoco para isso!

– Por que não vamos direto ao ponto?- Pergunta Hisoka, desviando do assunto, e se sentando ao lado de Illumi no banco.

– Eu preciso falar com a Trupe Fantasma, e tenho certeza que você sabe onde eles estão.- Declara Killua, se acalmando.

– O que te faz pensar que eu sei onde eles estão?- Pergunta em tom de irônia Hisoka.

Killua engrossa a cara, esperando que Hisoka entendesse que ele não estava alí de brincadeira. A intimidação do garoto funciona perfeitamente, de forma que Hisoka rapidamente se levanta e vai em direção à porta.

– Siga-me.- Ordena, antes de adentrar o corredor.

O percurso pela enorme mansão os leva até outro dirigível. Hisoka passa todo o percurso até o misterioso destino calado, assistindo televisão, ignorando totalmente Killua, que aproveitou o tempo para ligar sua mão a uma tomada através de fios, recarregando sua eletricidade. Em quatro horas, já pousaram em um aeroporto secreto, em meio a uma densa floresta, da qual não se via onde terminava mesmo com a visão periférica que tiveram. A maior floresta do mundo humano, Floresta Marajoa, representando um terço da área de florestas de todos os continentes fora do Continente Perdido, distribuída entre cinco países diferentes, sendo que mais de cinquenta porcento de seu território está localizado no país de Sancruz, que é onde Killua e Hisoka estão agora.

Estes caminham pelo terreno plano de terra que era a pista de pouso do hangar secreto que a família Zoldyck tinha por lá.

– Onde vamos agora?- Pergunta Killua, amargurado pelos fortes raios solares que incindiam nele.

Hisoka, sem dizer nada, aponta para uma estrada de terra que formava um trilha no meio da floresta que cobria o aeroporto. Enquanto caminhavam, puderam deslumbrar do espetáculos que era a flora e a fauna. Frutas de todas as formas e cores, animais de todos os tipos e árvores de todos os tamanhos e padrões de folhas. Nada naquela floresta era comum ou padronizado.

– Até quando teremos que andar?- Pergunta Killua, soado e ofegante, mesmo na sombra formada pelas enormes árvores que contornavam a trilha.

Hisoka, não comunicativo como sempre, aponta para o fim da trilha, onde era possível perceber o início de um pequeno monte. Entre o início e o cume do monte, que devia ficar a uns cem metros do chão, havia uma entrada de caverna.

No interior dessa caverna estava a Trupe Fantasma.

– Me deixem matá-lo!- Grita Nobunaga, quase partindo para atacar o robô, tendo que ser segurado pelos braços por Shizuku e Fincs.- Ele com certeza é o responsável pelo que aconteceu com o Shal!

– De fato, fui eu que o matei.- Declara, deixando todos imobilizados e sem reação.- Mas, se quiserem vingança, vão ter que seguir minhas instruções.

Nobunaga, sem nenhuma expressão, levemente empurra os amigos que o seguravam e se prostra em frente ao brinquedo, o encarando.

– O que eu tenho que fazer pra te encontrar e te matar?- Pergunta, em tom sereno porém ameaçador.

– Vou inscrever vocês no Torneio Mundial Hunter, onde também estarei competindo, aceitem a convocação e poderão ter sua vingança...

Antes que completasse sua frase, foi brutalmente esmagado pelos pé direito de Nobunaga. Este olhou todos os seus companheiros nos olhos, como se perguntasse se eles haviam assimilado e concordado com a proposta do brinquedo.

– Estaríamos nos arriscando demais por uma simples vingança.- Declara Feitang

– Não é como se eu quisesse vingança... é que...- Tenta responder a desaprovação de Feitang Nobunaga.- Bem, haverá um grande prêmio em dinheiro para o vencedor.

Todos ficam pensativos, considerando a ideia de Nobunaga, até que decidem aceitá-la, depois de breves momentos. Finalmente o clima triste é quebrado por uma nova determinação, que é rapidamente substituída por tensão, quando Nobunaga assume posição defensiva do nada.

– O que houve Nobunaga?- Pergunta Shizuku, confusa com a súbita atitude do amigo.

– Dois indivíduos se aproximam.- Diz, olhando em direção ao estreito e escuro corredor que levava até a câmara onde estavam.- E a presença deles me é muito familiar.

Surgindo das sombras, aparecem Hisoka e Killua, entrando de maneira casual, como se fosse uma simples visita a casa de parentes próximos.

A primeira reação foi de Nobunaga, que, menos um segundo depois de eles terem aparecido, sacou sua espada e tentou investir um corte vertical em Killua. Este, percebendo o perigo, liberou uma descarga elétrica pelo próprio corpo, o acelerando a ponto de poder prender a lâmina que se movia na velocidade do som entre as mãos, travando o ataque de Nobunaga um milímetro antes que ferí-lo. Essa frenética cena aconteceu em menos de um segundo.

– Foram vocês!- Grita Nobunaga, tentando soltar a espada das mãos de Killua enfurecidamente.- Sempre que acontece uma desgraça com a Trupe vocês estão por perto.

– Se você puder se acalmar explicamos tudo.- Diz Hisoka, calmo como sempre.

Sem escolha, todos se dispõem a ouvir o que Hisoka e Killua tinham a dizer.

– Lamento,- Diz Machi, após ouvir a proposta de compra dos olhos-escarlate feita por Killua- Mas não os possuímos... não mais.

Killua se encolhe em frustração.

– Há alguns dias, quando recebemos a notícia da morte de Shalnark, notamos o sumiço dos olhos do nosso inventário.- Completa Shizuku.

– Por que estão nos dando todas essas informações?- Pergunta Killua, desconfiado.

– Porque temos uma outra proposta para te fazer.- Declara Machi.

Em outra parte misteriosa do mundo, uma praia paradisíaca, uma cena digna da atenção dessa narrativa acontece, simultâneamente. Kuroro Lucifer, pela primeira vez em meses, faz sua primeira aura de Nen desde que teve seu Nem trancado pelas correntes de Kurapica. Sua aura subiu até os céus como um lazer, de tanto tempo se acumular, ansiosa pela próxima vez que seria usada. Assim que dissipa sua aura, olha para trás, na direção de um jovem negro de cabelos crespos.

– Quando foi a última vez que teve contato com os membros da Aranha?- Pergunta Kuroro, com um sorriso contido de uma alegria depravada.

Meses antes do Torneio Mundial Hunter, um conselho formado por hunters e ex-hunters de alta patente é reunido para decidir quais serão os participantes, o Conselho Seletivo Mundial. Cada um dos seis conselheiros deve apresentar uma lista com vinte nomes, dos quais dez serão escolhidos entre os restantes membros do conselho através de votações, sendo que os nomes que aparecerem em mais de uma lista são previamente aprovados. Um desses conselheiros é ninguém menos que Joseto Siruva. A lista de cada um é passada adiante entre eles pela mesa de reuniões.

– Inaceitável!- Grita Biscuit Krueger, furiosa, depois de ler os nomes escritos na lista de Joseto.- Metade desses nomes nem ao menos constam na lista de hunters profissionais e o resto são todos hunters acusados de crimes hediondos. Como espera que aprovemos algo desse tipo?

– Na verdade, a regra para a escolha dos nomes é de que pelo menos metade deles sejam de hunters comprovadamente profissionais.- Declara outro membro do conselho, em defesa de Joseto.- E além disso, você não pode falar nada. A maioria dos nomes da sua lista são de amigos seus... e até mesmo seu próprio nome você colocou nisso aqui.- Conclui.

Biscuit se encolhe tímida e para de falar.

– Entendi a sua, Joseto.- Diz Kite, com sua típica expressão de frieza.- Você colocou dez nomes que nenhum conselho aprovaria entre dez desconhecidos, com o intuito que todos acabariam escolhendo os desconhecidos... esperto.

Joseto não se manifesta a nenhum dos comentários feitos, se mantendo calado com as mãos entrelaçadas sobre o nariz.

– Hum...- Lamenta Biscuit.- Acho que com tantos hunters talentosos indo para o Continente Perdido, não nos sobrou muita coisa mesmo, então seja o que tiver que ser. Pelo menos ainda temos os heróis que participaram da guerra contra as formigas-quimera.

A reunião termina. Joseto é o último a sair, sem demonstrar nenhuma expressão. A frente da calsada do enorme prédio onde ocorrera a reunião, está um elegante carro preto, do tipo que dá carona a pessoas importantes. Joseto entra no carro pelo banco de carona. O motorista é Kurama, com seu celular manipulador em mãos e um sorriso malígno no rosto.

Na ilha da baleia, o clima continua tranquilo. Gon usa a internet pelo computador de seu quarto, enquanto Alluka, em um banquinho ou lado da cadeira dele, o faz compania. O site que acessa carrega um vídeo no qual uma bela mulher loira trajando brilhantíssimo vestido faz uma apresentação em frente a uma platéia em um enorme teatro, pelo menos dez vezes maior que qualquer teatro nacional.

– E agora faremos a convocação dos sessenta selecionados para o Torneio Mundial Hunter desse ano...- Diz a mulher, prendendo fortemente a atenção de Gon.

Um por um, ela anuncia os nomes da lista, entre os quais estavam Kite, Tszugera, Morel, Shoot, Knucle, Biscuit, Hisoka, Illumi, Kalluto, Nobunaga, Machi, Shizuku, Fincs, Feitang, Gon e Killua. Seis dos atuais membros da Aranha haviam sido selecionados. Como já era de se esperar, foram selecionados também aqueles que participaram da guerra contra as formigas-quimera. Foram reunidos os melhores entre os que não iriam para o Continente Perdido.

Assim que ouviu seu nome, Gon se esqueceu de sua condição e gritou de alegria. Mitou chegou a ir verificar se tudo estava bem no quarto de tão estrondoso que o grito foi. Finalmente a avidez de Gon por aventuras voltara.

Um mês se passa desde a seleção. Agora resta uma semana para o início do Torneio. Acompanhado de Hisoka e da Trupe Fantasma, Killua chega no aeroporto internacional da cidade de Tsuki no Rio. Gon e Alluka também havia chegado na cidade, através de um navio. Durante a viagem, não conseguia parar de pensar em como faria se seu Nen não voltasse até o dia da competição, mas não estava disposto a deixar que isso atrapalhasse seus planos.

No porto, esperando a chegada do navio que Gon pegara, estava Kite. Disfarçando sua apreensão com sua expressão indiferente.


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