The past escrita por Paola Cristine


Capítulo 28
Parte IV – 4º Ano, Capítulo 1 – Visitando os Kayness


Notas iniciais do capítulo

E hoje é o aniversário da nossa querida bruxinha. E em sua homenagem estou postando este capítulo para vocês, aproveitem e desculpem pela demora.



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Durante o tempo em que estive em casa fui praticamente obrigada a ir a casa das amigas de Ariana, ela perguntou se podia contar que eu era uma bruxa, eu disse que não, pois elas poderiam interpretar de maneira errada e ela aceitou bem. Contei por cartas sobre o que havia acontecido com ela na última semana de aula, Vic dizia que Ari era uma bruxa, já Anne dizia que ela podia estar mentindo, pois, as irmãs dela viviam mentindo, e Beth estava por fora disso, já que nem ela sabia como as crianças trouxas sabiam que eram bruxas antes da carta de Hogwarts. Eu também não lembrava de ter feito algo magico quando pequena então já não sabia mais o que fazer, mas cumpri minha promessa de ajudar Ari a sair, até que recebi uma carta um tanto pequena de Anne.

Wiltshire, 10 de agosto de 1995

Kay,

Tenho sentido sua falta, e quero contar coisas que por cartas não seria tão seguro. Gostaria de vir passar uns dias em minha casa?

Mary Anne Kayness

Assim que li a carta pedi aos meus pais e logo respondi.

Londres, 13 de agosto de 1995

Anne,

Eu vou adorar. Meus pais autorizaram e perguntaram se posso passar a última semana das férias aí. O que acha?

Kaya Sanchez.

Avisei aos meus pais sobre isso quando a carta dela chegou dizendo que eu poderia sim passar a última semana com ela e a família. Então na última semana de férias fomos ao Beco Diagonal comprar os materiais e como combinado encontramos os Kayness, na hora de ir embora o senhor Kayness iria com o carro para carregar as coisas, incluindo meu malão e Hoot, e depois de nos despedirmos de meus pais fomos até uma loja de animais, e Anne comprou uma pequena coruja das neves. Anne deu a gaiola da coruja para o pai que logo saiu e nós iriamos pela rede de flú (eu já havia lido sobre tal).

— Kaya, vá na frente querida.

— Ah, senhora Kayness, é que...

— Mamãe, Kay mora com trouxas lembra? Acho que nunca viajou com pó de flú – Anne falou.

— É mesmo Kaya? – Assenti – Bem, Mary vá primeiro então.

Anne se aproximou da mãe e pegou um punhado de areia numa vasilha, entrou na lareira e disse “ residência Kayness” antes de jogar a areia e chamas verdes a engoliram e ela desapareceu, dei alguns passos para trás por causa do susto que levei.

— Isso machuca? – Perguntei a Cady, que estava ao meu lado.

— Não! – Ela riu – É só dizer com clareza.

— Quer tentar agora querida? – A mãe de Anne perguntou.

Assenti e repeti o mesmo que Anne, quando as chamas me engoliram eu senti um calor ameno e parecia que tudo ao meu redor girava, e de repente eu estava na lareira de uma enorme sala de estar, com um pouco de fuligem pelos cabelos e roupas.

— Graças a Deus Kay, achei que poderia se perder, venha vou leva-la ao seu quarto.

Ela me guiou até uma enorme escada e assim até o segundo andar e abriu a porta no final do corredor, eu fazia o caminho todo quieta, olhando admirada para cada lugar, parecia até a primeira vez que fui ao beco diagonal.

— Bem, eu escolhi coloca-la no quarto ao lado do meu, caso precise de algo, sabe.

O quarto era enorme, com uma cama bem no canto do quarto que estava com lençóis e travesseiros marrons, que combinava com a mobília, uma cômoda e um armário do lado oposto e uma escrivaninha, o quarto tinha a metade de cima pintada de um tom de bege médio e a outra metade tinha uma madeira escura, os moveis eram todos do mesmo tom da madeira das paredes.

Assim que terminei de arrumar minhas coisas, fui até o quarto de Anne, os moveis e as paredes eram iguais a do quarto ao lado, mas os lençóis e travesseiros eram em tons de azul e bronze, o que dava um ar muito corvino para o lugar. Ela tinha, inclusive, na parede da cama o emblema de nossa casa pintado à mão.

— Então, o que achou?

— Por que não me contou que mora em uma mansão?

— Ah, bem... eu não gosto de me achar só porque tenho dinheiro, isso é tão sonserino!

— Entendo, mas eu nunca li sobre a família Kayness nos livros sobre famílias antigas de bruxos, pode me contar?

— Eu não quero te encher com a história da minha família Kay.

— Não penso que me encheria, adoro saber sobre famílias bruxas.

Ela sorriu, foi até a escrivaninha e pegou um rolo de pergaminho, colocou-o estendido sobre a cama e pediu para que eu me sentasse na mesma junto dela.

Na hora reconheci do que se tratava o pergaminho, era a árvore genealógica dela.

— Esta é a árvore da minha família, a nobre família Lamartine.

— Lamartine?

— Sim, a família de minha mãe, uma das mais antigas e ricas da França. A família de meu pai era pobre, ele não gosta de falar dela, pelo que sei, eram simples fabricantes de logros, não sei do que ele se envergonha, eu adoraria ter avós trabalhando na Zonko’s por exemplo. Eles morreram logo depois que ele terminou Hogwarts. Depois de formado ele foi trabalhar no Gringotes e juntou uma pequena fortuna, a única coisa que meus avós deixaram para ele foi um elfo domestico, que pelo que papai conta, já era velho e morreu pouco antes dele se casar com a mamãe. Bem, está aqui em algum lugar.

Ela procurou em toda a parte baixa do pergaminho e logo apontou.

— Aqui, minha mãe e meu pai.

Em baixo de uma linha dourada que ligava dois nomes estava escrito “Marjorie Lamartine” em um verde esmeralda lindo e uma fina linha dourada ligava-a ao nome “Philip Kayness” escrito em um tom de safira velho, uma linha dourada descia e se dividia em quatro, onde os nomes estavam escritos no mesmo tom esmeralda da senhora Kayness, por ordem de nascimento “Rebecca Kayness”, “Mary Anne Kayness”, “Catheryne Kayness” e “Candece Kayness” e um espaço em branco ao lado de cada nome, e logo abaixo um enorme pedaço do pergaminho também em branco.

— Mas por que tudo isso de pergaminho sem nada?

— Ai, Kay – ela riu – são para nossos maridos e descendências, cada Lamartine quando nasce ganha uma árvore, o primeiro filho ou primeira filha fica com o dos pais e os outros são mandados fazer, sempre sobrando espaço para mais umas, 5 gerações.

Nós rimos bastante e só então notamos que já havia escurecido.

Durante o jantar conversamos bastante, até que Rebecca tocou no assunto da volta d’Aquele- que-não-deve-ser-nomeado durante o torneio tribruxo.

— Eu não consigo acreditar! – Disse a mãe de Anne, percebo agora que a ouvi falar um pouco mais, que ela tem um sotaque um pouco diferente, talvez herança da parte de sua vida em que passou na França – É impossível que ele tenha retornado não?

— Eu acredito na palavra de Dumbledore, querida. Acho que ele não teria motivos para mentir.

— Talvez aquele Arry Potter tenha mentido para ele, talvez ele mesmo tenha matado o garoto!

— Eu tenho certeza que não senhora Kayness – falei.

Todos na mesa me encararam, afinal a conversa era somente entre os pais e a irmã mais velha de Anne, a senhora Kayness olhou-me novamente e perguntou:

— Como tem tanta certeza Kaya? Conhece-o bem?

— Minha amiga Gina Weasley é irmã do melhor amigo dele, ele considera os Weasleys como família. Se estivesse mentindo contaria para a família, ou então daria diversas versões quando questionado sobre isso, mas segundo Gina, ele sempre diz a mesma coisa.

— Eu não tinha pensado dessa forma Kaya.

Ela me respondeu e o resto do jantar foi tranquilo, conversamos sobre as escolas e logo subimos para tomar banho e dormir.

Fui até o quarto de Anne para conversarmos um pouco antes de dormir.

— Anne, posso entrar?

— Claro Kay.

— Sua mãe não confia tanto na palavra de Dumbledore, não é? – Pergunto sentando-me ao seu lado na cama.

— Ela só vai acreditar quando Madame Maxime afirmar também.

— E Rebecca está indo para o último ano de escola, não é mesmo?

— Sim, e está triste, Fleur era sua melhor amiga, agora ela ficará sozinha.

— Estão falando de mim, não é? – Rebecca entra no quarto e se senta perto de Anne.

— Eu estava contando a Kay sobre você e Fleur serem melhores amigas.

— Ah, e sobre como estou triste por ficar sozinha?

Anne assentiu.

— Mas Becca, eu sempre vi você e Fleur rodeadas de meninas em Hogwarts. E você não tem colegas de quarto na escola? – Perguntei confusa.

— Sim, tenho colegas, mas normalmente pessoas que tem sangue de Veela ou andam com essas pessoas são excluídas – ela explicou com a voz triste.

— E vocês têm sangue de Veela?

Elas assentiram.

— Mas é pouco, segundo o que contam nossos familiares a Veela em nossa família era a bisavó de nossa tataravó, pela família de minha mãe – Anne contou.

— Fleur é neta de uma Veela, então a magia nela é mais forte, ela chamava muito a atenção dos garotos da escola, então as outras garotas a excluíam. Quando entrei na escola ninguém percebeu a minha parte Veela, eu fiz a idiotice de contar a uma de minhas colegas e elas fizeram o mesmo que com Fleur. Então durante um almoço, que como sempre, eu estava sozinha, Fleur se aproximou e contou a história dela. Lógico que depois de um certo tempo todas as garotas queriam andar com uma meio-Veela para serem notadas, mas Fleur e eu nunca confiamos nas garotas que andavam conosco, terei companhia este ano, mas não amigas.

— Nossa, eu nunca imaginei que as pessoas excluiriam pessoas que tem um dom tão maravilhoso para a atração, isso é tão errado.

Elas sorriram e Becca olhou para Anne como se falasse “eu disse”.

— O que foi? – Perguntei.

— É que Mary tinha medo de contar a você e suas amigas, achava que vocês fariam como minhas colegas.

— Anne! Como pode imaginar isso? Eu sou a que menos poderia julgar alguém por ser diferente. Eu sou criada por trouxas lembra? Para muitos bruxos eu sou a coisa que mais abominam, uma sangue-ruim.

— Desculpa Kay, eu só não queria ficar sozinha! – Ela disse com lágrimas nos olhos.

— Tudo bem, tudo bem. Eu entendo – eu disse abraçando-a.

Becca sorria com a cena, mas logo ficou séria.

— É tão bonita a amizade de vocês.

— Por que está séria irmã?

— Lembrei-me do que o diretor de sua escola disse. Estou preocupada, acho que não estão segura perto de Harry Potter, nem vocês e nem as gêmeas.

— Ora Becca, não se preocupe, eu li alguns livros de feitiços avançados e de defesa contra as artes das trevas de Hermione, ensinarei a elas e minhas amigas, eu cuidarei delas – falei sorrindo.

— Acha que será suficiente Kaya? Para se protegerem de você-sabe-quem?

— O suficiente para sobrevivermos caso tenhamos uma surpresa.

— Feitiços de proteção? Estuporantes? Para desarmar?

A cada um que ela perguntava eu assentia.

— Becca, a única coisa que Kay não nos ensinaria seriam as maldições imperdoáveis.

E depois de mais um tempo de conversa cada uma foi para seu quarto e dormimos.

Como eu não sabia qual era a rotina de férias dos Kayness, me levantei cedo e após quase me perder dentro da casa, eu finalmente encontrei a cozinha. Le encontrei um elfo domestico, havia lido sobre eles algumas vezes e tinha certa pena, este em questão tinha orelhas caídas, enormes olhos castanhos-esverdeados e nariz arredondado, parecia ser velho e vestia uma camisa velha.

— Bom dia – falei sorrindo.

— Bom dia senhora Rebecca – ela respondeu olhando depressa para mim e voltando a seus afazeres.

Pisquei um tanto confusa, Becca e eu não somos tão parecidas.

— Desculpe, mas eu não sou a Becca, sou Kaya, amiga de Mary Anne – ela olhou-me com mais atenção.

— Perdoe-me senhorita, mas são parecidas – ela disse quase choramingando – o que Dê pode fazer por minha senhora?

— Dê é seu nome?

— É como me chamam desde que Dê era pequenina.

— Ah sim, bom gostaria de saber se já tem alguém acordado.

— Sim, o senhor Philip e a senhora Marjorie levantaram a pouco. Gostaria de comer algo? Fiz tortinhas de abobora e suco de abobora também.

— Gostaria sim, obrigada.

Ela virou-se para o forno enquanto eu sentava a mesa, logo ela colocava a minha frente uma cesta cheia de tortinhas de abobora e uma jarra cheia de suco.

— Você já comeu, Dê?

— Sim, minha senhora, Dê come antes da família.

— Sente-se, coma ao menos uma tortinha comigo.

— Não, minha senhora, o senhor Philip não gosta que Dê sente-se para as refeições com os membros da família ou visitantes.

— Eu insisto Dê.

Ela um pouco relutante sentou, pegou uma tortinha e sorriu de um jeito acanhado.

Antes mesmo que ela colocasse a tortinha na boca a porta da cozinha fora aberta e ambas olhamos na direção.

— Dê! O que está fazendo? Deveria estar arrumando a casa! – O pai de Anne começou a gritar com ela.

— Desculpe senhor Philip, mas a senhora Kaya convidou – ela disse saindo aos tropeços de perto da mesa – Dê não deveria fazer isso, não castigue Dê senhor.

Ele correu em sua direção e segurou-a pela gola da camisa velha.

— Não ouse sentar à mesa! Você é só uma empregada!

— Philip! – A senhora Kayness havia acabado de entrar na cozinha e ouvir o que o marido dizia a Dê.

— Marjorie, ela estava sentada, não estava fazendo as tarefas domesticas!

— Isso não dá o direito de gritar com ela na frente de Kaya, olhe o estado que ela ficou!

— O que está acontecendo aqui? Estão brigando na frente de Kaya?

Becca e Anne estavam paradas na porta da cozinha e eu assim como estive o tempo todo continuo olhando a cena sem saber o que fazer.

— Sua mãe começou a brigar comigo Rebecca.

— Mamãe! – Becca falou olhando para a senhora a sua frente.

— Não me repreenda Rebecca, seu pai estava maltratando Dê.

A esta altura a elfo já tinha saído da cozinha e depois de Becca e Anne repreenderem o pai, ele saiu para trabalhar.

— Desculpe Kaya, não deveria ter começado essa briga em sua presença.

— Tudo bem senhora Kayness, mas eu gostaria muito que Dê tomasse café da manhã conosco, é claro, se não for um incomodo.

— Claro que não, chamarei ela.

Assim que voltaram, Dê sentou-se o mais longe possível de mim e assim tomamos nosso café.

— Eu não quis causar uma briga entre seus pais Anne, me desculpe – falei enquanto íamos até meu quarto.

— A culpa não é sua Kay, eles sempre brigam por causa de Dê. Minha mãe não gosta que meu pai a trate mal.

— Ela ficou ressentida comigo, sentou o mais longe que pode de mim durante o café.

— Bem, Dê realmente é um pouco rancorosa, mas logo vai ver que você não fez por mal.

Nós sentamos na cama e ela ficou a olhar para a janela com ar sonhador.

— Se eu não soubesse que Luna deixou de andar conosco eu diria que esteve passando algum tempo com ela – Anne abaixou a cabeça com um leve rubor nas bochechas.

— Tem falado com Andy? – Ela perguntou mudando de assunto.

— Sim, trocamos algumas cartas, ele disse que está com saudades e que espera conhecer logo minha família.

— Mas vocês não estavam só saindo?

— E estamos, falei que era cedo para um namoro, ele ficou um pouco irritado. E você, tem falado com Adam?

— Sim, Sol, a coruja que ele ganhou de seus pais tem trabalhado bastante.

— Seus pais já sabem?

— Só a mamãe, papai iria querer conhece-lo e ficaria furioso se descobrisse que ele não é de uma das nobres famílias de bruxos.

— Mas seu pai também não era nobre!

— Eu sei, meu pai é um tanto hipócrita com isso.

Algum tempo depois descemos para almoçar e depois de Anne muito insistir, sua mãe nos autorizou a usar o jardim atrás da casa para treinarmos quadribol, por serem de família rica, eles tinham todos os equipamentos mais recentes das marcas e uma vassoura para cada filha, também sendo no modelo mais recente de cada. Tinha uma Firebolt, uma Nimbus, uma Cleansweep e uma Comet.

Anne estava na esperança de a vaga de artilheira do time abrir, mas caso não acontecesse tentaria qualquer outra posição. Como eu já era do time de nossa casa ela pediu para que a ajudasse a treinar, eu era artilheira junto com Adam e Davies, mas quando Chang não podia jogar, eu jogava como apanhadora. Cathy e Cady aproveitaram para treinar junto e até Becca se arriscou a jogar.

Eu usava minha Nimbus 2001 que ganhei em meu primeiro jogo, Anne pegou a Nimbus que tinha no armário, Cathy usava a Comet e Cady a Cleansweep e Becca ficou com a Firebolt.

Comecei treinando todas na posição de artilheiras, depois batedoras, apanhadoras e por fim goleiras. Ao fim do treino já estava anoitecendo e todas estávamos morrendo de fome. Subimos para tomar banho e depois fomos jantar.

O senhor e a senhora Kayness passaram o jantar todo se encarando, provavelmente ainda bravos por causa da discussão matutina. Depois do jantar fomos para o quarto de Anne e Cathy perguntou em qual posição eu as colocaria para jogar se pudesse.

— Bom, Anne se saiu muito bem como artilheira, mas também excedeu minhas expectativas como batedora. Becca me surpreendeu sendo muito boa na defesa, seria uma ótima goleira, e vocês duas seriam ótimas artilheiras, mas também fazem uma dupla incrível de batedoras.

— Só perdemos para Fred e Jorge Weasley? – Cady perguntou.

— Só perdem para os gêmeos Weasley – falei sorrindo.

E assim a semana passou, levantávamos não muito cedo, tomávamos café da manhã com Dê, que ainda se afastava de mim, ficávamos em um dos quartos até o horário de almoço e depois treinávamos até anoitecer, tomávamos banho, comíamos junto com os pais de Anne e ficávamos conversando um pouco sobre qualquer coisa no quarto de Anne e por fim íamos dormir.

Estava já deitada em meu quarto, pois na manhã seguinte iriamos a estação para voltarmos a Hogwarts, quando ouvi um barulho na porta e me surpreendi ao ver Dê no vão dela.

Ela olhou atentamente para a cama, como se estivesse a cuidar de quem estava nela.

— Dê?

Ela assustou-se, mas respondeu com a voz baixa.

— Sim, senhora Kaya.

— Entre. Quer conversar?

Ela assentiu e entrou, parando ao lado de minha cama.

— Dê queria pedir desculpas.

— Porquê? – Disse sentando-me na cama.

— Por Dê ter se afastado, Dê ficou com medo de o senhor Philip encontrar Dê sentada a mesa com a senhora novamente e a senhora Marjorie não estar por perto para defender Dê.

— Ora Dê, eu é que te devo desculpas, não deveria ter insistido no assunto, e se o senhor Kayness aparecesse, eu a defenderia se dissesse algo de ruim para você.

— Obrigada senhora Kaya – Ela disse com os olhos cheios de lagrimas.

— Vem cá – eu puxei-a para cima da cama e a abracei.

Depois de alguns minutos chorando, ela saiu da cama e desejando-me boa noite foi deitar-se. Na manhã seguinte, durante o café, Dê sentou ao meu lado, o que fez Anne e eu sorrirmos, ela ficou ao meu lado cada segundo que pode desejou um bom ano a todas nós antes de sairmos para a estação.

No trem encontramos uma cabine quase vazia, só estava ocupada por Vic e Kyle, nos sentamos e pouco antes de o trem partir, Beth, Josh e Adam apareceram. Pouco tempo depois Cathy e Cady foram procurar suas amigas, Josh foi até uma cabine cheia de grifinórios e Kyle foi até uma cabine onde estavam seus amigos sonserinos.

Depois da seleção e do jantar, Dumbledore começou a sua fala de início de ano, contando que haviam duas mudanças em nosso corpo docente. A professora Grubbly-Plank daria aula de Trato das Criaturas Mágicas e uma professora baixinha e com cara de sapa denominada Umbridge iria ensinar Defesa Contra as Artes das Trevas.

A professora Umbridge que usava um casaquinho peludo cor-de-rosa horrível teve a ousadia de interromper Dumbledore quando ele iria falar sobre os testes de quadribol, e isso revoltou tanto minhas amigas e eu que nem chegamos a prestar atenção em seu discurso.

— Só sei de uma coisa – Anne sussurrou olhando o outro lado da mesa e esperando para que Beth e Vic também participassem da conversa assim com Adam e eu – este ano provavelmente vai ser um saco por causa dessa sapa cor-de-rosa.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem, comentem bastante, assim que puder eu posto o próximo. Obrigada



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