Teach Me escrita por Fabi_M


Capítulo 19
Make love to me.


Notas iniciais do capítulo

Estou aqui de novo já pra compensar minha falta!
Sugestão de música pra esse capitulo é: strawberry swing - coldplay, without you - Boyce Avenue, liztomania e 1901 by Phoenix, invisible - skylar grey, e it will rain do Bruno mars!
E o que esta em aspas são as falas! é porque não consigo colocar travessão aqui no iPad, mas esse cap a pontuação ta melhor, é que eu to sem notebook e tal, dai escrevo por aqui no bloco de notas, então já sabemm!
Beijos e boa leitura!



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BPOV

Assim como eu pressentira a noite foi péssima, pelo menos pra mim, que assisti de camarote a Tanya tentar se aproximar de Edward.
Mas não antes de um muito afobado Edward se aproximar de mim em pânico.
"Ela falou comigo" ele parecia uma garotinha que havia ganhado atenção de sua paixonite "Tanya Denali, não só falou comigo como tocou meu braço, e ela sabe meu fucking nome Bells!"
"Isso me parece obvio já que a festa é sua, pelo menos seu nome ela tinha que saber" falei amargamente  "E o que você está fazendo aqui do meu lado, que não está lá dançando com a oxigenada?"
Tentei sorrir para compensar o veneno em meu tom de voz, mas ele mal parecia notar minha presença, enquanto observava Tanya dançar descaradamente insinuando dez maneira de dar uma decida fácil.
Disgusting.
"Não sei" ele falou atordoado "medo de fazer alguma besteira eu acho."
Eu queria chacoalha-lo, será que ele não via que era bom demais pra uma vadia daquelas? Que ela era uma maneater que iria quebrar seu coração na primeira oportunidade? 
"Vem, dança comigo" peguei sua mão.
Ele sorriu e me puxou para pista improvisada, suas mãos passeavam por minha cintura e suas orbes esverdeadas pareciam brilhar ainda mais.
Eu poderia mergulhar naquela piscina verde que era seus olhos e me perder por horas ali.
Se apenas nós não tivéssemos nos encontrado em toda essa situação, se ele houvesse me conhecido alguns anos atrás, onde meu mundo ainda era cheio de amor, onde eu ainda soubesse o que é me doar por inteiro a outro alguém.
Mas a vida já me ensinara o que as vezes - quase sempre - as coisas não são como queremos.
É, havia alguém lá em cima com um senso de humor bem deturpado comandando meu destino.
Um destino que eu tão prepotente jurava que conseguia controlar.
"Você esta bem Bells? Não gosto de te ver assim tão cabisbaixa, foi algo que eu fiz?"
"Não Edward, você não fez nada."
Você só tem esse jeito perfeito de se preocupar comigo.
Você só fez eu me apaixonar.
Você só destruiu toda essa muralha que eu construí em volta do meu coração e nem se deu conta.
Enfim, nada demais.
"Então sorria" encostei minha cabeça no vão de seu pescoço "Tudo esta dando certo, você foi uma professora maravilhosa e a Tanya não para de olhar pra nós e.."
Eu o interrompi colocando meu dedo em seus lábios.
"A gente pode esquecer disso? Só hoje, você é o Edward e eu Isabella, dois amigos que querem se divertir, sem planos, sem professores ou alunos... Só nós dois."
Seus olhos brilhavam e eu tinha quase certeza que o meu se encontrava na mesma situação. 
Aceite, pensei, Só hoje, seja meu, só hoje.
"Claro Bells, uma noite pra nós."
Seus lábios encontraram os meus e eu mal sentia meus pés, e como nos filmes, a multidão ali havia sumido, o som parado e eu quase podia ouvir uma melodia melosa embalando o amor não correspondido que se resumia em um beijo.
Eu queria gravar isso em minha memória, seus lábios, seu toque, seu cheiro. 
Porque eu sabia que isso acabaria em breve.
Enquanto uma de suas mãos me segurava na base de minhas costas, a outra percorreu seu caminho até chegar em meu rabo de cavalo, desprendendo-o.
"Bem melhor assim" ele sorriu e voltou a me beijar.
E eu poderia ficar ali por horas, me entregando aos seus lábios, seu corpo, isso era tolerável, mesmo sabendo que iria doer mais tarde, valia a pena.
"Você beija tão bem" Edward falou contra meus lábios "é tão macia."
Sorri com meu coração apertado.
'Se você ao menos se desse conta' meus olhos pareciam estar conectados aos seus, nem se eu quisesse conseguiria desviar meu olhar cheio de emoções.
"Obrigado Yoda" toquei seu rosto "por tudo."
"Você fala como se já estivesse indo embora" seu rosto ficou mais sério "E mesmo quando isso acontecer, a gente não precisa parar de se falar não é? Eu posso até visitar você em Nova Iorque."
"Claro"
Como se eu fosse mesmo agüentar te ver, sem te ter.
Ele sorriu e pegou minha mão me puxando dali, fomos até a área da piscina que tinha poucas pessoas que nos cumprimentavam elogiando a festa. 
"O que você acha de darmos o fora daqui?" seus olhos brilhavam "vamos na praia?"
Sem me dar conta balancei a cabeça concordando, mecanicamente tirei meu salto e Edward tirou seu sapato e me ofereceu, como o gentleman que ele é.
Nós fizemos a curta caminhada até a praia, a noite estava fria mas era suportável, principalmente por ter ele do meu lado.
Nos sentamos em um banco e eu deixei meus olhos vagarem por todo aquele imenso mar, sentindo sua presença e deixando minha mente nula.
"Nenhum de nós previu isso, não é?" ele comentou com a voz um pouco rouca enquanto passava seu braço por meu ombro.
"O que?"
"Gostar tanto assim um do outro" me virei observando seu maxilar enquanto seu rosto permanecia virado para o mar "Eu te achava tão metida, com toda aquela pompa de Nova Iorque de quem faz e acontece, pensei que mesmo me ajudando eu não conseguiria gostar de você, só me acostumaria com seu jeito, mas não, você me defendeu daquele brutamontes aquele dia, você me deixou te tocar mesmo quando nenhuma dessa garotas me achava bonito, e você nunca concordou comigo só pra ter minha atenção, pelo contrario, descordou até o final mesmo sabendo que estava errada, sem falar de todas as injeções de confiança que você me deu, me ensinando a amar a mim mesmo."
"Você fez tanto por mim Isabella" seus olhos estavam tão intensos em mim que eu tive que desviar e olhos para frente segurando minhas lágrimas "Você me tirou daquele poço de ódio que eu vivia, ódio a mim mesmo e a minha vida, e tudo que eu fiz foi fazer alguns trabalhos estúpidos, eu nem sei como te agradecer, só sei que você sempre vai me ter, isso é o mínimo que um amigo pode oferecer."
Eu parecia ter bolas de algodão em minha garganta, o choro já não se segurava mais, e tudo que eu pude fazer foi abraça-lo forte e deixar minhas lágrimas correrem.
Amigo, só meu amigo.
"Espero que um dia você perceba que a vida é mais que toda essa dor que você passou Bella" ele passava lentamente a mão por minhas costas "você ainda vai achar alguém que te mereça e te ame da maneira que você tanto precisa."
'Eu já achei' pensei enquanto meu choro se agravava 'é você Edward, por favor, eu sei que é' implorei em meus pensamentos, querendo mais que tudo poder falar isso.
"Você é maravilhosa" ele sorriu e segurou meu rosto "você só não se vê da maneira correta."
Meus olhos se inundaram ao ver tamanha ternura em seu olhar, aquele tão inocente e ao mesmo tempo selvagem. 
Então eu fiz a única coisa suportável no momento.
Beijei seus lábios, me ancorando em todas aquelas palavras doces, em toda aquela maravilhosa inocência corrompida de seus braços, deixei que minhas mágoas se afogassem em seus lábios, enquanto minhas mãos e pernas se emaranhavam em seu colo.
Nada mais me importava.
Eu não me importava se estávamos em uma praia, se havia alguém vendo, aquele era nosso momento, eu precisava dele dentro de mim, preenchendo meus vazios, curando minhas feridas, me fazendo esquecer.
Seus dedos encontraram o caminho de minha intimidade, sua boca me mostrava o caminho do céu, seu jeito me hipnotizava enquanto minhas mãos liberavam seu membro de sua calça apertada, minha calcinha já havia sido rasgada em um gesto de impaciência e logo estávamos ali. 
Dentro e fora, in and out, seus olhos não desviavam dos meus e eu tinha certeza que ele conseguia ver tudo que se passavam por dentro de mim. 
E foi aí que eu me dei conta que aquela era a primeira vez que eu fazia amor.
Seus gestos não eram desesperados, a luxúria havia pouco espaço ali, suas mãos eram carinhosas e nosso movimentos ritmados pareciam ainda melhores.
Não foi necessário todas aquelas palavras sujas, nem provocações para atingirmos o ápice, o crescendo nos atingiu forte e em nenhum momentos seus olhos se desprenderam dos meus.
"Tão linda" ele gemeu junto comigo e aquela foi nossa deixa.
Eu sentia as minhas extremidades formigarem e o orgasmo veio tão forte que eu praticamente desmontei em cima de seu colo.
Seus braços me prendiam contra seu corpo e Edward enterrou sua cabeça em meu pescoço.
'Como eu queria que você me amasse da maneira certa' passei a mão em seus cabelos 'Como eu queria merecer você'.
E ali eu me deixei afogar naquele oceano de mágoas e incertezas.
Deixei que ele me aquecesse.
E sem uma palavra ele me tirou de seu colo, colocou suas calças e voltou a me segurar.
Eu deixei meus gestos e olhares falarem por mim, não deixei meu desespero transparecer, estava me preparando pra trancar lá no fundo todos esses sentimentos, repreendendo-os, porque de agora em diante eu faria o que eu sabia de melhor.
Negar. Machucar. Afastar.
Ele era doce demais pra mim, bom demais pra alguém como eu. 
Eu só torcia pra vida não ser tão dura com ele, torcia para que Tanya desse valor nesse coração de ouro que possuía e que a dor da perda dos pais dele fosse a ultima dor que ele tivesse que suportar. 
Fortemente apelei para que ele não se corrompesse, para que ele não virasse um desses idiotas e que sua visão da vida e principalmente de mim, não mudasse.
Porque Edward trazia o que havia de melhor em mim.
Porque ele, mesmo sem saber, havia me curado para em seguida me quebrar em pedaços.
Mas esse era um jogo sem culpas, ganhadores ou perdedores. 
Esse era um jogo trágico, onde no final todos se machucariam.
A diferença é que Edward teria Tanya ao seu lado, e eu teria Nova Iorque a minha espera. 

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Notas finais do capítulo

E então o que acharam?